
Arquivo para a ‘Tecnologia Calma’ Categoria
Tecnofobia e avanços humanos
Desde que o homem é homem a tecnologia faz parte da natureza e da vida social humana, assim negar progressos técnicos é também negar uma parte de nosso Ser.
Tecnofobia é um termo que passou a ser empregado pela tentativa de negar os progressos humanos conseguidos a partir da tecnologia atual, desde ficções como o filme de Frankenstein (o primeiro filme baseado na obra de Mary Shelley, é de Thomas Edison, de 1910) até a obra considerada por muitos fundadora desta mentalidade Brade Runner (de 1982 dirigido por Ridley Scott) até obras recentes como “Dumbest Generation” (Mark Bauerlein, 2008) ou o livro de Nicholas Carr “Geração Superficial” (a tradução brasileira é de 2011). Os livros acima, assim como outros já comentamos neste blog, mas queremos penetrar nas raízes mais profundas desta aversão a tecnologia, que cresceu com os avanços digitais, e a origem é histórica.
Daí existiria uma “cultura material” que representaria a passagem do “natural” para o artificial”, este tipo de passagem é geralmente entendido entre domínios ontológicos diferentes, assim existem fenômenos causais na natureza e estes estão separados e considerados distintos dos fenômenos que regem a vida do homem.
Eis o antropocentrismo, ou a centralidade do homem como “dominador” da natureza, e a ecologia e os problemas do clima de hoje demonstram o contrário.
A dicotomia Homem/Natureza nos leva a um terceiro aspecto, na compreensão do que são as técnicas, mas também sobre o social e o cultural em geral.
Essa contraposição não é entendida entre elementos, assim Homem e Natureza expressam uma ideia abstrata de totalidades tal é o recurso do idealismo, e por tal razão são podem formar um sistema ontológica, onde o Ser total vive.
9 coisas que pessoas produtivas fazem
Eu sempre me achei estranho por acordar as 5 horas e me sentir impelido a ler, depois escrever este blog e mais tarde caminhar e finalmente rezar, orar ou meditar, como queiram. Descobri na revista de tecnologia TechRunch que o cérebro tem o máximo desempenho 2 a 4 horas depois de acordar, e geralmente depois é bom escrever, como conta no artigo Dan Ariely. Escrever também me parecia uma bobagem, mas vejo que é também o que o autor faz, tirar um cochilo de 1 a 2 horas depois das 13 horas da tarde é a quarta coisa inteligente indicada ali. Como o autor não gosto de comer fora, ele gosta de ler no Kindle, eu não, mas limpar o exterior e o interior parece reduzir o estresse, é verdade, mas jogar coisas foras, faço pouco, com o lixo e algumas coisas que perderam validade, mas não faço sempre. Não há livros sobre coisas atuais, na Web é preciso procurar muito, uma saída, do autor, que as vezes eu faço é alternando ler um jornal, ver um canal matinal e ver a Web. Eu vou a reuniões com os amigos, mas na verdade, é nos almoços que bato os papos e onde surgem os melhores assuntos, as vezes no café ou no jantar na universidade. Saber usar o celular e usar e-mails de 2 a 4 linhas, muito inteligente, isto é o que faço, claro a menos que exija uma conversa mais longa, neste caso o celular. Por último como diz o artigo, somos uma soma de experiências, saber aproveitá-las tanto como meio educacional, como profissionais, nem sempre é tudo utilitário. Uma boa experiência para mim é: onde eu me encontro com amigos, onde eu aprendo algo novo, onde eu aprendo algo novo que pode aumentar a minha liberdade”, de acordo o resto é experiência de família, como não tenho, fico quase num 9 x 0 … tá bom !!!
O clima e mudanças urgentes
A conferência de Paris do final do ano deverá avançar para um novo patamar civilizatório, e muitas forças sociais se mobilizam para isto, estaremos indicando uma sério de reportagens marcantes nos recentes estudos sobre questões climáticas.
Uma reportagem impactante foi a da “Saúde e Mudanças Climáticas: respostas políticas para proteger a saúde pública” feita por um grupo de acadêmicos europeus e chineses que ficaram registradas um relatório de 2009 na revista The Lancet, mostrando os impactos esperados de saúde pública das alterações climáticas (veja o vídeo).
