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Arquivo para a ‘Economia’ Categoria

Guerra declarada e perigos

25 mar

Após a Rússia declarar abertamente que está em guerra com a Ucrânia em uma semana de fortes ataques com mísseis sobre Kiev, usando inclusive o espaço aéreo da Polônia, que gerou tensão, a Ucrânia respondeu com outro grande ataque a Criméia e as refinarias de petróleo.

O ocidente ficou em alerta porque o preço do petróleo deverá subir, e a tensão com a Otan e a Europa já está em níveis elevados, as declarações de Putin e Macron com provocações de ambas partes, a colocação de tropas russas na fronteira da Finlândia, e um atentado do Estado Islâmico a uma casa de shows em Moscou.

Desde o início o clima de tensão é o mais alto nesta semana da semana santa, não faltarão os falsos profetas e insufladores de ódio para piorar a situação, como disse Eduardo Galeano sobre a guerra aquilo que o ódio da guerra não fez a mídia completa, sempre houve analistas frios que pensam a guerra como política desde Sun Tzu sobre a arte da guerra, até Carl von Clausewitz foi ressuscitado para justificar a injustificável “arte” da Guerra.

O pequeno território autônomo da Transnístria (imagem) foi abalado pela derrubada de um helicóptero militar, está dentro da Moldávia e governado por forças pró-Rússia e é causa de temor da Moldávia que é membro da OTAN.

No outro fronte perigoso, dentre as muitas guerras pelo planeta é a crise na Palestina, é outra guerra de forte polarização, onde a solução da crise parece distante, com ódio cada vez maior de parte a parte e que pode se alastrar por todo oriente médio.

Além do problema do petróleo, o crescente perigoso na circulação marítima de grãos e produtos industrializados pode gerar uma crise de abastecimento e afetar o problema da fome que já é comum em muitas áreas do planeta.

Não se trata de visão apocalíptica nem profética, se ela existe é para poucos e a maioria são charlatães e especuladores, porém a crise civilizatória já tem um horizonte bastante visível.

Edgar Morin e outros analistas serenos e com bom senso clamam pela “resistência do espírito”, não deixar-se contaminar por este clima de ódio, violência e terror que assola quase todos os 4 cantos do planeta.

Conservar a alma e o coração puros e um espírito forte que enfrente as tempestades.

 

A verdade e as boas obras

22 mar

Não há verdade ontológica onde não ocorre o desvelamento do ser, e isto depende de sua realização mais profunda em contato com sua essência e deve produzir frutos para a vida, para o bem-estar pessoal e social e para os que creem para uma eternidade.

Os sofistas na antiguidade criavam verdades que podiam até ser lógicas, mas o objetivo era o do poder e de ter benesses junto aos que detinham fortuna e influencia, e isto não foi eliminado da vida cotidiana até os dias de hoje, grande parte da política é a negociação dos bens públicos, da fraude e para isto usam a não-verdade, e isto não é monopólio de um grupo.

Não há como manter esta lógica sem o autoritarismo, o cerceamento da liberdade e a calar a voz dos que sofrem com a ganância pelo poder e pela riqueza, grande parte da crise atual vem destes valores, ainda que culpem as mídias, elas estão também sob o controle destes poderes.

As mídias seguem a lógica ôntica na diferença ontólogica, desenvolvemos brevemente esta questão do modo como Heidegger e outros seguidores das diversas correntes ontológicas a veem, no âmbito da interpretação e do diálogo a lógica não podem ser ôntica, deve seguir a verdade ontológica que segue da fusão de horizontes no círculo hermenêutico (ver o post anterior).

O dualismo e a polarização seguem a verdade ôntica, culpar as mídias que nada fazem que não tenha sob controle de alguma forma, podendo ser até de algoritmos, o próprio homem, assim a lógica dual ôntica usada é instrumental e de certa forma sofismática porque visa o poder.

