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5 previsões que não aconteceram
A IBM sempre faz previsões quinquenais, antes de analisar as 5 do futuro (até 2015), vamos ver se as 5 previstas até 2015 aconteceram.
1 – Sensores em todos os cantos, vem da internet das coisas, tecnologia que está sendo chamada de RSSF (redes de sensores wireless), já há algumas cidades, empresas e até casas inteligentes, mas de fato isto ainda não aconteceu, é uma tecnologia em desenvolvimento.
2- Carros que “respiram” – a ideia é que ele possa usar o ar, algum tipo de combustíveis e devolver o ar de modo puro, o avanço de baterias e transistores permitiria os dispositivos potáveis para recarregar a bateria, assim ela respiraria o oxigênio e o transformaria em energia, já há novos tipos de bateria de lítio, por exemplo, e elétricas porém o uso efetivo ainda é uma promessa.
3-Computadores usados para “aquecer” água, os computadores dissipam energia, e atualmente na faixa de velocidade dos 5MHz chegou ao limite dos computadores de silício, mas a energia térmica perdida dos computadores ainda não é “coletada” nem aproveitada.
4-Os hologramas 3D (figura), a tecnologia está em desenvolvimento, mas ainda é promessa, o problema é tanto a velocidade de processamento, são bilhões de pixels por segundo para serem processados, quanto a quantidade de energia gasta, não há dispositivos no mercado, somente em laboratórios, o que temos são impressoras 3D já no mercado.
5-Transito Inteligente, surgiria uma nova tecnologia de GPS inteligentes que seriam capazes de indicar rotas alternativas para o motorista caso algum acidente aconteça no caminho que o usuário está fazendo, surgiram aplicativos como o Waze para orientar motoristas e no aeroporto de Heathrow na Inglaterra já há carros inteligentes, mas nas ruas de Londres não.
Mesmo com uso de computadores como auxiliares, nem mesmo a inteligência mais avançada é capaz de prever o futuro, há uma imprevisibilidade na história, mas não é o fim da história.
Emojis em defesa dos animais
Aqueles emoticons que representam animais, agora serão usando pela ONG de defesa dos animais a World Wide Fund for Nature (WWF), que lançou ontem (12/05) uma nova campanha de arrecadação usando emojis, emoticons de animais.
Com a campanha a entidade receberá alguns centavos de dólar toda vez que interessados em ajudar emitirem tweets um com emojis de animais ameaçados de extinção.
Foram identificador 17 animais (foto) em extinção: Elefante asiático, o Panda gigante, a Tartaruga verde, o Golfinho de Maui, o Cão-selvagem-africano, a Baleia-cinzenta, o Tigre da Sumatra, o Pinguim de Galápagos, a Perereca-lêmure, a Baleia Azul, a Cobra de Santa Lúcia, o Macaco-Aranha, o Camelo asiático, o Leopardo-de-amur, o Tigre, o Crocodilo-siamês e o Atum Azul.
Pesquisas apontam que até 2050 serão extintas um milhão de espécies, sendo estas classificadas em: 12% serão de aves, 23% de mamíferos,52% de insetos, 32% de anfíbios, 51% de répteis, 25% de tubarões e 20% de raias.
Aqueles que desejam ajudar a campanha devem ser usar o site da WWF para retuitar o post da WWF (#endanjeredEmoji) e os doadores se comprometem a doar dez centavos de euro (aproximadamente 30 centavos) com um dos emojis dos animais em extinção.
Empresa anuncia energia limpa
A empresa Tesla já havia anunciado no ano passado a construção no estado americano de Nevada uma super bateria de lítio-íon capaz de abastecer energia de várias cidades, pelo investimento de 5 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de real) em parceria com a japonesa Panasonic, agora anuncia um novo passo na energia limpa, o Powerwall que já está sendo desenvolvido em um armazém nos arredores de Los Angeles, anunciado na semana passada.
O equipamento Tesla Powerwall é para abastecer residências domiciliares a partir de painéis solares, e pode funcionar a noite, além de propiciar um backup seguro no caso de uma queda de energia, conforme notícia na Business Insider.
Em teoria o dispositivo pode ser montado em uma parede de garagem poderá tornar as casas completamente independentes de energia elétrica tradicional, usando só energia solar.
A ideia de energia solar pode mudar o padrão energético em todo globo, dispensando as anti-ecológicas (e muitas vezes antissociais) energia das hidroelétricas e as perigosas energias nucleares, e no anúncio feito no dia 1º. de maio, o fundador da empresa o norte-americano Elon Musk afirmou que o objetivo é transformar toda infraestrutura de energia do mundo inteiro até conseguirmos o ‘carbono-zero’ sustentável, resta se governos e empresas de energia vão deixar.
