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Arquivo para a ‘Redes Sociais’ Categoria

Fazer a diferença

07 fev

Fazer a diferença não e portanto, perder a identidade,somente o conceito idealista de auto identidade vê assim, por isto criamos um mundo da mesmice em que tudo é muito parecido, antes de ser um elemento da cultura foi um elemento do pensamento, o imperativo categórico kantiano: “age de tal forma que seja modelo para os outros”.

Depois a indústria cultural, os meios de comunicação em massa radio e televisão desenvolveram isto criaram padrões de beleza, de consumo e até de moral, a moral do estado antes de ser uma moral individual, é uma moral “coletiva” de valores e costumes, que não significam uma ética e uma identidade “sólida”, isto inclui o amor aos símbolos pátrios e valores patrimoniais.

Fazer a diferença significa sim ter uma identidade com princípio éticos e morais, que inclui crenças e até mesmo comportamento (ver post anterior), mas que admite o diálogo e os costumes culturais diferentes do nosso, para que possa indicar para os outros um comportamento e uma ação capaz de incluí-los e mostrar a dignidade humana e social assim influenciar culturalmente mostrando a “diferença” de valores verdadeiros e eternos que beneficiam a sociedade toda.

Verdadeiras culturas e filosofias devem incentivar isto, devem fazer a diferença não de modo a impor opiniões e costumes, mas de modo a que inclua o Outro, por isto jamais acompanha o ar superior, a arrogância e a ideia de que o diferente é errado, isto é maniqueísmo e nunca amor.

A ideia Bíblia que a cultura do Amor deveria fazer a diferença, isto é ser “sal e fermento”, traz junto a ideia de que para fazer a diferença é preciso pouco, mas o sal e o fermento não podem estar estragados pois o efeito sobre os alimentos não será notada.

A verdadeira cultura cristã estabelece em Mateus (Mt 5,13): “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, como salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser pisado pelos homens e para ser jogado fora.”.

A identidade como auto afirmação, como arrogância não é outra coisa senão sal insosso.

 

As primárias americanas

05 fev

Depois de um fiasco tecnológico, curioso que isto aconteça nos EUA e aqui duvidem das urnas, sai os primeiros resultados com 62%, mais curioso ainda é o sistema de contagem pois embora Bernie Sanders lidere, de fato um candidato a esquerda, os resultados até a noite de ontem eram:
Pete Buttigieg lidera com 26,9% dos delegados do estado para indicarem o candidato, enquanto Sanders logo atrás em 25,1% dos valores, seguem a senadora Elizabeth Warren com 18,3%, Joe Biden com 15,6% e Amy Klobuchar com 12,6%, um deles irá disputar com Trump que ganhou lá.
Pode-se especular sobre os verdadeiros motivos do atraso, suspeitas a parte, o crescimento de Bernie Sanders pode significar uma polarização futura nas eleições uma direita radical contra uma esquerda (nos moldes americanos) também radical, é quase uma tendência mundial.
O importante é entender por que isto ocorre, e claro se espalha por toda a sociedade, primeiro a dificuldade em situações extremas de pensar sobre situações políticas quando os discursos foram para extremos e segundo porque a imposição de um presidente radicalizado desperta reação.
É possível retomar a serenidade e voltar a refletir sobre os urgentes e dramáticos problemas mundiais, da ecologia a distribuição de renda, seria saudável para a democracia, para os cidadãos e para a cultura conforme refletimos ontem sobre os indicados para o Oscar que tem o dedo de dois diretores brasileiros, porém o cenário americano e mundial preocupa.
Radicalização favorecem a ditadores, nunca a democracia, creio que quando Alexis Tocqueville escreveu “Democracy in America” (1832) não poderia supor uma radicalização deste tipo.

 

