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Dos tempos homéricos à barbárie

03 jan

Dos tempos dos romances épicos de Ilíada e Odisséia, até os dias de hoje aATroiaGrego violência fez parte da história, em especial na civilização ocidental, onde se lê o início do conflito entre gregos e troianos, narrados na Ilíada:

“Irritado, o herói retirou-se à sua tenda sem pretender mais combater. Os Troianos, notando a sua ausência, tomaram coragem, atacaram o campo dos Gregos ficando os navios destes em risco de serem queimados. ”
Para muitos historiadores esta é a obra fundadora da civilização ocidental, onde Alexandre encara o filósofo cínico Diógenes que passou a vida em um barril, ao qual teria dito que se não fosse imperador, gostaria de ser como ele um andarilho imundo de Atenas.
Petr Sloterijk vai reconstruir (a nosso ver) esse cinismo e ira que se encontram num evento para traçar parte fundamental de seu pensamos em duas obras fundadoras de seu pensamento, o Crítica da Razão Cínica (1983) e Ira e Tempo (2006), lançadas no Brasil pela Estação Liberdade, além do primeiro volume dos três das Esferas.
Além de cinismo e era queremos lançar a probabilidade da emergência de um novo pensamento, em tempos de ira e cinismo, uma solidariedade sincera e universal que abrace o mundo todo, seria possível ? talvez, mas não sem forças humanas que a propulsionem.
Qual humanismo pode nascer ou renascer hoje, visto que a nosso ver o Renascimento não foi outra coisa senão uma volta ao humanismo com ajuda da antiguidade clássica, mas o neoliberalismo e o iluminismo enveredaram por um caminho diferente.
Esclarecer o filósofo Byung-Chul Han em A Sociedade do Cansaço (editado no Brasil pela Vozes 2017): “A sociedade do cansaço e do desempenho de hoje, apresenta traços de uma sociedade coativa, cada um carrega consigo um campo, um campo de trabalho. A característica específica desse campo de trabalho é que cada um é ao mesmo tempo detento e guarda, vítima e algoz, senhor e escravo.  Nós exploramos a nós mesmos.” (Han, 2017, p. 115)
A política tornou-se cínica porque o que desejamos é aquilo que Saramago chamou de “a colonização do outro”, desejo que o outro tenha a mesma opinião que a sua, entramos num campo da psicopolítica, onde a coação se torna todas as armas, e a mesma quanto ao método.
O diálogo é feito com hipocrisia e proselitismo, tudo o que desejamos é que a “nossa verdade” prevaleça, não há hermenêutica, mas um só método: a coação.

 

Veredas, onde pode-se encontrá-las

14 dez

Tempos de diversas crises, também é um tempo de crise do pensamento, da cultura e até mesmo da fé.

“Onde mora o perigo é lá que também cresce o que salva”, escreveu o poeta alemão Hölderlin, já em um de seus últimos “A Via” o visionário Edgar Morin reuniu parte do pensamento disperso pelo reducionismo e sistematizou um sobre o futuro da humanidade religando saberes e defendendo a fraternidade.

Ele trata no livro da reconstrução coletiva do pensamento sobre a sociedade, através do conceito da metamorfose (processo simultâneo de autodestruição e autorreconstrução em uma organização em que a identidade é mantida e transformada em alteridade), que seria uma nova origem de modo mais amplo da solidariedade humana.

Escreveu o pensador francês: “Sinto-me conectado ao patrimônio planetário, animado pela religião do que religa, pela rejeição daquilo que rejeita, por uma solidariedade infinita…”, religar os saberes, admitir a complexidade, reencontrar a natureza e também o Amor, escreveu um belo livro “Amor Poesia Sabedoria” (Instituto Piaget, 1997) que também sobre a perda de sua mulher Edwige: a inseparável, dizendo “sou um eterno amoroso”.

Ao falar do desencanto do homem moderno, responde a pergunta de um repórter sobre a esperança: “Todas as crises – seja ela econômica, social, política, ética, cognitiva – são apenas reflexos da crise maior da humanidade, que não está conseguindo se tornar humana.  Mas é preciso resistir à desilusão e à perda de fé em um novo mundo, porque um novo caminho, uma nova via, é sempre possível. Mas esperança não significa certeza. Não podemos escapar da incerteza.”

