
Arquivo para a ‘Interação com o usuário’ Categoria
A interface que mudou a vida de Hawking
O físico Stephen Hawking, desenvolvedor da teoria do Big Bang, é tetraplégico e colaborou com o fundador da Intel Gordon Moore a desenvolver um a tecnologia mais eficiente para controlar a interface do computador para pessoas sem o controle tátil e agora o código da interface será disponibilizado em janeiro de 2015.
O ambiente é chamado de Context Aware Assistive Toolkit (ACAT) que tem três componentes básicos: um sensor de entrada do movimento da bochecha para acionar a seleção de item na tela, uma interface que escolhe as letras para compor palavras e um software para interação de comunicação com o navegador da Web que antecipa o que Hawking quer digitar quando está escolhendo as letras.
O engenheiro da Intel Lama Nachman da Intel explica que Hawking queria algo “que ao olhar e sentir a interface fazia opções, mas algo mais eficaz e rápido para operar”.
Em artigo da revista Tech Republic, Hawking afirma que o software, que agora será open source, modificou sua vida e permitiu continuar seu trabalho no desenvolvimento da física.
Hawking afirmou para a revista que “como a tecnologia tem mais especializada que abre possibilidades que eu nem sequer conseguiria prever. A tecnologia que está sendo desenvolvida para apoiar as pessoas com deficiência está liderando o caminho para quebrar as barreiras de comunicação que estiveram uma vez no caminho “, disse ele.
“Este novo sistema é uma mudança de vida para mim e eu espero que isso vai me servir bem para os próximos 20 anos.”, e esperamos que com código aberto hajam mais desenvolvedores apoiando portadores de deficiências.
Uma biblioteca sem livros
A aula inaugural de 550 estudantes, com bolsas de estudos oferecidas para frequentar uma universidade pública recentemente credenciada, foi anunciada na Flórida uma biblioteca totalmente digital com 135 mil e-books oferecidos para serem lidos em e-reader, tablete ou laptop.
Bibliotecas completamente sem livros ainda é uma raridade em colégios dos EUA, mas a Universidade de Lakeland, Flórida, recentemente construída num trecho monótono da rodovia entre Tampa e Orlando, feita na Universidade Politécnica da Flórida, é uma construção arrojada, com arquitetura feita pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
A diretora de bibliotrcas da universidade Kathyrin Miller disse: “É uma decisão corajosamente relevante para ir para a frente sem livros”, sempilhas de livros para organizar, o pessoal da biblioteca além do serviço principal que é o de referências, deverá orientar os alunos na tutoria de reursos e treiná-los para a gestão de materiais digitais.
Enquanto a biblioteca sem papel não estiver totalmente disponível, os alunos serão desencorajados a usarem demais as impressoras, disse Miller, e ele poderão continuar comprando livros didáticos tradicionais, ou textos digitais quando disponíveis.
A solicitação de livros à moda antiga poderá ser feita em uma das 11 universidades públicas existentes na Flórida, a partir do sistema que é integrado entre estas bibliotecas.
Os livros da Politécnica da Flórida estão orçados em U$ 60 mil para compra de títulos por meio de software que permitirá aos estudantes uma navegação livre com um ou dois cliques, e o livro será repassado ao aluno por meio digital.
Tendências tecnológicas nas universidades
Foi divulgado nesta quinta-feira pelo grupo americano New Media Consortium, tendências de estudos nos próximos cinco anos nas universidades brasileiras segundo uma lógica que as tornaria mais inserida no mundo digital, com aulas em laboratórios remotos, uso de ambientes virtuais e uso mais intensivo de aplicativos móveis para o aprendizado.
Segundo Larry Johnson, um dos coordenadores do grupo de 41 pesquisadores, foi a primeira vez que esta análise foi feita, afirmou também que “O Brasil tem uma peculiaridade: sua população tem grande apreço pela tecnologia, mas ainda não a insere em atividades educativas”, disse o pesquisador responsável pelo estudo, segundo a revista Veja.
Segundo o pesquisador, já há iniciativas que estão dando resultado e haverão mudanças no curto prazo. “Nas melhores universidades do país já há um movimento para mudar o padrão de aula, saindo das atividades expositivas e caminhando para a prática, onde o aluno também é protagonista”, deverá ser uma tendência.