No final deste ano acontece em Paris a prestigiada UNFCCC ou Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climática que promete uma presença efetiva e uma pressão real em governos e empresas.
Uma “querela” entre a razão e os nomes
Este problema, que vem desde a antiguidade clássica, com Sócrates, Platão e Aristóteles é um problema ainda hoje para a ciência, ou aquilo que consideramos científico no sentido de verdadeiro, mas a disputa esquentou no final da Idade Média, com nominalistas e realistas.
Tudo parte de um escrito de Boécio (480-525 d.C.), no início da alta Idade Média, que usou um texto (que ficou conhecido como Querela dos universais) de Isagoge de Porfírio (234-309 d.C.), veja iluminura ao lado (foto), que afirmava:
“Assim, pois, evitarei em falar sobre os gêneros e as espécies, acerca da questão de saber se são realidades subsistentes em si mesmas ou se consistem apenas em meros conceitos mentais, ou se são corpóreas ou incorpóreas, ou se são separadas ou se existem nas coisas sensíveis e delas dependem, uma vez que se refere a uma questão que exige um tratamento profundo e requer um exame maior”.1
O problema percorreu a idade média e foi fundamental para estabelecer uma ideia primeira do racionalismo, através da lógica e da construção do conhecimento, mas no final da idade média, a chamada baixa idade média o problema quase desapareceu.
Foi Pedro Abelardo, um monge que era leitor de Orígenes, que reapresentou a tese como uma releitura da Hierarquia das espécies e dos gêneros de Porfírio, mas afirmou que as palavras (nomes) descrevem o mundo não se referem às palavras no sentido físico (os sons que emitimos quando falamos), mas às palavras como portadoras de significado.
Foi através da releitura dos escritos de Aristóteles sobre a alma e a metafísica, que no século XIII Tomás de Aquino e Duns Escoto elaboraram formas sofisticadas do realismo, no entanto no século XIV Guilherme de Ockham (em inglês Wilheim Ockham) rejeitou a ideia aristotélica de que o conhecimento intelectual resultava do fato que nossas mentem eram informadas por ideias universais resultantes dos objetos percebidos, substitui-a pela navalha de Ockham.
A navalha de Ockham é a ideia que entre uma explicação simples de determinada coisa e outra complexa, ficamos com a mais simples e, portanto não há “universais” que são inatos.
Para os realistas, um universal é um ente predicado de outros (ou especialmente) de todos os demais entes. Ele existe objetivamente, tanto como realidade em si, transcendente em relação ao particular (em latim: universais ante rem), seja como imanente, nas coisas individuais.
1Porfírio. Isagoge. Introdução, tradução e notas de Juan José García Norro e Rogelio Rovira. Edição trilingue (grego, latim e espanhol). Barcelona: Anthropos Editorial, 2003, p. 2-3.
A web obscura: a deep web
A humanidade possui uma lado obscuro e também a informação pode ser usada por este lado obscuro do ser humano, a imprensa marron é uma destas possibilidades, jornais, revistas e até canais de TV lançam no ar programas sensacionalista, com fatos sangrentos, casos de crimes que chocaram cidades, regiões e até países e o globo todo, pelo fato que isto garante audiência fácil e alimentam um lado mórbido de muitas pessoas.
A Web não fica de fora, e através do anonimato é possível acessar dados e sites que não são facilmente acessíveis para obter informações produtos, livros e até mesmo relações que são consideradas ilegais e que neste universo sombrio são veiculadas.
Existem lojas, sites e informações sobre produtos ilegais como drogas, na Deep Web se vendem livros de “imortalidade”, contam ilegais de canais de filmes ou de músicas, loterias que você aposta em Bitcoin (moeda da internet) sem pagar qualquer imposto e muitas outras coisas estranhas, como fazer qualquer objeto que pedir em uma impressora 3D e receberá em sua casa por determinado valor.
Há imensos benefícios que a internet e a Web trouxeram, o maior deles é o acesso a informações que deveriam ser públicas, como as contas e contratos de todos os serviços públicos, em especial, quando envolvem a contratação de terceiros, o controle mundial disto poderia diminuir enormemente a corrupção em todo o planeta.
Os jornalistas investigativos, que visa a colaboração entre jornalistas para informações sobre esquemas de corrupção e de mal uso de contas públicas é um bom exemplo disto, também pessoas como Edward Snowden, que apesar de ter trabalhado em questões sigilosas dos governos resolvem por um ato legítimo denunciar ações ilegais que os estados cometem, são um exemplo contrário a “deep Web”.