Podemos então buscar Veredas, encontrar atalhos para o novo tempo, um novo “advento”.

 

 

 

 

 

 

Veredas e a importância para a vida

13 dez

As veredas na formação dos biomas brasileiros, são onde ocorrem nascentes deasVeredasMata lençóis freáticos, que por menores que sejam vão formar os córregos e riachos que abastecem grande parte dos rios e permitem que se tenha uma água limpa e saudável.

Quanto as vegetações, as veredas são de matas mais rasteira, de solo úmido fazendo com que a terra geralmente mais escura se comportem como espojas e filtros retendo os sentimentos orgânicos e assim filtrando a água que chega ao córrego durante as chuvas, o problema grave das veredas é a possibilidade de desertificação.

A fauna tem lobos-guará, tamanduás, serpentes, peixes e anfíbios, as aves mais diversificadas, palmeiras e coqueiros oferecem frutos abundantes para aves maiores, enquanto os rios fornecem peixes para algumas aves grandes e também as que fazem migrações.

Assim uma vereda, além de ser um caminho escondido são fontes de vida, quem a atravessa não vai apenas encontrar uma grande estrada, um grande rio, mas o próprio caminhar por uma vereda oferece uma rica vida e também uma bela paisagem.

Buscar veredas durante o advento faz parte não só da religiosidade sincera e verdadeira, mas principalmente daqueles que buscam espaços humanizados de amigos e colegas de trabalho que são fontes de vida e da verdadeira liturgia que é feita na labuta diária no trabalho, em casa e com os amigos.

 

Esfera pública: transparência e utopia

20 jun

O termo “esfera pública”, popularizado pelos conceitos desenvolvidos porTransparencia Jünger Habermas (1929- ), em especial no livro publicado em 1962, “Mudança estrutural da esfera pública”, que é uma tradução para a palavra alemã, Öffentlichkeit, substantivação do adjetivo öffentlich (público). “Publicidade”, que é usado de certa forma também como “tornar público” Publizität é por sua vez um termo empregado no sentido de tornar público certos debates judiciais.

O tema volta a ter atualidade não apenas pela situação do Brasil, mas o uso de “publicização” feitas tanto na campanha de Trump como de Marie Le Pen, além dos inúmeros e já incontáveis casos de denúncias de corrupção no Brasil e outros países da América Latina e do planeta.

A ideia geral de Habermas, grosso modo, é que a publicidade crítica é subvertida pela publicidade/propaganda, onde a opinião pública passa a ser objeto de manipulação tanto dos meios de comunicação de massa como por parte das políticas partidárias e administrativas, mas o termo não deve ser confundido com as dificuldades público/privadas do estado.

Posteriormente Habermas relativizou o termo, pois as experiências políticas e sociais que desmentiram uma total despolitização da esfera pública mostram também fatos curiosos como uma certa volta ao nacionalismo, e a questão da transparência pública é questionada.

O que fez que posteriormente Habermas desenvolvesse a ideia da ação comunicativa, consagrada no livro (em algumas edições como a inglesa em dois Volumes) “The theory of communicative action”, publicados em 1984, mas o que negligenciado que também ali foi necessário um reparo, colocando a questão da “nova intransparência”, onde ao mesmo tempo que admite o esgotamento utópico, vê um horizonte onde há alguma fusão entre o pensamento utópico e a consciência histórica.

Habermas cita os cenários utópicos da idade Média: “Thomas Morus e sua Utopia, Campanella com Cidade do Sol, Bacon com sua Nova Atlantis”, sua atualização nos tempos  modernos por “Robert Owen e Saint Simon, Fourier e Proudhon rejeitavam o utopismo violento”, e há uma atualização com “Ernst Bloch e Karl Mannheim” que na visão de Habermas “purificaram o o termo ´utopia’ “, mas negligencia a análise feita de Manheim por  Paul Ricoeur em cursos feitos na Universidade de Chicago em 1975, que depois virou livro: “A ideologia e a utopia”.

