RSS
 

Arquivo para a ‘Física’ Categoria

A crise, as coisas e o nada

07 jun

A crise, as coisas e o nada separamos agora com as coisas, e faz a perguntaNada essencial: entre as coisas existe o nada ?

Alguém desavisado poderia fazer a falsa perguntar não deveria perguntar antes pelo Ser do que pelas coisas e pelo nada? Sim o nosso filósofo esclarecerá isto, mas a modernidade coloca a questão da relação entre as coisas e nela nasce o dualismo de separação entre as coisas.

Esclarece Mário Ferreira, que “os escolásticos como Tomás de Aquino que seguem a linha aristotélica, afirmavam que tempo e espaço são entes da razão (entia rationis), mas fundados nas coisas com fundamento in re [coisa], pois há entre as coisas distâncias e suceder, que permitem generalizar os esquemas da experiência, até formar os conceitos abstratos de tempo e espaço, que o racionalismo moderno separou totalmente dos fatos, esvaziando-os destes, que neles se dão.” (pag. 32)

Esclareceu que espaço e tempo serão conceitos fundamentais para o pensamento moderno: “mas esvaziados de todo conteúdo fáctico, são entes conceituais, cujo conteúdo implica o despojamento de tudo que acontece facticamente … “ (idem).

Para analisar estes esquemas Mario Ferreira recorre a psicogênese, porque dirá que o fato que os esquemas serem construídos, pela experiência, à posteriori irá remeter no esquema Kantiano conforme sua psicogênese, a existência de positividade à priori, “o que é inegavelmente uma positividade do pensamento Kantiano.” (idem)

Então fará a pergunta essencial sobre o nada: “se as coisas se dão no espaço e elas se separam, como o limite o revela, entre elas se interpõe o espaço. Mas que espaço?”

Aqui se separa conforme afirma o modelo de Demócrito em há um vazio entre as coisas e o de Lorentz, um espaço cheio.  Também no início da modernidade Leibniz propôs a monadologia.

Estamos, portanto entre duas afirmativas (pag. 33) uma que afirma a presença do nada, de um ausente absoluto, e outra que afirma a presença do ser, no qual não há interstícios nem fronteiras, porque enche tudo, e esta psicogênese cria “um esquema de relacionamento das coisas, sem que se lhe dê uma presença real, de per si.” (idem).

Assim esta é a tensão, não o dualismo, entre o nada e o ser, ou se preferirmos a separação entre as coisas e a relação entre elas, a primeira é racionalista e “é um agravamento da crisis”.

Descobrindo a relação entre o finito que “a finitude só se pode dar onde há alguma coisa, pois permite medir. O nada é imensurável, o nada seria um abismo sem fim.” (pag. 34)

Em nota de rodapé esclarece: a impossibilidade de um nada absoluto, entre ilhas do ser, é por nós demonstrada apoditicamente (por evidência), em Filosofia Concreta.

O importante deste argumento, é que por ele pode-se afirmar “a eterna presença do ser, no qual estamos imersos e que nos sustente, o qual nos permite comunicação …” (pag. 35) e então a crise não é tão profunda, ela tem graus, afirma nosso filósofo.

SANTOS, Mario Ferreira dos. Filosofia da crise, São Paulo: É realizações, 2017.

 

Vontade de Potência (ou poder)

25 mai

Se desejamos penetrar na lógica do poder, e o poder é tudo que nos convém VontadeDePodere não a felicidade apenas, Nietzsche é o mestre.

Vontade de Potência ou de Poder (“Der Wille zur Macht”) é um conceito da filosofia de Nietzsche que é usado como base na construção de todo seu pensamento, para ele ela esá em tudo na vida, não se limita somente na vida orgânica, indo desde reações químicas até a psique humana.

Teilhard Chardin dava outro nome que era a ideia de vitalização, ou seja, a vida cada vez mais complexa, e o homem é o máximo da complexificação da vida, ocorre por um processo de cerebralização, e assim significa que estamos em “evolução”, mas não necessariamente em potência ou poder.

Tomás de Aquino, falava em ato e potência, e potência e o que “virtualmente” está contido no ato, por exemplo, plantamos uma semente e virtualmente é uma árvore.

O nosso problema contemporânea, reflexo em toda civilização ocidental em particular, mas em todo planeta é se o nosso atual processo de empoderamento no sentido de desenvolvimento está correspondendo a uma felicidade geral, ou seja, somos felizes?

