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Economia em baixa: hora de economizar
Vários sites ajudam o consumidor a fazer economia, comparam produtos, lojas, passagens aéreas, e há ainda aqueles que dão cupons de descontos para lojas virtuais, e mostram como praticar os melhores preços.
O Buscapé é sem dúvida um dos melhores sites para economizar, nele você encontra as ofertas organizadas por categoria, se quer os melhores preços é bom olhar este site.
Os sites Zoom e Bondfaro são concorrentes fortes do Buscapé na comparação de preços, um menos conhecido mas não menos eficiente é o JáCotei.
Com objetivo de oferecer preços comparativos em supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e alguns locais de Santa Catarina o aplicativo Meu Carrinho do grupo Buscapé, compara preços de 25 redes de supermercados cadastrados, entre elas: Extra, Varanda Zona sul, Pão de Açucar, Delivery, Sonda, Princesa, Mercaorama, Angeloni e outras,
Para ajudar as finanças pessoas com problemas financeiros, dívidas, seguros, cartões e consórcios, também com saúde e educação, o Konkero é um portal que pode ajudar muito os usuários.
Para comprar e vender carros, verificar preços de tabela, analisar diversas regiões do país o site iCarro é um dos mais versáteis.
Há inúmeros sites para viagens, passeios e voos, o melhor é verificar qual o melhor para região, ou seja, que empresas fazem voos, quais os possíveis locais de hospedagem e verificar se os pacotes não ficam mais baratos.
Mas não esqueça cartões de crédito só em último caso de necessidade, uso de cheque especial é quase uma agiotagem (chega a mais de 200% ao ano) e veja o que cabe no orçamento não esquecendo de deixar reservas para as emergências: pé no freio.
5 mitos sobre a tecnologia
Embora a tecnologia possa ter perigos, isto não é exclusivo dela, todos os meios que o homem usa podem provocar desvios de comportamento, vícios e consumismo, mas quase tudo que usamos é meio, desde roupas, livros e alimentos, até celulares, tablets e computadores.
Informativos on-line como Infomoney e Olhar Digital divulgaram seus mitos, apenas um eu repito aqui, a ideia que uso de celulares causem câncer de cérebro, não há nenhuma evidencia disto, apenas coincidências de pessoas que usaram muito celular e tiveram câncer, o que é diferente de provar que isto seja a causa.
Os outros 5 importantes são: que o uso de computador dificulta a leitura, de fato fazemos uma leitura diferente no computador, é um pouco cansativo ler continuamente no computador, mas páginas inteiras devem ser evitadas, porém a leitura de e-books é prática de muitos leitores, mas também há os que prefiram livros e os que usem os dois.
Outro mito é que os jovens estariam indo menos a bibliotecas por causa do mundo digital, fizemos um post com dados do site PewResearch Internet Project mostrando que isto é falso.
O terceiro mito, é que através do mundo virtual opõe-se ao real, isto infelizmente até sociólogos e pensadores sérios espalham, primeiro isto é um erro lógico, porque o virtual não se opõe ao real, não é irreal, mas apenas “potencial” no sentido de possível, sendo uma falta de conhecimento do significado da palavra que vem de virtus, que é a mesma rais de virtude.
O quarto mito é que a tecnologia de alguma forma se opõe a construção do humano, ou mesmo do humanismo ou de qualquer coisa positiva para o homem, isto é desconhecer que em toda a história humana a tecnologia sempre foi buscada para auxiliar o homem, claro há os instrumentos de guerra, a bomba atômica etc, isto é tecnologia destrutiva, mas cuidado com as generalizações, quase tudo que usamos de roupa a instrumentos de trabalho, quase tudo sofre e sofre constante mudança tecnológica no sentido de aperfeiçoar o instrumento.
O quinto é um mito filosófico do ocidente, a ideia que tudo que é objeto é desprezível e não deve impedir a relação humana direta, ora basta pensar em coisas do dia-a-dia: roupas, objetos de nossa casa, de nosso trabalho, os livros e é claro o próprio dinheiro e os objetos tecnológicos, eles estão “impregnados” de humanidade porque são parte da nossa relação os Outros, claro podem ser usados de forma positiva ou não, mas este decisão cabe ao homem.
