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A questão da justiça social
A corrosão em que se encontram a maioria das instituições ocidentais, mas também boa parte das orientais, é o fermento onde cresce o fanatismo político e o fundamentalismo, o que se vê é um grande número de candidatos oportunistas em eleições de países ditos “centrais”.
Em sua obra, Amartya Sen mostra que o pensamento sobre as instituições já é bem antigo, e as separa em duas grandes correntes de pensamento o “institucionalismo transcedental” (Hobbes, Rousseau, Kant e Rawls) e a “realização baseada na comparação” (Karl Marx, Jeremy Bentham, Mary Wollstonecraft e John Stuart Mill).
Conforme já postamos aqui em diversos tópicos, a base do pensamento idealista, o qual se supõe em transcendentais institucionalistas, infelizmente incluo boa parte do pensamento religioso contemporâneo, e como Sen enfatiza duas características são comuns: trata-se do foco numa sociedade perfeita e no olhar sobre perfeitas e justas instituições, neste sentido ideal, um ideal quase platônico e que supõe se não justas, o menor mal.
Outra eminente autora que faz incursões sobre a Teoria da Capacitação é Martha Nussbaum, que faz a seguinte diferenciação sobre a obra de Sen: “Amartya Sen está preocupado com comparações acerca do padrão de vida dos indivíduos, já ela estaria conectada ao debate sobre “como capacitações”, …, podem prover uma base para princípios constitucionais centrais, em que cidadãos tenham o direito de fazer exigências para seus governos”, assim pode-se observar que ela não se separa do institucionalismo idealista, embora seu trabalho se aproxime quanto a “capacitação” do trabalho de Sen.
Já o trabalho de Amartya Sen vem, a mais de 30 anos, esboçando o que é uma verdadeira Teoria da Justiça, num sentido bem amplo, tendo como objetivo clarificar o que podemos pensar em termos de superação das injustiças, ao invés de oferecer resoluções de como tratar de uma justiça perfeita”, conforme escreve Sen em um trabalho recente.
A abordagem que pretendemos, deve respeitar cada pessoa como uma finalidade e uma fonte de agência e valor em seu próprio direito, se é que podemos dizer assim, uma justiça ontológica.
Ora não por acaso o trabalho de Paul Ricoeur sobre o Justo (2008), inicia-se justamente com uma crítica a Rawls, embora em sentido diferente ao de Nussbaum e Amarthya Sem, ele também o define como
Ao defender a importância de proporcionar felicidade as pessoas, a sentença de Amarthya Sen na Teoria da Capacitação é mortal: ““Capacitação é um tipo de poder. Felicidade, não.”
NUSSBAUM, Martha. Non-Relative Virtues: An Aristotelian Approach, 1990. In NUSSBAUM, Martha e SEN, Amartya (Eds.), The quality of life. Oxford: Clarendon Press, 1993.
Ricoeur, Paul. O justo 1: a justiça como regra moral e como instituição. BENEDETTI, Ivone G. [Trad.]. São Paulo: Martins Fontes, 2008, vol. I.
Sen, Amartya. A ideia de justiça. SP: Cia das Letras, 2011.
O ataque hacker mundial
Já é o maior ataque mundial, os números contabilizados até o domingo (14/05) já ultrapassavam 200 mil computadores infectados em 150 países, mas como todo vírus digital não há prazo para ele acabar a menos que os sistemas estejam protegidos definitivamente, por isto a atualização é tão necessária.
O tipo de vírus um ransonware, um malware que se instala no computador, faz a encriptação de todos dados e os bloqueia exigindo pagamento (neste caso em bitcoins, moeda digital) e não permite que você acesse seus próprios programas e dados.
Foi chamado pelos próprios hackers de Wanna Cry, considerado um malware de alto-nível, distribuído como Deep Web, e as informações dizem que foi uma adaptação de um programa do NCSA americano (departamento de inteligência) e este seria justamente para encriptar e capturar dados de cidadãos e empresas.
Para quem tem facilidade no uso do ambiente Windows, indo em configurações você vai encontrar a tela Atualização e Segurança (Windows update) e deve aguardar a atualização que pode demorar um pouco, mas vai atualizar também o Windows Defender, que na versão atual já tem a vacina contra este vírus.
Se o programa não atualizar completamente, é porque seu Windows não é original, então significa que ainda assim não estará seguro.