Certamente toda a humanidade diria que não, uma das doenças contemporâneas era o stress, tornou-se a sindrome do pânico, e a depressão dá sinais de crescimento tão assustadores quanto outras doenças físicas, como o câncer e a AIDS.

Mas a hipótese de Nietszche contrasta com a física quântica moderna, já que sua primeira suposição é que total da força que existe no universo é determinada, não infinita, enquanto a astrofísica se depara com um universo em expansão e com forças potências ainda não mensuradas devidas aos buracos negros.

Mas da teoria de Nietzsche reduz-se que o número de situações, e as combinações dessas forças são mensuráveis, ou seja, também determinada e finita, como se supõe no universo laplaciano, e não é o mesmo Universo de Einstein e Heisenberg.

Na terminologia de Nietzsche a Vontade de Poder é uma lei originária, sem exceção nem transgressão.

Assim no dizer do filósofo a Vontade de potência não é algo criado, ou que dependa de condições especiais, como na religião ou em teorias precedentes, mas ela advém da própria realidade das coisas, é preciso assim, como pressupõe a fenomenologia de Husserl voltar as coisas mesmas, para determinar o que de fato elas são.

NIETZSCHE, Friedrich. Vontade de Poder. RJ: Editora Contraponto, 2008.

 

O que havia antes do Big bang ?

08 fev

Uau alguém resolveu responder isto ? e ainda outras perguntas “por que estamosUniversoInfante aqui?”, “quando o universo começou?” e “como?”, mas a questão que mais incomoda sem dúvida é “o que aconteceu antes do big bang?”, alguém o criou, a ideia de Deus então é plausível.

Se vai ler isto fique claro que não vou responder, minha resposta já existe e é religiosa: Deus, mas li no Gizmodo que Sean Carroll do California Institute of Technology. Carroll fez uma palestra no mês passado num encontro que existe bianual da American Astronomical Society na cidade de Grapevine, Texas, onde ele falou quais seriam as teorias possíveis de um pré-Big bang que poderiam dar origem a um universo semelhante ao nosso.

Claro que isso é só uma especulação e nem sequer é uma teoria, pois Carrol afirmou que “Até o momento, essas não são leis estabelecidas da física que nós não entendemos nem as checamos de maneira alguma”, outro físico que estava com ele Peter Woit foi mais longe, “nós não entendemos o que está acontecendo neste caso, … nós realmente estamos no escuro.”

Mas há coisas que podemos afirmar, por exemplo, a tal da entropia, quanto mais o universo se expande mais entra em desordem, na verdade ele tem uma “desordem” de natureza muito baixa, quer dizer isto acontece de modo bem devagarinho, deram como exemplo, uma bomba perto de um monte de areia que explodisse e espalhasse toda areia, mas logo em seguida, o “universo” arrumaria estas areias em montinhos de novo aparentemente sem nenhuma ajuda e sem nenhum motivo aparente para fazer isto.

Um estudante de PhD, Stefan Countryman, aluno de Columbia, explicou ao site que o Big Bang poderia ter liberado uma grande massa de entropia (espalhamento grande), mas ao contrário as galáxias e aglomerados de galáxias, parecem estar todos organizados, com enormes vazios de espaços negros (massa e energia escura) entre eles, então temos ordem.

Isto então significa que o Universo que é pouco desarrumado, antes do Big Bang poderia estar mais arrumado ainda, poderíamos dizer uma “ordem perfeita”, minha interpretação, que no dizer dos físicos é assim: “Tem muita gente que acha que o começo do universo ele era simples, calmo e sem muita coisa, com pequenas ondulações, e que esse é o lugar natural para o começo do universo”, mas não é, o que haveria é provável, seria um “multiverso” bastante ramificado, ou seja, corpos ramificados e sem conexão, mas ao mesmo tempo “ligados”.

Esta teoria bem aceita, mas incompleta é chamada de “Big Bounce”, ou teoria da “inflação”, uma imagem feita de universos infantes (os que surgem da inflação) saindo do universo pai é a que mostramos acima, com licença de copyright de Jason Torchinsky, autor da figura acima.

 

A Ceia das cinzas

01 fev

O nome original da obra de Giordano Bruno é La cena de las cenizas (em italiano: GiordanoBrunoLa cena de le ceneri), o que ele propõe nesta obra é uma concepção de mundo , se hoje vemos o planeta e todo universo como “nossa casa”, Giordano Bruno foi um dos primeiros a ver também isto.