O estudo aponta para as doenças transmitidas por vetores, assim como os desafios de desnutrição, chegando até a afetar a saúde mental. Os autores discutem como que países que estão se afastando de tecnologias de energias intensivas em carbono podem melhorar a saúde pública hoje através da redução de outros tipos de poluição do ar, incluindo material particulado (MP) e óxidos de azoto (NO x).
O núcleo da discussão reside, mais forte reside no uso de tecnologias energéticas que produzem gases de efeito estufa também muitas vezes produzir esses outros poluentes do ar simultaneamente, casos dos veículos à diesel e gasolina, uso de usinas de carvão, biomassa (por exemplo, madeira e carvão) usadas em processos industriais (por exemplo, mineração, fabricação de cimento e fundição) todos produzem tanto dióxido de carbono e material particulado.
O estudo mostra também os valores econômicos, que são algumas vezes os únicos sensíveis a muitos governos e agentes financeiros.
A construção simbólica do mal
É preciso entender a possibilidade da verdade e da hermenêutica, entendida como busca de uma verdade fora do relativismo, do maniqueísmo e da ambivalência, afirma Ricoeur que é preciso um ato de confessar o “símbolo” e o ato de confissão e “essa confissão é palavra, uma palavra que o homem pronuncia sobre si mesmo” (Ricoeur, 1982, p. 167) e isto significa reconhecer uma culpa, ligado a Agostinho de Hipona, a culpa de uma “ausência do bem”.
Assim a hermenêutica simbólica do mal, expressa precisamente um hiato que separa e agrega, no homem a falibilidade e a culpa: a possibilidade de cair e a queda efetiva.
Mas porque é simbólica, porque é a possibilidade de falir, designa a estrutura da realidade humana que, devido a sua menor resistência, oferece um ponto de vulnerabilidade que permite o mal (Ricoeur, 1981, p. 159), e este limite significa que:
“ … equivale a dizer que a limitação própria de um ser que não coincide consigo mesmo é a debilidade originária de onde emana o mal. E, sem dúvida, o mal não precede dessa debilidade senão que ele ´se põe´. Este paradoxo constitui o centro da simbólica do mal (Ricoeur, 1982, p. 162).
E le desvenda esta debilidade, ente a finitude e infinitude, que remonta a Descartes (ver Meditações Cartesianas de Husserl) mas que comporta o entendimento finito do homem e a vontade infinita, o ser diante do nada e o nada diante do ser, nesta sequência.
É neste ponto que a ontologia ricoeuriana aponta um caminho novo, visto que é essencial para ele o Ser diante do Outro, expresso em várias obras: Outramente e o Outro com si-mesmo, ele desvela definitivamente nesta obra, esta característica intermediária “consiste precisamente em seu ato de existir e por identidade o ato de realizar mediações entre todas as modalidades e todos os níveis de realidade dentro e fora de si” (Ricoeur, 1982, p. 27).
O paradoxo entre finito-infinito consiste justamente em ter “sua visão global de sua não-coincidência consigo mesmo, de sua desproporção, da mediação que realiza pelo fato de existir” (Ricoeur, 1982, p. 28), e por essa desproporção é que “converte a limitação humana em sinônima de ´falibilidade´ “ (Ricoeur, 1982, p. 150).
Mas podemos falhar e não falir, isto é, redirecionar para o infinito logo após a queda.
RICOEUR, Paul. A simbólica do mal, Lisboa: Edições 70, 1982.
Ambivalência e o mal
Um conceito muito desenvolvido em nossos dias, de modernidade tardia, é a ideia de ambivalência, versão moderna do maniqueísmo, e a ideia que estamos sempre entre dois polos, já falamos aqui das dicotomias infernais (objetivo X subjetivo; natureza X cultura) e agora bemXmal.