Sobre a possibilidade de encontrar os responsáveis diversos caminhos devem estar sendo tentando, no entanto os investigadores não vão divulgar as estratégias, mas que basicamente podem ser três: rastrear a origem histórica do ataque, rastrear de onde estão vindo os ataques atuais e mecanismos não convencionais de verificar o uso dos bitcoins, já que são pseudônimos (pseudo-moedas) que devem ser transformadas em produtos ou moedas existentes para serem resgatados os valores do sequestro de dados feitos pelos hackers.
É cada vez mais importante manter cópia de dados em backups em nuvens ou um HD externo.
A corrupção e a demanda por mudança
A demanda por mudança é também uma demanda por mudança de mentalidade, e sem qualquer dúvida, as grandes mudanças necessárias na nossa sociedade são a participação do dinheiro público em setores essenciais: saúde, educação e segurança, isto sem esquecer da profunda desigualdade que o Brasil tem, mas não a qualquer preço e que preço ?
Para uma autentica mudança a mentalidade do que é governo, do que é estado, e a quem estas pessoas servem, no caso brasileiro, precisa de uma profunda mudança de mentalidade, e basta ler a literatura do país para saber que a raiz desta mentalidade é cultural e estrutural.
Também no tempo bíblico, a mentalidade religiosa precisava ser mudada, e a mensagem de Pedro após a morte e ressurreição de Jesus é muito clara: “Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: Salvai-vos dessa gente corrompida!” (At 2,10), claro dentro de nosso contexto é um pouco diferente.
Mas não o ato corruptivo, pois ele não é apenas o aspecto econômico, mas o que está corroendo e destruindo uma sociedade, e não é possível mudar a mentalidade, sem mexer com as pessoas que representam este modelo corruptivo e que detém poder para isto.
Não como mudar sem mudar valores, posturas e principalmente aquilo que é o fundamento de uma função pública: serviço ao conjunto da comunidade e não aos interesses próprios,
Uma sociedade nova exige homens novos, nos quais a mudança de mentalidade já tenha acontecido, pessoas que tenham princípios os quais não negocia, e isto é utopia no sentido que Paul Ricoeur defende e para quem entende a boa ideologia, é ideologia.
Imaginário, utopia e ideologia
Embora tenhamos feito uma tradução nossa, preservamos o texto original, pois os conceitos aqui como, por exemplo, boa vida, não tem relação com bon vivant e o original é importante.
Imaginário já teve para o pensamento a mesma confusão que existe hoje para o virtual, o esclarecimento de Ricoeur em sua obra desfaz esta confusão: “a evocação arbitrária de coisas ausentes, mas existindo alhures” (Ricoeur, 1986, p. 215), assim como os “retratos, quadros, desenhos, diagramas, etc. … cuja função é fazer o papel das coisas que representam” (Idem).
Mas não deixa de perceber que existe o uso da imagem no sentido irreal, neste sentido imagem e imaginário tem funções práticas, designa “as ficções que não evocam coisas ausentes, mas coisas inexistentes … aplica-se ao campo das ilusões” (idem) que leva aquele que se entrega a elas a acreditar que o objetivo visado é um objeto real.
Faz aqui uma importante relação aos conceitos idealistas de sujeito e objeto: “as ficções que não evocam coisas ausentes, mas coisas inexistentes … aplicação ao campo das ilusões” (idem) que leva ao que se entrega a ela a acreditar que o objeto visado é real, eis o que é ideologia no sentido ideal, mesmo que não sejam objeto de conceitos liberais, são ainda hegelianos.
Este tipo de consciência leva “do lado do sujeito, ao eixo da consciência fascinada e da consciência crítica (idem), e aqui Ricoeur supõe que o imaginário, o simbólico, o mítico e o ficcional podem ter um valor de verdade, isto é, permitem descrever a condição humana, fazendo perceber novas possibilidades existenciais, e isto nos parece muito atual.
O que Ricoeur propõe é discernir as funções positivas tanto da ideologia como da utopia: esta constitui “uma interpretação da vida real (sendo) a expressão de todas as potencialidades de um grupo que se acham reprimidas pela ordem existente” (Ricoeur, 1986, p. 387-388).
Ricoeur entretanto, dá uma diferença essencial entre as duas, o tema do poder, e na medida em que “quer ser uma escatologia realizada”, deve ter a função, este é o problema, de “manter aberto o campo do possível” (1986, p. 389-390) e nisto entra a ética.
