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A tradição e a verdade do devir
Muito do que se prega e se vive em nossos dias é a tradição, aqui não vista como o pensamento que construiu a história da humanidade, mas apenas costumes e hábitos repetitivos e aparentemente “estáveis” que o tempo se encarregou de mudar.
É assim que a religião que deveria construir uma verdadeira ascese do devir, ou do vir-a-ser constrói laços preconceituosos e tradicionalistas que impedem o progresso da humanidade.
Não por acaso combaterem Giordano Bruno e Galileu Galilei, suas obras representavam uma mudança na visão de mundo, neste caso uma visão cosmológica, mas a cosmovisão significa antes de mais nada uma visão ampla dos fenômenos e da vida.
O mundo não muda porque pensadores que deveriam apontar para o futuro mostram apenas seus temores, sua arrogância fixa em conceitos da tradição e sua falta de criatividade.
Em uma passagem que Jesus e seus discípulos comiam espigas com as mãos e os tradicionalistas exigiam o cumprimento da lei de lavar as mãos, o Mestre mostra que as palavras destes homens não coincidiam com suas atitudes.
Diz Jesus na passagem bíblica de Marcos (Mc 7:6-8): “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”.
É neste sentido que diz o parágrafo seguinte (Mc 6, 9): “Vós sabeis muito bem como mudar os mandamentos para seguir a tradição”, e também é de certa forma este o sentido que diz o evangelista Mateus (Mt 5, 20): “Se a vossa justiça não for superior a dos escribas e fariseus, não entrareis no rei dos céus”, eis a essência da moral cristã que bem observada é universal.
A moral e seus diversos conceitos
Pensamos em moral como moralismo, o puritanismo ou “certa” moral cristã, ela como um todo envolve o amor e assim envolve também o diálogo, mas a moral é mais confusa ainda porque se mistura com a moral idealista kantiana e a moral do estado, a chamada “justiça”.
A moral helênica, da antiguidade clássica é uma fusão da moral grega quando esta se difunde pela Ásia Menor e pelo Mediterrâneo vai se encontrar com o “direito” romano, que é uma moral de estado nascente, mas separa-se desta como uma forma de estoicismo.
Este período foi chamado pelo historiador alemão Johann Gustav Droysen (1808-1884) pela primeira vez de helênico, e incluem entre os pensadores Plotino, Cícero, Zenão e Epicuro, guardam noções geométricas e astronômicas que se fundem com as ideias morais, conhecemos grandes frases deste período, mas não o pensamento como Droysen o fez.
Pode-se sintetizar em duas correntes, o individualismo moral ou a moral “interior” e o neoplatonismo de Plotino, que é parecido ao pensamento de Agostinho de Hipona, mas diversos quanto na moral teleológica, para Agostinho o mal é a ausência de bem, não oposto.
A moral kantiana é essencialmente individualista, “age de tal forma que seja modelo para os outros” enquanto a moral do estado será as regras que geriram o contrato social (post anterior), a moral cristão enquanto correntes desde o tempo de Jesus pode ser farisaica e tradicionalista (o que se chama fundamentalista), em essência deveria ser universal.
Amar a todos incluindo os inimigos não é o que fazem a maioria dos moralistas religiosos, sua essência ainda é o “combate do mal” e não a sua superação através do amor e nunca do ódio.
As primárias americanas
Depois de um fiasco tecnológico, curioso que isto aconteça nos EUA e aqui duvidem das urnas, sai os primeiros resultados com 62%, mais curioso ainda é o sistema de contagem pois embora Bernie Sanders lidere, de fato um candidato a esquerda, os resultados até a noite de ontem eram:
Pete Buttigieg lidera com 26,9% dos delegados do estado para indicarem o candidato, enquanto Sanders logo atrás em 25,1% dos valores, seguem a senadora Elizabeth Warren com 18,3%, Joe Biden com 15,6% e Amy Klobuchar com 12,6%, um deles irá disputar com Trump que ganhou lá.
