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Um especto ronda a Europa

10 mai

Este era o texto inicial do Manifesto Comunista escrito em 1848 quando os operários não tinham os atuais direitos trabalhistas, com horas de jornadas de trabalho desumanas, sem férias, sem qualquer auxílio por doença e com contratos precários de trabalham com poucas garantias.

Há hoje um outro espectro, o de uma nova guerra mundial que teria efeitos devastadores devido a potência das atuais armas nucleares e uma escala de envolvimento realmente mundial, onde poucos países poderiam ficar fora do esforço de guerra.

A Ucrânia é apenas o primeiro cenário de uma disputa econômica, militar e até mesmo civilizatória que envolvem a Rússia e a China de um lado, com aliados menores como a Coréia do Norte, Bielorrússia, Cuba e Venezuela e certa simpatia de forças de esquerda mundiais.

O Dia da Vitória comemorado ontem na Rússia, sob o qual havia expectativas que se mostraram exageradas, a Rússia de fato foi decisiva na derrota da Alemanha nazista pela sangrenta Batalha de São Petersburgo (na época Leningrado), porém o desfile de aviões tão aguardado pelos caças e pelo chamado “avião do Apocalipse” (Tu-95MS) que transportaria armas atômicas, não aconteceu.

Vale lembrar que um ensaio foi feito antes do desfile e talvez não tenham ocorrido por estarem em posição de combate em outras regiões.

A Rússia alegou condições de tempo, mas as fotos (veja a foto acima) mostra um tempo bom, pelo discurso mais ameno, embora reivindica a guerra atual como um prolongamento da guerra que derrotou o nazismo, não teve nem a declaração formal de guerra a Ucrânia nem as ameaças esperadas a OTAN, também Zelensky, presidente da Ucrânia, declarou que “o mal voltou”.

Tradicionalmente o Dia da Vitória é bastante efusivo, em 2015 participaram 16.000 militares, 200 blindados e 150 aviões, mas em 2020 devido a pandemia a fez foi adiada e reduzida de tamanho para apenas 14.000 militares.

O discurso de Putin no desfile desse ano tratou de justificar a guerra na Ucrânia tentando cooptar a vitória sobre o nazismo, porém há nisto certa fragilidade, uma vez que ainda é preciso fortalecer a moral e justificar a guerra, que antes era chamada de “operação especial”.

Como analisa Hannah Arendt em “As origens do totalitarismo” este poder não segue uma lógica, assim o espectro da guerra ronda diversas nações da Europa e a pergunta é quem será a próxima.

 

Tendência de elevação da Covid 19

09 mai

Em número publicados pelo próprio ministério da saúde, de variação nos dias 4 para 5 de maio, sábado e domingo em geral há subnotificação, o boletim epidemiológico já registra uma alta em torno de 8,9% com 21.682 novas infecções e 137 mortes pela doença.

Esta tendência vem se mantendo desde o início do mês e atingindo a taxa de 15% será considerada uma nova alta e uma nova onda, embora o número de mortes seja menor e se mantém uma média móvel abaixo de 100 mortes diárias, sendo média e tendo número acima de 100 poderá tornar a elevar-se, já que a média das infecções é maior e de mortes menor porque a cepa é menos letal que as anteriores.

O cálculo de médias móveis é feito por especialistas usando os registros dos últimos 14 dias e dividindo o total por 14, é possível assim ter uma visão mais ampla do atual momento da Covid.

Não há uma análise clara desta leve alta, talvez um efeito sazonal da chegada do frio que favorece as infecções respiratória, porém isto seria muito prematuro porque está acontecendo no hemisfério sul a menor de uma semana, talvez a maior capacidade de infecções da ômicron de segunda linhagem, a BA.2, o preocupante é que favorece a circulação do vírus e o perigo de novas variantes.

Exceto setores especializados que alertam para a questão, pouca atenção é dada a informação mais precisa sobre este futuro da SARS-Covid, apenas a situação da China que segue grave e agora até mesmo com denúncias de desumanidades devido a uma #lockdown excessivo e rigoroso.

Também o início do período eleitoral não favorece uma maior transparência da situação. 

 

A guerra em novas fronteiras

03 mai

Conforme já afirmamos no último post a paz exige pacíficos, mas todas as nações parecem subir o tom na medida em que o governo russo vai ampliando as fronteiras de seus conflitos, agora cortou o gás da Polônia e Bulgária, ameaça a Moldávia que tem uma pequena região de conflito (chamada de Transnístria e reivindica sua independência), enquanto a OTAN aumenta o apoio.

