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Tela de toque prejudicam as crianças?
Conforme artigo da revista Wired, a Academia de Pediatria Americana (AAP) dá uma receita inequívoca: Se seu filho tem menos de 2 anos, sem telas . Para crianças mais velhas, duas horas por dia no máximo, conforme reportagem da revista online.
Mas a AAP não diferencia entre as atividades, sejam Apps Educacionais, videos games, ebooks e alguns jovens que tem até mesmo violênica, para a entidade tudo é apenas uma questão de tempos ligados nas telinhas.
As crianças de hoje estão cercadas de telas, e não é incomum encontrar em cada quarto da casa algum dispositivo com telas, em especial telas sensíveis ao toque, que é uma questão desconcertante que os pais devem enfrentar.
Mas o problema é que nem todas aplicações são iguais, um aplicativo que ensina seu filho no ABC não é o mesmo que um desenho animado de televisão, durante anos assistimos violência disfarçada na TV, segundo Hearther Kirkorian, um professor da Universidade de Wisconsin-Madison, para encontrar respostas “nossa sociedade está executando um experimento em grande escala mundial com crianças reais no mundo real, e não saberemos o impacto, se houver, mas somente nos anos vindouros”.
Mas a revista online lembra que o efeito não é novo, percebe-se que ao dar um iPad a uma criança, com a leitura interativa, ela mergulha naquele universo na tela interativa com aplicativos, mas isto não era diferente no tempo da TV, talvez com problemas até piores.
Privacidade é tema no CeBIT
Na abertura do CeBIT em Hanôver, o foco das falas e diálogos foram a privacidade e a segurança dos dados, que em ambientes de Big Data, ganhou o nome de datability.
Angela Merkel, que foi ela própria vítima de espionagem de dados digitais, afirmou no evento ser fundamental no “mundo digital um quadro jurídico, uma ordem subjacente”, e ressaltou a governante que “as leis nacionais por si só não serão suficientes”.
Já Dieter Kempf, presidente da Associação Alemã para as Tecnologias da Informação, Telecomunicações e Novas Mídias (Bitkom), ressaltou os direitos dos cidadãos: “Com o uso da privacidade, de medidas organizacionais e de novas tecnologias, como a criptografia homomórfica será possível aumentar a proteção de dados para graus mais elevados”.
A feira abre amanhã, 14 de março, para o público com algumas novidades de dispositivos, mas a ênfase será em negócios de empresas, o Business to Business, B2B.
Dia da Mulher: uma escritora coerente
Doris Lessing foi uma escritora extraordinária, tendo ganhado um prêmio Nobel, feminista de uma consciência muito concreta, prêmio Nobel de Literatura em 2007, com 80 anos, e tendo falecido em novembro do ano passado.
Algumas leituras são Prisões que escolhemos para viver, onde afirma o estado atual da humanidade, “esse estado de coisas é uma reação inconsciente das forças retrogradas contra o impulso para frente que se nos delineiam estes últimos séculos na humanidade”.
A tese do livro é que dispomos de uma enorme quantidade de informação que nos fazem agir dessa ou daquelas maneiras “mas que não as utilizamos na melhoria de nossas instituições e, consequentemente de nossas vidas”.
Um projeto a partir de outro livro é o “Golden notebook Project” uma proposta de leitura colaborativa do seu livro Carnê Dourado, onde questões da mulher deste livro são compartilhadas por leitoras, e tornou-se referência em leitura colaborativa em rede.
Escreveu diversos livros, tem um site em sua memória, lutou ardorosamente pelos direitos da mulher, mas nunca foi modista, a frase dela que guardo em minha mente: “não posso e não vou ofender minha consciência só para aderir a moda do dia”.
Oscar teve surpresa, mas foi morno
A surpresa ficou por conta do diretor inglês Steve McQueen, de 44 anos, o primeiro diretor negro a vencer o principal prêmio do Oscar, em sua fala disse: “Agradeço a todos que merecem não só sobreviver, mas viver. Dedico a todos que sofreram com a escravidão e ainda sofrem hoje”.
Já o filme “Gravidade” com 7 estatuetas não foi novidade, apesar da novidade do diretor Alfonso Cuaron, mexicano e primeiro latino-americano na categoria, o longa ficou com melhor fotografia, montagem, edição de som, mixagem de som, efeitos visuais e trilha sonora.
