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Sujeito, objetos e tecnologia
O homem ligado ao mundo e como sujeito coletivo, andará na infância da humanidade ligada ao mito, uma ideia primitiva que o mantinha, ainda que inconscientemente, ligado ao cosmos, a natureza e a seus semelhantes.
Toda antiguidade clássica até o momento em que o homem se põe a ver-se como sujeito e se sente separado do mundo e dos objetos, visto como Aristóteles como mundos dos seres e dos entes, por Platão como Mundo da ideias e Mundo Sensível, o homem se vê como sujeito do mundo, como cidadão, mas se vê e se verá na modernidade como separado desta natureza-mundo que o gerou. Nasce a consciência de ser e a cidadania.
A afirmação deste sujeito separado do mundo objetivo, construirá na modernidade um EU extremo, e a fusão aos objetos em face da não compreensão da relação com estes, cria uma fusão do ser com o ente.
A possibilidade de retomada da relação do sujeito pensando com os objetos pensados, a fusão fetichista de sujeitos com os objetos, a ponto de confundir-se com eles, é negação da consciência.
No pensamento moderno, tanto a filosofia pragmática como a hermenêutica caíram na armadilha idealista, ou do método racional como refletem outros, afastaram-se da tradição da filosofia desde a superação dos mitos, que é da consciência e não a separação do sujeito pensante dos objetos pensados.
Esta fusão do ser com o ente, o drama da modernidade, está assim refletido por Habermas:
“…no lugar do sujeito solitário, que se volta para objetos e que, na reflexão, se toma a si mesmo por objeto, entra não somente a ideia de um conhecimento lingüisticamente mediatizado e relacionado com o agir, mas também o nexo da prática e da comunicação cotidianas, no qual estão inseridas as operações cognitivas que têm desde a origem um caráter intersubjetivo e ao mesmo tempo cooperativo”. (Habermas, 1989, p.25).
É a ação prática, cooperativa como afirma Habermas, ou colaborativa como afirmam todas as boas práticas do uso da tecnologia multimidiática atual, que podemos oferece um agir comunicativo eficiente.
Negar a presença das tecnologias na vida cotidiana, é um ao de esquizofrenia alienante, porque mesmo as pessoas que propõe esta negação não estão livres da tecnologia, vivem no mundo atual com uso de computadores, tabletes e celulares.
Bom uso requer conhecimento do objeto, boa relação e consciência do papel deles na relação social.
HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Universitário 1989.
Superficialidade e os algoritmos
Muitos entre os que não são da chamada geração Y (agora Z) criticam o uso de email e a Web como fuga ou medo dos problemas cotidianos.
Sempre que ouço falar de geração superficial, termo cunhado por Nicholas Carr, sobre o que a internet fez com nossos cérebros, imagino que é tudo muito novo para alguma conclusão realmente final sobre o processo que estamos vivendo, mas não existe planeta B: estamos vivendo assim no planeta A.
Mas posso dizer sobre minha experiência pessoal de todo este período mergulhado em computadores, tecnologias e principalmente em ideias que possam solucionar problemas.
Aprendi a programar no tempo dos grandes computadores, quando o acesso as máquinas era difícil e a primeira que aprendi foi resolver problemas e criar algoritmos, passos consecutivos para solucioná-los e depois de muitas etapas de depuração do algoritmo (a palavra em inglês era debugging acho que daí veio a ideia do bug, defeito no programa) chegava ao programa que só então ia ser passado para a máquina.
As etapas eram: identificar o problema, estabelecer passos para resolvê-lo, otimizar cada um dos passos a permitir a melhor operação com menos tempo e custos, encontrar os possíveis erros e finalmente testar o algoritmo final.
Muitas vezes nem chegavamos ao programa de computador, mas haviam ideias e soluções geniais.
Quando surgiu a internet isto ficou mais interessante, porque era possível compartilhar com milhares de programadores, listas de discussão e havia uma tremenda sinergia nas redes.
