Arquivo para a ‘Uncategorized’ Categoria
Referência a nosso post no Twinkl
O site Twinkl fez referência ao nosso post sobre amizade na filosofia, em artigo sobre o dia 30/07, Dia Internacional da Amizade, agradeço a lembrança.
A guerra pode seguir uma escalada
Enquanto as forças humanitárias cultivam a esperança, a escalada da guerra parece seguir um curso cada vez maior e com consequências “imprevisíveis”, nas palavras de Putin em respostas ao armamento americano da Ucrânia, as vozes da paz parecem ter pouco eco entre governantes.
O envio de novas tropas russas, agora a região do norte e o envio americano de mais armas a Ucrânia mostram que a escalada da guerra na região está longe de terminar, as negociações estão cada vez mais difíceis, uma vez que a Rússia quer estabelecer novos territórios dentro da Ucrânia, além da Criméia já anexada no conflito anterior de 2014.
Segundo o ministro da defesa russo Igor Konashenkov, o exército russo fez 315 ataques na madrugada de domingo para segunda, nas regiões de Kharkiv, Zaporizhshia (onde há uma usina nuclear), Donestsk e Dnipropetrovsk e no porto de Myloslayv, regiões já com avanços russos (mapa acima).
Ontem várias regiões da Ucrânia foram alvos mísseis de longo alcance, incluindo Kiev e Lviv
Os olhares agora voltam-se para outras regiões, manobras militares russas no Norte e no espaço aéreo a China também se movimenta, uma coisa já compreendida do presidente que foi agente da KGB no período soviético, é que ele despista apontando falso objetivos e alvos, mas não blefa.
Assim é certo que enquanto fala do problema da Bósnia (parte da antiga Iugoslávia que se fragmentou em vários países, e teve uma sangrenta guerra recente com a Sérvia), volta seus olhares (e possíveis alvos) para Finlândia e Noruega, enquanto tenta manter o controle das ilhas Curilhas reivindicadas pelo Japão, que as perdeu na partilha entre os aliados na II Guerra Mundial.
A China passou a patrulhar sua costa no Pacífico, com seus caças militares enquanto a Russia mantém mísseis antiaéreos nas ilhas, que tiveram uma extensão de posse em 1855 (Tratado de Shimoda) e 1945 (II Guerra Mundial).
Knowledge and a new Paideia
Paideia was the ideal of education of Socrates, the eidos to be more exact, more than forming the man should form the citizen, remember and contextualize that the city-state was a specific form of organization where the polis appears as an extra organization Civilization, that is, it was not a mere form of power, but rather how to think of the city as ethics and virtue, the first sketch of an idea of the common good.
Thus defined Plato, since we only know Socrates through Plato, Paideia was: “(…) the essence of all true education or Paideia is that which gives man the desire and eagerness to become a perfect citizen and it teaches to order and obey, having justice as its foundation”, looking at today’s society, it is easy to see that we have not achieved it.
Contextualizing the period of Socrates and the sophists is the one in which, while the former said that it was possible and necessary in addition to organizing the ethos, and praxis, the knowledge to achieve them, this set is episteme.
Episteme, true knowledge, of a scientific nature, as opposed to unfounded or unreflective opinion, was a clear opposition to the sophists, who among other things said that the truth cannot be reached, so all were ways to manipulate the truth, in current terms, only narratives according to convenience.
Gorgias (485-380 BC) said verbatim: “Nothing is; if anything was, it could not be understood; and if it could be understood, it could not be communicated to other people”, thesis that will be denied by Plato, and the best known allegory is the myth of the cave, which is a metaphor, and whose episteme will develop in the categories of Aristotle, with the problem of the analogy already discussed.
The Platonic/Aristotelian knowledge over a long course of the medical age, including Augustine Hippo, who imagines that the truth as being obtained through self-reflection made by man and his interiorization in God, in the low middle age Boethius develops the idea of universals and particulars, whose discussion will be divided between nominalists.