Creio, concordando com Agostinho de Hipona, que o mal é ausência de bem, e com o profundo livro de Paul Ricoeur A simbólica do mal, que é o segundo volume da obra Finitude e Culpabilidade, escrita em 1960 é fundadora o pensamento deste contemporâneo filósofo. Como toda filosofia parte de questões e não de resposta, o que o filósofo deseja responder, pode ser lido no prefácio do livro “De princípio do sentido, a consciência soberana, raiz da ciência e da plena autonomia do humano, converte-se doravante em problema a esclarecer já que a experiência da vontade má traz justamente a lume a sua opacidade e coloca ainda a pergunta sobre o significado do gênero humano”.
Será ele sapiens ou demens? Estará condenado ao trágico ou à salvação? Será dado à partida, ou surge primeiro perdido e disseminado, precisando de se apropriar?” são questões atuais no fim de uma época. É preciso em primeiro lugar entender, conforme afirma Alain Thiomasset (1995, p. 35), as obras de Ricoeur deve ser lidas “como diálogos com pensadores que ele cruza sobre seus caminhos”, e não como divagações metafísicas ou pressupostos filosóficos ou teológicos.
Assim como bom fenomenólogo, reconhece a importância da “coisa em si mesmo”, mas ele ve que ficou em faltando um mergulho de Husserl na intencionalidade, o epoché grego capaz de lançar a consciência para fora de si própria, diríamos um além da coisa em si pela intenção. Levando isto a fundo isto a fundo Ricoeur penetra no que considera ainda idealismo, que para além da crítica do idealismo husserliano, a fenomenologia permanece o inultrapassável pressuposto hermenêutico a ponto de não poder mais se constituir sem ela (cf. Ricoeur, 1989, pag. 64). Por isto o uso de Schleiermacher, pai da hermenêutica moderna, que viu a necessidade de uma hermenêutica que seja usada num âmbito mais geral, que corresponde hoje a uma ciência da compreensão (Cf. Ricoeur, 1869, pag. 86).
Assim o mundo, sem a polarização sujeito-objeto jamais se daria a compreensão no pensar da filosofia idealista, mas agora o mundo como processo hermenêutico (de busca da verdade), é o campo a partir do qual o ser acede à linguagem, entendendo-se por este acesso a possibilidade ontológica que as coisas fornecem ao homem, portanto longe da dicotomia idealista.
De modo análogo a Agostinho de Hipona, que diz que afirma que o mal é ausência do bem, Ricoeur atualiza isto na ontológica moderna: “O mal é o que não deveria ser, mas do qual não podemos dizer porque é que é. É o Não dever-ser” (Ricoeur, 1988, p. 62).
Ricoeur, P. O mal um desafio à filosofia e à teologia, SP: Papirus, 1998. Ricoeur, P. Finitud y Culpabilidad: el Hombre Labil y la Simbólica del Mal. Madrid: Taurus Ediciones, 1982.
União Europeia e ciência aberta
The European Union (EU) gave the green light for the project OpenDreamKit about € 7 million for the development of free software in high computing power interactive environments in the use of mathematical tools.
The project is inside in Horizon 2020, the EU has provided € 7.6 million to help finance an open source software project that will expand the capacity of computational mathematics and interactive computing environments.
Besides mathematics the project will also develop tools virtual computing environment by creating interactive documents can solve equations using computer code, with visualization of the data. Will be 15 academic and industrial partners participating in a four-year project and hope to revolutionize the ability to reproduce documents and data mining experiments of computational research. According to prof. Dr. Hans Fangohr the University of Southampton, both the objectives of the project as “… the approaches are closely linked to work in the community and Southampton courses our Computer Modelling Group Group and the EPSRC Centre for Doctoral Southampton training in Computational Modeling Next Generation, “said the teacher to the site of the University of Southampton.
According to prof. Dr. Hans Fangohr the University of Southampton, both the objectives of the project as “… the approaches are closely linked to work in the community and Southampton courses our Computer Modelling Group Group and the EPSRC Centre for Doctoral Southampton training in Computational Modeling Next Generation, “said the teacher to the site of the University of Southampton. For him the OpenDreamKit has “this commitment to developing cutting edge of these tools is a great opportunity to contribute with the tools that are of great value to many researchers and students in academia and industry.”