Os prêmios para Matthew McConaughey (Melhor Ator) e Jared Leto (Melhor Ator Coadjuvante), que lembrou a Venenuela e Ucrânia, já Cate Blanchett foi premiada como Melhor Atriz, por “Blue Jasmine” e Lupita Nyong’o (12 anos de escravidão), ficou com melhor atriz coadjuvante.
O italiano “A grande beleza” Melhor Filme Estrangeiro e “Frozen: Uma aventura congelante” melhor animação e design de produção para “O grande Gatsby”.
Esquecimento do ser e a modernidade
Vimos que Tomás de Aquino discerniu, mas também hierarquizou a questão do ser.
Sabemos que toda filosofia e vida ocidental teve influência da filosofia clássica, e ela vem de Aristóteles e Platão, essencialmente, mas uma ruptura aconteceria no fim da idade média, “subordinando o ´ser comum´ ao conhecimento ‘ipsum esse subsistens´, fim último da metafísica, porque causa absolutamente primeira não apenas na ordem da eficiência e da finalidade, mas ainda e sobretudo na ordem radical da existência.” (pag. 20)
Assim, conforme a Autora Mafalda F. Blanc que estamos lendo a Introdução à ontologia, “privilegiou o ente concreto existente como objeto da metafísica, sublinhando a originalidade e até prioridade da existência como ato relativamente ao plano formal da essência”, enquanto outro filósofo também escolástico Duns Scoto, “preferiu, com o Avicena, a aceção nominal do ente, mais universal do que aqueloutra participial, situando a metafísica no plano abstrato da possibilidade enquanto estudo da essência” (pág. 20)
A autora esclarece que isto foi transmitido a filosofia por Francisco Suarez em sua obra “Disputaciones Metaphysicae” de 1957, que sistematiza a escolástica medieval.
Isto é importante para entender que o possível, concebido logicamente como não-contradição, iria permitir à filosofia moderna, principalmente concernada com o problema do conhecimento e da ciência, introduzir alterações importantes no conceito de ontologia, que preparariam em grande medida a educação gnoseológica da mesma, efetuada no século XVIII por Kant” (pag. 21), ao meu ver a mais importante assertiva da autora.
Estas alterações ainda eram terminológica, pois “se tinha chamado filosofia primeira ou metafísica para as designações de Philosophia entis, como Maignan, Ontosophia, com Clauber”, enquanto Christian Wolff, discípulo de Leibniz, no seu estudo Philosofia prima sive Ontologia, “traduz uma emergência de uma nova concepção de filosofia primeira.” (pag. 21)
Também estas concepções estavam presentes em Crusius e Baumgarten: “para o primeiro, a metafísica estuda as verdades necessárias da razão, para o segundo ela é … ” (pag. 21), a própria autora abre aspas para citá-la: “ (…) scientia primorum in humana cognitione principiorum”.
Assim, “recebendo por intermédio de Baumgarten, a sistemática wolffiana, Kant, ao negar a intuição intelectual, ver-se-ia obrigado a remodelar aquela profundamente, consumando a redução gnoseológica da ontologia, antes somente esboçada.” (pag. 22).
Foi assim que Kant tornou o ser “em si” (an sich) das coisas incognoscível, restringindo a ontologia “âmbito subjetivo e fenomênico do conhecimento humano” e estabelecendo os princípios de uma razão pura e “encerrou-se no âmbito antropológico do conhecer finito, inviabilizando a metafísica” (pag. 23) e preparando campo para o idealismo alemão.
Primeira biblioteca sem livros físicos
Faz alguns meses que ela começou a operar, e foi muito bem recebida pelo público, mas alguns questionamentos devem ser feitos já que as próprias notícias dizem parecer uma Apple Store, com os bibliotecários imitando as vestes da Apple “com camisas combinando com o capuz”.
Sim a Biblioteca chamada BiblioTech imitam as Apple Store, a notícia da Associated Press afirma: “O Texas viu o futuro das bibliotecas públicas, e elas parecem muito com uma Apple Store: fileiras de iMacs brilhantes acenam. iPads montados em uma mesa cor de tangerina convidam os leitores. E centenas de outros tablets estão prontos para serem levados por qualquer pessoa com um cadastro na biblioteca.“.