Estética, cultura e espiritualidade

31 jan

A desordem que a sociedade contemporânea avança não é só a econômica, social e cultural, o reflexo estético é uma sociedade que pretende eliminar o imperfeito, a dor e a co-imunidade (busca-se a todo custo todo tipo de imunidade retirando a diversidade da natureza), é a tentativa da ausência da tragédia, no sentido cultural e estético, da mudança, mas a vida passa pela morte.
O resultado ao contrário da estética que admite a tragédia é justamente caminhar para aquilo que tenta eliminar, é a sociedade da morte, da obscuridade, enquanto se pretende a perfeição, a estética do liso do perfeito e retilíneo, mas eles são contrários a natureza, e ao homem que é parte dela.
A expansão do corona vírus, outros vírus já vieram como a gripe asiática a pouco tempo atrás, é uma mostra que devemos conviver com isto, recentes descobertas nas geleiras de vírus que não conhecíamos significam que eles sempre existiram e sempre tiveram mutações.
Mas as mutações transgênicas, de plantas e animais que não tem nenhum tipo de doença, tem o paradoxo de serem justamente elas que geram doenças potentes ao mesmo tempo que destroem a diversidade natural do complexo sistema natural, aliás, a simplificação também é isto.
No plano social e religioso significa abolir a divergência, caminhar para uma identidade que não é outra coisa que a negação do Outro, do diverso e a imposição de sistemas autoritários, assim ao mesmo tempo que faz um discurso contra o individualismo e o autoritarismo, favorece-os, veja-se a lei da Entropia (foto).
O contraditório, assim como o diverso caminha e continua evoluindo em meio as crises, porque sabe que a tragédia é parte da vida e pode ser superada se encarada com preocupação e com naturalidade de quem conduz a vida e a sociedade para o futuro.
A passagem bíblica na qual fala da vida natural de Jesus, o tempo de pregação dele foi de 3 anos, e durante 30 viveu uma vida normal, vejam a relação de 10 para 1, os fariseus e fundamentalistas de nosso tempo vivem o inverso, está assim narrado pelo evangelista Lucas (Lc 2,39-40):
“Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.
Aliás lei neste caso eram as leis do judaísmo, ou seja, sua relação com a tradição de sua época.

 

Que lugar ocupa a estética em nosso tempo

29 jan

Imaginava que seria difícil até mesmo impossível abordar o tema, já que dele se ocupam críticos da arte de diversos tipos, psicanalistas freudianos e muito raramente alguém com nosso de estética de fato, no sentido do belo grego, ou da contemplação de que fala Byung Chull Han (que critica a cultura idealista do “liso”).

Encontrei num pequeno texto de Jacques Rancière, cada vez me encontro mais com este autor que conheci sua obra quase por acaso (A emancipação do espectador), ao referir-se ao tema como o inconsciente estético, mas ele próprio explica logo no início fora do aspecto psicológico do tema.

Encontro logo no início do livro: “estética não se ocupa da ciência ou da disciplina que se ocupa da arte. Estética designa um modo de pensamento que se ocupa das coisas da arte” (Rancière, 2009, p. 11) e isto já bastaria, mas complementa seu pensamento e que elas procuram: “dizer em que elas consistem enquanto coisas do pensamento.” (Rancière, 2009, p. 12)

É um achado, mas não poderia ser de modo diferente em dialogar com a “tradição” kantiana, segue logo o complemento que se segue dizendo que arte enquanto pensamento é uma referência recente e refere-se tanto a obra Genealogia da arte de Baumgarten de 1790 quanto a crítica da Faculdade de Julgar de Kant.

De Baumgarten bastaria a simples referência em sua obra onde refere-se a união dos objetos que “devem ser pensados de modo belo com as causas e efeitos, à medida que esta união deve ser conhecida sensitivamente através do análogo da Razão” (Baumgarten, 1933, p. 127) e assim tanto ele quanto Kant estabelecerão um “pensamento confuso” sobre a definição da estética.

Dirá Rancière que ambos ao chamarem de pensamento confuso ou de sensível heterogêneo de Kant, ambos farão da arte “não mais que um conhecimento menor, mas um conhecimento daquilo que não se pensa” (Rancière, 2009, p. 13) e a nota do autor vai uni-la ao iluminismo e liberalismo.

Não há referência explícita ao pensamento de Nietzsche sobre a arte, mas ao discorrer sobre Édipo, a tragédia grega mais típica e Nietzsche defende o papel desta na arte, diz sobre o uso freudiano desta tragédia como “universal”, que ela ao mesmo tempo engloba três aspectos: “uma tendência geral do psiquismo humano, um material ficcional determinado e um esquema dramático considerado exemplar.” (Rancière, 2009, p. 15).

Claro isto é apenas introdutório, o que Ranciére quer explicar é que não se trata de subjetivo ou de “conhecimento confuso”, mas de “união paradoxal de doença e de medicina que se trata, de união paradoxal das duas” (p. 26) em uma referência a “O nascimento da tragédia” de Nietzsche, aquilo que o idealismo como pensamento e o romantismo como “estética” quiserem negar.

Rancière, J. O inconsciente estético. trad. Monica Costa Netto. São Paulo: ed. 34, 2009.

 

 

Tradição e inovação tem alguma relação ?