Entenda o caso SwissLeaks
O nome foi criado em associação com o site que denunciou dados secretos americanos em um site que o net-ativista Assange construiu para divulgar informações secretas, revelando ações pouco morais de muitos governos ao redor do mundo, ele foi perseguido e acabou preso.
O caso SwissLeaks na verdade começou bem antes quando em 2007 uma lista de 106 mil clientes de alto perfil (leia-se muita grana) foram identificados nas contas do banco, envolviam políticos, pessoas do showbizz mundial, esportistas, traficantes de drogas e armas, foi Hervê Falciani, um ex-funcionário da área de TI que denunciou a filial Suiça do banco HSBC.
Na época o governo britânico e também o francês identificaram diversos sonegadores e os nomes ficaram conhecidos como “Lista Lagarde”, devido a prisões e tentativas de recuperar os recursos financeiros na Grécia, Espanha, Estados Unidos, Bélgica e Argentina.
O jornal francês Le Monde teve acesso recente a lista e repassou os documentos a um consórcio de jornalistas chamado ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists) que divulgou os dados, e impressionou o número de brasileiros envolvidos.
http://www.icij.org/
Os dados brasileiros incluíam 5,5 mil contas secretas de brasileiros, entre pessoas físicas e jurídicas, com um saldo total de U$ 7 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões de reais), com empresas brasileiras participantes de projetos governamentais, ficando famoso a empresa Queiroz Galvão, com escritório nas ilhas Virgens Britânicas.
Um livro que esclarece o jornalismo investigativo foi escrito por Paul Bradshaw “Scraping for Journalists” e está disponível em acervo on-line.
Empresa anuncia energia limpa
A empresa Tesla já havia anunciado no ano passado a construção no estado americano de Nevada uma super bateria de lítio-íon capaz de abastecer energia de várias cidades, pelo investimento de 5 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de real) em parceria com a japonesa Panasonic, agora anuncia um novo passo na energia limpa, o Powerwall que já está sendo desenvolvido em um armazém nos arredores de Los Angeles, anunciado na semana passada.
O equipamento Tesla Powerwall é para abastecer residências domiciliares a partir de painéis solares, e pode funcionar a noite, além de propiciar um backup seguro no caso de uma queda de energia, conforme notícia na Business Insider.
Em teoria o dispositivo pode ser montado em uma parede de garagem poderá tornar as casas completamente independentes de energia elétrica tradicional, usando só energia solar.
A ideia de energia solar pode mudar o padrão energético em todo globo, dispensando as anti-ecológicas (e muitas vezes antissociais) energia das hidroelétricas e as perigosas energias nucleares, e no anúncio feito no dia 1º. de maio, o fundador da empresa o norte-americano Elon Musk afirmou que o objetivo é transformar toda infraestrutura de energia do mundo inteiro até conseguirmos o ‘carbono-zero’ sustentável, resta se governos e empresas de energia vão deixar.
No final deste ano acontece em Paris a prestigiada UNFCCC ou Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climática que promete uma presença efetiva e uma pressão real em governos e empresas.
O que está sendo aprendido online ?
Um novo relatório sobre os MOOCs (Massive Open Online Courses) foi publicado no final de abril e pode mostrar avanços e retrocessos nestes novos meios de educação massiva.
O relatório, novamente financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates (o primeiro também foi e fizemos um post), foi coordenado por George Siemens, um especialista em tecnológica-acadêmica da Universidade do Texas em Arlington, e afirma que o entusiasmo frenético inicial parece agora um pouco mais brando: “É quase como de passássemos agora por um período vergonhoso em que esquecemos que estávamos pesquisando e como éramos cientistas, nos apressamos a tomar decisões e proclamar coisas que não eram de todo científica”, afirmou para a publicação do Wired Campus.
O objetivo então deste novo relatório é o de oferecer temas de investigação: o envolvimento dos alunos e o sucesso da aprendizagem, num processo de auto-regulação e aprendizagem social, análise de redes e aprendizagem em rede, incluindo: motivação, atitude e critérios de sucesso.
