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Tablet Nexus 7 custa 3 vezes menos nos EUA
Anunciado pelo Google no ano passado, o Nexus 7 já chegou no Brasil, mas num valor de quase 10 vezes o preço do americano.
Nos EUA ele custa U$ 199, a única loja que o vende no Brasil ele custa R$ 1299,00, é o chamado custo Brasil.
O tablet é uma parceria Google e Asus, ele usa o sistema operacional Jelly Bean, o Android 4.1, tem 15 GB de memoria, usa processador 1,4 GHz com resolução e 1280×800, tem câmera frontal de 1,2 MP, conectividade Wi-FI, com 3G ainda não chegaram aqui.
Vale a pena, mas o preço como tudo no país tá salgadinho, como tudo por aqui, não sei mais como medem a inflação e os impostos.
No Japão, o aparelho já bateu o iPad nas vendas, de acordo com o jornal com o jornal Nikkei, o Nexus 7 alcançou 44% do mercado japonês, deixando para trás o gadget da Apple com 40,1%, segundo um levantamento da empresa BCN feito em dezembro de 2012 com 2,4 mil lojas de equipamentos eletrônicos.
Pelo tamanho (7″), é provável que sua concorrência será com o mini iPad, ainda sem data de lançamento no país.
Nanotubos e fundamentalistas
Uma nova onda de fundamentalistas contra a tecnologia é dizer que a nanotecnologia causaria câncer e representaria um perigo para a humanidade, pior ainda alguns reduzem a nanotecnologia ao extraordinário avanço na ciência das materiais que é o nanotubo de carbono.
Estruturas de carbono (depois do silício um dos materiais mais comuns na natureza) os nanotubos são construídos com em estruturas cilíndricas (por isso tubos) de diâmetro de comprimento na proporção de um quinto de um nano-metro (10-9) do metro por isto nanotubo), mas relativamente maior que muitos materiais na natureza (do que o amianto que é cancerígeno, por exemplo), sendo uma espécie de moléculas de carbono, com propriedades incomuns de resistência, condutividade e ótica por isto pode ser aplicada em nanotecnologia, que é algo mais amplo.
Em termos de propriedades químicas são da família do fulereno, e forma um tubo com a camada externa da formada pelos átomos de carbono, estes chamados de grafeno que tem propriedades condutivas ainda superiores ao nanotubo.
Os nanotubos poderão revolucionar a indústria automotiva, da construção civil e até mesmo a tecelagem, mas não há nenhuma indicação de uso para cosméticos ou indústria alimentar, de modo que nao há perigo para os seres humanos.
Nanotubos de carbono individualmente são mais fortes do que o aço, altamente condutores, tem grandes propriedades ópticas, mas os nanotubos individuais não são tão úteis.
Os pesquisadores que tentaram construir materiais a partir deles, tiveram problemas para obter estas propriedades de escala a partir de tubos individuais para estruturas maiores.
Isto porque a tendência deles é formar nanotubos como emaranhados na forma de espaguete (só o formato, não é de comer), em que cada ponto de contato tubo-a-tubo pode comprometer a resistência.
Mas ao longo dos últimos anos, cientistas de materiais foram aprendendo a arrumar esses emaranhados e construí-los em escala maiores para ser de alguma forma aplicado a indústria como “material resistente” e mais leve.
Isto é muito diferente, de materiais introduzidos em cosméticos e protetores solares que são feitos também nesta escala (10-9) a partir de susbstâncias químicas chamadas nanopartículas, mas isto embora seja nanotech, nada tem a ver com nanotubos e outras tecnologias de materiais para circuitos e materiais de construção (sobre os cosméticos veja o relatório: do Friends of Earth), trocar um pelo outro (o nanotubo) é um sofisma fundamentalista.
PEC 37 contra o combate a corrupção
A PEC 37 já aprovada na Câmara Federal, retira do poder judiciário a possibilidade de fazer investigações que ficam a cargo das polícias Civil e Federal.
O artigo da Constituição que será alterado é o § 10 ao art. 144 da Constituição Federal que definirá a competência para a investigação criminal pelas polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal.
De autoria do deputado Lourival Mendes do PTdoB do Maranhão, e já votado na Câmara Federal tem causado protestos em todo o Brasil, em especial é claro do Ministério Público. Veja o link do Conselho Nacional de Procuradores, em todo país diversas campanhas foram lançadas.
Neste momento em que o Ministério Público investiga diversos casos de corrupção a lei é infeliz e um golpe na democracia brasileira.
O Ministério Público do Estado de São Paulo já lançou uma campanha que conta com 27 mil assinaturas e tenta barrar no senado este golpe contra o combate a corrupção.
