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Inteligência humana além da artificial
Até muito recentemente acreditava-se que um determinado tipo de inteligência era preponderando a outros, o famoso teste de QI, por exemplo, determinava a inteligência de uma pessoa em números, o que caiu um pouco em descrédito, depois veio a fase da inteligência emocional, ela existe porque estamos em tempo de stress.
Com os avanços da inteligência artificial, apressadamente se discute nem sempre com critérios razoáveis, os avanços da inteligência artificial e o ponto de singularidade, ponto no qual as máquinas ultrapassarão em Inteligência o homem, mas o que é essa tal inteligência, pouco se responde, os especialistas dão respostas prontas, mas …
Devido a fatores conjunturais, sociais e culturais desenvolve-se um tipo de inteligência que é a lógica, capacidade de memória e grande talento para lidar com a matemática e lógica em geral, pode-se encontrar solução de problemas complexos, dizem os neurocientistas que ela está fortemente ligada ao lado direito do cérebro.
O segundo tipo é a inteligência motora, artistas e esportivas desenvolvem grandes talentos com uma expressão corporal e noção de espaço, distância e profundidade muito aguçadas, podem realizar movimentos complexos, graciosos e aguçados, como o nome diz está relacionada a capacidade motora.
Pessoas com boa capacidade de expressão escrita e oral tem um tipo de inteligência chamada de linguística, além da expressão tem um grau de atenção e sensibilidade para atender aos pontos de vistas alheios, é visível sua utilidade no mundo atual.
Pessoas com grande capacidade de imaginar e desenhar tanto no 2D como no 3D possuem um enorme talento para a arte gráfica, é a inteligência espacial, assim como a inteligência linguística tem grande sensibilidade e criatividade, porem seu universo é próprio e a interação com os demais se faz justamente por sua visão espacial.
A inteligência musical é aquela que nos faz enxergar pelos “sons”, são pessoas com uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais.
Dois tipos pouco comuns são as inteligências intra e interpessoal, sendo as estatísticas elas são as mais raras entre as pessoas e no entanto as mais próximos de nosso “ser”, a inteligência intrapessoal tem uma enorme facilidade para entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam, enquanto a intra tem uma forte componente de “liderança” pois são pessoas capazes de causar grande admiração nos outros, e com inteligência especial ativa mobilizam e consegue se colocar em ação e colocar os outros para acompanha-la.
Claro isto é tão esquemático quanto outras classificações, mas é justamente pelo esquema que se pensa que a inteligência artificial poderia estar relacionada a isto, na verdade a inteligência humana é bem complexa enquanto a artificial é bem esquemática, mesmo sendo um esquema complexo.
O TED de Daniel Levitin já ultrapassou 14 milhões de vistas, e tem um ponto de vista interessante de um neurocientista:
Wikipedia e Inteligência Artificial
Tendo já quase superada a questão do ponto de singularidade (ver nosso post), o ponto que a máquina ultrapassaria a inteligência humana, a questão se volta agora para a consciência e um ponto bastante abordado é a questão da consciência.
Neste sentido a crítica principal é a perpetuação de preconceitos, o que evitaria o que chamo de hermenêutica, mas é uma visão incorreta da evolução da tecnologia digital, por exemplo, o uso de Ontologias Digitais e a capacidade de buscar estudos científicos fora do Wikipedia.
É o que anunciou recentemente um artigo do The Verge, e a omissão mais grave depois de pesquisar cientistas que são omitidos no Wikipedia, foi observar que 82% das biografias escritas são sobre homens.
Em um post no seu blog, conforme o site The Verge, John Bohannon, diretor da ciência da Primer, explica o desenvolvimento da ferramenta Quicksilver para ler 500 milhões de documentos originais, peneirar os números mais citados e depois escrever um artigo básico sobre o trabalho destes cientistas não citados no Wikipedia.
Dois exemplos de mulheres ilustres encontradas e para as quais foram escritas artigos em AI são o de Teresa Woodruff, uma cientista que projetou ovários para ratos com uso de impressoras 3D, foi citada pela revista Time em 2013, com uma das pessoas mais influentes no mundo científico, e outro caso é o de Jessica Wade, uma física do Imperial College London, que escreveu a nova entrada de Pineau.
Wade foi uma das cientistas que afirmou para a “Wikipedia é incrivelmente tendencioso, e a sub-representação das mulheres na ciência é particularmente ruim”, e elogiou o Quicksilver afirmando que com ele você pode encontrar rapidamente grande quantidade de informações muito rapidamente.
A Wikipedia terá que evoluir com ferramenta de Machine Learning, isto poderá acontecer nos próximos anos, o fato que existem ferramentas específicas para isto não invalida o Wikipedia, mostra que tem pontos fracos e devem ser corrigidos.