As teorias de Giordano Bruno superaram em muito as de Copérnico, propôs que o sol é simplesmente uma estrela, que o universo pode conter um número infinito de mundos habitados com seres e animais inteligentes, membro da Ordem Dominicana, estudou são Tomás de Aquino e desenvolveu uma teoria cósmica diferente do pensamento da igreja na época, e foi acusado de panteísmo e condenada a fogueira pela Inquisição.

Porém do ponto de vista estritamente religioso suas controvérsias foram quanto a transubstanciação na eucaristia, a trindade, a encarnação de Cristo e a virgindade de Maria.

Influenciou pensadores como Spinoza e morreu na fogueira tendo o respeito de muitos.

Em seu livro A ceia das cinzas declarou: “A Terra e os astros (…), como eles dispensam vida e alimento às coisas, restituindo toda matéria que emprestam, são eles próprios dotados de vida, em uma medida bem maior ainda; e sendo vivos, é de maneira voluntária, ordenada e natural, segundo um princípio intrínseco, que eles se movem em direção às coisas e aos espaços que lhes convêm”, uma vez que já houve reparação quanto a Galileu, não seria mal também uma reparação ainda maior em relação a Giordano Bruno.

É quarta-feira de cinzas, e nada mal se pudessemos alémda hipocresia e do proselitismo realmente falar em diálogo, de modo abrangente tanto no campo religioso quanto no campo ideológico, mas os inquisidores sobrevivem apesar de Deus não ter nada a ver com isto.

 

Os aliados e a comunidade insuflada

03 jan

Continuamos a comentar o livro Esferas I de Sloterdijk em sua introdução.solarexplosion

Explicada a insuflação das bolhas, Sloterdijk começa a desenvolver sua análise da modernidade a partir da gênese, explorando o modelo copernicano que está na sua origem, para afirmar que não por acaso “principiou uma série de rupturas exploratórias voltadas para um exterior desprovido de seres humanos …”  (Sloterdijk, 2016, p. 22), mas que não deixaram de “produzir desconforto quanto a infinitude do universo” (idem) reflexão do astrofísico Kepler, protestando o modelo de Giordano Bruno “há um não-sei-o-que de aterrorizador e oculto”.

A imagem de uma explosão na superfície do Sol, maior que a Terra ilustra este trecho.

O autor também cita o físico e cosmógrafo inglês Thomas Digges, que nos anos 1570 já havia provado que a teoria das camadas celestes era infundada e “também a calculadora imagem de que a Terra achava-se envolta por abóbadas esféricas” (pag. 23) estava errada, mas conforme disse usando a frase de Pascal: “o silêncio eternos dos espaços infinitos me amedronta”, e o mundo maquínico e racionalmente explicado era vantajoso ao iluminismo.

Desenvolve então o deliberado efeito estufa, onde sua “falta de invólucros espaciais por meio de um mundo artificial civilizado … este o derradeiro horizonte do titanismo técnico euro-americano” (pag. 25).

Após criticar as políticas de progresso e destruição ecológica, escreve: “ Para abrir espaço à esfera artificial substituta, faz-se explodir, em todas as regiões do velho mundo, os restos de uma fé no mundo interior e na ficção de uma segurança, em nome de um radical iluminismo de mercado que promete uma vida melhor, mas que, num primeiro momento, só põe abaixo, de forma devastadora, as normas imunitárias do proletariado e das populações periféricas.” (pag. 27).

Ressalta a importância da retomada ontológica e que esta é a preocupação de filósofos mais contemporâneos: “O plano popular de esquecer-se de si mesmo e do Ser opera por meio de um zombeteiro descaso pela situação ontológica” (pag. 28).

Antes de entrar na critica ao idealismo e uma releitura do cristianismo, ele aponta na página 29 aquilo que é o centro do livro: “como habitar significa sempre constituir esferas, menores ou maiores, os homens são as criaturas que estabelecem mundos circulares e olham em direção ao exterior ao horizonte.”

SLOTERDIJK, Peter. Esferas I: bolhas. São Paulo: Estação Liberdade, 2016

 

Premio Nobel da Fisica 2016

06 out

Prêmio Nobel de Física de 2016 foi concedido,fisicos ex aequo, para David J. Thouless, de um lado, e F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterliz, de outro, por revelarem os “segredos exóticos da matéria”.

Ex aequo, quer dizer “com igual mérito”, por que a descoberta de 1972 não foi tão valorizada, entretanto, Kosterlitz e Thouless identificaram um tipo de transição de fase curioso em sistemas bidimensionais que hoje pode dar sequencia ao uso quântico de materiais, para os quais estes “defeitos” são fundamentais.