A análise de Ricoeur mostra que distorção ideológica se baseia no fato de considerar apenas a estrutura simbólica da vida social, em geral vista sobre a perspectiva da justificações e identificações de grupos sociais, embora necessária, não é suficiente para fazer projeções para o futuro, onde o uso de inovações e agentes sociais transformadores são necessários.

HABERMAS, J. A nova intransparência. In: Novos Estudos CEBRAP, nº 18, set. São Paulo: Ed. Brasileira de Ciências Ltda, 1987.

 

MIT explica Blockchain

14 jun

O famoso instituto americano MIT explicou em seu site, de maneira objetiva umBlockChain2 conjunto de tecnologias para o dinheiro digital, de maneira objetiva e clara, eis um resumo das questões respondidas, a primeira é claro é o que significa o termo.

Em um nível alto, a tecnologia blockchain permite que uma rede de computadores concordem em intervalos regulares sobre o verdadeiro estado de um livro gerencial distribuído”, diz o professor adjunto do MIT Sloan, Christian Catalini, especialista em tecnologias de cadeias de blocos e crypto-currency. “Esses livros contabilísticos podem conter diferentes tipos de dados compartilhados, como registros de transações, atributos de transações, credenciais ou outras informações. O livro de contas é muitas vezes protegido através de uma mistura inteligente de criptografia e teoria de jogos, e não exige nós confiáveis como redes tradicionais. Isto é o que permite que bitcoin transfira valor em todo o mundo sem recorrer a intermediários tradicionais, como os bancos “.
O prof. Christian Catalani do Instituto acrescentou: “A tecnologia é particularmente útil quando você combina um contabilidade distribuída junto com uma crypto-token.”

A segunda questão também óbvia e´a ligação entre BlockChain e BitCoin, em um artigo recentemente publicado ele afirma: Catalini explica por que os líderes empresariais devem ser entusiastas do Blockchain e pode economizar dinheiro e pode aumentar conforme a forma como os negócios são conduzidos.

Cada empresa e organização se envolve em vários tipos de transações todos os dias e cada uma dessas transações requer verificação.

Em muitos casos, essa verificação é fácil. Você conhece seus clientes, seus clientes, seus colegas e seus parceiros de negócios. Tendo trabalhado com eles e seus produtos, dados ou informações, você tem uma boa ideia de seu valor e confiabilidade.

“Mas de vez em quando, há um problema, e quando surge um problema, muitas vezes temos que realizar algum tipo de auditoria”, diz Catalini. “Podem ser auditores reais entrando em uma empresa. Mas em muitos outros casos, você está executando algum tipo de processo para se certificar de que a pessoa que reivindica ter essas credenciais tinha essas credenciais ou a empresa que vendeu a mercadoria possuía a certificação. Quando fazemos isso, é um processo oneroso e intensivo em mão-de-obra para a sociedade. O mercado diminui e você deve incorrer em custos adicionais para combinar a demanda e a oferta “.

“A razão pela qual os ledgers distribuídos se tornam tão úteis nesses casos é porque, se você gravou esses atributos, agora você precisa verificar com segurança em uma cadeia de blocos, você sempre pode voltar e encaminhá-los sem nenhum custo”,

O artigo e o paper são mais longos e claros é claro, mas o objetivo aqui era reduzir um pouco as questões técnicas e e explicar as ferramentas BlockChain.

 

 

Não existe economia digital ?

20 mar

Os tecnófobos alimentam estas além de outras ilusões, aliás ganham dinheiro falando isto, DigitalEconomymas a economia digital já atingia os U$ 110 bilhões em 2014, somente com os aplicativos Uber, Airbnb e Kickstarter; sem falar em smartphones, tablets e laptops.

A expectativa é que estes três aplicativos atinjam U$ 1 trilhão em 2017, o que é superior ao PIB de muitos países no mundo e um terço do brasileiro, se unirmos todos aplicativos provavelmente serão superiores ao nosso PIB.

Victor Reimann, de apenas 25 anos e um dos sócios da desenvolvedora e incubadora de projetos de economia colaborativa Engage, com sede em Porto Alegre, esclarece que esta economia “atraiu pessoas primeiro por uma necessidade de otimizar recursos”.

Yuri Faber criador da Zasnu, que oferece serviço de compartilhamento de veículos, afirma que “A recessão global fez as pessoas tomarem consciência de que um consumo colaborativo é bom para diminuir o custo e bom para todos”.