No domingo inicia-se para os cristãos a semana santa, a verdade ontológica que foi manifestada como ser na pessoa de Jesus tinha que ser destruída pelo discurso do poder, até mesmo o poder religioso da época que não podia acreditar que a verdade é lógica do Ser e do homem, quando ele manifestava suas boa obras, quase sempre confrontava o poder.

É preciso ser contra a corrente para inverter a lógica da facilidade, do dinheiro fácil através da corrupção, do poder pelo poder e do desserviço a sociedade.

 

Fim da história ou retorno das potências

11 mar

Quando Francis Fukuyama escreveu sobre o “O fim da História” estava sob o impacto da queda do Muro de Berlim em 1989, três décadas após Jim Sciutto disse na CNN que quando a guerra na Ucrânia começou, estávamos vivendo um “momento de 1939”, de fato, há uma ligação entre a primeira e a segunda guerra, o fim da segunda e a possibilidade de uma terceira.

O livro de Jim Sciutto “The Return of Great Powers”, fala sobre isto, “A invasão da Ucrânia pela Rússia faz parte disso, mas, na realidade, esta luta pelo poder tem impacto em todos os cantos do nosso mundo – de Helsinque a Pequim, da Austrália ao Pólo Norte. Esta é uma batalha com muitas frentes: no Ártico, nos oceanos e nos céus, nas ilhas artificiais e nos mapas redesenhados, e na tecnologia e no ciberespaço”.

Em primeiro lugar detectamos este fator secundário, mas fundamental ver a tecnologia não sob o prisma da dominação das mentes, do capital ou do socialismo, mas seu uso negativo em função das guerras e da luta pelo poder.

O Retorno das Grandes Potências analisa esta nova condição histórica, analisa esta nova realidade pós-guerra fria e pós queda do muro de Berlim, os governos russo e chinês cada vez mais alinhados e o ponto crítico de uma nova corrida armamentista nuclear global, e nos coloca uma questão: ao considerarmos resultados incertos, até mesmo aterrorizantes, será possível ao Ocidente, à Rússia e à China evitar uma nova Guerra Mundial?

Não é tão importante a análise feita por Jim Sciutto quanto os fatos e realidades que trás a tona para novos questionamentos e preocupações com resultados externos desta nova realidade mundial, um momento de forte turbulência no qual as possibilidades de paz vão se esgotando com o passar do tempo e o envolvimento cada vez maior de diversas nações.

O quadro da última semana aponta para isto, a Rússia não descartando um enfrentamento com o Ocidente e os Estados Unidos se preparando para um cenário de confronto nuclear, o retorno ao bom senso e ao desarme de espíritos exaltados passa por perdas e danos a algumas nações, não se trata de rendição, mas aceitação do quadro atual de “novo equilíbrio” para a paz.

Conforme afirma Edgar Morin é preciso neste tempo um espírito de resistência para um retorno ao caminho da fraternidade universal e a paz.

 

Perspectiva de guerra e embriaguez do espírito

19 fev

O tom e as ações de uma guerra sem escalas se ampliam, poucas são as nações e vozes que não estão sobre aquilo que o filósofo centenário Edgar Morin chama de “embriaguezes coletivas”, e clama que haja resistência capaz de reagir a todas as mentiras espalhadas.

O comandante das forças da OTAN Chris Cavoli, anunciou um exército de 90 mil homens, e um exercício chamado de Steadfast Defender 2024, que deverão ocorrer em maio, dele participarão 50 navios, de porta-aviões a destroieres, 80 caças, helicópteros e drones e mais de 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de infantaria.

A Rússia despista e diz que não invadiria a Letônia e a Polônia, tomou de vez a cidade de Avdviika (foto), um dos frontes estratégicos e onde a guerra está mais violenta, Zelensky diminui a perda afirmando que recuou para “salvar vidas”, entretanto a guerra continua sangrenta.