Pode-se especular sobre os verdadeiros motivos do atraso, suspeitas a parte, o crescimento de Bernie Sanders pode significar uma polarização futura nas eleições uma direita radical contra uma esquerda (nos moldes americanos) também radical, é quase uma tendência mundial.
O importante é entender por que isto ocorre, e claro se espalha por toda a sociedade, primeiro a dificuldade em situações extremas de pensar sobre situações políticas quando os discursos foram para extremos e segundo porque a imposição de um presidente radicalizado desperta reação.
É possível retomar a serenidade e voltar a refletir sobre os urgentes e dramáticos problemas mundiais, da ecologia a distribuição de renda, seria saudável para a democracia, para os cidadãos e para a cultura conforme refletimos ontem sobre os indicados para o Oscar que tem o dedo de dois diretores brasileiros, porém o cenário americano e mundial preocupa.
Radicalização favorecem a ditadores, nunca a democracia, creio que quando Alexis Tocqueville escreveu “Democracy in America” (1832) não poderia supor uma radicalização deste tipo.
A crise cultural e espiritual
A modernidade dividiu em objetivismo e subjetivismo questões que no homem são inseparáveis, a primeira porque devemos ter relações concretas com os objetos mesmo aqueles que são intangíveis, o objeto de uma forma de pensamento é também subjetivo, assim como o que pensamos sobre um objeto concreto, sendo pensamento é subjetivo.
O problema fundamental é que toda forma de pensamento deve estabelecer claramente o que se pensa sobre aquele objeto e é aceito como um conhecimento estabelecido, uma episteme e não uma mera opinião (a doxa dos gegos) e o que é possível pensar de novo, eis o epicentro da crise atual.
Não se sabe ao certo o que é o pensamento estabelecido sobre determinado objeto, ou seja a tradição epistêmica sobre ele, e nem se sabe qual é de fato as novas possibilidades de pensar sobre ele, eis a crise de um modo geral, assim qualquer tentativa de dar um tom espiritual ou meditativo sobre um assunto, surge apenas como mera fuga da realidade e não tem nada de novo.
Mudar as bases do pensamento nem é atitude voluntária, vamos mudar porque não está bom, nem é atitude orto-doxa, criando uma palavra para o diálogo epistêmico devia ser uma orto-episteme, isto é uma relação com a tradição, mas que possibilite mudança, enfim o novo.
No aspecto espiritual isto significa conhecer o que se fez até hoje como religação e relação com aquilo que é além do natural, o sobre-natural e aquilo que a realidade contemporânea existe, uma relação concreta (erroneamente chamada de subjetiva, pois é espiritual) com as necessidades e o próprio pensamento contemporâneo com exigências de mudanças.
Não há nada de novo nem no pragmatismo realista nem na “fuga” espiritual, não produz nem ação nem contemplação verdadeiras.
Identidade na visão de uma mística
Chiara Lubich, nascida na Italia em 22 de janeiro de 1920 completaria hoje 100 anos, entre muitos ensinamentos que encontrei em sua filosofia este é ainda pouco conhecido e parece oportuno ao momento da humanidade, pois fala de identidade, e começa comentando Hegel, este escrito quase foi queimado não fosse uma pessoa que o escondeu em um cofre.
24 de outubro de 1974
… (texto original em italiano)
Hegel: non é vero che l´essere che existe é statico, ma dinâmico. Tra l´essere e il il non essere, viene fuori il divenire. Tesi, antitesi, sintesi. Il nulla serve, perché se non serebbe l divenire. Il nulla adquista um valoe filosófico, um ruolo particolare. Aplicando uma “concezione trinitária” (cóse disse lui), c´é l´essere, il non essere ed il divenire. Il divenire non é qualcose imperfetta, ma la sintesi ta l´essere ed il non essere. Non si puó sostenere completamente il princípio di identitá perché essere e non essere non si appongono assolutament, perché trovano la síntese nel divenire.