Olhando as fotos do interior BiblioTech, parece mais ser uma loja comum e não de uma biblioteca, talvez um laboratório de informação de alguma faculdade, mas não uma biblioteca, nem mesmo bibliotecas modernas com pontos culturais e muito espaço.
O prédio onde fica a BiblioTech tem 45 iPads, 40 laptops e 48 desktops para serem consultados por seus visitantes, que podem navegar por um catálogo de 10.000 e-books.
A pessoa que não tem um tablet ou e-reader pode também emprestar o dispositivo para ler a versão digital do livro em casa, ela pode pegar um dos aparelhos e aluga-lo são 600 e-readers tradicionais e 200 outros voltados para crianças, não necessariamente Apple.
Por enquanto muito se discute do futuro dos livros, se eles serão apenas digitais, ou se ainda há espaço para as suas formas físicas, ao nosso ver as bibliotecas podem começar a se preparar para os dois cenários: aquele em que todo mundo lê apenas versões digitais de obras sem a necessidade de carregar livros pesados, e, aqueles que sentem que o contato com o livro físico é necessário e não abrem mão dele.
Se o futuro seria cruel com livros físicos ou não, ainda não sabemos, mas a missão das bibliotecas é compartilhar informação e pode possibilitar, entre outros, os dois serviços.
Aplicativos provocam polêmica
Lançado oficialmente no Brasil a mais de duas semanas, o aplicativo Lulu já teve mais de 5 milhões de downloads, mas teve uma grande polêmica, uma vez que permite que elas avaliem homens no anonimato, e já há diversos casos na justiça.
Na semana passada, como se fosse uma resposta ao Lulu, outro aplicativo foi anunciado, agora com avaliações feitas por homens, o Tubby.
As perguntas do Lulu são sobre humor, bons modos, ambição, comprometimento, aparência e, ainda, podem apontar qualidades e defeitos e no final se dá uma nota para o avaliado.
Os comentários feitos na forma comum de hashtags fazem referências a aspectos íntimos dos avaliados e este é um dos pontos mais de clara invasão de privacidade.
Há também hashtags ofensivas, como #MaisBaratoquePãocomOvo e outras indignas mesmo de serem mencionadas, algumas são preestabelecidas pelo aplicativo, podendo as usuárias só escolhem o que elas julguem mais adequado.
De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Amazonas, Alberto Simonetti, a Constituição preserva a intimidade das pessoas, e, “esse tipo de anonimato impossibilita que se identifique qualquer injúria ou difamação que possa acontecer, isto não pode subsistir”, mas o lamentável é o aplicativo continuar aí.
Já há muita piada na web, como a de Shakespeare, como um #Nerd do Teatro, que perdeu muitos pontos, mas o assunto é sério.
Mais sobre Web 3.0
Quando Tim Berners-Lee, James Hendler e Ora Lassila publicaram o paper inaugural Semantic Web: new form of Web content that is meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities, grande parte do desenvolvimento posterior da Web Semântica estava projetado: expressar significados, representação do conhecimento, ontologias, agentes inteligentes e finalmente uma “evolução do conhecimento”.
O artigo apontava o caminho das ontologias, como caminho “natural” para o desenvolvimento e agregar significado a informação na Web Semântica, com metodologias vindo da Inteligência Artificial, que no olhar de James Hendler (Web 3.0) passava por um “inverno” criativo.
Mas três ferramentas integradas acabaram indicando um novo caminho: as ontologias ajudaram a construção de esquemas de organização simples do conhecimento chamado (SKOS – Simple Organization of Knowledge System), um banco de dados para consulta, com uma linguagem chamada SPARQL e aquilo que já era básico na Web Semântica, que era o RDF (Resource DEscription Framework) em sua linguagem descritiva simples: o XML.
A Web que por um conjunto de ferramentas já se desenvolvia como Web 2.0, tornando o consumidor também num produtor de conteúdos e “ligações semânticas”, se vê agora numa Web onde os dados podem ser ligados, e independentemente da ferramenta, pode-se pensar e já existem projetos, com “dados abertos ligados”, numa auto estruturação da Web.