Em entrevista neste domingo (18/02) Putin diz que a Ucrânia “é uma questão de vida ou morte” para o país, a morte do opositor Navalny repercutiu no mundo inteiro e será um divisor de águas para saber aqueles que apoiam um regime claramente bélico e autoritário.

Na faixa de Gaza, a cidade de Rafah com milhões de refugiados palestinos segue sob ameaça israelense, um hospital foi invadido pois haveria uma notícia que “reféns estariam ali”, porém não foram encontrados, somente armamentos e com a invasão pacientes na UTI morreram.

Seguem os apelos internacionais para que Israel não coloque em risco civis que na sua maioria estão refugiados em Rafah e o Egito ergueu um enorme muro de modo que não podem fugir dali para o Egito e isto coloca em risco milhares de mulheres, crianças e outros civis que estão lá e não tem para onde fugir.

As negociações ficam mais difíceis em cada ação de Israel e o envolvimento do Irã e outros países árabes vai se tornando cada dia mais inevitável, será neste front que uma possível 3ª. guerra ocorrerá, a resistência do espírito reivindicada pelo centenário filósofo e educador Edgar Morin deve lutar contra os fanatismos e ódios que só disseminam a morte e a guerra.

Em uma entrevista anterior a publicada no jornal italiano La Reppublica, Morin havia dito: “toda a guerra encarna o maniqueísmo, a propaganda unilateral, a histeria bélica, a espionagem, a mentira, a preparação de armas cada vez mais mortíferas, os erros e as ilusões, inesperados e surpresas”, é preciso uma resistência do Espírito para a Paz.

 

Hipocrisia e poder

06 fev

Na análise de correntes políticas e ideológicas, a noção e o problema da hipocrisia é negligenciado, assim pode por defesa da democracia defender atitudes autocráticas, por combate a corrupção justificar elementos de corrupção ativa e passiva, aliás, a ativa que é o fato de se oferecer compensação ilícita (e não se diz o que é ilícito) e a passiva é quando um funcionário público recebe uma compensação indevida (quando é que pode) de terceiros.

O termo hipocrisia em grego antigo (hypocritás) é parecido ao atual, trata-se de quando um ator social intencionalmente age de modo simulado, em atos ou palavras, que escondem como pensa ou como de fato age, a regra hoje é dizer o contrário para confundir a opinião pública.

Como termo usado por autores contemporâneos, lembro Maquiavel, como críticas da razão política, e Foucault, que a vê como elemento central das relações de poder, embora sua análise se desloque para o campo psicológico.

A psicopolítica de Byung Chul-Han desloca-se para o campo midiático, o autor acredita que o poder da mídia digital facilita este tipo de relação, embora não a chame diretamente de hipocrisia, mas dá uma receita interessante no seu livro “O que é poder”, “⁠A perda moderna da fé, que não diz respeito apenas a Deus e ao além, mas à própria realidade, torna a vida humana radicalmente transitória”, assim não há nada perene, uma vez que tudo muda.

A base da hipocrisia moderna é induzir o homem a acreditar numa vida de facilidades, o que Byung Chul-Han chama de excesso de positividade, aboliu-se a dor e o sacrifício, “Esquece-se que a dor purifica. Falta, à cultura da curtição, a possibilidade da catarse. Assim, sufocamo-la com os resíduos [Schlacken] da positividade, que se acumulam sob a superfície da cultura de curtição”.

Isto torna o homem mais feliz, a resposta é o contrário do que a sociedade promete, a depressão, a bipolaridade e o tédio são as doenças contemporâneas, “A depressão é o adoecimento de uma sociedade que sofre sob o excesso de positividade”.

Homens e mulheres se libertos desta sociedade do desempenho, dos exercícios, de uma ascese desespiritualizada, sem atitudes de desconfiança e persecutórias, tornam-se mais afáveis: “Homens e mulheres comuns, tendo a oportunidade de uma vida feliz, se tornarão mais gentis e menos persecutórios e inclinados a encarar os outros com suspeita”.