Uma gafe na narrativa de colocar a Ucrânia como nazista, do chanceler Serguei Lavrov dizendo que o presidente Ucraniano Zelensky ser um judeu não significaria nada, afirmou que “Hitler também tinha sangue judeu”, e imediatamente foi repudiado pelos governos de Israel e Alemanha.

Também o fato que a Ucrânia teria bombardeado uma cidade russa Belgorod (outras duas também teriam sido alvos), foi desmentido pelo prefeito local Vyacheslav Gladkov, assim a narrativa russa vai se complicando e cresce a convicção de objetivos expansionistas.

Na prática isto significará uma declaração formal de guerra à Ucrânia e o fim das negociações, já que a única condição aceitável para Kiev é a retirada de tropas russas da região de Donbass.

A entrada de forças da OTAN no conflito é eminente, e o envio de armas já está decidido, por enquanto apenas tropas ucranianas usarão, muitos voluntários foram para lá lutar, mas não há notícias de nenhuma organização ou país que tenha recrutado soldados.

O que preocupa é a inexistência de forças pacifistas que efetivamente haja no conflito, até mesmo o número de manifestações é limitado, em geral, como aconteceu na Sérvia há grupos pró-Ucrânia e pró-Rússia num alinhamento crescente também da opinião pública.

A Alemanha declarou que as sanções econômicas continuarão até que se assine um tratado de paz, é uma pressão, porém a entrada na guerra através da OTAN ela tem um papel decisivo.

Os combates seguem intensos na região de Donbass, enquanto Mariupol está totalmente sitiada e com dificuldades de retirar civis e soldados feridos, Kiev foi bombardeada mesmo com a presença do secretário geral da ONU, que também teve conversas com Putin.

Não há uma perspectiva nas negociações de paz, a Rússia exige cada vez mais na medida que suas forças avançam, quer um corredor por terra de Donbass passando por Mariupol até a Criméia já anexada na guerra anterior de 2014.

A sempre esperança porque disto depende o futuro civilizatório, o momento é sombrio. 

 

Estudo revela perigo em novas variantes

02 mai

O número mundial de mortes pela Covid 19 diminui,mas com resistência para dizer que as variantes possam ser menos letais e fazer o número cair a zero, enquanto a crise sanitária atinge fortemente as maiores cidades da China incluindo agora capital Pequim, sem diagnóstico claro.

No Brasil o número em queda agora parece entrar em estabilidade já com pequenos aumentos, em alguns momentos ultrapassa a 100 mortes diárias da média móvel, chegando a 200 e o número de infecções não cai chegando a subir perto dos 20 mil casos, qual o cenário futuro?

Um estudo brasileiro, feito por pesquisadores da USP do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) além de pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês do Brasil, revela que as novas variantes do SARS-COV-2 tem mais probabilidade de driblar as defesas imunes da população e devem surgir nos próximos meses.

O trabalho foi publicado pela revista Viruses e faz uma revisão de mais de 150 artigos, investigou a capacidade de evasão do sistema imune, a transmissibilidade e eficácia com a vacinação além do potencial de mutação e o resultado serve de alerta.

O artigo diz textualmente “Evidências crescentes têm mostrado que as mutações estão sendo selecionadas em favor de variantes que são mais capazes de evadir a ação de anticorpos neutralizantes” (em inglês no original: Growing evidence has shown that mutations are being selected in favor of variants that are more capable of evading the action of neutralizing antibodies”) e mostra que a despreocupação de autoridades com a pandemia é política.

No aspecto dos protocolos seguem as preocupações individuais, não há política públicas claras.

 

 

 

 

 

 

A paz dos pacíficos

29 abr

Há diversos equívocos sobre a paz, alguns foram apontados por Kant tais como pactos que escondem futuros conflitos, a justa revolta contra regimes totalitários, porém não há como se construir a paz sem pacíficos, as ideias que se deseja a paz prepare-se para a guerra é um equivoco ou com os violentos haja como violento, etc. escondem pequenas e grandes guerras.

Todo exercício de poder é assimétrico aponta Byung-Chull Han (O enxame), no livro que faz um ensaio exatamente sobre as novas mídias, e que diz que só há simetria se há respeito.