A Web ficou mais interessante ainda, porque não programadores se aproximaram deste universo aumentando esta sinergia e universalizando problemas e soluções.
Penso que a superficialidade é justamente o oposto: jamais enfrentar os problemas usando subterfúgios (culpar os outros, dizer que não há soluções ou apenas fugir), enfrentando o problema não conseguir estabelecer passos para enfrentá-lo, conseguindo os passos não admitir que possa ter erros ou falhas, passando os erros e as falhas, nunca testar o algoritmo todo e finalmente, por saltar uma destas etapas, voltar ao problema inicial que só cresceu.
São inúmeros os problemas da superficialidade moderna, mas o pior de todos é não enfrentar os problemas e não admitir os erros, é um sistema pedagógico e psíquico falido, ninguém aprende e quem ensina assim ensina errado !
Livros e games para jovens
Muita gente reclama de alunos que usam games, mas uma nova opção começou a aparecer no mercado: o site livroGame com brincadeiras em tornos de literatura infantil.
Entre as tramas que podem ser encontradas ali estão: “Memórias de um Sargento de Milícias” (1852), de Manuel Antônio de Almeida, “O Cortiço” (1890), de Aluísio Azevedo, e “Dom Casmurro” (1899), de Machado de Assis.
Tem HQ (História em Quadrinhos), mas com certeza o ambiente vai despertar a leitura e fazer os jovens mergulharem num mundo de fantasia tão belo quanto o dos games, mas sem os desnecessários apelos a guerras e violência.
O gestor Cultural da Fundação Telefônica, Celso Santiago, afirmou em reportagem a Folha de São Paulo:”Queremos mostrar que esses livros não são uma coisa chata que os alunos são obrigados a ler. Eles estão vivos, podem transformar a vida do leitor”, conta Santiago.
Se tem dúvida qual ler primeiro, a dica e “Memórias de um Sargento de Milícias”, o mais divertido para quem conhece a história e foi também o que rendeu mais jogos, as famosas etapas dos games, aqui são 10 no total.
Algoritmo poderá reviver linguas antigas
Pesquisadores canadenses da Universidade de Vancouver, liderados por Alexandre Bouchard-Côté, desenvolveram um algoritmo de aprendizado de máquina que usa regras sobre como os sons das palavras podem variar para inferir as mudanças mais prováveis fonéticos atrás variações e diferenças dentro de uma língua, a pesquisa saiu na revista New Scientist.
Eles dão como exemplo mudanças que já acontecem na língua inglesa canadense, onde a palavra about que significa “sobre” já está sendo modificada por um prolongamento do “o” dando origem fonética ao “aboot”, temos inúmeros casos no português como o “né”, o muito que dizemos “muinto” e muitas outras variações fonéticas em relação a língua escrita.
A equipe está aplicando o algoritmo a pares de palavras usadas em 636 línguas austronésias (Austrália e Indonésia), que incluem as ilhas Fiji, Tonga e Havaí.
Como o sistema é capaz de perceber a origem de fonemas, ele poderá fazer uma língua recuar no tempo e perceber com maior precisão as origens de sons e palavras, como fazemos em muitos estudos etimológicos (estudo da origem das palavras).
E uma vez que sistema é capaz de sugerir como línguas ancestrais também pode identificar que os sons eram mais propensos a mudar. Quando a equipe comparou os resultados com o trabalho feito por especialistas humanos, eles descobriram que mais de 85 por cento das sugestões estavam no conjunto das palavras reais.
Por exemplo, a palavra moderna para “vento” em Fijiano é CAGI, usando esta mesma palavra em outras línguas modernas austronésias, o sistema automático reconstruiu a palavra ancestral beliu e os especialistas humanos reconstruído bali, que foneticamente são muito próximos.
Novos estudos linguísticos e pesquisas etimológicas poderão usufruir destes sistemas.