É possível restabelecer a confiança mútua, as relações saudáveis, a empatia e a fraternidade tornando a sociedade mais sadia e menos conflituosa.

HAN, B.C. O que é poder. Trad. Gabriel Salvi Philipson. RJ: Petrópolis, Vozes, 2019.

 

Resistência ou catástrofe

30 jan

Assim diz o artigo do centenário pensador e educador Edgar Morin, no artigo para o Jornal italiano La Reppublica, estamos “nos encaminhando para prováveis catástrofes”.

E pergunta: Isso é catastrofismo? Essa palavra exorciza o mal e dá uma serenidade ilusória. A policrise que estamos vivendo em todo o planeta é uma crise antropológica: é a crise da humanidade que não consegue se tornar Humanidade, a palavra policrise já foi utilizada pelo autor em outros contextos: a do pensamento, a crise ecológica e social, agora acrescenta uma antropológica, outros autores dizem a crise da idade do antropoceno.

Ele como outros autores apontaram para esta crise, mas acreditavam que era possível uma mudança de rumo, agora já parece tarde demais, “não sabemos se a situação mundial é desesperadora ou realmente desesperada”, não significa com ou sem esperança, como ou sem desespero, temos que passar para uma Resistência, e agora diferente daquela da 2ª. guerra na qual a França estava ocupada pelos nazistas (foto), agora o mundo está ocupado pela polarização e pelo ódio.

Os fatos e situações nos arrastam para uma guerra sem precedentes, “estamos condenados a sofrer a luta entre dois gigantes imperialistas com a possível intervenção bélica de um terceiro”, assim diz o autor, “a primeira resistência é aquela do espírito, que deve ser capaz de resistir à intimidação de todas as mentiras espalhadas como verdade e o contágio de todas as embriaguezes coletivas”, pede um espírito de sobriedade e de quem crê, de fé e esperança.

Hoje devemos saber como resistir ao ódio e ao desprezo, “requer o esforço de compreender a complexidade dos problemas sem nunca ceder a uma visão parcial ou unilateral. Requer pesquisa, verificação das informações e aceitação das incertezas” escreveu Morin.

Esta “resistência também implica na coordenação de associações que se dediquem à solidariedade e à rejeição do ódio. A resistência prepararia assim as jovens gerações a pensar e agir pelas forças da união, da fraternidade, da vida e do amor”.

Não se trata de achar onde há justiça em algum tipo de ódio, mas odiar o próprio ódio, não se trata de fazer torcida para este ou aquele lado da guerra, mas fazer guerra a própria guerra.

A resistência que Morin pede deve envolver todas as pessoas de boa vontade e a solidariedade entre aqueles que realmente além do discurso, sabem as consequências de uma guerra assim.

 

Guerra no Baluchistão

22 jan

Creio que a maioria das pessoas ignora a existência desta região que chega a ser 44% do território do Paquistão, ela foi bombardeada pelo Irã na semana passada (16/01), em resposta o Paquistão bombardeou o Irã iniciando um conflito que pode escalar entre os países, na mesma semana que bombardeou alvos na Síria e Iraque.

Segundo o Paquistão os mísseis da quinta-feira (18/1) tiveram como alvo “esconderijos terroristas” e mataram 9 pessoas, tudo isto significa que o exercito da Guarda Revolucionária Islâmica se pôs em ação, assim como crescem as tensões entre Houthis e EUA no mar vermelho.

Algo pouco divulgado, mas que é estratégico na economia mundial é a rota econômica que se inicia em Gwadar no Baluchistão até Kashgar (China), a China tem investido em rotas terrestres.

A região do Baluchistão (mapa) tem mais de 12 milhões de habitantes, é rica em minério de ouro e é considerada uma espécie de “terra sem lei”, porém mais que o interesse econômico, o que a guerra ali desperta é o alerta e a prontidão da Guarda Revolucionária Islâmica que sinaliza contra Israel em tensão na faixa de Gaza.