Escreve ainda uma pequena ética em discerne a ação uma nova cultura de paz ” e seu desafio é a mundialização da não violência”, “face externa da virtude da prudência” (1986, p. 402).
Nisto entra a função da ética da utopia, pois esta pode instaurar um bem viver “juntos”, que o autor deixa claro ao criar uma regra de ouro resumida como “viver a vida boa, com e para os outros, em instituições justas” (1990, p. 199-236).
Claro que isto remete ao conceito de bem que é o da vida boa, não adotar aqui o sentido jocoso de bon vivant não é isto, mas o bem da filosofia clássica, assim a cidade do futuro e não o governo do futuro, pois lá vivem cidadãos que fazem sua micropolítica, sendo aquela que vai em direção a cidade ideal pela “educação de todos para a liberdade, pela discussão” (1986, p. 400), embora é claro, isto exija um Estado ético, mas não é ele senhor das opiniões.
O estado ético, definido por Ricoeur define-o como“sua virtude é a prudência
RICOEUR, P. Du texte à l´action. Paris Seuil, 1986.
RICOEUR, P. Soi-même come un autre. Paris: Seuil, 1990.
As razões da 2ª. Guerra mundial
O post anterior mostrou a humilhação da Alemanha no trabalho de Versalhes, obrigada a devolver os territórios da Alsácia-Lorena a França, além de outros territórios que na verdade eram anexações, mas isto feriu o ainda forte sentimento nacional alemão.
Os mercados mundiais foram repartidos entre os mercados mundiais são repartidos entre França, Bélgica, Reino Unido, Holanda, Itália, Japão e Estados Unidos.
A política alemã com Hitler, que ascende ao poder em 1933, vira-se para o carvão e ferro da Sibéria, o petróleo da Romênia e Cáucaso e o trigo da Ucrânia.
O crescimento da Alemanha nazista como forma de bloquear a União Soviética. A invasão da Polônia, em 1º de setembro de 1939, por tropas e aviões alemães, não surpreenda, uma vez que o medo era a expansão Russa, mas a relação torna-se dúbia pelo claro desejo de Hitler de fazer novas anexações.
Outra humilhação inaceitável aos alemães ao término da 1ª. Guerra mundial foi desfazer os 100 mil homens desmilitarizando a Renânia (Região fronteiriça com a França), assim como o desmantelamento das fortificações situadas a 50 Km do Reno, acordo desfeito por Hitler.
A produção mundial estava reduzida a uma taxa de 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%.
Assim a Alemanha no Ocidente e o Japão no Oriente tentam explorar esta debilidade de mercado dos seus rivais e também os tratados anti-comintern (anti-comunismo) feitos com Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937), fazem crescer a militarização numa lógica que mais armas para a guerra provoca uma guerra.
O Japão em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, iniciando um longo conflito na Ásia, o que irá chocar-se com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra à aliança com a Alemanha e a Itália, formando o Eixo, enquanto outro bloco serão os Aliados, com apoio em muitos países (mapa).
O que se pretende demonstrar com fatos históricos é que as condições tanto do crescimento do militarismo, a crise de mercados gerada por problemas econômicos em diversos países e o sentimento nacionalista estão na base destas guerras e poiso a preocupação com o avanço deste sentimento exacerbado neste momento a nível mundial, é preciso prevenir, porque uma guerra agora pode ser catastrófica.
As Razões da 1ª. Guerra Mundial
Até aproximadamente o ano de 1914 a Europa exercia a supremacia econômica, política capacidade de produção mundial provocou uma grande disputa entre as potências mundiais, na procura por novos mercados consumidores e de novas fontes de matérias primas, crescia fora deste mercado a potência americana e japonesa.
A hegemonia Europeia era mantida pelo colonialismo africano e asiático, lembre-se da submissão da India até Gandhi, além de zonas de influência em áreas da África, Ásia e América Latina.
O chamado Velho Mundo achava-se acomodado a um modelo que começa a desmoronar com a Revolução Russa em 1919 e a humilhação da França na derrota de 1870 da Alsácia-Lorena (teve que ceder às regiões ricas em carvão e minério de ferro), então a tensão Alemanha e França eram constantes.
Ao lado dos verdadeiros blocos o Pan-Germânico e o Pan-Eslavo que incluía os domínios do Império Austro-Húngaro liderado pela Rússia, dá para entender os interesses de hoje na Turquia e região da Síria; na periferia vai brotar o conflito que desencadeia a 1ª. guerra, os enfrentamentos entre Sérvia e Áustria na península balcânica, os servios apoiados pelos russos, tentam conter a expansão da Áustria, mas esta anexa e Bósnia-Herzegovina, impedindo que a Sérvia incorpore outras regiões eslavas.