Nominalists did not admit the existence of universals, Roscelin de Compiègne (1050-1120) is one of the founders, and on the other hand realists, like Thomas Aquinas, all entities can be grouped into two universal and particular categories
Idealism emerges as a realist current, but it distances itself from it creating an immanent objectivity, and transcendence is the knowledge that the subject has of the object, whereas in phenomenology, the transcendent is what transcends consciousness itself, it is objective in the sense that only there is awareness of “something”, and thus it is linked to the subject that goes beyond.
Bachelard (1884–1962) was a pioneer in studying how epistemology, referring to “revolutionary” ruptures, creates new ways of thinking and knowing, we will return to the theme.
Entre o espírito e a espiritualidade
Henri Bergson procurava uma nova filosofia da vida, aquela que vai além do que a inteligência pode atender, a dimensão psicológica e criadora da evolução, complemento esta filosofia com a ideia da noosfera de Teilhard Chardin, não se trata de simples colagem, mas convergência entre a filosofia, a religião e uma espiritualidade que propicie um diálogo com as cosmovisões culturais.
As diferentes teorias da vida pretendem atingir o conhecimento através de categorias desenvolvidas pela inteligência, a sabedoria e a intuição podem ir além, o que diz Bergson a própria inteligência é um produto da evolução, sabemos mais do que sabia o homem primitivo.
A inteligência criada pelas necessidades da vida para agir sobre os objetos, a natureza , o próprio agir e a sabedoria necessária para isto, fundamentou-se inicialmente na matéria, porém ao substituir o todo pela parte, tornou-a ilegítima, para compreender a vida e o sentido da evolução, é preciso um novo método de pensamento que entenda o sentido natural de inteligência, com ajuda da intuição, não é contraditório com a sabedoria presente em várias cosmovisões.
Para Bergson o que caracteriza a inteligência é aquilo que chama de “duração”, partindo da própria existência como seres vivos, para aprender o que é a vida como uma variação perpétua e contínua de nosso espírito, depois levanta a duração do universo que se forma incessantemente, e em cada forma mínima que ele revela seu impulso criador, este estado de mudança extrapola a matemática e a física que só pode modelar cada mudança em uma curta “duração”.
Teilhard de Chardin ao caracterizar o “fenômeno humano” o vê como uma complexificação da matéria, aí diferente de Bergson não vai separar aquilo que ele chama de “matéria” inerte, e para Teilhard de Chardin é um corpo “vivo” de tudo que existe, pelo qual foi acusado de panteísmo, e vê na existência do Universo como Bergson algo que não pode ser separado de uma evolução criadora, que vai modificando formas e mecanismos de interação, também evolui a “sabedoria”.
Também o problema da duração aqui Bergson se distância da ciência, ao menos da atual que vê o tempo não como “duração” mas como uma “dobra”, Chardin está mais próximo da Ciência ao ver na evolução a aproximação da criação e a complexificação do universo, da natureza e do homem a aproximação do Criador e da eternidade.
A evolução de Bergson então caminha para a evolução da vida da consciência, volta assim ao subjetivismo e a consciência abstrata dos idealistas, para Chardin ao chamar o homem de “fenômeno humano” (não é contraditório com feito a “semelhança” de Deus pois caminha para a eternidade), diz que tipo de consciência é a humana, a consciência de sua existência física que não se separa da espiritual.
BERGSON, Henri; A Evolução Criadora, Silo Paulo: Martins Fontes, 2005.
CHARDIN, Teilhard. O fenômeno humano. Trad. Armando Pereira da Silva. SP: Cultrix, 2001.
O diálogo e o essencial
O essencial está distante da sociedade moderna porque é exigido de todo ser humano, até mesmo daqueles que tem alguma limitação física ou diferença social o máximo de desempenho, Byung-Chul Han no seu livro a Sociedade do Cansaço (Vozes, 2015), define-a também como sociedade do desempenho.