O futuro e nossa vida em 2100
Já escrevemos alguns posts sobre Michio Kaku, sobre algumas de suas especulações em torno da física, agora queremos dar com um ele um salto no futuro, diferente daquilo que fazem os tecnoprofetas (nome dado por Jean Gabriel Ganascia aos criadores de mitos tecnológicos), Kaku especula usando a física e sendo otimista.
Escreve: “em 2100, nosso destino é de se tornar como os deuses que outrora adorávamos e temíamos. Mas nossas ferramentas não serão como varinhas mágicas e poções, mas a ciência dos computadores, a nanotecnologia, inteligência artificial, biotecnologia e acima de tudo, a teoria quântica, que é a base das tecnologias anteriores.” (KAKU, 2011),
Se posicionamento como um físico quântico, o termo é impróprio mas diria teórico, ele pergunta: “Mas onde está toda essa mudança tecnológica líder? Onde está o destino final desta longa viagem em ciência e tecnologia?”, sua resposta é surpreendente.
Responde de forma sociológica: “o ponto culminante de todos estes transtornos é a formação de uma civilização planetária, o que os físicos chamam de Tipo I civilização”, não surpreendente para quem faz a ligação de toda mecânica newtoniana com a lógica que dura até nossos dias para o direito, as ideias económicas e as teorias do estado.
E avança: “a menos que sucumbirmos às forças do caos e da loucura, a transição para uma civilização planetária é inevitável, o produto final da enorme, inexorável força da história e tecnologia para além de qualquer controle.”
Futuristas já previam o escritório sem papel, porém o caos burocrático faz o papel ainda ser gasto desmesuradamente, o trabalho em casa ainda não é realidade, mas poderá ser.
Também os cybershoppers de compras online, os cyberstudents tornando obsoletas as salas de aulas, e muitas universidades iriam fechar por falta de interesse dos jovens.
O que vemos é cyberclassrooms proliferando e as universidades ainda registram número recorde de alunos, professores que fazem sucesso dando palestras sobre filosofia, física e aparatos tecnológicos, quebra-cabeças gigantes de mídia tentam manipular a cabeça das pessoas, mas “as luzes da Broadway brilham ainda tão intensamente quanto antes”.
Mas a tecnologia continua sendo combatida como um dos “males de nosso tempo”, e segundo Kaku o ponto é: “sempre que houver conflito entre tecnologia moderna e os desejos dos nossos ancestrais primitivos, esses desejos primitivos ganham cada vez mais.” E conclui: “esse é o princípio homem das cavernas”.
Kaku conta uma história parecida aos dias de hoje, assistiu um filme que mudou sua vida era o “Planeta Proibido”, com base na peça de Shakespeare: “A tempestade”, no filme astronautas encontram uma civilização antiga, mas milhões de anos a nossa frente.
A descoberta da Caverna de Chauvet no sul da França, onde redescobrimos o homem primitivo capaz de uma arte e uma subjetividade comparável ao nosso tempo, não é senão a ideia deste Homem das Cavernas que subsiste em nós e insiste em não ir ao futuro.
O livro não termina ai, sua crença no futuro é forte e resiliente, mas uma frase de Schopenhauer traduz bem sua visão: pessoalmente acrescentaria mas os limites são maiores que nossa visão.
KAKU, M. Física do Futuro: como a ciência irá transformar nossa vida diária, no ano de 2100. 2011.
Projeto avançado Deep Mind
Projetos que tentavam simular sinapses cerebrais, a comunicação entre neurónios, foram anteriormente chamados de redes neurais ou neuronais, e tiveram um grande desenvolvimento e aplicações.
Aos poucos estes projetos foram se deslocando para estudos da mente e o código foi sendo dirigido para Machine Learning (Aprendizado por máquina) que agora usando redes neurais passou a ser chamado deep learning, um projeto avançado é o Google Brain.
Basicamente é um sistema para a criação e treinamento de redes neurais que detectam e decifram padrões e correlações em sistemas aplicados, embora análogo, apenas imitam a forma coo os humanos aprendem e raciocinam sobre determinados padrões.
O Deep Learning é um ramo da Machine Learning que opera um conjunto de algoritmos usado para modelar dados em um grafo profundo (redes complexas) com várias camadas de processamento, e que diferente do treinamento de redes neurais, operam com padrões tanto lineares como não lineares.
Uma plataforma que trabalha com este conceito é a Tensor Flow, originada de um projeto anterior chamado DistBelief, agora é um sistema de código aberto, lançado pela equipe da Apache 2.0, em novembro de 2015, o Google Brain usa esta plataforma.