Eu sei em Berlim, a Justiça já baniu alguns serviços do Uber, também na Austrália na cidade de Melbourne, a prefeitura já multa motoristas que recebem dinheiro para transportar passageiros intermediados pelo aplicativo, mas no Brasil conheço vários amigos que viajam dividindo a viagem, e o número de pessoas que faz isto tornará impossível qualquer fiscalização, afinal não são carros da Uber ou de outros serviços, claro você precisa ter um bom carro.

O Airbnb hospedou mais de 120 mil pessoas durante a Copa, claro aproveitando da especulação da rede hoteleira além de precários serviços.

A economia digital vai crescer mais ainda, e mesmo os que ganham dinheiro falando mal dela, poderiam ter seus ganhos computados como economia digital, assim geram um curioso paradoxo: falar mal da economia digital faz ela crescer em números reais neste caso.

 

Trocas em redes viram mania

01 ago

A prática começou com a troca de figurinhas na Copa do Mundo em 2014,Escambo mas agora promete entrar em todas áreas, trocar fico mais fácil e mais rápido porque atinge um número maior de pessoas.

 

A palavra usada não pode ser a mais apropriada: “Escambo”.  Este é o nome de um grupo que já tem 32 mil membros, é público e se determinas regras forem violadas a pessoa é banida do grupo, por exemplo, para comprar ou vender um item, não é permitido usar marcas ou compartilhar links de lojas, a troca é entre pessoas que já possuem o item a ser trocado.

 

Há relatos de pessoas que já trocaram um guarda-roupa interior, livros e inclusive livros acadêmicos e escolares tem um site “Livros para Vender e trocar”, seu criador Júlio Cesar Medalha descobriu que tinha quase 3.000 livros em casa, ao resolver trocar, em um mês foram-se todos, contou a um site de grandes empresas.

 

Já há aplicativos especialistas em trocas, como Tradr, ele é inspirado no Tinder, e a partir de um perfil do Facebook ele filtra suas preferências e aprende com o que você gosta ou descarta, e já é bastante utilizado.

 

O site DescolaAí já conta com 1.500 transações feitas lançado oficialmente a 3 semanas, mas que funciona desde agosto de 2011 quando estava em fase de testes, o responsável Guilherme Brammer afirmou: “Na versão definitiva, a página tem cara de rede social e as vendas também são permitidas”.

 

Há um site para troca de games: o Troca Jogo, que agrega 100.000 adeptos, seu criador Flávio Banyai, cita as vantagens como: “Sem falar que é uma maneira de não estimular a compra de produtos pirata”, e trocar é legal e saudável.

 

São novas e criativas realidades propiciadas pelas mídias de redes sociais.

 

A bolha brasileira e otimismo

29 jul

É saudável e até desejável o otimismo, mas sem uma dose de realismo ele podeCPFs ser pura fantasia, a ideia que uma parte da inflação e da crise é psicológica não é nova, no final do regime militar e do “milagre brasileiro” demoramos, naquele tempo,  para cair na real e no real (R$).

 

A crise das casas Bahia, com perdas no seu site tendo quadruplicado, lembrando que lojas de departamentos já vem a muito tempo aumentando juros (Ponto Frio e Magazine Luiza, por exemplo), devido o aumento da inadimplência, anunciam o que considera a nossa “bolha”.

 

O número de inadimplentes é recorde, e a prova que nossa bolha, que chamo de bolha das casas “Bahia” onde setores de baixa renda mais compram, é que dos 58 milhões que não pagam as contas (recorde segundo o SERASA), entre estes está o Nordeste que aparece com um número absoluto maior relativo à população, pois são 15,7 milhões de devedores.

 

Os números de São Paulo foram prejudicados, pois segundo o economista Flávio Borges do SPC Brasil não podem ter números reais de São Paulo, pois a lei estadual No. 16.569/2015, o nome da pessoa só pode ser feito após o envio de uma carta registrada ao devedor e a devolução deste com o ciente do débito.

 

Os números de desemprego acabam de bater novo recorde de quase 12 milhões de desempregados, e as lojas de departamentos (casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, etc.) representam um bom número de empregos no Brasil.