Ela nos projeta para fora do essencial, ao contrário de uma “época imunológica” ela é uma “época neuronal”, a divisão entre “dentro e fora, amigo e inimigo ou entre o próprio e estranho”, é definido como “ataque e defesa” (HAN, 2015, p. 8) por isso ela tende para o confronto e não a paz.
A paz exige diálogo, e o essencial exige escolhas interiores que nos movam ao essencial exterior.
Este esgotamento do desempenho é o que “nos incapacita de fazer qualquer coisa” (Han, 2015, p. 76) e o diálogo se torna difícil, proselitista ou mesmo mera retórica, mas só ele pode levar a paz.
Edgar Morin, que completou 100 anos (veja o post anterior), estabeleceu como operador dialógico aquele capaz de operar: a razão e a emoção, o sensível e o inteligível, o real e o imaginário, a razão e os mitos, e, a ciência e a arte.
Pode-se ver que a polarização sempre se coloca de um dos lados, não articula “o dentro e o fora” como propõe Chul Han, então dialogizar é admitir a ligação estes polos e não sua mútua exclusão.
Devido a questão identitária, fortes em nossos tempos que envolvem culturas, religiões e nacionalidades, o polo entre a razão e os mitos torna-se exacerbado onde o diálogo é difícil.
É preciso respeitar o diferente ao dialogar, permitir-lhe também a palavra e não excluí-la com argumentos apenas racionais, há razões ontológicas, históricas, culturais e sociais para seus argumentos, e se não estivermos “desarmados” o diálogo não se realiza.
Ao enviar os discípulos para levar a “boa nova”, são interessantes as instruções dadas aos apóstolos, em Mc 6,8-10 ele pede para não levarem nada, nem mesmo bolsas ou sacolas, e ao entrar numa casa desejassem a paz, e fiquem ali até a vossa partida, e diz a leitura que curavam doentes e expulsavam demônios, o essencial e o diálogo têm esta potencialidade.
O desiquilíbrio da performance, do cansaço e da frivolidade levam a sociedade a exaustão e a dificuldade de diálogo, porque também estamos cheios “dentro” de convicções e razões.
HAN, B.-C. Sociedade do cansaço. Tradução Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015.
O que é amizade na filosofia
O filósofo Platão definiu a amizade como “a predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro”, Agostinho de Hipona afirmava que “o ser amigo nos funde na amizade do ser; os amigos são uma só alma” e Aristóteles parece fundir os dois pensamentos: “a amizade é uma alma com dois corpos”.
Antes de Aristóteles, Pitágoras falava de que era “amigo da filosofia”, assim surge a composição de philos e sophia, ressaltou por um pensador contemporâneo: “A intimidade entre amizade e filosofia é tão profunda que esta inclui o philos, o amigo, no seu próprio nome e, como muitas vezes acontece em toda proximidade excessiva, arrisca não conseguir distinguir-se” (AGAMBEN, 2007, p. 1).
Foi Aristóteles em Ética a Nicómaco dedicou dois livros ao estudo da philia e da amizade, que definiu a amizade em três tipos: aquela por prazer, por interesse e a amizade verdadeira, a primeira é fácil de identificar por é a busca do prazer recíproco, a segunda por que são úteis entre si, e a terceira, é possível entre homens bons porque desejam o bem por si mesmo e não colocam o prazer nem o interesse acima da amizade.
No capítulo IX o filosofo peripatético afirma:
“Talvez possamos dizer que nada há de estranho em romper uma amizade baseada no interesse ou no prazer quando nossos amigos já não possuem os atributos de serem úteis e agradáveis; na realidade éramos amigos desses atributos, e quando eles desaparecem é razoável não continuar amando.” (ARISTÓTELES, IX, 3, 1165b).