Novos games e linguagens
As novas gírias novas de games, aprendi com meus sobrinhos: noobs , são jogadores de game que não sabem jogar, mito, jogador muito bom; mitar, fazer coisas tipo mito; lool, risos, trol, pessoas que fazem gracejo; first, quem chega primeiro, tanquer, quem ataca os monstros, sacer, o que cura, lembra a idéia de sacerdote, e o Assiste que ajuda o tanquer.
A maioria dos jogos são denominados por siglas como, pw (Perfect World), gc (Grand Chase), Trans (Transmice) e mv (MicroVolts), entre outros.
Disseram que o jogo que faz o maior sucesso atual é o MineCraft, é um jogo de construção cujo objetivo principal é eliminar o EnderDragon, porém os jogadores não é por este motivo que usam o jogo, mas usam para fazer grandes construções, viver grandes aventuras e eliminar os monstros.
Para encontrar o EnderDragon você precisa cavar até o centro do mundo e encontrar um portal que leva a outro mundo, onde está este monstro.
Parece assustador mas não é, apenas é uma outra linguagem.
Oscar 2013, o que esperar
Todo cinéfilo, creio que estava preocupado com as novidades, embora a maioria dos filmes só vá chegar aqui mais tarde, o que já encontramos deles nas telonas, e surgem as pré-listas do Oscar 2013, não agrada.
Olhando outros pelos trailers, achei “A Indomável sonhadora”, o roteiro é muito interessante, uma menina que vive as margens de um rio em uma comunidade isolada e pode perder o pai. Dizem que a interprete da menina também é muito boa, mas infelizmente como em todo cinema atual, há os apelos horrendos para criaturas pré-históricas que invadem a localidade, parece que vivemos a tendência do cinema-bizarro (vem aí o “Massacre da serra elétrica 3D” e outros).
Outro que aparece em listas é “O homem da máfia”, roteiro e direção de Andrew Dominik (O assassinato de Jesse James), o filme é um aposta de Brad Pitt, que faz o ator principal e tem como pano de fundo a primeira eleição de Obama, embora ninguém vá dizer, mas a meu ver é uma bela metáfora da politicagem ocidental, onde o discurso é um e a prática outra, claro não acredito que esta é a intenção da obra, mas dá para pensar.
O terceiro que anoto aqui é “A vantagem de ser invisível”, li a crítica de Rubens Edwald Filho só para ter certeza, do autor do livro, diretor e roteirista Stephen Chbosky, é sobre a entrada do garoto Charlie a High School, por gosta de ler ele se aproxima do professor de literatura (Paul Rudd) mas percebe que se aproximou do grupo alternativo da escola, com o livros, mas até o homossexual Patrick que mantém um caso discreto com um jogador de futebol americano.
O filme tem lugares comuns dos jovens de hoje: bebida, drogas e busca de amizades, talvez adultos encontrem dificuldades, mas o filme é de uma linguagem direta para a geração “millenium”.
Hannah Arendt, Filosofia e Amor
Hanna Arendt é, a nosso ver, foi instigada no drama existencial, e dentro dele tomou a questão do Amor, desde cedo com uma questão essencial:
“Em começos de 1924 chegara a Marburg uma estudante judia de 18 anos querendo estudar com Bultmann e Heidegger. É Hannah Arendt. Vinha de uma boa família judia assimilada de Könisberg, onde crescera. Aos 14 anos, sua curiosidade já havia despertado. Leu a Crítica da razão pura, de Kant, dominava grego e latim tão bem que aos 16 anos fundou um círculo de estudos e leitura de literatura antiga. Antes mesmo de suas provas finais no liceu de Könisberg, passou uma temporada em Berlim, onde leu Heidegger e tomou aulas com Romano Guardini (especialista em Kierkegaard)”, escreveu Safranski sobre Hannah.