Thanks to free software this will be achieved contributing to the Open Science.
Passeio lunar e eco-tech
A reserva chamada de James são de 30 hectares ao sul das cadeias de montanhas San Jacinto no sul da Califórnia, ela é fechada ao público, fora de circuito e veículos não são permitidos. Mas Sean Askay quando era estudante de mestrado na UCLA em 2005, usou o Google Eartch para criar uma interface visual para todas as câmeras e sensores que estão presentes no parque e que são um laboratório de estudos para biólogos, cientistas em geral e até pesquisadores comerciais, lá não é proibido estudar possibilidades comerciais destes nichos. Sean chama esta área de “um dos lugares mais fortemente instrumentalizados nos EUA’, ali até ninhos de pássaros tem câmeras automatizadas e sensores próprios espionando-os.A estação é um campo de pesquisa para biólogos, sendo supervisionada pela Universidade da Califórnia, Riverside, mas Askay virtual de toda a reserva”, afirmou ela para a revista Wired, “Você pode ‘voar em’ e olhar para vídeo ao vivo e gráficos de temperatura do interior de uma caixa de pássaro levou a experiência ainda mais longe, usando o Google Earth para criar uma interface visual para todas aqueusando todas las câmeras e sensores.”Basicamente, eu construí uma representação.” Agora Google Earth, está criando um serviço de software estraordinário que combina fotos de satélite e outras imagens para criar uma janela digital em nosso planeta (e outros corpos celestes). Entre outras coisas ele criou um passeio espacial ao lado de Buzz Aldrin, lembrando o pouso na Lua Apollo 11, na chegada história do homem na lua nos anos 1968.O Google Earth celebra o seu 10º aniversário, Askay agora faz um projeto auspicioso do fundador Brian McClendon quer evoluir para uma ferramenta de pesquisa muito mais poderosa, um enorme eco de seu trabalho no James Reserve. Ele prevê que com a rápida ascensão das redes e de duas outras tecnologias digitais neurais e realidade virtual, as possibilidades só irão se expandir na ecologia-tech.
Cientistas esperam que país ratifique acordo
Significativos avanços foram dados na área científica e ambiental desde que foi feito o chamado acordo de Nagoya, um protocolo que prevê o acesso a recursos genéticos e uma divisão justa e equitativa dos benefícios de sua utilização, que foi estabelecido na Convenção de 2010 sobre Biodiversidade Biológica (CBD) nas Nações Unidos.
O diretor executivo brasileiro do CBD, Braulio Ferreira de Souza dias, durante um evento na última quinta-feira (11/06) na Universidade de São Paulo salientou que “uma das precondições colocadas por vários setores no Brasil para discutir a ratificação do Protocolo de Nagoya era que o país aprovasse primeiramente uma lei nacional que tratasse do acesso a recursos genéticos e a repartição dos benefícios”.
Como agora já temos a aprovação da nova lei da biodiversidade brasileira, esperamos que ainda este ano o Congresso Nacional ratifique o protocolo, disse Braulio no evento da USP.
O acordo internacional está em vigor desde outubro de 2014, com 50 ratificações que eram essenciais para sua implantação, esperamos que o Brasil faça parte deste protocolo.
Segundo Bráulio, o Brasil tem respeito e reconhecimento internacional por suas ações na área ambiental, mas não pode decepcionar neste aspecto tão fundamental, pois possui ainda (está sendo perdida a cada desmatamento) uma das maiores biodiversidades do planeta.
Segunda dicotomia: natureza vs cultura
Toda a filosofia clássica sobre a elaboração do Estado passa pela relação do homem com a natureza, quando na verdade é com a cultura, pois a natureza é única e é possível falar de uma teoria unitária da natureza como falou Edgar Morin em seu método: “A natureza da natureza”, que não é a cultura.
Francis Bacon que dá origem ao empirismo, já havia afirmando que “não se pode dominar a natureza se não obedecê-la”, mas o empirista John Locke dirá mais tarde discordando de Tomas Hobbes que o homem não é o lobo do homem como este pensava, mas desenvolve o sua natureza no interior de uma sociedade, ora então é cultura e não sociedade.
