RSS
 

Arquivo para a ‘Física’ Categoria

O prêmio Nobel da Física vai para …

04 out

O alemão naturalizado americano Rainer Weiss, Barry Barish e Kip S. Thorne,ondasBuracoNegro cientistas americanos do laboratório LIGO (Laser Interferometer Gravitational- Wave Observatory) do MIT, que detectaram as ondas gravitacionais previstas na Teoria da Geral Relatividade de Einstein (1915), cem anos depois em experimento de setembro de 2015.

A observação que comprova a existência das ondas gravitacionais aconteceu no dia 14 de setembro de 2015, quando detectaram as tênues vibrações emitidas por dois buracos negros que giram em torno um do outro, a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra.

O fenômeno explica como a gravitação ocorre, embora isto já houvesse visto de modo particular, já em 1970 os astrônomos Joseph Taylor e Russel Hulse mostraram que as estrelas giravam ao redor delas mesmas e, com isso, perdiam energia, portanto ondas gravitacionais agora existem experimentalmente.

Por esta descoberta, Taylor e Hulse foram laureados com o Nobel de Física em 1993.

Mas a mudança geral mais importante é a mudança na nossa concepção de espaço-tempo, uma vez que estas ondas mudam a ideia que estas dimensões são absolutas, fonte de todo mecanicismo e até mesmo o idealismo filosófico, onde tempo e espaço são absolutos.

Hoje durante o dia será anunciado o de Química; na quinta, o de Literatura (5/10); e, na sexta (6/10) o da Paz, já o Nobel de Economia só será anunciado na segunda-feira (9/10).

 

Algumas razões para ser cientista

13 set

O livro gratuito com este nome, reúne trabalho de diversos cientistas nacionais ABelezaEIntuiçãoconhecidos, tais como Marcelo Gleiser, José Leite Lopes que conta um pedaço da história da física no Brasil, e o trabalho que destaco aqui de Constantino Tsallis, apesar de grego é praticamente um brasileiro, e assim como Marcelo Gleiser destaca o aspecto da beleza que deve ser destacado com uma das melhores razões para ser um cientista, no caso deles, pesquisadores em física.

Tsallis é candidato ao Nobel da Física, e o próprio trabalho que provavelmente o premiará ele fala de beleza, queria deixar a constante de Boltzmann, fundamental para a entropia, para a mecânica estatística e principalmente para o problema do equilíbrio da energia, já neste trabalho dizia que queria deixar o resultado mais elegante e acabou ampliando e modificando.

No seu capítulo do  livro começa contando sua história: “apesar de se considerar totalmente latino-americano, Tsallis conta que herdou dos pais, gregos, o amor pelo conhecimento e pela beleza. Ele está sempre em busca da forma mais bela possível em seu trabalho de pesquisa.”

Ainda criança a família mudou para Argentina, e gostava de todas matérias, menos “contabilidade”.

O desenvolvimento do importante trabalho que poderá dar o Nobel da Física, conta Tsallis que desenvolveu em 1988 uma generalização da estatística da constante Boltzmann-Gibbs e da Termodinâmica, atualmente usada em diversas aplicações, que pode lhe dar um Nobel.

A curiosidade, segundo ele, é característica necessária para um bom pesquisador.  “Algumas pessoas olham aonde o rio vai parar; outras de onde aquele rio vem. Para fazer física é preciso ter a curiosidade de saber de onde vem o rio, não muito para onde ele vai.”.

Afirma que segue uma intuição estética: “sempre que escrevo equações, a forma final é a mais estética”.

Quando procurava na estatística uma equação que generalizava a entropia de uma forma tão bonita que deveria estar certa.

Foi assim que chegou à forma final de sua teoria como é conhecida hoje. “A maneira que você apresenta predispõe a uma espécie de sonho que vai além daquela equação”, afirmou Tsallis à entrevistadora Carolina Cronemberger.

O livro Algumas razões para ser um cientista, está disponível online, e foi publicação pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Física, instituição de nosso provável Nobel: Constantino Tsallis.