Por isso o estopim foi a morte em junho de 1914, do príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro o Arqueduque Francisco Ferdinando, assassinato em Sarajevo, sim a região que recentemente explodiu em conflitos Sérvio-Bósnio.
Acordo que defende a união de todos os povos de origem eslava da Europa oriental, incluindo os que estão sob o domínio do Império Austro-Húngaro, liderados pela Rússia que buscava uma saída para o para o Mediterrâneo.
Formam-se duas alianças: a Tríplice Entente: Inglaterra e França, que se opõe à expansão alemã, e depois recebem a adesão da Rússia, e a Tríplice Aliança: Alemanha, Austro-Hungria e Itália, mais tarde com os entra dos EUA que se disse agredidos pela Alemanha é forçado o Tratado de Versalhes que estabelece os novos domínios dos países (ver o mapa acima).
A Primeira Guerra Mundial plantou sementes para a Segunda Guerra, uma vez que o militarismo e o nacionalismo não desapareceram, ao contrário, surgiram novas formas de totalitarismo ainda mais arrebatadores das multidões, como o fascismo na Itália e o Nazi-fascismo da Alemanha.
Razões para a guerra
As razões da primeira e segunda guerra foram interesses nacionais, na primeira a tentativa alemã de isolar a França, aliando-se ao império Austro-Húngaro com o qual os laços culturais são mais fortes e ainda cortejou a Itália, a França por outro lado reagiu ao isolamento fazendo um acordo militar com a Rússia já que esta tinha interesses e de fato o fez, avançando sobre parte da Alemanha e Hungria.
A segunda, é mais presente na cabeça de todos, o eixo formado por visões ultranacionalistas de estado, Alemanha que avançou sobre a Áustria e subjugou a Polônia, alia-se ao eixo com a Itália fascista e o Japão, mas os interesses não eram outros senão os econômicos nacionais.
Vemos com preocupação os mesmos modelos ultranacionalistas renascerem, mas por trás deste modelo, um pouco já superado por um mundo globalizado, temos a indústria bélica.
Um documentário não tão recente, sobre As razões para a guerra é bastante esclarecedor, produzido nos EUA em 2005 poderia ser uma defesa do país, mas tanto quanto o sentimento nacional, o sentimento contra a guerra lá é igualmente forte, lembre-se a guerra do Vietnã, quanto protesto gerou nas camadas mais esclarecidas da população.
Mas o documentário não deixa de lado a pergunta da pessoa comum: “porque lutamos?”.
O documentário, em inglês Why the Fight, lançado em janeiro de 2006 lá e um pouco mais tarde no Brasil faz uma revisão dos investimentos militares nos EUA nos últimos 50 anos, mas traz também entrevistas desde acadêmicos e membros do governo até soldados e pessoas que sofreram as consequências da guerra.
O documento dirigido por Eugene Jarecki, com produção dele e de Susannah Shipman ganhou diversos prêmios e é uma análise sensata num momento de possiblidades de nova guerra.
Outro aspecto importante do filme é a fidelidade aos fatos, além de uma ousada análise de tudo que está por trás da indústria bélica americana.
Vale uma boa análise crítica sobre os problemas atuais com a Coréia do Norte e a Síria.
Primeiras impressões Moto G5
No dia 7 de março, a Motorola lançou oficialmente no Brasil seus novos modelos Moto G5 e Moto G5 Plus num evento realizado em São Paulo, a propaganda falava de design, desempenho e memória, mas é preciso esperar para ver a realidade.
Os modelos antigos Moto G sempre foram competitivos em preço, e no custo x qualidade acabavam batendo os concorrentes para o bolso do brasileiro, agora começando pela embalagem o modelo do carregador até o fone de ouvido “bolinha” a primeira impressão é muito boa.
Apesar da divulgação ser sobre o “acabamento em alumínio”, o Moto G5 seu corpo quase todo de plástico, sendo possível notar uma pequena chapa metálica na parte traseira, removível para dar acesso aos compartimentos de da bateria, dos chips SIM e do slot de armazenamento.
Entre as cores opcionais: platina, azul (safira) e preto, destaca-se a novidade do dourado.