Siemens entendeu o básico das redes, por isto talvez afirmou ser vergonhoso, que sem o envolvimento dos alunos. “agora assunto de particular interesse”, torna-se apenas uma distração à distância e está “é literalmente apenas um clique de distância”, conforme o relatório publicado (download).
Cinco temas-chave de pesquisa foram identificados no relatório: o envolvimento dos alunos eo sucesso de aprendizagem, design Mooc e currículo, a aprendizagem auto-regulada e aprendizagem social, análise de redes sociais e de aprendizagem em rede, e motivação, atitude, e critérios de sucesso.
O engajamento nomes de relatórios aluno como um tema de destaque. Muitos estudantes matriculados em MOOCs são não-tradicionais, para ter certeza que eles estão envolvidos e capaz de ter sucesso em tal curso é ainda mais importante.
O professor Siemens disse que espera que o relatório ajude faculdades a tomaem r decisões inteligentes, com base em pesquisas e evidências, ao criarem seus campi digitais.
Tecnologia, ciência e renascimento
A arquitetura dos monges cirtercienses, foi seguida da gótica das catedrais medievais e os avanços técnico com uso de arco (sustentação de vão livre de telhados e até de pontes) foi produto da idade média, a invenção da prensa móvel (os tipos móveis chineses já existiam) e mais tarde a compreensão interiorizada (o silêncio da leitura era novidade) foi importante como o primeiro passo para a democratização da escrita e o aprendizado “scholar”, cuja palavra tem a raiz latina “escolástica”.
Entre as bibliotecas mais belas do mundo (veja a lista das top 10) está a da Abadia de Admont funda em Admont na Áustria em 1074 e embelezada 1776 com tons dourados, e a biblioteca e a biblioteca do monastério de Strahov na república Tcheca além da 1143, e fato pouco citado, os monges construída cerca de 3.500 bibliotecas no mundo medieval, o saber não era popular era verdade, mas foi um período de construção que culminou com a prensa escrita.
A disseminação da cultura escrita através de livros, vai iniciar um processo de democratização do aprendizado, que não era possível sem a reprodução de livros e inclusive a invenção dos óculos já que grande parte da população era míope, e permitiu uma propagação mais rápida das ideias, que facilitará o caminho para a expansão da razão, das ideias e da cultura.
tecnologia das grandes navegações permitirá não apenas a expansão marítimo-comercial Europeia, porém serão os avanços científicos que descobrirão um número extraordinário de novas espécies de animais e plantas, além de novas formações geológicas e climáticas.
Tudo isto está em cheque incluindo a própria tecnologia, devo mudar para um pensamento complexo e olhar para o planeta como uma pátria de todos, mas não se pode jogar fora o progresso e o avanço que o renascimento deu origem, talvez um novo re-renascimento.
No afresco do teto de Strahov (foto) feito no século XVIII foi chamado de O esforço da humanidade para obter a verdadeira sabedoria, penso que é este nosso esforço.
O ser, as coisas e valores
Que o ser está fragmentado, que o discurso e a cultura foram fragmentados no transcurso da modernidade todos sabemos, chamemo-la de líquida, gasosa ou virtual, não será pela adjetivação que resolveremos e colocaremos de volta a vida e a sociedade nos trilhos.
Reconhecer que as esferas pública e privada estão divididas e confusas quando não deveriam ser basta olhar os diversos níveis da “chamada vida pública” para saber que determinados estamentos (e não classes) tomaram conta do público e o tornaram privado.
O problema mais profundo é aquele que nos separada ou nos unes às coisas, sejam elas, dinheiro, tecnologia ou mesmo coisas intangíveis como ideologias, ideias e religiões, e ficamos não no campo da física, já que a meta-física que foi abandonada.
O problema é que as coisas intangíveis ou não são reconhecidas como tal, ou se reconhecidas são vistas separadas do Ser (e não do sujeito, categoria fragmentária da modernidade), já as coisas que se pegam (tangíveis) são vistas como “apropriações” apenas e não como coisas que devem ser pensadas também a partir do Ser, reclamava Husserl: “é preciso voltar as coisas por elas mesmas”, não queria o pai da fenomenologia separá-la do Ser, e sim exatamente o contrário construir, ou reconstruir o projeto ontológico, como no Ser e o Tempo (pdf).