 

Uma constante e um possível Nobel da Física

28 ago

Constantino Tsallis (1943- ), do Santa Fé Institute é um grego que está no Brasil,AentropiaMaxBoltz e é candidato ao Nobel da Fisica deste ano, ele também tem nacionalidade brasileira e argentina, como ele gosta de dizer: “ele e a torcida do Flamengo torcem para este Novel da Física”.

Ele retrabalhou a constante de Boltzmann a ponto de torna-la mais genérica, mais aplicável e a ponto de mudar o nome dela (ou criar uma constante mais geral) chamada de Tsallis.

A constante de Boltzmann (k ou kB) é a constante física que relaciona temperatura e energia de moléculas, os kMols como aprendemos (ou não) nas aulas de Física.

O nome deve-se ao físico austríaco Ludwig Boltzmann (1844-1906), que fez as mais importantes contribuições para a mecânica estatística (sendo até considerado seu fundador), na qual a sua constante tem um papel fundamental. O seu valor experimental, em unidades SI, determinado em 2002, é:

k = 1,3806503. 10^-23 J/K

A forma mais simples de chegar à constante de Boltzmann é dividir a constante dos gases perfeitos pela constante de Avogadro.

Mas a contribuição não para aí, o mais importante conceito que vem da física é o da entropia, e juntamente com Maxwell (embora nunca tenham trabalhado junto), constituíram o que é chamado de distribuição de Maxwell-Boltzmann para visualizar a distribuição da velocidade das partículas em temperaturas diferentes.

Constantino Tsallis, um físico grego-americano que atualmente trabalha no Brasil, ao revisar a constante de Boltzmann, segundo ele próprio apenas pela beleza das equações,

Formulada em 1988 por Constantino Tsallis como uma base para generalizar a mecânica estatística padrão, pode-se dizer quase a refundando, é uma generalização da Entropia de Boltzmann–Gibbs, já que a Particúla de Gibbs foi recentemente confirmada experimentalmente e é também um resultado fundamental para a Física Padrão.

A relevância física da teoria de Tsallis já é amplamente debatida no cenário da literatura física mundial, mas foi só na década passada, que pesquisadores mostraram que a matemática de Tsallis descreve mais precisamente os comportamentos em lei de potência em uma larga gama de fenômenos, desde a turbulência de fluidos até os fragmentos criados nas colisões de partículas de altas energias.

Constantino Tsallis é candidato ao Nobel da Física e estará no evento EBICC da USP-SP.

 

 

A consciência e qual a origem da Vida

25 ago

Já pontuamos aqui, em posts anteriores, o problema da consciência histórica, TeoriaDasCordasna leitura romântica de Dilthey cujo “seu ideal é decodificar o Livro da História” (Gadamer, 2006, p. 11), e a questão da consciência apontada pelo próprio Gadamer como o “problema de introduzir o problema hermenêutico a partir da perspectiva de Husserl e Heidegger” (idem, p. 10), e que na verdade o autor aborda sua Lebensphilosophie (idem), a filosofia da vida.

O problema da consciência agora visto como uma metamatemática , ou ainda como um problema da complexidade, não é apenas um problema de uma constante, de uma sequência previsível, que pode explicar muita coisa, mas não um Alfa e Omega, princípio e fim, diríamos quase simultâneos.

Sejam quais forem as cosmogonias e escatologias pensadas por seres humanos, todas terão algo em comum, temos consciência de um princípio e fim, e assim podemos dizer que temos consciência de que a consciência “escatológica” existe.

A pergunta na cultura cristã que deveria ecoar sobre a consciência, e indiretamente da nossa existência já que ela é vida, Jesus faz uma pergunta certeira aos seus seguidores, no evangelho de Marcos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Eles responderam: “João Batista; outros, Elias; outros, ainda, um dos profetas”. “E vós”, perguntou ele, “quem dizeis que eu sou?” perguntando sobre qual o tipo de verdade eles se deparavam ao caminhar com Ele e ver os fatos e ideias que divulgava.