Anos depois, em 1980, F. Duncan M. Haldane estudou métodos teóricos para descrever fases da matéria que não podem ser identificadas por uma certa ruptura de simetria, mas explicava o de alguns gases eletrônicos quando estudados seu comportamento bidimensional.

Estas aplicações são alguns tipos de ímãs e de fluidos supercondutores e superfluidos, e também entender o funcionamento quântico de sistemas unidimensionais a temperaturas muito baixas.

Estes comportamentos estudados poderão ser muito úteis com uso de matéria em condições extremas, e depois foram confirmados por experimentos e poderão ter aplicações na ciência dos materiais e na eletrônica do futuro.

 

Realidade aumentada já nas escolas

23 ago

A tecnologia usada pelo game Pokemon Go já está em muitas escolas deSmartChart

primeiro grau, a realidade aumentada tem sido utilizada para ensinar matemática e geometria.

 

O sistema usa um objeto feito em realidade aumentada e o software por meio de uma câmera faz aparecer na tela do computador um elemento 3D que os alunos podem acompanhar pela projeção da imagem na tela da parede.

 

Na sala real a professora está segundo apenas uma peça plana com desenho de um cubo, mas na projeção da tela aparece um elemento geométrico 3D, vendo a imagem construída é mais fácil que usar apenas a imaginação para compreender as operações geométricas.

 

O Colégio Bandeirantes da Vila Mariana na cidade de São Paulo (zona sul) já adotou a realidade aumentada e planeja usar o recurso num projeto multidisciplinar a partir de setembro.

 

Mas o objetivo vai mais longe com uma espécie de casa ao tesouro em todo o colégio, onde o estudante mira o tablete em códigos espalhados por diversos pontos do colégio e podem realizar atividades didáticas de modo mais lúdico.

 

O colégio Dante Alighieri, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), mandou uma mensagem aos pais alertando o uso exclusivo do aplicativos e não outros “se a demanda não for estritamente pedagógica”, conforme publicado em jornais de São Paulo.

 

Um aplicativo para adultos é o Star Chart, disponível para Androids e iOS, quando aberto ele vê a a carta de estrelas apontando o smartphone ou table para o céu, o aplicativo irá informá-lo de que as estrelas ou planetas que você tem em certa direção, mesmo durante o dia quando as estrelas estão no céu são impossíveis de serem vistas, e ele pode ampliar até 10.000 anos luz, permitindo ver nebulosas e galáxias distantes.

 

 

A Teoria de Tudo e Galileu

28 jul

HawkingTinha assistido ao filme que ganhou um Oscar e comprei o livro num sebo, o Big Bang e A Teoria de tudo, a ideia que podemos criar uma física englobando todos as partículas atômicas, fótons, neutros, magnéticas, todas as subpartículas e ter a ideia da criação do mundo e quem sabe até de seu criador encontrando suas pegadas, fascinou Stephen Hawking e sua ex-esposa Jane Hawking, que escreveu o livro, e depois foi transformado em filme.

 

Faltava algo para mim pouco claro no filme, mas muito claro e sensível no livro, o conflito de Galileu com a igreja católica, que de certa forma impulsionou a ciência moderna, mas deixou de lado a questões do mistério da origem da vida, a subjetividade humana e a metafísicas quase sepultadas, que nestes momentos parecem dar ares de reflorescimento e reposicionamento.

 

No livro na página 169, Jane começa a traçar este conflito de maneira clara e precisa: Galileu ao recuperar a teoria de Copérnico e renunciar o sistema Ptolomaico, coloca a terra em movimento e mostra que o sistema que via a terra como fixa e o Sol móvel estava errado.

 

Conta o livro que, em 1623, Maffeo Barberini é eleito ao papado como Urbano VIII, homem culto apesar de um pouco excêntrico, retira Galileu da prisão domiciliar e encomenda a ele o Dialogo sopra i due Massimi Sistemi del mondo ptolemaico e copernicano, mostrando os argumentos para os dois sistemas, mas o livro de 1632 reafirmava o modelo de Copérnico.

 

O livro conta que mesmo condenado a prisão domiciliar e praticamente cego, continuou a escrever e seu livro Sobre as duas ciências, foi contrabandeado para a Holanda, e são praticamente a base teórica e experimental para a física moderna.

 

“Embora Galileu fosse católico devoto, foi seu conflito com o Vaticano, infelizmente mal administrado em ambos os lados, que criou as bases da batalha corrente entre ciência e religião” (Hawking, 2014, pg. 169).