Ainda adolescente, a pensadora que já havia formado um círculo de filosofia ainda adolescente, escreve suas primeiras preocupações, Hannah Arendt redige o poema Consolo (Trost):
“As horas correm, Die Stunden verrinnen / Os dias passam, Die Tage vergehen, / Resta uma graça Es bleibt ein Gewinnen / O simples persistir. Das blosse Bestehen.” (Young-Bruehl, Hannah Arendt, Por amor ao mundo, p. 53).
Numa carta de Heidegger a ela, “E o que podemos fazer além de nos abrirmos, além de deixarmos ser o que é? Deixar ser de tal modo que o amor se torne para nós uma alegria pura/ casta (reine Freude) e a nascente de cada novo dia de vida. Ser elevado ao que somos. De qualquer maneira, seria possível que um de nós ‘dissesse’ e se abrisse ao outro. Só podemos dizer, contudo, que o mundo não é mais meu nem seu, mas nosso”.
Pensar o mundo como “nosso” e não meu é uma necessidade de nosso tempo, um passo essencial para nossos problemas mundiais.
A tese de doutorado de Hannah foi “O conceito de amor em Santo Agostinho” (ARENDT, 1998).
Ao ler santo Agostinho, objeto de sua tese de doutorado, ela observa a separação entre Amor e gozo: “essa alegria está em amar o amor sem inscrevê-lo em algo particular e passageiro”, e então enfatiza: “O amor espera encontrar com a eternidade a sua própria realização” (Arendt, O conceito de amor em Santo Agostinho, p. 35).
ARENDT, H. O conceito de amor em santo Agostinho. Tradução de Alberto Pereira Dinis. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.
SAFRANSKI, R. Heidegger, um mestre da Alemanha entre o bem e o mal (biografia). Tradução de Lya Luft. Apresentação de Ernildo Stein. São Paulo: Geração Editorial, 2000.
Antropologia, presentes e Natal
A antropologia de Marcel Mauss, herdeiro filosófico e sobrinho da filosofia de Durkhein, estuda profundamente a teoria antropológica da “dádiva” (dom ou presente, mas fico com o original em francês ‘don’) sobre as trocas gratuitas, típicas do Natal, mas que existem em muitas outras realidades humanas.
Mauss, ao cunhar o termo não deixou desconhecido um tema que para nós é muito importante, a relação objeto e sujeito, dentro da tradição histórica, como nos nossos posts anteriores, estudando tribos de ameríndios, observou:
O prestígio nasce da dádiva e relaciona-se àquele que toma a iniciativa: ao doador, para constituir seu próprio nome, sua fama, o valor de ‘renome’ (Mauss, 2003, p. 258).
Mas isto tem sim ligação com o Natal e com espiritualidade, mas relembra o autor o problema de nosso tempo que separa sujeito e objetos, materialidade e espiritualidade:
[…] a materialidade e a espiritualidade não estão mais ligadas a um estatuto comum de objeto, são opostas mediante dois estatutos, conjugados por uma relação de contradição: o espiritual aparece adquirido pelo doador, enquanto o material é adquirido pelo donatário. (Temple e Chabal, 1995, p. 26)
Inúmeras são as pessoas que são tomadas por esta forma profundamente humana e esquecida pela sociedade atual, que lembra só a materialidade, o econômico, em uma palavra: o dinheiro.
Mas o ‘don’, o presente, o sentimento e a generosidade humana estão aí presentes, e convenhamos é bom dar e ganhar, aliás Jesus também ganhou presentes.
TEMPLE, Dominique & CHABAL, Mireille. La réciprocité et la naissance des valeurs humaines. L’Harmattan: Paris, 1995.
MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. Cosac e Naify: São Paulo,2003.
Antropologia, o Natal e as tecnologias
Antropologia como discute questões da natureza humana, sempre esteve ligado a parte criativa, religiosa ou “mágica” do homem, a publicação, de “As formas elementares da vida religiosa” (1912) por Durkheim, que discute o evolucionismo, antes ainda o Esboço de uma teoria geral da magia (1903) de Marcel Mauss e Henri Hubert, em 1903, que criam o conceito de mana (nome polinésio para troca), mais tarde nasce a Antropologia estrutural de Levy-Strauss.