Em maio de 2016, a Google anunciava para este sistema a TPU (Tensor Processing Unit), um acelerador de programas de inteligência artificial programável com habilidade de alta taxa de transferência para a aritmética de baixa precisão (8 bts), que executa modelos e não mais treina como faziam as redes neurais, inicia-se uma etapa da Deep Compute Engine.
O segundo passo deste processo no Google Compute Engine, a segunda geração de TPUs alcança até 180 teraflops (10^12 números reais) de desempenho, e montados em clusters de 64 TPUs, chegam a trabalhar até 11.5 petaflops.
Porque a Inteligência artificial emergiu?
O longo caminho percorrido pela Inteligência Artificial inclui a construção de linguagens como Lisp, Prolog, Haskel, mas atualmente emergiram ambientes como DialogFlow, Watson e
O Final do século 20 havia uma grande crise na IA (sigla para inteligência Artificial), mas a emergência de pesquisadores em Web Semântica retomou estudo e aos poucos, assuntos como IoT (internet das Coisas), Linguagem Natural e Machine Learning (não há uma tradução, mas poderíamos dizer aprendizagem por Máquina) emergiram.
O fato que assusta alguns está ligado ao conceito que se tem de “inteligência” e de “mente”.
Esta emergência despertou as cinco maiores companhias de tecnologia do mundo : Apple, Microsoft, Google, Amazon, e Facebook, que passaram a investir em inteligentes capazes de conversar com humanos.
Agora já 28% dos consumidores nos Estados Unidos atualmente usam algum assistente virtual, esses aparelhos que integram a tecnologia IA de um assistente de voz com um produto de casa comum tem tido grande sucesso, tais como Alexa, Echo e Google Home, mas o aumento de vendas para 39% anuais foram comemorados pelas empresas.
Em empresas a preocupação com a privacidade, a operação é feita usando armazenamento em nuvens, empresas com assistentes de som usam medidas diferentes para proteger as informações pessoais de seus consumidores, mas sabem que existem falhas nessas defesas.
O áudio enviado para a Google e Amazon é criptografado antes de ser transmitido, deixando a troca de dados supostamente segura, mas a base de dados pessoas precisa ser acessada para que a máquina vá “desenvolvendo” sua capacidade de aprendizagem.
Recentemente um pesquisador inglês da área de segurança da informação demonstrou que é possível transformar um Echo fabricado antes de 2017 em um instrumento de gravação perpetua cujo áudio pode ser transmitido a um local remoto, sem que o usuário saiba.
Para se proteger de hackers, uma boa prática é acessar sua conta e apagar o histórico de interações com os serviços periodicamente, mas resta saber se não foi hackeada neste período.
Já o Siri da Apple, ao invés de associar a gravação com a conta de usuário, ele associa a coleta da interação com você com uma série de números aleatórios.
Com ou sem segurança, este mercado cresceu e as empresas estão de olho, já é irreversível.
A falácia da competição de assistentes
Assistentes tem papéis diferentes, e em muitos casos podem se integrar e trabalhar cooperativamente, é o que vem acontecendo desde maior entre a Cortana, assistente da Microsoft e o Alexa da Amazon, pela simples razão que trabalham em mercados diferentes e ambos podem ganhar com esta integração, desde maio há uma versão beta.
Ambos “ficam atrás” do Google Assistant, mas novamente ele tem uma função diferente como trabalha com “bancos de dados da Web”, o Google é um motor de busca, trabalha numa base maior, porém isto pode significar mais erros e mais induções ao erro, pois a “base é maior” e sabemos, nem sempre confiável.
Comando como pedir ao Alexa que abra o Cortana e trabalhe com ela, já está disponível, além de perguntar também pode solicitar tarefas como “enviar um e-mail” ou abrir um aplicativo, que são ótimos exemplos de diferente do Google Now, por exemplo.
Assim tanto se pode trazer o Alexa para dentro da interface Cortana no Windows 10 e ter as ´-habilidades do Alexa, como embutir no Alexa o Cortana e passar a usá-lo com habilidades do Windows o que diminui tarefas de digitação e interação com aplicativos.
O trabalho de integração entre Microsoft e a Amazon, que já disponibilizaram uma versão beta (de teste), mas nenhuma empresa se compromete ainda a dizer quando os usuários finais poderão habilitar e finalmente usar as funcionalidades desta integração permanece em suspense, mas você pode acompanhar ao vivo em um site se cadastrando num site da Microsoft.