O primeiro grande projeto foi o DBpedia, um Banco de Dados proposto pela Free University of Berlin e a University of Leipzig em colaboração com o projeto OpenLink Software, em 2007, que se estruturou em torno do Wikipedia, usando os 3.4 bilhões de conceitos para formar 2.46 de triplas RDF (recurso, propriedade e valor) ou de modo mais simples sujeito-predicado-objeto, indicando uma relação semântica.
Em torno destes dados se agregaram um numero grande de dados que incluem: os dados de Mídias (em Azul), Geográficos (em amarelo), das publicações (em verde), os governamentais (azul claro), domínios cruzados (azul escuro) e ciências da vida (vermelho).
Mais do choque do futuro
Vemos um mundo cada vez mais mundializado, isto é, um mundo que se vê como mundo, que sabe
dos problemas e conflitos de países outrora longínquos agora na esquina de um “maps”.
Escrito em 1970, Toffler parecia antever os problemas que temos no nosso dia a dia, na escola:
“Consideremos, por exemplo, o contraste entre os modos como as escolas de hoje tratam do espaço e do tempo. Todos os alunos, em praticamente todas as escolas, são cuidadosamente ajudados a localizar-se no espaço. Têm de estudar geografia. Mapas, atlas e globos ajudam-nos a ter consciência da sua localização no espaço. […] No entanto, quando se trata de localizar a criança no tempo pregamos- lhe uma partida cruel e prejudicial. Mergulhamo-la o mais possível no passado do seu país e no do Mundo: tem de estudar a Grécia e a Roma antigas, o advento do feudalismo, a Revolução Francesa, etc.; […] E, então, o tempo pára. A escola é muda acerca do amanhã. […] [p. 415] O tempo para bruscamente, a atenção do estudante é orientada pra trás e não para frente. O futuro, já banido da sala de aula, é também banido da sua consciência, como se fosse uma coisa inexistente, como se não houvesse futuro.” (Toffler, 1970, p. 414-415).
Acrescenta as dificuldades da literatura que prepare o estudante para frente, mas não ignora o sentido crítico, que é claro, fundamental para as demandas de mudanças:
“Não temos uma literatura do futuro para usar nesses cursos, mas temos literatura acerca do futuro, literatura que não consiste apenas nas grandes utopias e sim, também, na ficção científica contemporânea. A ficção científica é tida em baixa conta, como literatura inferior, e talvez mereça esse desdém crítico. No entanto, se a considerarmos como uma espécie de sociologia do futuro, em vez de como literatura, a ficção científica reveste-se de grandíssimo valor, pois é uma força que instila no cérebro o hábito da antecipação” (Toffler, 1970, p. 417).
Não se trata apenas de problemas tecnológicos, uma cultura para esta “sociedade-mundo”, os problemas políticos, éticos e religiosos; a cultura da colaboração e da paz (temos uma cultura cada vez mais beligerante) e principalmente a ideia que podemos nos ver com tolerância, respeito às diferenças e aos bens comuns (oceanos, ar, natureza e a própria casa de tudo que é o planeta).
O que era futuro em 1970 hoje é presente, será que a educação está ao alcance do presente?
Plataforma edX une-se ao Google
Fundada em 2012 pelas universidades Harvard e Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), a plataforma de ensino à distância edX, anunciou na terça-feira passada (10/09) uma parceria com o gigante de buscas Google.
A Moorc.org, disponibilizará a ferramenta para universidades, professores, governos além de ambientes corporativos para hospedar cursos de sua autoria e oferece-los ao público em geral.
O site deve ser lançado no primeiro semestre de 2014 e será operado pelo Open edX, sendo feita em código aberto serão trabalhados pelo Google e a edX, de Harvard e MIT.
A plataforma irá concorrer com o ambiente educacional mais usado atualmente que é o MOODLE (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), criado em 2001, pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas.
O MOODLE usa um Servidor Web com suporte PHP (pode ser Apache ou IIS).
O edX usa o conceito de MOOC (Massive Open Online Course) que é um desenvolvimento mais atual na área de educação a distância pois incorpora os ideais da educação aberta sugeridos pelo OER (Open Educational Recourses) que é incorporam conceitos de divulgação aberta de recursos educacionais.
Não confundir com o MOOC EaD é uma experiência orientada e colaborativa de construção do conhecimento, feita em português.
A Universidade de São Paulo e o portal Veduca lançaram também alguns meses atrás, o primeiro Mooc (cursos virtuais, gratuitos e de nível superior) da América Latina.