Mas ainda há fortes barreiras, segundo o pesquisador “O professor, mesmo no ensino superior, ainda acha que o smartphone atrapalha o andamento da aula e proíbe seu uso, enquanto a experiência internacional tem relatado sucesso no uso desses aplicativos móveis para fazer atividades do curso, como pesquisas na internet.”
Um conceito que surgiu em 2007, falava de salas de aula invertidas, com os Massive Open Online Courses (MOOC’s), e se popularizou com a Khan Academy, um dos sites que divulga mgratuitamente vídeoaulas.
Mas ainda a maioria dos cursos atuais usa vídeoaulas para complementar a educação formal, o conceito de sala de aula invertida parte deles (e de todo o conteúdo disponível na internet) para dar ao aluno ferramentas para buscar informações usando o tempo em sala para enriquecer os conteúdos estudados e encontrar aplicações práticas para ele.
A ideia é que os professores ajudem os estudantes a desenvolver soluções criativas e colaborativas
Aplicativos para ajudar os estudos
A “tarefa” é algo que desde crianças aprendemos, e o aplicativo Homework ajuda a fazer tarefas, tanto para professores como alunos ajudando tanto a organização como a avaliação, é disponível em Android e é gratuito.
O estudante deve indicar os horários e dias de aulas, para inserir a programação semanal, depois é possível agendar as tarefas a serem feitas em casa, capítulos de estudos, provas, com alarmes lembretes e fotos dos livros e lousa, por exemplo.
Gabaritar é um programa para vestibulares e concursos públicos, permitindo criar planos de estudo, registrar horas de estudos de cada matéria, resolver simulados e verificar o desempenho em cada um deles.
O app ainda traz ainda notícias de concursos públicos que estão em andamento no país.
O Gabaritar é gratuito e está disponível para Android e iOS.
Muitos estudantes precisam se organizar para ter melhor desempenho nas aulas, o app Agenda do Estudante é uma boa opção, ajudando a gerenciar a vida escolar do estudante, com cadastro de provas e entrega de trabalhos, controle de notas obtidas nas avaliações, agendamdp lembretes de eventos e alertas para devolução de livros.
O Agenda do Estudante é gratuito e está disponível para Android.
O Volp (Vocabulário ortográfico da Lingua Portuguesa) ajuda com as mudanças do Acordo Ortográfico, é de grande auxílio na escrita e no dia a dia dos estudantes.
Criado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), a ferramenta contém 381 mil verbetes, com as grafias corretas, classificações gramaticais e outras informações
Sites com ebooks disponíveis
Alguns sites legais que permitem a leitura gratuita de e-books permitem que você passe para a modalidade digital, além das vantagens de menor peso e portabilidade, a modalidade digital é diferente do papel porque permitem mais facilidade de marcações, recortes e muitos trazem uma iteratividade que o livro de papel não permite.
Os formatos mais comuns são PDF e ePub, mas já começa a se tornar realidade os livros em html5, que é importante perceber que isto não significa ausência de direitos autorais.
O site mais antigo, que existe antes mesmo da internet (feito por Michael Hart é da década de 70), é o Project Gutenberg, que tem também livros em português de Portugal, e está dividido em categorias como: Infantil e Juvenil, Romance, Política e Sociedade, História, Poesia, etc. Tem algo em torno de 45 mil e-books em seu acervo.
O segundo site interessante é o Open Library, é um site em inglês que reúnes obras de diversos autores de todo mundo, em diversas línguas, e afirma ter mais de 3 milhões de obras digitalizadas em formatos diferentes, em português possui livros de economia, história, entre outros.
O eBooks Brasil tem como proposta ser uma “biblioteca virtual” totalmente independente, inclusive sem fins lucrativos, vivendo de doações e os termos de uso do site afirma que o usuário pode baixar e se quiser até mesmo imprimir o conteúdo disponibilizado, sendo apenas vetado o uso comercial do acervo.