A segunda é aquela que diferencia o “amor ao próximo” e alguma espécie de sociedade (ou seja, os interesses), elas desaparecerão quando os interesses cessarem, Paul Ricoeur escreveu sobre isto.
No capítulo “O sócio e o próximo” do livro “História e Verdade” de Paul Ricoeur ele vai discorrer sobre a diferença entre estas relações, discorre sobre a caridade: “A caridade não precisa estar onde aparece; também está escondida na humilde e abstrata agência dos correios, a previdência social; muitas vezes é a parte oculta do social ”, Paul Ricoeur, Le socius et le Prochain (1954).
Somos lembrados pelo filósofo que assim como as instituições podem ter apenas relações de societárias, pode-se passar por elas também relações interpessoais, de afeto e de solidariedade e que tornam elas menos frias e menos burocráticas, onde se vê não um cliente ou um serviço a mais, mas um próximo pelo qual pode-se interessar.
Não por acaso é um capítulo de História e Verdade, porque a verdade só é estabelecida entre amigos verdadeiros e que são próximos, e se são sócios serão apenas para estarem mais próximos.
O site Twinkl publicou esta reportagem em função do dia internacional da amizade, dia 30/07 faremos uma ampliação e republicação deste post.
AGAMBEN, Giorgio. O amigo. Cadernos de leitura, n. 10. Acesso em 05/09/2017. Texto realizado a partir do original L’amico, Roma: Nottetempo, 2007.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Mário da Gama Kury. 3 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.
RIOCEUR, P. História e verdade. Trad. F. A. Ribeiro. Rio de Janeiro:Companhia Editora Florence, 1968.
Alerta de inverno, Dia das Mães e vacinação
A vacinação ainda vai em ritmo um pouco aquém do desejável, é fato que também países mais ricos só agora estão atingindo a vacinação na faixa dos 50 anos, sempre reafirmamos exceto a Inglaterra, China e países que conseguiram manter o isolamento em condições ideais, Portugal é um caso raro na Europa, e a famoso lockdown da Nova Zelândia.
Vale a pena dizer que a Nova Zelândia é uma ilha e que tem um alto senso de coletividade, quer dizer medidas adotadas são respeitadas pela população, algo parecido a China mas lá é devido além do espirito oriental a um governo centralizado e repressor.
No entanto a Asia começa a enfrentar uma forte terceira onda da covid, com destaque para a Índia, ocorreram pelo menos 40.103.000 infecções e 526.000 mortes registradas na Ásia e Oriente médio até agora, na Índia há falta de leitos e as condições sanitárias não ajudam muito.
A preocupação dos especialistas é com aquilo que o médico Miguel Nicolelis chama de política da Sanfona, o abre e fecha reagindo a picos ou atenuantes, agimos na resposta ao vírus e não na sua prevenção, claro a vacinação segue em frente mais em ritmo insuficiente se consideramos que o inverno está chegando sendo o período naturalmente de agravamento de problemas respiratórios e circulatórios.
O Dia das Mães também é preocupante porque é um período de aquecimento das lojas e neste momento há uma flexibilização, inclusive de horários, o comercio pode funcionar até as 20h.
Outra polêmica atual é sobre os testes após tomar as vacinas, a maioria dos especialistas diz que não é necessário, quer der que está com defesas pode pensar que pode relaxar nas medidas e quem não der pode pensar que a vacinação não funciona.
Estes testes precisam ser feitos por especialistas e em condições adequadas de pesquisa para saber a eficácia da vacina e pode ser feito a partir de amostragem com qualidade e rigor científico.
Os números da vacinação são quase 30 milhões tomaram pelo menos a primeira dose e 13,5 milhões estão totalmente vacinas, em porcentagem dá 13,9% da população na primeira dose e 6,5% totalmente vacinadas, neste ritmo pode-se pensar que em julho quando o inverno estará rigoroso devemos estar chegando próximo a metade da população e assim esta transição até lá pode ser complicada sem pensar em sérias medidas de isolamento.