O fato que não temos resposta definitiva para a questão da consciência, já atentava Gadamer é um problema da Lebensphilosophie, isto é, do que pensamos sobre a vida, e em ultima instância sobre a vida dos Outros, não são os Mesmos, isto é, o Ego.

O que deve ecoar em nossos corações é que não podemos dizer o que somos, ou quem somos e tomar consciência de nossa própria consciência se não pensamos o nosso Ser como parte de uma humanidade diversa, onde o Outro é parte do Ser.

As equações e complexidades que definem a vida, não podem anular a vida que se escoa numa escatologia terrena que se dirige a uma eternidade divina, seja na Teoria do Big Bang (um início do tempo) ou na Teoria das Cordas (na ilustração, um abismo no tempo), a explicação física (algo existe) ou ontológica(o Ser existe), temos sempre consciência da necessidade da consciência, e ela deveria nos guiar.

 

GADAMER, H.G. O problema da consciência histórica, 3ª. Edição. Rio de Janeiro: FGV, 2006

 

O problema da consciência e algoritmos

24 ago

O matemático e cientista da computação Gregory Chaitin, que é argentino-americano eChaitin está na Universidade Federal do Rio de Janeiro, formulou ainda jovem a partir da complexidade de Kolmogorov, contribuições na formulação de uma teoria da informação algorítmica e meta-matemática, que foi desenvolvida a partir da formulação do teorema da incompletude de Gödel, já citado aqui nos posts anteriores e sua relação com a Máquina de Turing e Alonzo Church, que deu origem a computação digital moderna.

Chaitin definiu uma constante que leva seu nome e usa o símbolo Ω, um número real cujos dígitos são equidistribuídos, e que é por vezes informalmente descrito como uma expressão da probabilidade de que um programa aleatório será interrompido.

A constante Ω tem a propriedade matemática de ser decidível, mas não computável podemos dizer separa o problema de Hilbert-Gödel do problema de Turing/Church, mas mais do que isto, dá uma chave para resolver problemas no campo da biologia (a obtenção de uma definição formal de “vida”, origem e evolução) e neurociência (o problema da consciência e do estudo da mente).

Em epistemologia, Chaitin propôs que tanto na lógica matemática quanto  na teoria dos algoritmos, os “fatos matemáticos que são verdadeiras por qualquer razão, eles são verdadeiros por acidente. Eles são fatos matemáticos aleatórios”. Chaitin propõe que os matemáticos devem abandonar qualquer esperança de provar esses fatos matemáticos e adotar uma metodologia semi-empírica.

Neste sentido cria uma metafísica da matemática, ou uma metamatemática, capaz de elaborar algoritmos que proponham uma lógica da vida e até mesmo da consciência, a partir daí são possíveis os estudos da biologia e da mente por formulações desta metamatemática.  

Gregory Chaitin estará na USP no evento EBICC, no início de novembro deste ano abordando o tema da consciência a partir de sua perspectiva.

 

 

Substância do universo: o corpo sagrado

15 jun

Ao contrário do que se supõe, substância é aquilo que há de permanente nas AlfaOmegacoisas que mudam e, portanto, o fundamento de todo acidente, e tudo está em mudança no universo então qual a substância primordial, qual a gênese de todo universo ?

As interpretações podem se dividir em três correntes: há aqueles que reconhecem apenas uma substância (monistas) destacam-se Spinoza e Leibniz, os que reconhecem duas substâncias (dualistas) que é fundamento do idealismo moderno, ou a mais comum que são os pluralistas, as correntes “puras” que vem do platonismo e do aristotelismo.

Tudo que existe é ser para monistas e pluralistas, então o ser é constituído de uma pluralidade de elementos que o fundam como substâncias, mas para estes elas podem ser hierarquizadas ontologicamente, para monistas há somente uma hierarquia que é a monada inicial, na interpretação de Spinoza e Leibniz ela é Deus, na concepção da ciência moderna, um corpúsculo de concentração eletromagnética onde ocorreu o Big Bang.