Mas Martin Buber, na sua obra Quem é o Homem?, como antropólogos fenomenológicos e existenciais, afirmou que tão importante quando a resposta de quem é o homem ? é a pergunta: O que é que o homem pode ? daí a tecnologia surge como importante para novas possibilidades.
As grandes mudanças por que passava a antiguidade clássica, as escolas gregas já haviam se consumado, aristotélicos e platônicos agora eram estudados por estóicos e neoplatônicos, o início promissor da escrita e as dificuldades romanas de manter a dominação, entre elas a Judeia, onde despontavam inúmeros líderes, muitos “messias” este era o quadro sociocultural no qual nasceria um homem importante para a cultura ocidental.
Usou a cultura de comunicação que ainda era a de seu tempo, a tradição oral, mas seria o único fundador de uma nova mensagem “escrita”, poderíamos dizer o antecessor das revistas e jornal, mas que só seus discípulos escreveriam o “primeiro livro”, o “Biblos” ou Bíblia, mas como uma “Boa notícia”, ou “Boa Nova”, tradução da palavra Evangelho.
Esta versão tinha também uma nova tecnologia, além da palavra escrita, e ser uma extensão do Torah, as leis judaicas das quais era herdeiro.
Seus discípulos escreverão o “Evangelho” e a colocarão no formato do Códex (formato retangular, com algum tipo de costura prendendo as páginas), que no final da idade média será perpetuado no formato impresso, não por acaso, foi a Bíblia foi o primeiro “livro” nesta tecnologia.
Como afirma McLuhan “o meio é a mensagem”, ou seja, uma forma nova exige uma nova forma de comunicação e a tecnologia sempre acompanhou o homem.
Renascença, filosofia e Advento
Em tempos de advento, convêm analisar os adventos recentes, mas talvez não tão recentes em tempos de profundas mudanças, o que foi a modernidade ? o que “advém” ?
É no auge da renascença que surge um humanismo novo, segundo Edgar Morin em “Cultura, Barbárie Européias” (Instituto Piaget, 2005), com duas faces: “uma dominadora e outra fraternal” (pag´. 31).
O autor destaca na origem do pensamento moderno “a missão de Descartes, fazer o homem senhor e possuidor da natureza” (pag. 32), conveniente ao iluminismo, nasceram ainda o idealismo e a ciência positiva.
Para uma pequena parcela da sociedade nascente importava agora o uso pragmático e utilitarista dos conceitos advindos da renascença, assim nasceram os conceitos liberais, as idéias republicanas e o poder dos bancos.
O longo caminho até a pós-modernidade, exploração do homem, duas grandes guerras e uma crescente destruição da natureza puseram em cheque estes conceitos.
Além de Morin, muitos são os autores que encaram este problema, um deles é Emmanuel Levinas, um lituano, de tradição judaica e filosofia fenomenológica, que tornou-se filósofo na França, onde faleceu no Natal de 1995.
Curiosamente sua mensagem é Natalina, no sentido de fraternal, no sentido do Outro.
Trabalhou intensamente na questão do Outro, que não é um simples inverso da identidade, mas a incorporação de um Outro no Si-próprio sem resistência, sem oposição.
Senão for assim o Outro não é verdadeiramente outro, impossível de ser fraterno.
Para ele também coletividade do ‘nós’ não é um plural de ‘eu’, mas feito de encontros do Eu com o Outro.
A obra de Lévinas (Entre nós, Humanismo do outro homem) é um repensar da emergência ética nos caminhos da filosofia a partir de um novo prisma, de se partir do Eu em direção ao Outro.
Tal inspiração Lévinas foi buscá-la na ontologia de Heidegger, mas também nos Livros Sapienciais da Bíblia, é um novo Advento, uma filosofia humana e mais fraterna, quem sabe um dia não só nestes períodos propícios.