Morre ativista criador de RSS e Reddit
Encontrado morto em seu apartamento, Aaron Swartz, de 26 anos, havia sido preso em julho de 2011 e acusado de roubar documentos de pesquisa e trabalhos científicos do MIT e da JSTOR, um site de artigos científicos pagos, hoje existe o movimento Open Access que luta para abertura dos trabalhos científicos ao público.
O seu arquivo tinha diversas artigos de revistas científicas e trabalhos acadêmicos, o juiz que o condenou afirmou que ele acessou os arquivos sem autorização, e o processo o condenou a a pagar US$ 4 milhões em multas e teria mais de 50 anos de prisão.
Segundo amigos e ativistas, é provável que a pressão envolvida no processo e a falta de apoio a Aaron podem tê-lo levado ao desespero e ao consequente suicídio de Swartz.
Um de seus amigos famoso, Larry Lessing, disse no site Boingboing “Aaron jamais fez nada em sua vida para ‘fazer dinheiro’, apenas trabalhava pelo interesse geral. Era brilhante, engraçado, era um rapaz genial”.
Com forte depressão em 2007 ele escreveu no seu blog: “Sair, respirar um pouco de ar puro, abraçar alguém querido e não se sentir melhor, pior ainda, se sentir incapaz de compartilhar a alegria dos demais. Tudo está cheio de tristeza”.
A Eletronic Frontier Foundation, associação em defesa dos direitos no mundo digital escreveu em sua página domingo “Adeus a Aaron Swartz, ativista e militante digital extraordinário”.
2013: hora de ajustes nos gastos
As cinco maiores economia do planeta os seguintes PIBs (Produto interno Bruto, enfim o quanto geram de economia num ano): EUA – US$ 15,643, CHINA – US$ 8,249, JAPÃO – US$ 5,936, ALEMANHA – US$ 3,405, FRANÇA – US$ 2,607 e INGLATERRA – UK – US$ 2,444; o BRASIL vem logo a seguir com U$ 2,3 tri e a Itália com U$ 2,1 tri, tendo chegado em alguns momentos a ultrapassar a Inglaterra, mas com um detalhe o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes e a Inglaterra 51 milhões e a Itália 61 milhões.
A economia aparentemente vai bem, mas houve uma extraordinária expansão do crédito nos últimos anos, até o ano de 2001 era de 25,8% do PIB e em maio deste ano chegou a 50,1% do PIB, só para entender fazendo uma comparação com uma renda pessoal (claro que é diferente, mas só para ser claro) alguém que ganha algo em torno de 5 mil reais e tem dívidas em torno de 2,5 mil, ou seja, usa metade do salário para cobrir dívidas.
Enquanto a economia vai bem isto parece até mesmo lógico, por exemplo, se esta pessoa chegar a ganhar 7,5 mil ela manteve o salário, e o investimento usando crédito foi vantajoso, mas se o salário se mantém a tendência pode ser um crescente endividamento, no caso do estado, isto significa a “dívida pública”.
No caso do estado, ele pode usar o sistema de poupança e investimentos externos, alem do jogo de forças no mercado mundial.
O crescimento do Brasil foi muito menor que o esperado em 2012 (menos de 1% com o PIB chegando algo em torno 2,45 tri )e 2013 não promete muito, algo entre 3 e 3,5%.
Ganhos e gastos não precisam serem iguais ao mesmo momento, mas se houverem mais gastos no presente, no futuro os gastos serão necessariamente menores que os ganhos, isto significa que devemos ter um maior controle das dívidas, é o caso de 2013
O que vale para o país, vale para seus cidadãos, é hora de ajustes entre contas e gastos.
Complexidade, os sujeitos e a tecnologia
Desde o século XVII, foi a metáfora mecanicista tem sido dominante para o entendimento da natureza, da sociedade e das organizações, incluindo as maioria das religiões.
O marco desta visão de mundo predominante, sem o saber foi o racionalismo científico, que concebeu a realidade objet iva, a natureza e até mesmo o homem, como governado por leis físicas e objetivas segundo uma lógica mecânica, na qual as vezes até o “amor” se insere.
Mas a natureza (physis) e a subjetividade humana (meta-physis) são mais complexas do que parecem, primeiro foi possível perceber isto na natureza e no cosmo (physis) agora aos poucos começa-se a entender também isto presente num valor inerente ao homem: o Amor.
Um grande escritor da complexidade esclarece: “O que é a complexidade? À primeira vista, é um fenómeno quantitativo, a extrema quantidade de interacções e interferências entre um número muito grande de unidades” (Morin, pgs. 51 e 52), e mais a frente completa: “… a complexidade num sentido tem sempre contato com o acaso” (pg. 52).