28 jan

No âmbito cultural imagina-se muitas vezes que não, ou estabelece inovação apenas no âmbito estrito da cultura, enquanto ela tem relação com as crenças, valores, e principalmente com as formas de relações sociais que envolvem a produção de riquezas, o uso de técnicas, por exemplo, a passagem da cultura oral para a escrita, significou uma mudança profunda.
Inovação está ligada a alguma mudança cultural significativa, em geral, com influência de novas técnicas e modos de produção para consumo, mas o termo é mais amplo.
A mudança hoje é das mídias para as transmídias, isto é, as mídias se complementam pode-se fazer um vídeo a partir de um texto ou de uma exposição oral de determinada cultura, assim pode-se falar de narrativa de transmidia, ou de “storytelling”, ou seja, contar estórias.
O termo foi utilizado pela primeira vez pelo professor Marsha Kinder, da Universidade de Sourthern California (EUA), em 1991, mas em 2003 o professor Henry Jenkins criou uma definição que ficou consagrada em seu livro “Cultura da Convergência”, onde definiu-a como: “[…] uma nova estética que surgiu em resposta à convergência das mídias”.
Ao remeter a estética o termo, este ultrapassa a pura produção de produtos de consumo para atingir a arte, a cultura e de certa forma o sistema de crenças como um todo, mesmo que a rejeição em diversos âmbitos seja comum, o processo de “inovação” avança.
Também há uma redefinição de storytelling, a tradição da cultura oral de contar estórias, onde a tradição se perpetua muda para uma nova forma, agora torna-se o uso de recursos audiovisuais para transmitir uma história, que pode ser contada de improviso (como na tradição oral), mas pode também ser trabalhada e enriquecida com recursos visuais.
JENKINS, Henry. Convergence Culture: Where Old and New Media Collide. NY: New York University Press, 2006.

 

Das trevas para a Luz

24 jan

A relação entre tradição e mudança é maior que se pode pensar, até mesmo Marx foi estudar economistas ingleses, o idealismo alemão e a política francesa para pensar sua mudança, é fato que também este pensamento hoje já faz parte da tradição, então o que será o novo ?

Iniciamos a semana falando em Buzzwords, entretanto a grande mudança que acontece em nossos dias é no aspecto da produção e consumo a mudança digital, o mercado e os apressados já usam a palavra “transformação digital”, uma forte buzzword, entretanto não se trata de ignorá-la, mas compreender no contexto das mudanças que estão em curso.

Todos os tons da mudança concordam que deve-se pensar em formas coletivas de trabalho, de pensamento, entretanto o que é chamado de coletivo está em diversos nichos sociais, econômicos e até religiosos, é um “nós” fechado em grupos e correntes de pensamento.

A tradição procura o centro, onde está o poder e a riqueza, a mudança procura a periferia.

Porém é da crise que nasce a luz, é curioso que a profecia bíblica, assim como o texto de de Mateus (Mt 4,15): ”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos!” fala de um povo e uma terra distante da religião e para onde Jesus foi para colher seus primeiros discípulos, porque os “religiosos” eram fariseus.

E o diálogo com a tradição, sim Jesus vai dialogar o tempo todo com fariseus, que lição pode-se tomar para o mundo contemporâneo e sua crise cultural e espiritual.

O novo precisa de “odres novos”, assim vinho novo em barril novo, mas não se despreza a cultura do vinho e sim melhora sua apreciação e produção, não se trata de um processo novo, e sim de um plantio em solo novo, em terra fértil e onde os corações estejam abertos.

 

2020: quais previsões para TI

21 jan

São famosas e históricas as previsões na década de 70 pelos presidentes da Digital Equipments e IBM que os computadores pessoais não se tornariam realidade, mas no início de 80 já eram.

A conceituada revista Wired dizia naquela época que eles aconteceriam, mas seriam primeiro adotados nas empresas e depois nas famílias, aconteceu o inverso.

As previsões da revista para a tradução simultânea eram para 2015, elas aconteceram em 2017 mas ainda existem reclamações de sua eficácia, a aposta nos carros com hidrogênio eram para o ano 2010, o que está se tornando realidade são os carros elétricos, lentamente por causa do mercado é verdade, mas também a tecnologia das baterias e autonomia dos caros ainda evolui.

Cinco tecnologias poderão entretanto mudar o mercado em 2020: 5G poderá entrar definitivamente no mercado mudando os negócios das operadoras de smartphones, multiclouds como evolução do armazenamento em nuvem será uma evolução das nuvens atuais, AI, em especial, Machine Learning entrará nas empresas e nos negócios dando impulsos a TI atual, e, finalmente muitas possibilidades de mobilidade podem mudar, com a evolução da IoT.

 

#NãoAGuerra

06 jan

O general Qassem Soleimani morto em Bagdá no Iraque, era a segunda pessoa mais poderosa do Irã e pode romper o frágil equilíbrio entre forças internacionais, e o perigo de uma guerra de proporções mundiais torna-se uma possibilidade temerosa. 

O Irã tem países como a China e Rússia como aliados, além do mundo árabe e muçulmano, que hoje é uma religião presente mundialmente, e isto pode ter um contorno de escalada do terrorismo a nível mundial uma outra possibilidade.