O consórcio Covax Facility recebeu uma carga de 2 milhões de doses no dia de ontem e completa uma remessa de 4 milhões de doses que será distribuída pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), o primeiro milhão da Pfizer também chegou, sua distribuição ainda está sendo discutida.
Já a Fiocruz disponibilizou mais 6,5 milhões de doses da AstraZeneca e o Butantã antecipou 600 mil doses do Coronavac com previsão de chegar a 5,4 milhões de doses, no total quase 16 milhões de doses com a remessa do Consórcio.
A Fiocruz foi autorizada a produção do Insumo Farmacêutico Biológico (IFA) da vacina da biofarmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19, inicialmente em lotes de testes, boa notícia.
A simbologia das árvores na bíblia
A maioria das mitologias e religiões incorporam a ideia da “árvore da vida” como um elemento central de sua simbologia, a árvore como centro da vida e de onde ela irradia é um simbolismo forte e quase universal.
O símbolo adâmico, onde Adão e Eva podiam comer o fruto de todas árvores, “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,” (Gen 2:16), com exceção do fruto da árvore da vida.
Na simbologia bíblica o cedro-do-líbano, por sua altura que pode chegar a 30 metros e sua largura que pode chegar a 15 metros é símbolo de poder, majestade, grandeza e beleza, isto pode ser visto no texto de Isaías (Is 2.13), Ezequiel (Ez 17.3,22,23 – 31. a 18) e Zacarias (11.1,2).
A figueira tem uma característica que a torna um símbolo bíblico de uma vida que está seca mas pode dar fruto, está presente no antigo testamento (Provérbios 27:18), no novo testamento onde Zaqueu subiu para ver Jesus (Lc 19:4), e também dá a curiosa passagem que Jesus estava com fome indo a Betânia vê uma figueira com folhas, e apesar de não ser tempo de frutos, não encontra nada e amaldiçoa a árvore (Mc 11:12-14).
Em compensação há o pedido dos agricultores para cavar e adubar a figueira que não dava frutos (Lc 13,1-9) no contexto em que Jesus explica que nem os galileus que Pilatos matou e misturou ao sangue oferecido aos seus deuses romanos, e também os que morreram na queda da Torre de Siloé, dizendo que não morreram por serem maus e a explicação é que eles deveriam “dar frutos”.
Porém a árvore a qual Jesus se compara é a videira, em João 15:1 afirma: “eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor”, explica que os discípulos são os ramos e que para dar frutos sofrem a poda, para dar mais frutos ainda.
A videira não dá boa lenha nem sombra, e os ramos só podem produzir estando ligados ao tronco, dito assim: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
A Web e a guerra dos navegadores
A Internet já tinha 25 anos, quando um pesquisador britânico Tim-Berners-Lee que trabalhava no CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear) na Suiça, criou o primeiro servidor Web e o primeiro navegador gráfico em 1990, passou esta nova janela para a internet de World Wide Web.
Era uma interface gráfica fácil de usar e os documentos de texto eram conectados por links, por isto era chamado de hipertexto, nome dado anos antes por Ted Nelson, a isto mudaria a história já explosiva do mundo digital, agora através de simples textos os usuários podiam se comunica
Em 1993 foi criado o navegador Mosaic, ainda apenas no formato de texto (não incluía imagens e nem páginas dinâmicas), no Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA), da Universidade de Illionois em Urbana-Champaign, pelo pesquisador Marc Andreessen, que foi o primeiro navegador Web popular, um ancestral do Mozilla Firefox.
O navegador também “rodava” (executava) no ambiente Windows, em 1994 Andreessen fundou a Netscape e lançou o navegador, a empresa proprietária do Windows, a Microsoft, viu a oportunidade de criar também seu navegador que chamou de Internet Explorer, porém o código não era livre, isto é, havia trechos que não podiam ser abertos e isto iniciou uma guerra.