Então o respeito as culturas, a diversidade de opiniões e ideias, de liberdade religiosa, de opções pessoais de diversos tipos, claro que não impliquem no desrespeito ao Outro, é um ponto de partida para a paz, assim é preciso que haja pacíficos para se construir a paz.

A ideia de mais armas, de mais agressões que possam intimidar adversários escondem que não há princípio pacífico nestas atitudes, que não há respeito como pede Chul Han, e para aqueles povos, países e nações que tem princípios pacíficos, como Finlândia e Índia por exemplo, é preocupante ver atitudes belicistas evoluindo.

Por outro lado, a vitória de Makron na França é um alento principalmente devido a derrota de um pensamento totalitário no país que é fonte da democracia republicana moderna.

A paz deve ser também a base de qualquer pensamento religioso, admitir que há algo ou alguém superior deveria nos despir de orgulho de se julgar superior a alguém, a algum povo, raça ou gênero, mas a história mostra que não foi sempre assim, lembro aqui o Paz da Vestfália que foi um pacto para que as religiões não incentivassem o ódio entre os estados, com isto a ideia de estado laical.

Em várias passagens bíblicas Jesus faz a primeira saudação aos seus discípulos: “A paz esteja convosco”, claro fala da paz dos pacíficos, e no versículo das bem-aventuranças diz que serão chamados de “filhos de Deus” (Mt 5,9), ou seja, não são cristãos se não desejam a paz.

Também para seus discípulos Jesus que aparece ressuscitado em sua terceira aparição e pergunta insistentemente a Pedro (Jo 21, 15-17): “Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” e Pedro chega a ficar triste e diz “tu sabes tudo”.

Sim Jesus sabia que mesmo entre religiosos haveria dificuldade de entender a paz e a unidade.

 

O idealismo da Paz perpétua

28 abr

A Paz Perpétua era a proposta política de Kant de certa forma ela está expressa na visão liberal do pensamento sobre a paz, com algumas nuances em países vindos do período soviético, porém via de regra o normal lá é a visão romana da pax romana que era a submissão dos inimigos.

Conforme vimos no post anterior, para Kant, esperto como as serpentes e falso como as pombas, também Maquiavel de um modo muito diferente em seu “Príncipe” falava em dividir para reinar, princípio que é analisado por Kant ( Divide et impera, p. 39), neste caso para como uma falsa liberdade de ideias opostas quando o chefe supremo “desune-as e isola-as do povo”.

A obra À paz perpétua foi escrita pelo filósofo alemão Immanuel Kant, em 1795. A singularidade da contribuição de Kant está na sua fé em uma paz perpétua que se constrói porque a razão tem mais força do que o poder, “ … visto que a razão, do trono do máximo poder legislativo moral, condena a guerra como via jurídica e faz, em contrapartida, do estado de paz um dever imediato, o qual não pode todavia estabelecer-se ou garantir-se sem um pacto entre os povos: – tem, pois, de existir uma federação de tipo especial, a que se pode dar o nome de federação da paz (foedus pacificum), que se distinguiria do pacto de paz (pactum pacis), uma vez que este tentaria acabar com uma guerra … “ (KANT, 2008, p. 17-18).

Mas quando seria então justo fazer a guerra? Qual seria o limite da razão? Kant fala primeiro da revolta no interior de uma nação submetida a um tirano: “Será a revolta o meio legítimo para que um povo rejeite o poder opressivo do chamado tirano [non titulo, sed exercitio talis (‘tirano no exercício do poder, não na sua denominação’)]? Os direitos do povo são conculcados e a ele (ao tirano) não se faz injustiça alguma por meio da destronização; a este respeito não há qualquer dúvida. No entanto, é sumamente injusto, por parte dos súbditos, reivindicar assim o seu direito, e não podem também queixar-se da injustiça se nesta luta forem vencidos e tiverem, depois, de suportar as mais duras penas” (Kant, 2008, p. 47).

Conforme vimos no post anterior, para Kant, esperto como as serpentes e falso como as pombas, também Maquiavel de um modo muito diferente em seu “Príncipe” falava em dividir para reinar, princípio que é analisado por Kant (. Divide et impera, p. 39, neste caso para como uma falsa liberdade de ideias opostas quando o chefe supremo “desune-as e isola-as do povo”.