A guerra da Ucrânia também piora as tensões, a retórica dura do governo francês de Macron, que afirmou que “a Rússia não pode ganhar a guerra” endurece as tensões da Otan com os duros ataques a diversas cidades Ucranianas provocando um caos no país.

As narrativas procuram justificar à direita ou à esquerda aquilo que é óbvio, sofre a população civil, numa escala maior a população mundial se uma recessão vier, pioram as relações desde as econômicas até as sociais e a paz fica cada vez mais distantes.

Não há justificativas para uma “guerra justa”, se no passado as rígidas divisões territoriais e a “riqueza das nações” (um clássico de Adam Smith, que Marx leu para escrever o Capital) eram uma realidade, hoje só a justificativa do poder e da ganância justificam um neocolonialismo.

Rompe-se com a verdade, com o bom-senso e até mesmo com a razão, para poder justificar uma lógica de poder, já na antiguidade afirmava Platão: “Se surgisse uma cidade de homens bons, é provável que nela se lutasse para fugir do poder, como agora se luta para obtê-lo, e tornar-se-ia evidente que, na verdade, o governante autêntico não deve visar ao seu próprio interesse, mas ao do governado” (Platão, A República).

 

Guerras, narrativas e crueldade

18 dez

Foi assustador que em tempos de pandemia haviam grupos, pessoas e até mesmo líderes que pouco se importavam com a morte repentina de pessoas que eram contagiadas pelo vírus da COVID-19, era de se esperar um aumento da solidariedade e da compaixão, mas não ocorreu.

Agora com as guerras que vão se escalando e atingindo países que orbitam em torno de ideologias despertam um sentimento de ódio, vingança e terror que beiram a psicopatia, não ter condolência com a morte brutal de um ser humano, seja quem for, tem certa psicopatia.

As narrativas não faltam, atém mesmo o fatalismo apocalíptico, como se justificasse a maldade humana por algum sentimento religioso sincero, tudo aquilo que não é amor e compaixão jamais deveria estar ligado a uma ligação divina ou a um sentimento humanitário sincero.

A gigante de mídia social chinesa Tik Tok divulgou dados de contas falsas que disseminaram desinformação sobre a guerra da Rússia com a Ucrânia na quarta-feira passada (13/12) com a tentativa de “ampliar artificialmente narrativas pró-russas” diz textualmente o relatório.

O site direcionava vídeos a usuários ucranianos, russos e da Europa, falsamente rotulados como veículos de notícias oficiais, procurando confundir os reais dados da guerra.

Também sobre a guerra contra o Hamas os dados divulgados nem sempre são aquilo que realmente testemunhas, não apenas pró-palestina, mas de órgãos presentes para ajuda humanitária em Gaza dão conta que há mortes de civis e crueldades também contra a população que não é toda muçulmana e nem pró-Hamas, não significa de forma alguma justificar os atos terroristas do Hamas e sim apenas estabelecer a verdade.

Felizmente as conversas entre os presidentes da Venezuela e da Guiana (foto), apesar de não haver nenhum acordo sobre o território de disputa de Essequibo, foi acordado a disputa no campo diplomático sem envolver forças militares, esperamos que a palavra se mantenha.

Os Estados Unidos voltam a mover forças marítimas próxima a Coréia do Norte devido a disparos com mísseis balísticos intercontinental o que causou reação imediata americana.

O cenário de final de ano é preocupante pelas forças envolvidas, até o momento países como Irã, Turquia, Catar, Síria e Iêmen potenciais aliados contra Israel se mantém nas ameaças diplomáticas, já países árabes como Arábia Saudita,  Iraque e Egito ainda se mantém em pressão diplomática, uma guerra total na região seria catastrófica e desencadearia uma guerra global.

 

Ucrânia sem avanços, Hamas em apuros e Guyana

11 dez

O inverno está só no início e a Ucrânia vive em constantes bombardeiros feitos por drones em Kiev, no front poucos avanços a chamada contraofensiva não aconteceu devido a estratégia da Rússia de instalar minhas no front de combate, único avanço da Ucrânia foi atravessar o rio Dnipro ao Norte, no campo das negociações pouco ou nada se faz.