Em 4 anos o Explorer já tinha 75% do mercado e em 1999 tinha 99% do mercado, e teve que enfrentar litígios antitruste por tentar monopolizar o mercado, a Netscape então tornou seu código aberto e criou a organização sem fins lucrativos a Mozilla, e em 2002 surgiu o Firefox.
Este período ficou conhecido como a “Guerra dos browsers” teve grande importância na área de informação e resultou na reversão total no uso de um software para outro, além de gerar dois importantes projetos como o Mozilla e o Oper
O monopólio do navegador teria restringido o número de usuários, e a Web que tornou-se popular poderia, não estando aberta, teria limitado o acesso de muitos usuários, o Firefox foi criado dando uma escolha aos usuários da Web, em 2010 o Mozilla Firefox já tinham 50% do mercad
Outros navegadores seguiram esta linha como o Opera, Safari e o Google Chrome, o Microsoft Edge substituiu o Internet Explorer com o lançamento do Windows 10 em 2015.
A micro-revolução dos C.I.s
Os circuitos Integrados (C.I.s) ou chips foram o grande impulso que tornou possível todo um universo digital ao qual agora estamos imersos, gostem ou não, com problemas e desafios, a pandemia tornou a chamada “Transformação Digital” de uma bussword numa realidade: serviços, escolas, compras e vendas, pedidos a restaurantes, pagamentos de contas, quase tudo é digital.
Como isto começou é bem interessante: No dia 16 de dezembro de 1947, nasceu a revolução digital, ainda não era um C.I. mas seu princípio o transistor, a invenção era capaz de amplificar uma corrente elétrica ou ainda ligá-la e desligá-la, como um interruptor, assim 0 e 1, o bit.
Foi em Murray Hill, estado de New Jersey, EUA, quando dois cientistas do renomado Bell Laboratories construíram um estranho dispositivo com alguns contatos de ouro, um pequeno pedaço de material semicondutor e um clipe de metal dobrado.
Os três cientistas (Bardeen, Britain e Shockley) que participaram deste micro experimento ganharam o prémio Nobel de física, contudo o passo decisivo foi dado em 1957 por Jack Kilby, engenheiro da Texas Instruments (que o patenteou) em parceria com Bob Noyce, um dos fundadores da Fairchild, que se tornaria por muitos anos a produtora dos C.I.s em pequena (SSI, Escala Pequena de Integração), média (MSI) e grande escala de Integração (LSI), quando surge a VLSI (Very Large Scale of Integration) o cenário muda.
Em 1971 o engenheiro da Intel Ted Hoff inventa o microprocessador, um computador inteiro em um único chip, a tecnologia de produção e o design chegada então a escala de integração ULSI (Circuitos de Escala Ultra Grande), o primeiro microprocessador tinha 2300 transistores no chip.
Este microprocessador era o 4004 da Intel, depois veio o 8080, e o primeiro microprocessador foi feito por Ed Roberts e lançado pela MITS de Albuquerque, Novo México, como o Altair 8800, custa cerca de U$ 621,00, o Apple se inspirou nele.
Um lapso de muitos historiadores é dynabook da Xerox Alto, de 1973, desenvolvido pelo Xerox Parc, um microcomputador que utilizava uma interface gráfica de usuário, foi o primeiro ‘desktop’ pessoal, tendo desenvolvido a primeira interface gráfica que inspirou o Windows e depois o mouse.
Em 1976, Sthephen Wozniak, ex-funcionário da HP e Steve Jobs, da Atari, uniram-se formando uma pequena empresa, a Apple, produziram então o primeiro microcomputador de sucesso, o Apple I, com o surgimento da Internet e a possibilidade de ligações a distância ele se popularizou.
A grande revolução que seria o aparecimento da Web, que tornou todo usuário capaz de entrar no mundo reduzido dos nerds, só iria despontar nos anos 90.