 

Há alguns sinais positivos da economia, uma melhoria na visão do Brasil de investidores, expectativas melhores, como para a queda do PIB, mas ainda acima dos 3% e alguma esperança para o próximo ano, mas temos que ser realistas.

 

Farisaísmo e corrupção

08 jul

Me perdoem os judeus se uso este nome da história bíblica, mas é a melhorPirataria metáfora para explicar o que acontece no país, e nela incluo religiosos de todos os matizes que se aliam as forças institucionalizadas que criaram a adoração ao deus “Estado” para auferir lucros.

 

A metáfora é importante porque além da lei escrita, que eles em geral conhecem bem como um tal sr. Cunha, acreditam também na lei oral, aquela transmitida de geração em geração em meio a bajulação do poder e a traição dos eleitores que votam acreditaram em “promessas”.

 

Enquanto operações policiais combatem a ferinha da madrugada, removem ambulantes, retiram mendigos das ruas e anunciam o combate a pirataria dizendo que há enormes evasão de divisas neste comércio ilícito, um juiz do Espirito Santo solta contraventores, corruptos são defendidos até em manifestações públicas e querem nos convencer que SOMOS CORRUPTOS.

 

Há diferença entre um pai que precisa ir para ilegalidade para defender o mínimo para sua família, e que inclusive gostaria de estar na legalidade, de gente que vivem de falcatruas, contratos combinados em licitações (não por acaso a mesma raiz de ilícito) e operações sem fim de combate aos verdadeiros bandidos que nos roubaram até a dignidade de ser cidadão.

 

O discurso de somos todos corruptos, isto é natural, eu perdoo este mar de lama foi até necessário (por incrível que pareça já ouvi isto) não é outra coisa senão fazer coro com a impunidade destes senhores que não foram treinados nem em Cuba e nem nos Estados Unidos, foram treinados nos cafezinhos e jantares caros da vida palaciana.

 

Aos fariseus que dizem somos todos corruptos, digo que a cumplicidade também é crime, e no caso deles é também prevaricação no intransitivo, causar prejuízo ao Estado ou a outrem.

 

Alvin Toffler e a ausência de utopia

01 jul

Faleceu no último dia 27 de junho com 87 anos, o escritor e futuristaCasalTofler Alvin Toffler, casado com a também escritora também futurista Heide Tofler que em 2003 escreveu “Criando uma nova civilização”(*) que mostra além dos aspectos econômicos e estruturais a necessidade de uma civilização preparada para este futuro.

 

O primeiro grande livro de sucesso de Alvin Toffler, li na minha juventude e coloquei uma resenha em meu blog o Choque do Futuro foi o seu primeiro grande sucesso editorial.

 

Mas o livro de maior influencia onde já antevia a internet e o uso intensivo de tecnologia nas empresas é a Terceira Onda, publicado em 1980 pela Bantam Books, o livro trouxe não apenas uma utopia, característica marcante de toda a obra de Alvin Toffler, mas uma entrou na retórica de grandes líderes mundiais da época que passaram a citá-lo como visionário.

 

A ausência de utopia nos dias de hoje, é devido ao aprisionamento as decadentes estruturas sociais, ao medo das mudanças necessárias e já antevistas no processo de produção, tanto na indústria urbana como nas agroindustriais rurais e no cuidado com a natureza.

 

Somos ótimos críticos de qualquer mudança que se proponha, mas incapazes de sair do velho ranço ideológico, das estruturas concentradoras de renda e de poder, apontamos a tecnologia quase universalmente como responsáveis pelo que está ai, e não os homens que as usam.

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O livro da esposa de Toffler, Heide faz quase uma síntese histórica sobre os diversos livros do marido, principalmente A terceira onda e Guerra e Antiguerra, e Powershift, a nova onde civilizatória segundo eles irá alterar a relação entre patrão e empregado consumidores e empresas, modelos de família, de governo e dentro do modelo que atual onde permanece a propriedade privada, por isto pouco chance de uma leitura crítica dos socialistas e nenhuma chance de leitura entre capitalistas que devendo a atual relação de concentração de renda.

 

*TOFFLER, Heidi. Criando uma nova civilização. São Paulo: Record, 2003.