Com o domínio da Rússia e o recuo na ajuda à Ucrânia, não só nos países do ocidente, mas também nos EUA, onde as promessas de apoio são barradas no congresso, crescem o número de governos nacionalistas e que preverem manter as reservas nacionais do que apoiar uma guerra externa, já a Finlândia e Suécia que temem um ataque russo reforçam seu arsenal, e no caso da Finlândia fechou-se a fronteira.

Com um ataque em meio a guerra, o Hamas viu Israel sair das negociações de tréguas e a guerra reiniciou, não há perspectiva de paz e os países árabes tentaram aprovar uma resolução na ONU de trégua, porém os Estados Unidos, aliado de Israel, vetou.

O Hamas segue sofrendo pesadas baixas com Israel presente maciçamente ao norte da faixa de Gaza (foto), certamente os líderes devem estar fora do país, porém sua estrutura bélica em Gaza vai sendo destruída, mesmo o complexo de túneis construídos que davam ao Hamas segurança e mobilidade, alguns feitos debaixo de hospitais que usavam como escudo humano.

O perigo que o Hamas não contava era o apoio estratégico e militar dos EUA, porém é cada vez mais forte a oposição do Irã e de alguns países árabes, onde há grupos parecidos ao Hamas, como é o caso do Hezbollah no Líbano, nas últimas oras Hassan Fadlallah, liderança política do grupo disse que os ataques aéreos de Israel são uma nova escalada de guerra contra o grupo.

Há mais de 70 pequenos conflitos em todo globo, não são esquecidos aqui, falamos dos golpes e violência na África Subsaariana, no oriente há sempre tensão entre China e Taiwan, porém na escalada de uma terceira guerra entra em cena a disposição da Venezuela de invadir a região de Essequibo, hoje pertencente a Guyana que é rica em petróleo.

O Brasil já enviou tropas para a fronteira, no momento trata-se apenas de preservar o território nacional, porem Lula oscila entre apoio e crítica a Maduro que aprovou uma consulta popular sobre o assunto, os Estados Unidos mandaram aviões para a região em exercício militar aéreo em apoio a Guyana.

A boa notícia é que há uma rodada de diálogo marcada para a próxima quinta-feira (14/12) entre Guyana e Venezuela, porém para a Guyana não está em questão ceder parte do seu território, a região de Essequibo representa mais de 70% do território e é rica em petróleo.

 

O problema da água

22 nov

Uma das graves diferenças entre os países desenvolvidos os em desenvolvimento é a grave crise mundial dos recursos hídricos ela tem uma correlação direta com as desigualdades sociais.

Em regiões onde a situação de falta d´água estão em índices críticos, como alguns países árabes e até mesmo da américa latina e principalmente no continente africano, onde a média de consumo de água por pessoa é de dezenove metros cúbicos/dia, ou de quinze litros/pessoa pode parecer exagerada, mas deve-se considerar banhos e lavagem de utensílios e roupas.

Só para efeito de comparação em Nova York há um consumo de água doce trata e potável de dois mil litros/dia por pessoa, claro que é um exagero, lava-se roupas e utensílios com água potável.

Segundo a Unicef menos da metade da população mundial tem acesso à água potável, a irrigação corresponde a 73% do consumo de água e 21% vai para a indústria, apenas 6% é para o consumo doméstico enquanto um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não tem acesso a água tratada.

Na America Latina onde o problema de uso dos recursos hídricos é tratado, há uma grande negligencia com o saneamento básico em regiões carentes. 

Um bilhão e 800 milhões de pessoas não contam com serviços adequados de saneamento básico e assim tem a constatação que dez milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água, um recurso básico para a vida a água é negligenciado.

Dar de beber a quem tem sede não é uma frase de efeito, é uma necessidade vital.