Há quem conteste o Big Bang, o filósofo Nick Bostrom de Oxford afirmou que “A probabilidade de estarmos vivendo dentro de uma simulação é próxima de 100%”, algo parecido ao Matrix, mas negar a substancialidade do universo é negar uma evidencia apodítica (aquela que se aceitar sem demonstração).

O filósofo Franz Brentano, recuperou uma categoria da escolástica chamada intencionalidade, para definir o que é consciência como aquilo que é dirigido a algo, seu aluno Edmund Husserl usou isto para definir consciência como algo intencional.

Se pensamos assim, mas importante que existir o universo, e ele ter sua substancialidade (o seu corpus), é que algo ou alguém teve intencionalidade deste primeiro objeto, ou seja, o criou de maneira “consciente” e chame-o como quiser, ele é um Ser, pois existe.

Se admitirmos sua materialidade, mesmo a luz pode ser observada em sua influência num corpo gravitacional (veja nosso post sobre a observação da Nasa), mesmo as existências do homem podem ser demonstradas em sua evolução agora sabemos de mais de 300 mil anos, temos que admitir a substancialidade e considerar como plausível a ideia da mônada inicial, então há um “corpo” formado deste Ser original consciente.

Teilhard Chardin, paleontólogo e padre jesuíta, considerava todo o universo o Corpo de Cristo, mais que um corpo místico, um corpo cósmico substancial, se de alguma coisa é feita este universo, ela está guardada na sua fonte e consciência primária inicial;

As evidências apodíticas que precisamos para admitir um Corpus Divino, alfa e ômega, princípio e fim, talvez precise pouco para ser admitido, mas na falta deste pouco ainda resta aquilo que chamamos de fé, nunca cega e nem contrária a razão.

 

Observada a relatividade no espaço

13 jun

Em raro fenômeno observado em telescópios, cientistas do  Space Telescope Science Institute, em Baltimore, Maryland, observaram a posição de uma estrela distante girar ligeiramente, enquanto sua luz se inclinava em torno de um anã branca na linha de visão de observadores na Terra, fenômeno causado pela Teoria Geral da Relatividade, o resultado foi publicado na revista Nature.

Usando o telescópio espacial Hubble observou a dobra leve devido à gravidade de uma estrela anã branca próxima, liderada por Kailash Sahu, um astrônomo no Space Telescope Science Institute, em Baltimore, vendo que sua luz se inclinava em torno de um anã branca, calculando a quantidade de distorção foi possivel aos pesquisadores calcular diretamente a massa da anã branca que é 67% a do Sol.

A equipe de Sahu estudou uma anã branca conhecida como Stein 2051 B, na constelação Camelopardalis, ela está  a 17 anos-luz da Terra, sendo a 6ª. anã branca mais próxima da terra.

Em oito observações entre outubro de 2013 e outubro de 2015, a estrela observada por Sahuparecia mudar ligeiramente e para trás, seu deslocamento era pequeno o equivalente a uma pessoa em Londres assistindo uma formiga rastejar em uma moeda em Moscou, mas foi o suficiente para confirmar que a gravidade de Stein 2051 B estava dobrando a luz da estrela de fundo.
Em 1919, o astrônomo britânico Arthur Eddington e seu time observaram a luz dobrando ao redor do Sol durante um eclipse solar total, confirmando a teoria de Einstein.

Desde então, os pesquisadores viram a luz de galáxias distantes se dobrando em torno da gravidade das galáxias intervenientes, mas o novo trabalho é a primeira vez que alguém observou um único objeto – a anã branca – aparentemente faz com que uma estrela de fundo mude.
A equipe do Sahu já iniciou outro projeto para procurar este fenômeno usando Proxima Centauri, que a 4 anos-luz, sendo a estrela mais próxima da Terra.

 

 

A crise, as coisas e o nada

07 jun

A crise, as coisas e o nada separamos agora com as coisas, e faz a perguntaNada essencial: entre as coisas existe o nada ?

Alguém desavisado poderia fazer a falsa perguntar não deveria perguntar antes pelo Ser do que pelas coisas e pelo nada? Sim o nosso filósofo esclarecerá isto, mas a modernidade coloca a questão da relação entre as coisas e nela nasce o dualismo de separação entre as coisas.