Uso de Inteligência Artificial na educação
Segundo o relatório do grupo editorial britânico Pearson a Inteligência Artificial vai impactar positivamente o ensino nos próximos anos, diz o texto: “Imagine companheiros de aprendizagem ao longo da vida alimentados por Inteligência Artificial que possam acompanhar e apoiar estudantes ao longo de seus estudos – – dentro e fora da escola – ou novas formas de avaliação que medem a aprendizagem enquanto ela está a decorrer, moldando a experiência de aprendizagem em tempo real”.
Os que tem reticências e até mesmo oposição ao ensino com auxílio de IA argumenta que automatiza e individualiza o processo de aprendizagem, e a educação não seria assim, porém há muitas razões para defender esta nova ferramenta de apoio nas aulas.
A favor, a utilização destas ferramentas permitirá aos professores a avaliação do desempenho e a supervisão da aprendizagem de cada estudante, de forma individualizada, mas isto significa que dará mais atenção as fragilidades, e usando métodos estatísticos, agir e corrigir de forma mais rápida estas fragilidades.
Já quanto ao dispositivo, além do treinamento que assistentes pessoais tipo Alexa despertam, a aprendizagem de cada estudante permite pela acumulação de dados dar ao docente uma visão mais precisa do aluno no espaço virtual que ajude à evolução intelectual do aluno.
O questionamento e as discussões deverão se alargar até que a machine learning já esteja tão evoluída que sua presença no processo educacional seja irreversível.
Realidade Mista e Inteligência Artificial
Entre as novidades tecnológicas emergentes no ano de 2018 está a Realidade Mista (MR, em inglês Mixed Reality) e a Inteligência Artificial (AI, Artificial Intelligence)
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, já apontava como uma das soluções futuras, o HoloLens, uma solução RM + IA que ajuda usuários a fazer coisas antes impossíveis. A capacidade de mesclar os mundos físico e digital (o conceito analógico vale para dispositivos, mas não para o mundo real), faz com que a realidade mista permita construir experiências de pessoas, lugares e coisas independentemente de sua localização física e podem interagir digitalmente, chamo isto de multipresencial.
A Realidade Virtual são ambientes que excluem o mundo real, a Realidade Aumentada é um conteúdo digital que está no topo do mundo real e o conteúdo digital de realidade mista interage com o mundo real.
As empresas prometem, entre elas a Microsoft, incorporar o HoloLens com mais a IA contruindo uma Unidade de Processamento Holográfico ou HPU.
A realidade mista está vingando, além do software disponível junto ao Windows 10, porque as experiências nas experiências de RA e RV, você possa ter o melhor dos dois mundos, RV é encantadora, mas tem um efeito hipnótico e óculos incômodos e a RA falta o realismo.
As experiências futuras deverão incorporar compartilhamento em ambiente de RM,
um aplicativo disruptivo de comunicação social, com experiências que derrubam as paredes do isolamento e quem sabe, dão uma dimensão mais educativa aos games.
A realidade mista poderá conectar as pessoas de maneira significativa, convincente e cheias de conteúdo, o multipresencial nos unirá, aguardem um novo aplicativo.
Urgente: acordo contra IA letal
Jornais e revistas de todo mundo estão a dar uma notícia fundamental para o futuro do mundo e da IA, pela segunda vez mais de 150 empresas e 2.400 pessoas de 90 países diferentes assinam um acordo de não participarem da fabricação, uso e comércio de armas autônomas letais, entre eles estão incluídas a Google DeepMind, a Fundação XPRIZE e Elon Musk.
Estava a realizar a Conferencia Internacional sobre Inteligência Artificial que terminou ontem, em Estocolmo, na Suécia e o pacto de compromisso foi organizado pelo Future of Life Institute.
Há quase um ano atrás especialistas em AI (Inteligência Artificial, na sigla em inglês) e robótica assinaram uma carta aberta às Nações Unidas para suspender o uso de armas autônomas que estavam a nos ameaçar com uma “terceira revolução na guerra”.
Ressaltaram na época que “Robôs assassinos” autônomos significam armas que podem identificar, mirar e matar de forma autônoma, ou seja, nenhuma pessoa toma a decisão final de autorizar a força letal: a decisão e autorização sobre se alguém irá ou não morrer é deixado para um sistema ou algoritmo em uma máquina mortífera.
O professor australiano Toby Walsh, da Universidade de Novas Gales do sul, ressaltou que as novas armas letais envolvem questões éticas: “Não podemos entregar a decisão sobre quem vive e como morre para as máquinas”.
O professor Walsh fez parte de um grupo de pesquisadores australianos em robótica e inteligência artificial que, em novembro de 2017, pediram ao primeiro-ministro Malcolm Turnbull para se posicionar contra o armamento da inteligência artificial.
Todos os pesquisadores sérios dessa área com certeza apoiam e se manterão atentos.