(tradução livre)
Hegel: não é verdade que o ser que existe é estático, mas dinâmico. Entre ser e não-ser, o devir surge. Tese, antítese, síntese. Nada disto é necessário, porque não seria possível o devir. Nada disto tem um valor filosófico, um papel particular. Ao aplicar uma “concepção trinitária” (como ele disse), existe ser, não ser e devir. Tornar-se (devir) não é algo imperfeito, mas a síntese de ser e não-ser. Não se pode apoiar plenamente o princípio da identidade, porque o ser e o não ser não se opoem absolutamente (não podem ser fixos), porque encontram significado na síntese no devir.
Isto não apenas derruba as teses que buscam identidades fixas e chamam de líquidas ou corrompidas identidades que admitem um não-ser de diálogo, na verdade são elas a fonte inspiradora para um mundo mais integrado.
Humildade e Autoridade
O estereótipo que Nietzsche cria sobre a moral contemporânea estabelecendo a diferença entre a dos escravos/rebanho (que é a da bondade, humildade e piedade) e a dos senhores que é a da alegria, inventividade e da vida, pode parecer exagerada mas é ela que o idealismo criou, e foi fortalecida pelos estatutos do Estado, do Indivíduo e do cientificismo reducionista.
O filósofo Kant do idealismo proclamou duas ideias sobre a humildade, a primeira sobre a humildade moral que “é o sentimento de pequenez do nosso valor, comparado com a lei” e a segunda que é “a pretensão de, por meio da renúncia, adquirir algum valor moral, valor moral oculto”, com um pouco de análise fica claro que é uma falsa humildade, usada para o poder.
É possível estabelecer uma relação justa da autoridade com a humildade, embora não seja simples esta relação, ela é possível quando feita como serviço, desprendimento e potencialidade para que possa exercer, assim não é uma humildade piegas, já que é preciso ter consciência de autoridade.
O exemplo bíblico é muito ilustrativo para isto, a autoridade de Jesus perante o povo e os discípulos jamais foi feita como estrutura de poder, mas com a autoridade de quem sabe o valor e o “potencial” que tem para exercê-la, porém ao pedir para ser batizado por João Batista e ao lavar os pés dos apóstolos exerceu uma humildade da verdadeira autoridade.
A sociedade contemporânea precisa menos autoritarismo e mais autoridade com humildade.
Democracia ou política identitária
Tão logo se popularizou o termo, inicialmente política identitária, aquela dos gêneros, raças e culturas que buscam algum respeito e direitos, não faltaram aqueles que apressadamente já se lançam sobre o tema e não aprofundam a questão
Entre os que aprofundam o tema, está o cientista política e pensador americano Mark Lilla, cuja especialidade é a história da intelectualidade, já que falar em filosofia não é mais comum, professor da Universidade de Nova York, tem um dos artigos mais lidos sobre o tema, e tem um vídeo de sua participação no Fronteiras do Pensamento.
Faz três perguntas essenciais: o que é democracia hoje? Como os jovens encaram seus ideais? Como a solidariedade se tornou uma defesa radical da individualidade?
Esta última parece estranha, mas não é, postamos inúmeros comentários sobre o idealismo e a sua profunda influência na cultura contemporânea, a história intelectual de Mark Lilla vai num outro caminho, mas não deixa de tocar esta questão essencial: o individualismo.
luta pela igualdade conquistou direitos e transformou a sociedade de forma louvável e inquestionável. Até que algo mudou. A busca por um mundo melhor passou a ser a luta para que o mundo me reconhecesse.
Mark Lilla explica as mudanças geradas por este novo paradigma. O que é democracia atualmente? Como os jovens encaram seus ideais? Como a solidariedade se tornou uma defesa radical da individualidade?