Esclarece Mário Ferreira, que “os escolásticos como Tomás de Aquino que seguem a linha aristotélica, afirmavam que tempo e espaço são entes da razão (entia rationis), mas fundados nas coisas com fundamento in re [coisa], pois há entre as coisas distâncias e suceder, que permitem generalizar os esquemas da experiência, até formar os conceitos abstratos de tempo e espaço, que o racionalismo moderno separou totalmente dos fatos, esvaziando-os destes, que neles se dão.” (pag. 32)

Esclareceu que espaço e tempo serão conceitos fundamentais para o pensamento moderno: “mas esvaziados de todo conteúdo fáctico, são entes conceituais, cujo conteúdo implica o despojamento de tudo que acontece facticamente … “ (idem).

Para analisar estes esquemas Mario Ferreira recorre a psicogênese, porque dirá que o fato que os esquemas serem construídos, pela experiência, à posteriori irá remeter no esquema Kantiano conforme sua psicogênese, a existência de positividade à priori, “o que é inegavelmente uma positividade do pensamento Kantiano.” (idem)

Então fará a pergunta essencial sobre o nada: “se as coisas se dão no espaço e elas se separam, como o limite o revela, entre elas se interpõe o espaço. Mas que espaço?”

Aqui se separa conforme afirma o modelo de Demócrito em há um vazio entre as coisas e o de Lorentz, um espaço cheio.  Também no início da modernidade Leibniz propôs a monadologia.

Estamos, portanto entre duas afirmativas (pag. 33) uma que afirma a presença do nada, de um ausente absoluto, e outra que afirma a presença do ser, no qual não há interstícios nem fronteiras, porque enche tudo, e esta psicogênese cria “um esquema de relacionamento das coisas, sem que se lhe dê uma presença real, de per si.” (idem).

Assim esta é a tensão, não o dualismo, entre o nada e o ser, ou se preferirmos a separação entre as coisas e a relação entre elas, a primeira é racionalista e “é um agravamento da crisis”.

Descobrindo a relação entre o finito que “a finitude só se pode dar onde há alguma coisa, pois permite medir. O nada é imensurável, o nada seria um abismo sem fim.” (pag. 34)

Em nota de rodapé esclarece: a impossibilidade de um nada absoluto, entre ilhas do ser, é por nós demonstrada apoditicamente (por evidência), em Filosofia Concreta.

O importante deste argumento, é que por ele pode-se afirmar “a eterna presença do ser, no qual estamos imersos e que nos sustente, o qual nos permite comunicação …” (pag. 35) e então a crise não é tão profunda, ela tem graus, afirma nosso filósofo.

SANTOS, Mario Ferreira dos. Filosofia da crise, São Paulo: É realizações, 2017.

 

Vontade de Potência (ou poder)

25 mai

Se desejamos penetrar na lógica do poder, e o poder é tudo que nos convém VontadeDePodere não a felicidade apenas, Nietzsche é o mestre.

Vontade de Potência ou de Poder (“Der Wille zur Macht”) é um conceito da filosofia de Nietzsche que é usado como base na construção de todo seu pensamento, para ele ela esá em tudo na vida, não se limita somente na vida orgânica, indo desde reações químicas até a psique humana.

Teilhard Chardin dava outro nome que era a ideia de vitalização, ou seja, a vida cada vez mais complexa, e o homem é o máximo da complexificação da vida, ocorre por um processo de cerebralização, e assim significa que estamos em “evolução”, mas não necessariamente em potência ou poder.

Tomás de Aquino, falava em ato e potência, e potência e o que “virtualmente” está contido no ato, por exemplo, plantamos uma semente e virtualmente é uma árvore.

O nosso problema contemporânea, reflexo em toda civilização ocidental em particular, mas em todo planeta é se o nosso atual processo de empoderamento no sentido de desenvolvimento está correspondendo a uma felicidade geral, ou seja, somos felizes?