O ser é mais geral, reclamou Heidegger, retomando a metafísica Aristotélica (livro B,4), lemos:
Ao se manter que o “ser” é o conceito mais geral, não pode isto significar que seja o mais claro e que dispense toda outra explicação. O conceito de ser é, ao contrário, o mais obscuro . (HEIDEGGER. 1960, p. 3).
Mas nós fixamos a lógica, as definições bem feitas, onde o Ser é indefinível, mas tão real quanto tudo o que é tangível, e então ficamos a procura do Ser que é.
Quem está aprofundando e tentando entender a profundidade deste Ser, as ciências ônticas (das coisas separadas do Ser, projeto idealista) não respondem por si mesmas , afirma Heidegger:
Toda ontologia, por mais rico e fortemente estruturado que seja o sistema de categorias de que dispõe, permanece cega e trabalha para a falsificação de sua mais autentica intenção, desde que não começa por esclarecer suficientemente o sentido do ser, e renuncia a compreender este esclarecimento como sua tarefa fundamental. (HEIDEGGER. 1960, p. 11).
Reclama Edgar Morin em A cabeça bem feita, ensinamos tudo, mas não se ensina o homem a aprender a viver, a ser cidadão, etc. no início do capítulo 2 do livro usa a citação do filósofo Blaise Pascal “não se ensina os homens a serem honestos”, poderíamos acrescentar a partir da Cabeça bem feita: não liga os saberes dando-lhes sentido, não se ensina a condição humana e sua relação com a natureza, que impõe limites, para nós (incluo os dois autores) a ontologia (ser) precede à ética, ao contrário do que pensam os especuladores líquidos da modernidade.
HEIDEGGER, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer, 1960. Versão alemã em função da tradução para o inglês fixando as páginas.
Operadoras continuam a crescer e faturar aqui
O grupo Telefônica, sua filial brasileira é dona da Vivo, já havia anunciado o aumento de capital para cerca de 3 bilhões de euros (em torno de R$ 9 bilhões) que serviu para financiar a fechar negócio com a operadora de banda larga brasileira GVT do grupo francês Vivendi.
A compra acertada com a Vivendi é em torno de 4,66 bilhões de euros (perto dos R$ 15 bilhões) segundo informações em diversos veículos à vista, que significa cerca de 12% da Telefônica brasileira, ou seja continuam ganhando dinheiro fácil aqui.
A Vivo tinha uma pequena dificuldade junto ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), pois existem operações concorrentes da TIM em seletas cidades do estado de São Paulo, e a GVT entrou a pouco tempo neste mercado mas com preços agressivos, mas ainda a cobertura e base de clientes é baixa, de forma que a unificação ainda não garante uma melhora do serviço no estado de SP.
Então qual o sentido da aquisição da GVT, as operações fixas da Vivo se concentram apenas no estado de São Paulo, integrando a GVT aos seus negócios, ela passa a ter uma presença em diversas capitais do país e operará com TV por assinatura, telefonia fixa, móvel e banda larga, ampliando o leque de serviços.
Esperamos que isto resulte em algum ganho de preço e melhora de serviços.
Estamento, corrupção e política
A estrutura de classes, em países onde houve um capitalismo fértil e duradouro, quase sempre com todas as contradições que lhes são inerentes: exploração, consumo, variações de preços e crises cíclicas, acabaram por desenvolver estruturas onde o estado intervém como mediador de conflitos e permite certas regalias em tempos de expansão econômica, mas onde a corrupção não é tolerada.
As estruturas herdadas em países saxões nas Américas diferem profundamente da estrutura de colonizações ibéricas que envolvem toda a América Latina, Max Weber analisou isto, explicando que esta se constitui numa teia de relacionamentos em determinado poder que influi em algum campo determinado de atividade, isto não é novo e tem origens históricas.