Os órgãos de segurança dispararam seus alarmes, nas mídias de redes sociais foi o assunto mais comentado da semana, e quem imagina que isto não é grave, não conhece os horrores da guerra: morte de inocentes, escassez de alimentos, sabotagens de energia e de voos e intercambios internacionais interrompidos e principalmente aumento de um clima de ódio e intolerância em todos planos.

A paz deve ser desejada, e a ONU, OEA e organismos de diálogo internacionais precisam agir.

 

O activismo e a condição humana

18 jul

Parte do “cansaço” humano de nosso tempo é que resolvemos levar ao extremo aquilo que os filósofos e místicos chamam de “vida activa”, Hanah Arendt em “A condição humana” abordou o tema, mais recentemente Byung Chul-Han mais recentemente em “A sociedade do cansaço” também aborda a questão.
É colocado ao lado da “vida contemplativa”, as vezes como oposta e outras vezes como complementar, o Místico São Gregório Nazianzo meditou e escreveu sobre o tema, Chul-Han recuperou alguns destes conceitos.
Na sua obra A Condição Humana (2007), Arendt designa com a expressão vita activa, três atividades humanas essenciais : labor, work, action, citados em inglês porque no alemão assim como no inglês há diferenciação dos termos, “work” é o trabalho que corresponde ao artificialismo da existência humana, por exemplo, ao usar máquinas, enquanto Labor corresponde ao processo biológico do corpo humano como condição para produzir vida.
Mas e a ação, ela é para Arendt é a condição humana da pluralidade, é mediada pelas coisas para colocam os homens em contato uns com os outros, por isto a autora vê como uma pluralidade que está liada ao fato que são os homens, e não o homem a habitar a Terra.
A autora enfatiza que o mundo no qual transcorre a vida activa é constituído por coisas feitas pelas atividades humanas, entretanto, essas coisas só podem existir por causa dos homens, e por isto também as condicionam, os homens entram em contato, e com isto tornam-se de imediato, uma condição de sua existência, vivemos por que agimos.
Entretanto o mundo contemporâneo levou as pessoas ao stress, a depressão e agora a síndrome de Burnout, tema da sociedade do cansaço, de Byung Chul-Han.
Byung Chul-Han chama a atenção para a ausência de contemplação, vida contemplativa, como parte da necessidade humana para ter equilíbrio, energia e forças para a ação.
Diz a leitura bíblica “vinte a mim todos vós que estais cansados” (Mt 11,28) e diz o mesmo trecho “e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29).
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 10ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

 

Angústias do entre épocas

17 jul

A passagem de um tempo histórico para outro é sempre trágica e sujeita a muitas angústias, reviravoltas e que causam em toda a sociedade uma grande angústia: o novo ainda não existe e o velho tarda a sair.
Entretanto é possível analisar na literatura e nas várias teorias sociais como se dá esta passagem, por vezes violenta e sanguinária como na revolução francesa e por vezes uma explosão de cultura e de saberes como o renascentismo.
Nicolau Sevcenko, que analisou também o período renascentista, analisa o momento atual como uma montanha russa, e a etapa que estamos agora seria o “loop” de uma montanha russa, descreve-a assim: “é o clímax da aceleração precipitada, sob cuja intensidade extrema relaxamos nossos impulso de reagir, entregando os pontos entorpecidos, aceitando resignadamente ser conduzidos até o fim pelo maquinismo titânico” (SEVCENKO, 2001, p. 16).
Este autor é particularmente importante porque tem um olhar nas crises de mudança de época anteriores, dizia sobre o renascentismo italiano:
“A história da cultura renascentista nos ilustra com clareza todo o processo de construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nele se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de comportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo”. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1987.)
Isto quer dizer que já há na cultura de nosso tempo, num paralelo com o renascentismo, elementos de uma cultura nova, destaco entre estes: a visão do planeta como um todo, as diversas culturas étnicas e religiosas, o fim do individualismo com respostas coletivas, mas há ainda coisas velhas.
A angústia social provocada por estas mudanças, quando tocam em particular pessoas muito sensíveis e com pouca imunidade aos diversos tipos de manifestação social que advém das crises provocadas, podem se tornar uma doença social, uma psicose política e sem uma ataraxia para responder aos impulsos provocados por grupos de pressão.
Os gregos chamavam de ataraxia um estado de “quietude da alma”, o filósofo pré-socrático Demócrito (460-370 a.C.) que introduziu este termo na filosofia, foi adotado por epicuristas e estóicos, mas tem também um estado doentio que seria a indiferença ou apatia.
É preciso sobretudo calma e diálogo, que deve ser feito também entre a tradição e as novas culturas que emergem.

SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, São Paulo: Companhia das Letras, 2001.