Há pontos interessantes em sua proposta dividida em artigos: uma constituição civil republicana (hoje há povos com outras formas de governo e que nem sempre são tiranias), uma “federação de nações livres” como o princípio da hospitalidade (o problema dos migrantes hoje) e depois faz uma série de “suplementos” para a paz perpétua, mas basicamente é uma defesa da razão.

Toca também na interessante, já dissemos referentes isto às guerras mundiais, que a paz não deve se fundar em possibilidades que podem abrir novas guerras futuras.

Hoje deve-se analisar a luz da cultura originária dos povos, não apenas indígenas e diversas nações pré ou pós iluministas (onde impera certa forma de razão, lembre do Estado Grego e do direito Romano), e também o desequilíbrio econômico, bélico e agora também cibernético.

A paz perpétua não é uma paz eterne nem paz duradoura, esta deve atentar para uma civilização mais humana e fraterna, sem a qual qualquer argumento para a guerra é possível.

KANT, I. A paz perpétua. Trad. Artur Mourão. Portugal: Universidade da Beira Interior Covilhã, 2008

 

Twitter, Cibercultura e Paz Perpétua

27 abr

A compra do Twitter por Elon Musk por U$ 44 bilhões, o bilionário da Space X e da Tesla, tornam as mídias de redes sociais cada vez mais atreladas ao campo político e balança o império das mídias tradicionais.

Uma das ideias básicas de Musk é tornar a rede menos controlada (a função de moderador) e com mais possibilidade de texto, no lançamento em 2006 era de 140, em 2017 foi ampliado para 280 e provavelmente acrescentará textos maiores, Musk é proprietário da ferramenta Revue.

A NetFlix perdeu 200 mil assinantes (pouco para 100 milhões de assinantes, mas uma tendência), CNN enfrenta fortes problemas com um discurso editorial (7 em cada 10 telespectadores) tenta mudar o enfoque, é a grande mídia sofrendo com o avanço das novas mídias, e tudo indica que a guerra no campo bélico e ideológico vai se deslocar para o campo cibernético, os drones praticamente aposentam a ideia de uso de tanques e aviões com autonomia de voo e de voo tornaram a guerra desigual em força e material bélico mais igual.

Mas a liberação da arbitragem no Twitter preocupa, embora a proposta de algoritmo de código aberto seja interessante, mas a grande questão são as ideias sobre a guerra de Musk.

Claro tudo isto é condenável pelo número de vítimas civis que causam, pelas tragédias humanas que ali se desenvolvem também entre militares que estão num campo de batalham onde muitos não gostariam de estar.

A Paz Perpétua de Kant trazia a proposta de um preceito da razão sobre o poder, porém um estranho ditado aparece no meio de seu texto (analisaremos o texto no próximo post), que é prudentes como as serpentes e suave como as pombas, no texto bíblico (Mt 10:16)é possível também se traduzir “simples como as pombas, porém a interpretação kantiana é divergente:

“…Sede prudentes como a serpente»; a moral acrescenta (como condição limitativa): «e sem falsidade como as pombas” (Kant, 2008, p.34), e o próprio Kant aponta que “as duas coisas não podem coexistir num preceito” uma contradição evidente, a Paz Perpétua é mais complexa, claro.

Este é o problema das novas mídias, é preciso usar o recurso muito usado na política de certa “falsidade”, ou dubiedade quer seja para despistar os opositores, quer seja para iludir o povo.

Não há como estabelecer a paz se não há respeito de culturas e valores conflitantes, claro dentro de limites humanitários razoáveis, o primeiro é a própria vida posta em cheque na guerra e o segundo é possibilitar a sobrevivência e autodeterminação dos povos para decidir seu destino.

KANT, I. A paz perpétua. Trad. Artur Mourão. Portugal: Universidade da Beira Interior Covilhã, 2008

 

A guerra, o Brasil e a Finlândia

26 abr

Enquanto a guerra vai se escalando no leste europeu, os objetivos russos vão se tornando claros, o controle maior das fontes de energia e material disponível para a guerra, isto inclui a Siderurgia de Azovstal, onde há civis e a batalha se intensificou.

Há o alegado despiste de dizer que o leste faria um corredor por terra até a Criméia anexada na guerra de 2014, porém isto nunca foi problema para a Rússia por causa de sua frota aérea, e ela tem outro exclave que é Kaliningrado, e também é por isso que a Ucrânia passou a bombardear os armazéns de petróleo russo.