Nas palavras de Raimundo Faoro: “O estamento burocrático comanda o ramo civil e militar da administração e, dessa base, com aparelhamento próprio, invade e dirige a esfera econômica, política e financeira. No campo econômico, as medidas postas em prática, que ultrapassam a regulamentação formal da ideologia liberal, alcançam desde as prescrições financeiras e monetárias até a gestão direta das empresas, passando pelo regime das concessões estatais e das ordenações sobre o trabalho. Atuar diretamente ou mediante incentivos serão técnicas desenvolvidas dentro de um só escopo. Nas suas relações com a sociedade, o estamento diretor provê acerca das oportunidades de ascensão política, ora dispensando prestígio, ora reprimindo transtornos sediciosos, que buscam romper o esquema de controle”, na obra de Raymundo Faoro “Os donos do poder” (2ª. Edição é de 1973, editora Globo), que explica muito a realidade brasileira.
A concepção de Estado patrimonialista, é aquela em que a propriedade individual é concebida pelo estado, chamada por Faoro de “sobrepropriedade” da coroa aos seus súditos e também o Estado sendo redigido por um soberano e seus funcionários.
Estes setores, predominantemente de classe média que vão ocupar altos cargos em estatais, concessões, bancos (em vias de privatizações) quase sempre ligados ao poder político, acabam constituindo uma rede de favores que por fim orienta o poder político.
O fato novo no Brasil, junto com a classe C cuja sustentabilidade é duvidosa, pois parte dela é financiada por cartões de créditos, também empresas e setores estatais tiveram um inchaço devido a um grande plano de obras públicas, mas com poder de fogo limitado, e agora já em cortes cada vez mais profundos para reduzir o déficit público.
Se é verdade que a corrupção está nos estamentos, funcionários e servidores públicos, e de empresas estatais, também é verdade que há uma conexão bastante forte com setores políticos e sem a eliminação deste poder não adianta estabelecer regras, os corruptos são justamente aquelas pessoas que não querem cumprir as regras, ou relativizam estas.
Os saberes necessários ao futuro
Para inspirar podemos ler o que está inclusive em formato aberto no MEC (sim, e eles leram?) da Obra de Morin “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, como ele explica no início não se trata de um conteúdo para algum nível de ensino, mas saber como driblar na educação o ensino do que é conhecimento, pois “tendo em vista que nós sabemos que o problema chave do conhecimento é o erro e a ilusão” (Morin, ).
Porque isto é importante ? pergunta o próprio autor, e a resposta é algo inteiramente novo até mesmo para alguns educadores: “Porque o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade. O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução” do autor.
A educação tradicional faz apenas a construção, chame-se ela de educação: bancária, básica, construtivista ou até mesmo dialética, incorre sempre no mesmo erro: ensina a “crença”.
É preciso explicar o fenômeno da percepção, que é primário, mas esconde a realidade que não vemos, eis um exemplo claro do autor: “assim como os raios ultravioletas e infravermelhos que nós não vemos, mas sabemos que eles estão aí e nos impõem uma visão segundo as suas incidências” e por isto a percepção precisa de reconstrução, precisa de ex-plicação e precisa de estudo e teoria, aliás o violeta é uma boa cor para representar isto, por que “não vemos”.
E assim sabemos que não há “não há nenhuma diferença intrínseca entre uma percepção e uma alucinação”, eis a explicação entre erro e ilusão.
Entre os erros apontados pelo autor, um é importante para um mundo globalizado: “Outras causas de erro são as diferenças culturais, sociais e de origem” e assim não podemos ler o mundo árabe ou oriente com uma ótica do ocidente, é um erro gravíssimo.
O segundo buraco apresentado pelo autor é o “conhecimento pertinente”, poderíamos acrescentar também relevante, no sentido de conhecimento que é fonte, mas explica o autor: “um conhecimento pertinente, isto é, de um conhecimento que não mutila o seu objeto. Por que? Porque nós seguimos em primeiro lugar, um mundo formado pelas disciplinas”.
Os outros cinco são mais simples: a identidade terrena (estamos no mesmo planeta), ensinar a ética do “gênero humano”, ensinar as incertezas (a se questionar), a compreensão e a condição humana, isto é um pouco mais difícil, retornaremos a este tipo de “saber”.
Segundo o The Independent, a Finlândia acaba de abolir a divisão das disciplinas, mas aqui ainda precisamos pagar decentemente os professores.