Jean Jacques Rousseau vai teorizar o bom selvagem, o homem ingênuo que habita a sociedade, todas estes teóricos chamados “contratualistas” não estão fazendo outra coisa senão justificando a violência do Estado, Francis Fukuyama vai dizer que Aristoteles discordaria dele justamente por que o Ser aristotélico não está em ruptura com a natureza, assim: “Aristóteles discordava (a tradução correta seria discordaria) de Hobbes, Locke e Rousseau em um aspecto crítico. Afirmava que os seres humanos são políticos por natureza e que suas capacidades naturais os levam a florescer em sociedade” (FUKUYAMA, 2013, p. 42).
Assim políticos “por natureza”, não significa uma ou determinada forma “cultural” de política ou estado, é por isto que caímos nesta dicotomia cultural e não natural.
Edgar Morin esclarece: “Enfim, a aceitação da confusão pode tornar-se um modo de resistir à simplificação mutiladora. E certo que nos falta o método à partida; mas, pelo menos, podemos dispor do antimétodo, onde a ignorância, a incerteza e a confusão se tornam virtudes.” (MORIN, 1977, p.19).
A natureza, explica Morin está na dificuldade dos saberes isolados: “Assim, a escolha não se situa entre o saber particular, preciso, limitado, e a ideia geral abstracta. Situa-se entre o luto e a investigação dum método capaz de articular aquilo que está separado e de unir aquilo que está dissociado.” (MORIN, 1977, p.18).
A base deste diálogo, além de retomar a questão do Ser, deve-se também superar o saber dialético pelo dialógico, que significa também entrelaçar coisas que aparentemente estão separadas como a razão e a emoção, o sensível e o inteligível, o real e o imaginário, a razão e os mitos, a ciência e a arte.
Devemos então buscar uma nova metáfora, a qual se pensa que a questão do corpo, por sua organicidade que é capaz de colocar os saberes dentro da relacionalidade que eles exigem.
FUKUYAMA, Francis. As origens da ordem política. Dos tempos pré-humanos até a Revolução Francesa, Rio de Janeiro: Rocco, 2013.
MORIN, Edgar. O Método I: a natureza da natureza. 2ª ed. Trad. M. G. de Bragança. Portugal, Europa – América, 1977.
Dicotomias Infernais e tecnologia
O pensamento moderno vive sobre a égide das dicotomias infernais (objetivo X subjetivo; natureza X cultura), termo cunhado por Bruno Latour para explicar o pensamento e as ciências de hoje, nada mais propício.
Toda a teoria do estado moderno, como Thomas Hobbes, que dizia que o homem é o lobo do homem, passando pelo empirista John Locke, até chegar a Jean Jacques Rousseau, que dizia que o homem por natureza é bom, o bom selvagem, que inspirou a Revolução Francesa, mas o que se seguiu a ela foi uma matança sanguinaria e depois houve duas restaurações da monarquia.
Nada mais propício estamos hora projetados nos objetos, nossos fetiches modernos e hora projetados nos sujeitos, nossas paixões e affairs do cotidiano, mas a questão do ser, ou seja, da essência de nossa existência permanece despercebida.
Claro o fetiche de todos os fetiches é o dinheiro, para alguns pelo que ele pode proporcionar, mas para a maioria da população simplesmente conseguir pagar as contas do dia a dia, e a pilha de prestações que se avolumaram nos últimos anos, chamados por alguns de avanço da classe média, parece que o fetiche se desfez.
Aqui se questiona os fetiches tecnológicos, até que ponto fazer parte de uma necessidade contemporânea, até que ponto são meros fetiches, é questionável comunicar é necessário, mas o iPhone de último tipo está na mão muitas vezes dos críticos do “consumismo”.
Como sempre além do sujeito e objeto, que esquecer o Ser existencial, há uma confusão entre cultura e natureza, é natural o homem se comunicar e é cultural usar o dispositivo que facilite esta comunicação, dizia o filósofo contemporâneo Heidegger o homem se faz pela linguagem.
Temos que ter uma linguagem contemporânea ou estamos falando para o século passado.