Certamente toda a humanidade diria que não, uma das doenças contemporâneas era o stress, tornou-se a sindrome do pânico, e a depressão dá sinais de crescimento tão assustadores quanto outras doenças físicas, como o câncer e a AIDS.

Mas a hipótese de Nietszche contrasta com a física quântica moderna, já que sua primeira suposição é que total da força que existe no universo é determinada, não infinita, enquanto a astrofísica se depara com um universo em expansão e com forças potências ainda não mensuradas devidas aos buracos negros.

Mas da teoria de Nietzsche reduz-se que o número de situações, e as combinações dessas forças são mensuráveis, ou seja, também determinada e finita, como se supõe no universo laplaciano, e não é o mesmo Universo de Einstein e Heisenberg.

Na terminologia de Nietzsche a Vontade de Poder é uma lei originária, sem exceção nem transgressão.

Assim no dizer do filósofo a Vontade de potência não é algo criado, ou que dependa de condições especiais, como na religião ou em teorias precedentes, mas ela advém da própria realidade das coisas, é preciso assim, como pressupõe a fenomenologia de Husserl voltar as coisas mesmas, para determinar o que de fato elas são.

NIETZSCHE, Friedrich. Vontade de Poder. RJ: Editora Contraponto, 2008.

 

O que havia antes do Big bang ?

08 fev

Uau alguém resolveu responder isto ? e ainda outras perguntas “por que estamosUniversoInfante aqui?”, “quando o universo começou?” e “como?”, mas a questão que mais incomoda sem dúvida é “o que aconteceu antes do big bang?”, alguém o criou, a ideia de Deus então é plausível.

Se vai ler isto fique claro que não vou responder, minha resposta já existe e é religiosa: Deus, mas li no Gizmodo que Sean Carroll do California Institute of Technology. Carroll fez uma palestra no mês passado num encontro que existe bianual da American Astronomical Society na cidade de Grapevine, Texas, onde ele falou quais seriam as teorias possíveis de um pré-Big bang que poderiam dar origem a um universo semelhante ao nosso.

Claro que isso é só uma especulação e nem sequer é uma teoria, pois Carrol afirmou que “Até o momento, essas não são leis estabelecidas da física que nós não entendemos nem as checamos de maneira alguma”, outro físico que estava com ele Peter Woit foi mais longe, “nós não entendemos o que está acontecendo neste caso, … nós realmente estamos no escuro.”

Mas há coisas que podemos afirmar, por exemplo, a tal da entropia, quanto mais o universo se expande mais entra em desordem, na verdade ele tem uma “desordem” de natureza muito baixa, quer dizer isto acontece de modo bem devagarinho, deram como exemplo, uma bomba perto de um monte de areia que explodisse e espalhasse toda areia, mas logo em seguida, o “universo” arrumaria estas areias em montinhos de novo aparentemente sem nenhuma ajuda e sem nenhum motivo aparente para fazer isto.

Um estudante de PhD, Stefan Countryman, aluno de Columbia, explicou ao site que o Big Bang poderia ter liberado uma grande massa de entropia (espalhamento grande), mas ao contrário as galáxias e aglomerados de galáxias, parecem estar todos organizados, com enormes vazios de espaços negros (massa e energia escura) entre eles, então temos ordem.

Isto então significa que o Universo que é pouco desarrumado, antes do Big Bang poderia estar mais arrumado ainda, poderíamos dizer uma “ordem perfeita”, minha interpretação, que no dizer dos físicos é assim: “Tem muita gente que acha que o começo do universo ele era simples, calmo e sem muita coisa, com pequenas ondulações, e que esse é o lugar natural para o começo do universo”, mas não é, o que haveria é provável, seria um “multiverso” bastante ramificado, ou seja, corpos ramificados e sem conexão, mas ao mesmo tempo “ligados”.

Esta teoria bem aceita, mas incompleta é chamada de “Big Bounce”, ou teoria da “inflação”, uma imagem feita de universos infantes (os que surgem da inflação) saindo do universo pai é a que mostramos acima, com licença de copyright de Jason Torchinsky, autor da figura acima.