Retorna apropriadamente a questão do Sujeito/Objeto, como é impossível eliminar o Sujeito na vida real, diz Morin: “banido da ciência, o sujeito desforra-se na moral, na metafísica, na ideológica. Ideologicamente, é o suporte do humanismo, religião do homem considerado como sujeito reinante ou defendo reinar o mundo dos objetos (para possuir, manipular, transformar) (pag. 59).
Explica Morin a dicotomia sujeito/objeto: “À eliminação positivista do sujeito, responde, no outro pólo, a eliminação metafísica do objeto; o mundo objetivo dissolve-se no sujeito que o pensa” (Morin, pg. 60).
Nisto consiste a crítica à tecnologia, responder aos seus objetos metafisicamente como se fossem sujeitos, ora um celular ou um computador é só uma physis complexa, não um “ser”.
Morin, E. Introdução a complexidade, Lisboa: Instituto Piaget, 2008.
O rosto do outro, o poder e Jesus
Esta é a preocupação e Lévinas, que aproxima-se muito de Buber, mas com conceitos e formulação próprias, uma delas é o rosto do Outro
A antropologia filosófica de Lévinas pode ter como chave de leitura uma crítica radical ao “cogito” de Descartes, contra o qual afirma a primazia do outro como uma verdade fundamental do homem e como lugar das dimensões metafísicas e religiosas, afirmando que “metafísica é ética”, e sem ela não encontraremos relações mais fraternas entre os homens.
Uma sentença de Lévinas é fundamental: encontrar-se cara a cara com seu próximo é encontrar-se perante Deus, que exige ser reconhecido na exigência de reconhecimento objetivo do outro: “A dimensão divina abre-se a partir do rosto do outro” (Lévinas).
Isto é importante também porque “religa” religião e racionalismo humano, reunifica physis (natureza) e meta-physis (além do natural, o divino), razão e fé podem neste terreno conviver sem ser escândalo uma para a outra pessoa.
Lévinas desvenda o que é o poder sobre o outro dentre do racionalismo: “A razão que reduz o outro é uma apropriação e um poder”.
Neste sentido ultrapassa Heidegger, onde o Dasein é ainda a medida que conserva uma “estrutura do Eu”, a concepção do “morrer por um outro” de Lévinas rompe com a ontologia tradicional, e abre a possibilidade da compreensão da compreensão da vida de Jesus.
Alguém capaz de “dar a vida” é a compreensão suprema do Amor, só assim de perde todo o poder e domínio sobre qualquer outro, e pode ser puro Amor.
LÉVINAS, Emmanuel. Humanismo do Outro Homem. Petrópolis: Vozes, 1993.
Antropologia, presentes e Natal
A antropologia de Marcel Mauss, herdeiro filosófico e sobrinho da filosofia de Durkhein, estuda profundamente a teoria antropológica da “dádiva” (dom ou presente, mas fico com o original em francês ‘don’) sobre as trocas gratuitas, típicas do Natal, mas que existem em muitas outras realidades humanas.
Mauss, ao cunhar o termo não deixou desconhecido um tema que para nós é muito importante, a relação objeto e sujeito, dentro da tradição histórica, como nos nossos posts anteriores, estudando tribos de ameríndios, observou:
O prestígio nasce da dádiva e relaciona-se àquele que toma a iniciativa: ao doador, para constituir seu próprio nome, sua fama, o valor de ‘renome’ (Mauss, 2003, p. 258).
Mas isto tem sim ligação com o Natal e com espiritualidade, mas relembra o autor o problema de nosso tempo que separa sujeito e objetos, materialidade e espiritualidade:
[…] a materialidade e a espiritualidade não estão mais ligadas a um estatuto comum de objeto, são opostas mediante dois estatutos, conjugados por uma relação de contradição: o espiritual aparece adquirido pelo doador, enquanto o material é adquirido pelo donatário. (Temple e Chabal, 1995, p. 26)
Inúmeras são as pessoas que são tomadas por esta forma profundamente humana e esquecida pela sociedade atual, que lembra só a materialidade, o econômico, em uma palavra: o dinheiro.
Mas o ‘don’, o presente, o sentimento e a generosidade humana estão aí presentes, e convenhamos é bom dar e ganhar, aliás Jesus também ganhou presentes.
TEMPLE, Dominique & CHABAL, Mireille. La réciprocité et la naissance des valeurs humaines. L’Harmattan: Paris, 1995.
MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. Cosac e Naify: São Paulo,2003.