Seu artigo mais lido no ano passado no New York Times, enfatiza que as identidades e as bandeiras de grupos minoritários, a chamada política identitária abraçada pelo Partido Demorata, é a principal responsável pelas seguidas derrotas da esquerda nos Estados Unidos, estaria certo ? se olharmos as eleições brasileiras creio que está certo.
Antes de mais nada não se trata de abandonar estas justíssimas bandeiras, mas repensá- las para tornar o progresso da humanidade de novo possível e evitar um retrocesso.
Segue o vídeo de Mark Lilla, lembrando que as legendas podem ser ativadas:
Aporética e maiêutica digital
No período pré-socrático, a filosofia chamada sofista tinha como pressuposto criar discursos para favorecer os governantes e isto logo levou a democracia grega a definhar e a um relativismo moral, Sócrates que viveu no séc. IV a.C. propôs um método para enfrentar isto que foi desenvolver a maiêutica, um método de perguntar que desenvolvia o logos.
Porém o estado aporético que de vivia era necessário mais que perguntar, um interlocutor devia abandonar seus pré-conceitos e o relativismo das opiniões exigia algo mais do que apenas perguntar, algo que fizesse um parto no pensamento novo, daí o nome maiêutica que era a arte de parir, assim não se tratava de “criar” conhecimento, mas de o parir.
Não há dúvida que o meio digital tornou-se torcidas de “opiniões”, a doxa como chamava os gregos, mas pode-se parir e indagar no meio digital ? é possível uma maiêutica digital, o caso não é apenas o modo como torcidas (claques em Portugal) se organizam, mas como são manipuladas por sofismas, hoje atualizada como “fake news”.
O sofisma existe na história, nunca deixou nem deixará de existir, em tempos digitais o problema é o processo viral, mas os grupos editoriais através de jornais e canais de TV já fizeram isto e sempre houve uma maiêutica que se contrapôs a manipulação aos fatos.
Retornemos ao método de Sócrates, este não tinha inicialmente saber algum, não fazia seus juízos segundo a tradição, os costumes, as opiniões, nem era dono de um episteme, ou um método elaborado, apenas perguntava, o problema hoje é que as questões são amplas e a modernidade já criou um saber “organizado” (no sentido sistemático e não como verdade), mas podemos usar isto para uma nova maiêutica digital, repelindo discursos equivocados.
Penso que não por acaso que a Inteligência Artificial esteja evoluindo, mas a inteligência prática, a phronesis unida a techné e a própria práxis (que é, portanto, uma parte da prática) poderão ajudar, então o discurso de Martha Nussbaum faz muito sentido.
Muita gente fala em manter o “foco” (mas ele pode estar errado) ou inteligência emocional, que desligada de uma sabedoria prática (a phronesis) pode cair em paralisia ou alienação.
Tudo o que temos hoje não é devido o mundo digital, embora afete o mundo, ele é um complexo meio e por isto é incorreto vê-lo como causa final ou inicial, nem mesmo foi a revolução industrial que causou isto, mas o conjunto de valores e sentimentos construídos na sociedade moderna, que nada mais são que uma forma de ser-no-mundo, um dasein como Heidegger mostrou.
Os recursos digitais parecem bem-vindos, mas ainda temos a barreira dos pré-conceitos, uma hermenêutica humana elaborada é necessária.
Disrupção, sabe as palavras mais usadas?
Para que vocês usam hashtags? para expressar um pensamento, fazer pressão ou para criar “torcidas”?
O ano 2018 será marcado por diversas disrupções, entre elas a inteligência artificial que chegou para ficar, você pode pensar que ela está longo, mas aonde há mais código não é nem no celular no facebook, mas no carro, por isto é uma disrupção.
A segunda é o uso de palavras no Instagram que tornaram-se comuns e nem todo mundo conhece, a hashtag #instagood deveria ser usada só para as melhores fotos, mas os usuários acabaram usando tanto que é a segunda palavra mais usada no Instagram (com número de uso de 574.190.28, abaixo apenas de #love que passou de 1 bilhão.