O portal Domínio Público é um site ligado ao governo federal que possui conteúdos em diversas modalidades do digital, tis como textos, imagens e vídeos completos para download, aparecendo obras clássicas como Machado de Assis, Dante Alighieri, Fernando Pessoa e outros.
O sistema de bibliotecas da USP, SIBi também possui um site de obras raras, com acervo de livros da instituição, os produtos estão em português e outras línguas, podendo aparecer autores independentes e materiais que foram criados por pessoas da própria universidade, sendo o site são mais de 1.500 obras de diversos autores.
Robôs, games e crowdsourcing
Um artigo que reúne estas três ideais muito atuais: robôs, games e crowdsourcing, foi apresentado 13th IEEE-RAS International Conference on Humanoid Robots (Humanoids 2013) realizado em outubro de 2013, em Atlanta, Geórgia, EUA.
A ideia foi inspirada por sucessivos sucessos de pesquisas em inteligência artificial, tais como: tradução online, onde o sistema é treinado usando pares de documentos traduzidos por humanos e por programas, que comparando as traduções com as originais, torna possível o software aprender a fazer traduções mais realistas em pares de línguas diferentes.
A pesquisadora Sonia Chernova, do Worcester Plytechinic Institute, em Massachusetts, adotou uma abordagem semelhante, mas para robôs e humanos, treinados num sistema de interação de um jogo real que envolve comunicação e sociedade, chamado de Mars Scape, onde dois jogadores trabalham online trabalham em um controle de um avatar, mas somente um é humano o outro é o robô, e ambos trabalham juntos para resgatar objetos em um laboratório.
Mas o que um humano faria envolve grande parte de subjetividade, então para isto é reservada a ideia de usar um conjunto de pessoas, um crowdsoucing, para interagir com o robô, mas sempre em uma dupla, um robô e uma pessoa, esta recrutada da multidão (crowd).
Shernova é co-autora com Andrea L. Thomaz do livro: “Robot Learning from Human Teachers” de 2009, e teve seu artigo publicado pelo Journal of Human-Robot Interaction, Vol. 2, No. 1, 2013, com diversos co-autores.
Jovens leem e vão à biblioteca
A pesquisa é uma das mais amplas que conheço e vale a pena ser lida inteiramente, o que pode ser encontrado no site PewResearch Internet Project.
A pesquisa foi feita em americanos jovens na faixa de idade entre 16 e 29 anos, mais especialmente entre aqueles que são fascinados em pesquisas e organizações ligadas a uso de tecnologia avançada, sendo estudados grupos de acordo com a diversidade racial e ética, suas relações com partidos, instituições e religiões, e como as atitudes diferentes dos mais velhos.
O relatório foi feito em vários anos de investigações estudando o papel das bibliotecas na vida dos americanos e de suas comunidades com o foco especial na geração Y sendo olhados os atores chaves que afetam o futuro destas comunidades destacando: Bibliotecas, editoras e produtores de mídias de diversos tipos e de cultura em geral.
O relatório começa separando em três gerações, no enfoque da pesquisa, diferenciados, a primeira é composta pelos estudandos do ensino médio (idades de 16-17), a segunda é em idade de faculdade (18-24) e mesmo não frequentando foram considerados, e a terceira, mais madura indo ao mercado de trabalho (24-29).
A primeira constatação é a mais óbvia, que a maioria absoluta está envolvida de alguma forma com a tecnologia, em torno de 98% usam internet, 90% usam sites de redes sociais, e três quartos (77%) tem um smartphone, 38% um tablet ou e-reader (24%).
Quanto a leitura é mais ou menos parecido aos mais velhos, leram ao menos um livro no último ano, 43% leem em qualquer formato, parecido aos adultos, 88% leram um livro (os mais velhos 79%) e 37% foram arrebatados pela e-leitura no ano passado, entre 19-29 ao menos um livro eletrônico.
São igualmente aos adultos propensos a usarem a biblioteca, mas mais propensos a usarem o site da biblioteca, nos últimos 12 meses, na idade de 16-29, 50% usaram a biblioteca ou book-mobile, contra 47% dos adultos acima desta idade, 36% dos jovens usam o site da biblioteca, em comparação com 28% daqueles 30 e mais velhos.