O governo brasileiro ditatorial de Vargas chegou a flertar com o Nazismo, porém em julho de 1939 em visita dos Estados Unidos ao chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, general Góes Monteiro, o governo americano prometeu cooperar com o reequipamento militar e econômico do Brasil na construção da Companhia Siderúrgica Nacional (a antiga CSN).

Na época foi dado ao Brasil um crédito de 17 milhões de dólares junto ao Eximbark, e uma base americana foi instalada no Rio Grande do Norte, estratégica para voos militares para Europa.

Também a Finlândia tinha antes deste período indústrias pesadas que poderiam auxiliar na guerra, a Suécia também tinha e forneceu material tanto para a Alemanha como para os aliados, porém em 1939 Stalin, então presidente da União Soviética resolve invadir a Finlândia.

O parlamento da Finlândia está decidindo agora a entrada na OTAN, e a Rússia ameaça com retaliações, na última semana Maria Zarakhova, porta-voz do Ministério das Relações Extensores da Rússia afirmou: “Nós demos os nossos avisos, tanto publicamente como pela via dos canais bilaterais; eles (os dois países) sabem disso, então não há surpresas. Eles foram informados sobre tudo, sobre o que (uma eventual adesão à Otan) vai acarretar”.

Isto provoca uma nova escalada na Guerra e envolve também a Suécia que deseja aderir a OTAN.

O embate entre russos e finlandeses, iniciado em 30 de novembro de 1939, chamada de Guerra do Inverno (foto), embora com um exército e poderio menor os finlandeses resistiram a guerra e mantiveram a moral da tropa, já havia o pacto recém foi feito o pacto Molotov-Ribbentrop (ministros da Rússia e Alemanha, respectivamente), onde a Finlândia ficaria neutra, porém perdia parte de seu território, uma boa parte de seu parque industrial e se comprometia a manter neutralidade na guerra, mas a Rússia rompeu com a Alemanha e invadiu a Finlândia.

O tratado de paz foi assinado em 12 de março de 1940, cedendo 10% do território finlandês à Rússia e 20% de sua capacidade industrial a União Soviética.

Mais poderio militar e indústrias bélicas significam que não há fim previsto para a guerra, o maior envolvimento da OTAN significa a proximidade de uma escalada global, mas mantem-se a esperança de paz através de acordos, cada vez mais difíceis.

 

Covid Resiliente e política sanitária

25 abr

A razão pela qual a Covid 19 em queda é tão resiliente no país tem duas explicações: a médica pois o número de mortes cai lentamente enquanto o número de infecções tem queda mais lenta uma vez que a variante predominante é pouco letal (veja o gráfico) e a outra é de política sanitária uma vez que não se faz mais uso de protocolos sanitários, excetos em raros ambientes.

Não se trata apenas do fato econômico, já que todos os setores econômicos voltaram a ativa e uma crise mundial desponta no horizonte devido uma guerra que vai se escalando e já atinge o setor de alimentos e combustíveis, com um cenário futuro bastante sombrio.

Porém há atividades que poderia ser muito bem controlada, festas públicas (ou privadas que se tornaram alternativa), regras de funcionamento em ambientes escolares e espaços culturais diversos (incluo os religiosos) e a manutenção das máscaras já que todo mundo tem alguma.

Os governadores do nordeste (brasileiro) já se manifestam sobre o uso de máscaras, porém a preocupação real é com a queda nos níveis de investimentos sanitários e poderemos ter outros casos em breve, como as tradicionais ondas virais de início de inverno e a dengue.

Um seminário com várias autoridades internacionais na área da saúde foi realizado na quarta-feira passada (23/2) com o tema “Agenda da Saúde Global: Perspectivas para 2022”, mediado pelo pesquisador sênior da Fiocrus Luiz Augusto Galvão.

Todos os participantes manifestaram de alguma forma a preocupação com políticas sanitárias seguras que garantam o controle da Pandemia, que está atenuada, mas sem garantias de seu fim, a pesquisadora brasileira Mariângela Batista Galvão Simão destacou que é possível um cenário de erradicação da Covid: “Isso porque hoje temos ferramentas e know-how que não tínhamos antes, mas não vai acontecer se tivermos complacência”, declarou.