 

O que poucos sabem é que Galileu sustentou a vocação religiosa de uma filha (o livro A Filha de Galileu, de Maria Celeste, nome de freira de Virginia Galilei), e sua cabeça mística nunca deixou de funcionar, do mesmo modo que seu lado científico.

 

Vamos conhecer Júpiter

05 jul

O projeto da nave Juno, que custou 1,13 bilhões de dólares, e que foi lançada no dia 5 de agosto de 2011 para explorar campos gravitacionais e magnéticos de Júpiter, assim como estudar se existe água lá, poderá chegar ao seu destino hoje (05/07) na madrugada.

 

Júpiter é 300 vezes mais maciço que a Terra e está cinco vezes mais longe do Sol que o nosso planeta e completa a sua orbita em torno do Sol a cada 11,8 anos terrestres.

 

O primeiro a estuda-lo foi Galileu, que deu as suas luas os nomes: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, e que hoje são chamadas de luas de Galileu, e apoiaram a teoria de Copérnico de que a Terra não era o centro do Universo.

 

Júpiter é o quarto objeto mais brilhante do sistema solar, sendo a nossa Lua um deles, o Sol e de Vênus; o gigante gasoso é um dos cinco planetas visíveis a olho nu a partir da Terra, junto a Marte, Vênus, Mercúrio e Saturno, além de Jupiter, claro.

 

A nave poderá se desintegrar devido a atração magnética de Jupiter que é extremamente forte, cerca de 2,5 vezes a da Terra, ou seja, a sensação de peso de alguém de 60 quilos seria de 150 quilos.

 

Na madrugada de segunda para terça-feira a nave Juno entrou na orbita de Júpiter, “Estamos lá! Estamos em órbita! Conquistámos Júpiter”, disse Scott Bolton, coordenador da missão, do Instituto de Investigação do Sudoeste, em San Antonio, no Texas.

 

Substância e transubstanciação

26 mai

A separação do homem da natureza, transfigurada no idealismoCorpus Christi na redução entre sujeito e objeto, separados e segmentados, é um conceito chave para unir metafísica e ontologia.

 

Designa-se por substância aquilo que há de permanente nas coisas que podem ser modificadas, por exemplo um homem jovem e um homem velho, onde jovem e velho são acidentes da substância homem, que permanece, se admitimos a vida eterna: para sempre.

 

Os realistas da idade média, dizem que a substância existe fundamento do existente portanto, vejam o post anterior, enquanto os nominalistas diziam que tudo são nomes atribuídos pelo homem, do qual a essência pouco conhecemos ou mesmo conheceremos.

 

No início da modernidade haviam aqueles que reconheciam uma única substância inicial (os monistas), a mônada de Leibniz por exemplo mas também Espinosa, para ambos a substância iniciado é Deus ou o Ser.

 

Olhando para a natureza, de um modo geral sempre haverá uma separação entre homem e natureza, o princípio antropocêntrico surgido do final da idade média, se por um lado foi importante a valorização e identificação humana, por outro, sua separação da natureza foi de certa forma desastrosa, significou o surgimento de um dualismo, sempre presente hoje.

 

A ideia que a natureza e o homem possam ser uma coisa é que, afinal o homem também é natureza, complexa ou complexificada, como queria Teilhard Chardin, mas o homem ao deixar a natureza de lado, para apenas dominá-la e transformá-la deixou de entender e trabalhar aquilo que tem de “natural” no seu Ser, a substância é, o elo de ligação entre ser e estar.

 

Segundo a teoria do Big Bang de uma explosão inicial formou-se as radiações eletromagnéticas e destas as partículas primeiras partículas elementares, pela física atual, Férmions (quarks e leptons), bósons e uma lista de partículas (photino particular elementar do fótons, neutralino partícula elementar do neutrino, gravitino partícula elementar do gráviton, etc) de onde teriam surgido todas as substâncias materiais de todo universo.

 

Teilhard Chardin trabalhou o conceito de universo cristocêntrico, toda a substância do universo deificada por sua união ao corpus divino, e para marcar terrenamente este fenômeno universal, deixou uma forma de transubstanciação terrena, o corpus christi, que na ultima ceia de Jesus deixou como testamento de sua passagem no planeta, e que passou ser comemorada a partir do século XIII, na data de hoje em todo mundo se celebra isto, curiosamente o período que nasce a crise entre a questão da substância e do Ser, com Tomás de Aquino e Boaventura.