O Moto G5 também diminuiu o tamanho, possuindo agora 144.3 de altura por 73 mm de largura, além de 9.5 mm de espessura, ou seja, mais fino que é o novo padrão nos novos modelos, é também mais leve com apenas 145 gramas.
Mas a grande surpresa são as características técnicas: tela IPS LCD de 5 polegadas com resolução Full HD (1080×1920 pixels), que dá uma densidade de 441 ppi, com Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Bluetooth 4.2 com LE/A2DP e GPS/A-GPS/Glonass/Beidu para localização.
Com o chipset Qualcomm Snapdragon 430 com oito núcleos e clock máximo em 1,4 GHz, GPU Adreno 505, 2 GB de RAM e 32 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via cartão microSD de até 128 GB, vem para uma competição forte no mercado.
O preço tá girando em torno de 900 a mil reais para o modelo comum, enquanto o plus em torno de 1500 reais.
Utilitarismo e logicismo
Parecem pouco conectados, mas o são totalmente como boa parte da ciência moderna, que viu no logicismo seu maquinismo de raciocínio e no neologicismo, do Circulo de Viena uma tentativa de recuperação.
Mas a principal ligação pode-se na ligação de Bertrand Arthur William Russell, 3.º Conde Russell, nascido em 18 de maio de 1872 e falecido em 2 de fevereiro de 1970 em Gales, um influente matemático do século XX e considerado também lógico e literato, uma vez que recebeu o prêmio Nobel de Literatura, em 1950, por ter “ variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento“.[
Teve 4 casamentos e recebeu o título de 3º. Conde pela Ordem do Mérito da Royal Society (OM-FRS).
Nele é possível observar a ligação entre o seu logicismo, e o utilitarismo de seu padrinho no mundo filosófico através do utilitarista John Stuart Mill.
Sobre o seu próprio pensamento admitiu que não foi profundo em nenhum deles, tendo escrito isto em sua própria autobiografica onde se considerou um liberal, um socialista e um pacifista, mas todos sem profundidade.
Apesar de todas estas contradições, sua autoridade moral advém do fato que lutou contra as a guerra do Vietnã, e mediou junto com Albert Einstein a famosa crise dos misseis em Cuba.
Escreveu um pesado livro contra o cristianismo: Porque não sou cristão, onde chega duvidar da figura histórica de Cristo.
A ligação do utilitarismo com o seu logicismo, mostra que ambos estão na raiz do pensamento liberal moderno que deu origem ao neoliberalismo, ou seja, uma forma de ver e julgar o mundo social, que tiveram em Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman seus grandes
Não existe economia digital ?
Os tecnófobos alimentam estas além de outras ilusões, aliás ganham dinheiro falando isto, mas a economia digital já atingia os U$ 110 bilhões em 2014, somente com os aplicativos Uber, Airbnb e Kickstarter; sem falar em smartphones, tablets e laptops.
A expectativa é que estes três aplicativos atinjam U$ 1 trilhão em 2017, o que é superior ao PIB de muitos países no mundo e um terço do brasileiro, se unirmos todos aplicativos provavelmente serão superiores ao nosso PIB.
Victor Reimann, de apenas 25 anos e um dos sócios da desenvolvedora e incubadora de projetos de economia colaborativa Engage, com sede em Porto Alegre, esclarece que esta economia “atraiu pessoas primeiro por uma necessidade de otimizar recursos”.
Yuri Faber criador da Zasnu, que oferece serviço de compartilhamento de veículos, afirma que “A recessão global fez as pessoas tomarem consciência de que um consumo colaborativo é bom para diminuir o custo e bom para todos”.
Eu sei em Berlim, a Justiça já baniu alguns serviços do Uber, também na Austrália na cidade de Melbourne, a prefeitura já multa motoristas que recebem dinheiro para transportar passageiros intermediados pelo aplicativo, mas no Brasil conheço vários amigos que viajam dividindo a viagem, e o número de pessoas que faz isto tornará impossível qualquer fiscalização, afinal não são carros da Uber ou de outros serviços, claro você precisa ter um bom carro.
O Airbnb hospedou mais de 120 mil pessoas durante a Copa, claro aproveitando da especulação da rede hoteleira além de precários serviços.
A economia digital vai crescer mais ainda, e mesmo os que ganham dinheiro falando mal dela, poderiam ter seus ganhos computados como economia digital, assim geram um curioso paradoxo: falar mal da economia digital faz ela crescer em números reais neste caso.