Quanto a atitude cultural ou de uso da mídia em geral de adultos dos mais jovens são mais propensos a participação de eventos esportivos ou shows que adultos acima de 30 anos.
Quanto ao uso de biblioteca a maioria dos jovens americanos sabe onde sua biblioteca local é, mas muitos não são familiarizados com todos os serviços que pode oferecer: 36% disseram que sabem pouco ou nada sobre os serviços da biblioteca local em comparação com 29% adultos acima de 30 anos.
Há mais dados lá, vale a pena conferir no site da PewResearch.
23a. Bienal do livro será multicultural
Será realizada no pavilhão de Exposições do Anhembi, de 22 e 31 de agosto a 23ª. Bienal do lIvro, que não será mais “só uma feira de livros” e deverá ser “um momento multicultural”, conforme afirmação da presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa.
Com a promessa de atividades que irão da gastronomia ao rap, passando por música, teatro e dança o evento, com o tema geral “Diversão, cultura e interatividade: Tudo junto e misturado”.
Como espera-se uma capacidade média de público de 100 mil pessoas, a expectativa dos organizadores é ter um total final de 700 mil visitantes no total de dias do evento.
Segundo entrevista da presidente da CBL na coletiva de quinta-feira passada (14/08), o investimento total foi de R$ 34 milhões, sendo R$ 4,8 milhões captados via Lei Rouanet, e serão 350 expositores, representando 750 selos.
Participaram também da entrevista coletiva: o chef André Boccato, o curador do Sesc Francis Manzoni, além da curadora da CBL Cristina Lira, o Sesc será curador de 5 eventos culturais e a CBL de outros três.
Amazon lança empréstimo por U$ 10

Depende de quanto você lê, a média nacional é muito baixo os indicadores indicam pouco mais de um livro por ano, fiz minhas contas, eu em média 4 além dos livros técnicos para uso escolar, estes devo comprar, então poderia gastar U$ 120 dolares, comprando 4 livros numa média de U$ 30 cada, é melhor comprar que emprestar da Amazon.
Além disto, é uma forma de você ter que comprar um Kindle ou um Kindle Fire Tablet e isto deve ser incluído no valor total, mas há aquele livro que acabou de sair e você “precisa” lê-lo, bem neste caso precisamos ver se a disponibilidade digital será imediata.
A Amazon já oferece um programa de biblioteca de empréstimo de e-book, quer permite os clientes uma retirada por “retirada” e livros para ler por tempo limitado, mas você tem que ler um livro de cada vez, mas o Kindle Unlimited (KU), parece apontar um serviço ainda mais abrangente, veja o site do KU Test, e aguardemos os próximos passos.
Metafísica, tecnologias e ética
A metafísica contemporânea em suas diversas leituras, mas especialmente de Husserl, Heidegger e Lévinas, apontam para uma exterioridade absoluta e não relativa e esvazia o discurso sobre a transcendência, numa palavra: há mediações nas relações.
O discurso sobre o outro, e alteridade (que é diferente) por sua vez remetem ao dialogismo, mas há um dialogismo falsificador, pois não há mediações, é uma ontologia sem o Ser, sem a ideia de infinito e postula uma saída evasiva da Ontologia, conforme afirma Lévinas.
Dessa forma, a reflexão se vê deslocada do eixo da tradição da
filosofia ocidental, cujas formulações sempre retornaram a um mesmo ponto de partida, a saber: o ego idêntico a si mesmo (o grupo, o sistema seja qual for), que é identificador e objetivador, como via Descartes (HUSSERL, 2001).
Foi este “deslocamento” que permitiu o acesso ao rosto do outro, que se contrai no mistério do desejo metafísico e do desejo do infinito (LÉVINAS, 2000).
Neste novo contexto metafísico a ética se configura como o pórtico que conduz para a exterioridade, como abertura orientada ao outro, rompendo com a identidade e resguardando-se do sujeito objetivador (LÉVINAS, 2000).
A relação com a exterioridade é a nova subjetividade ontológica e se instaura como movimento novo que conduz ao infinito e ao bem.
LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 2000.
HUSSERL, Edmund. Meditações cartesianas. Introdução à Fenomenologia. São Paulo: Madras, 2001.