Adventos da esfera-pública, estado social e o homem-novo
Morin falou do Patria-Mundo, Habermas fala da esfera-pública e podemos falar de mundo unido, tentando contextualizar um espaço para este “novo homem” antropológico, o importante é reconhecer que o discurso filosófico da modernidade que já parte da investigação sociológica, ao menos a sociologia de alguma profundidade, tem ao menos duas noções clara, dentro da questão de espaço-público, ou seja:
A Primeira é aquela que liga o público a visibilidade, própria do mundo das redes eletrônicas, mas remetendo a um modelo histórico da esfera pública representativa, é disto que falam alguns quando dizem sobre “portais da transparência”, mas onde está a nova atitude! Num modelo mais teatral, podemos pensar no papel dos homens públicos, segundo algumas convenções que orientam a vida em pública ou as relações públicas (ver autores como: Goggman, 1973; Sennet, 1979).
O Segundo é aquele que vem das ideias iluministas, mais especificamente de Kant, a novação de vida pública era associada a noção de publicidade e de uso público da razão. Esta idéia liga público a fazer propaganda pública, confusão daqueles que reclamam da mídia, mas Habermas está dizendo outra coisa: “opinião verdadeira, renegerada pela discussão crítica na esfera pública”, por isto ao meu parecer, está falando de algo como a Web, ou meios de comunicação democráticos.
Então o novo esfera-público é o lugar onde devem acontecer de forma normativa domínios de comunicação onde:
a) a teoria da democracia (o espaço público é o quadro no qual se discutem as questões prático-morais e políticas, e no qual se formam a opinião e a vontade coletivas);
b) a análise político-administrativa e a teoria do Estado social (o espaço público é a instância mediadora entre a sociedade civil e o Estado, entre os cidadãos e o poder político-administrativo);
Embora se fale de um estado-social, ele está longe de acontecer se não pensarmos: mecanismos de combate a corrupção, legislação regulatória dos bancos e respeito à opiniões não “partidarizadas”, mas é claro que tudo isto fala de um homem-novo.
Ora esfera-pública, visibilidade e transparência não são senão os temas mais importantes para a internet (meio físico) e a Web (sua aplicação).
Mais sobre Bauman, o sujeito e as redes
Sobre Bauman afirmamos que o mal-estar atravessa a pessoa humana, isto porque a relação do sujeito com seus bens e com as pessoas que convive, isto é, com os objetos e pessoas que dão sentido e prazer de viver ao ser.
Neste sentido não podemos deixar de pensar nos processo de fantasias, no imaginário e até na religiosidade das pessoas sua volta, mas sem perder a capacidade de reflexão e crítica além de manter a velocidade e a mobilidade inerentes à comunicação e cultura modernas, vistas por muitos autores como “superficial”, “alinenante”, “cultura light”, “geração superficial” e outras rotulações pouco apropriadas e profundas.
Esta fantasia pode fornecer ao sujeito alguma segurança em uma época tão insegura, devolver-lhe a capacidade de pensar, sonhar, refletir, criticar e ser feliz, principalmente.
Mas este sentido da fantasia pode ser ideológico não no sentido de que nos impessa a ver o todo do real de nossa época, mas que elimine a parcialidade e o sectarismo tão presentes nestas relações.
Queremos expressar nossa opinião sobre a busca do real, nesses tempos de virtualidade, isto significa um bom questionamento da fantasia e da magia, com a tentativa de compreender o sentido de crítica ao capitalismo.
O sujeito tenta preencher seu desejo, todavia, o desejo é por definição não-preenchível, por isto vai buscar no imaginário e na relação com outro e então pode encontrar o que deseja, na “relação”. Neste contexto os bens e o dinheiro principalmente não podem ocupar o lugar do Outro, para poder retornar para si o papel daquele que preenche os desejos humanos e que pode encontrar um lugar de “relação”, de “dádiva” justamente com o Outro.
Que é esse Ser e este sujeito, fazendo uma analogia assimétrica ao Homem Vitruviano, podemos compô-lo em oito dimensões: Original (antropológica e histórica), Intencional (livre arbítrio e subjetivo),Corporal (biológica e genética), íntima (afetiva e familiar), Cultural (raças, credos e sociais), Interioridade (condicionamentos, necessidades e desejos), Material (sócio-econômico e circunstancial) e Espiritual (crenças, condicionamentos sociais e/ou políticos).
Concluímos que existe uma ligação entre o desejo e a subjetividade do sujeito com o Outro, aspecto negado em muitas filosofias e posturas atuais, e cuja dificuldade encontrada na relação do sujeito com o real pode ser tratada tanto no sentido ideológico tradicional, como através do fetichismo da relação de pessoas e com os objetos, aí sim alienantes.