A terceira no Instagram também é pouco conhecida e comprida: #photooftheday, mas se ler direitinho vai ver que é simples: a foto do dia, mais de 407 milhões, se for unida a outra palavra usada no mesmo sentido # picoftheday provavelmente seria a segunda.
Será um pouco difícil saber qual foi a palavra “da moda” em 2018, mas em Portugal por causa de um programa de humor “Gato Fedorento”, a palava “esmiuçar” conhecida dos brasileiros, aqui entrou na moda em 2009, por causa do excelente humor Ricardo de Araújo Pereira, prometi ler ele o ano passado (vejam meu post) e não me arrependi.
Ainda não há uma palavra eleita, a iniciativa em Portugal é da Porto Editora, há votações no site www.palavradoano.pt até dia 31 de dezembro, portanto só no ano novo saberemos.
Em inglês eu leio em sites que entraram na moda o “perf” de perfect e a “lineswoman”, o nosso juiz de linha em inglês seria o árbitro do futebol americano, creio que pode significar mulheres decididas ou tomar decisão.
No Brasil, fake news foi muito usada, além dos usos eleitorais de #elenão e #mito, nada mais despolitizado, deu no que deu, nem mesmo o futuro governo tem um futuro claro a frente.
A evolução de situações de fundamentalismo religioso em todo mundo, e talvez agora também no Brasil poderá criar uma nova palavra, mas sem dúvida há um retorno ao nacionalismo e às fundamentações religiosas sem precedentes na história, até o pacífico budismo está afetado.
Que palavra foi usada para isto, além de fundamentalismo? Por enquanto nenhuma. Que palavra foi usada para o retorno ao nacionalismo, até na Europa? Nenhuma, então minha conclusão em meus posts, há um problema de diagnóstico, a palavra seria noite do pensamento, uso então uma palavra grega: Aporia.
O caso do nascimento de Jesus
É dogma cristão que Jesus era Deus, e se de fato ressuscitou então o era, mas o fato que nasceu não é dogma, apesar de controversas no texto bíblico de Lucas (2,1-5), houve um recenseamento em seu tempo e ficou registrado.
“Naqueles dias apareceu um edito de César Augusto, ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado. Esse recenseamento foi o primeiro enquanto Quirino era Governador da Síria. E todos iam-se alistar, cada um na própria cidade. Também José subiu da cidade de Nazaré na Galiléa para a Judéia, na cidade de Davi, chamada Belém, por ser da casa e da família de Davi, para se inscrever com Maria, sua esposa, que estava grávida”.
Mas a controversa não é o Censo e o nascimento de um menino chamado Jesus, e sim o fato que quando Quirino era prefeito da Síria e Herodes rei da Judéia, lembre-se que Herodes queria matar o menino que seria “rei” achando que roubaria seu trono, e depois faz um infantíssimo, acontece que isto não é simultâneo com Quirino na Síria, mas é só uma querela.
O fato é que também não foi fácil, primeiro tiveram que ir a Belém, terra Natal de José uma imposição do censo, e não encontraram casa, depois tiveram que fugir para o Egito devido a morte das crianças que Herodes mandou por não saber quem era o menino-rei.
Enfim os tempos não eram fáceis, comparado ao nosso tempo podemos dizer que é Natal sim, apesar da data ser imprecisa, para nós cristãos, os que não creem também fazem festa, é um tempo para ter esperança, desejar a “clareira” e lutar para um futuro melhor.
Desculpem os que fazem outra leitura do cristianismo, mas quem perseguiu, quem matou e torturou foi o império romano, os cristãos e o povo simples, as crianças mortas por Herodes, eram inocentes.
Serão tempos difíceis, mas aqueles que lutam pela justiça não devem perder a esperança, em Lc 3,6: “E todas as pessoas verão a salvação de Deus”.