Há um lado obscuro em toda a humanidade, a internet e a Web não são exceção.
Depois da partícula de Higgs, o universo paralelo
O colisor de Hádrons (LHC – Large Hadron Collider), equipamento gigantesco que acelera partículas num túnel de 27 km de diâmetro entre as fronteiras da França e Suiça, fez a experiência inédita que detectou a partícula de Higgs, necessária para consolidar a teoria da física Padrão, que unificou as teorias: quântica, eletrônica, fotônica, eletromagnética e gravitacional, em uma única teoria.
Agora querem fazer um experimento que comprove a existência de universos paralelos, e que nós viveríamos imersos em 11 dimensões (veja a figura) e não as quatro que conhecemos (altura, largura, profundidade e tempo), elas estão na chamada “teoria das cordas”.
A teoria das cordas foi o modelo inventado justamente para explicar o movimento dos Hádrons, que seriam blocos elementares de tudo que existe, inicialmente o modelo proposto foi o do polaco Theodor Kaluza em 1919, partiu das equações de Einstein e, desprezando as massas e expandindo o problema a cinco dimensões (quatro espaciais e uma temporal), mostrou a unificação dos campos gravitacional e electromagnético.
Mas ficou faltando as partículas chamadas da gravidade, dimensão forte e fraca, em 1980, Michael Green e John Schwarz ligaram a teoria das cordas e a Mecânica Quântica, criando a Teoria das Supercordas, que procura abrange todas forças da matéria existente, incluindo a força gravitacional fraca aquela que explica o decaimento radiativo (chamada de radiação) e a gravitacional forte, que explica fenômenos a curta distância do núcleo atômica (a fusão nuclear por exemplo).
Para isto o Colisor de Hádrons deve dobrar sua quantidade de energia, tornando possível que sejam gerados micro-buracos negros, algo que impossível nos últimos anteriores.
Este estudo visa visualizar a teoria da gravidade arco íris, que tornaria possível duplicar as dimensões no tempo-espaço, e a gravidade “filtrada” para outras dimensões mais altas, separaria as cores de frequências diferentes, chegando a formar um buraco negro.
Na primavera do hemisfério norte (início do inverno no hemisférico sul), o LHC está sendo preparado para tentar criar micro-buracos negros para observar estes fenômenos.
Eclipse da razão, indivíduo e humanismo
O homem pode pela primeira vez na sua história assistir de maneira consciente e intencional uma mudança de época, assim como se tivéssemos a consciência de hoje mas assistíssemos o final da idade média, agora não com a razão.
O que é a razão, um dos escritos mais brilhantes é de Max Horkheimer “Eclipse da Razão” li-o em um exílio voluntário, num período para uma reflexão sobre nossos objetivos, afetos e apegos, li naquela época: “repetidas vezes, quando a raça cultura urbana atingiu seu cume, como, por exemplo, em Florença no século XV, realizou-se um equilíbrio semelhante ao das forças psicológicas” (Horkheimer, 2002, p. 136).
É por esta questão social, e não individual, que tantas pessoas estão em busca de uma força salvadora, de manuais de autoajudas, de doutrinas que sejam de alguma forma algo que aponte para o equilíbrio, mas não encontrarão no individual e apenas em alguns grupos.
O indivíduo sujeito ao estado, dotado de poderes quase divinos sobre o indivíduo do qual deveria ser seu protetor, é seu espoliador e não consegue sustentar seus direitos mínimos, de saúde, de educação e sobretudo de paz.
Acusar este indivíduo de individualismo, é tomar a parte pelo todo, este indivíduo desprotegido e isolado vê-se obrigado a buscar refúgios para subsistência e vida digna e o individualismo daí decorrente é efeito e não causa da “eclipse” que a sociedade vive.
O eclipse da razão provém também do ser em pedaços: ser social, ser individual e ser espiritual, a fragmentação dos saberes também e fragmenta o homem em partes, esquecendo –se de sua unidade de Ser projetado ao infinito, como ser essencial, e mutável e finito apenas na aparência daquilo que se transforma no acordo das necessidade contextuais e provisórias, mas são para as necessidades essenciais que fomos projetados: sociabilidade, amor e paz.
Trocamos o essencial pelo emergencial, trocamos as estruturas e entes pelo Ser, e nele o indivíduo perece e pena por uma existência sempre sujeita ao “eclipse” de um fim de época.
O clima no planeta vai esquentar
Um grande evento promete roubar a cena dos ativistas, em especial do ativismo verde, dentro do cenário mundial: A Conferência do Clima, em Paris, que deverá se realizar até o final do ano.
O desenrolar do evento já prevê uma presençal oficial de mais pessoas que a de Copenhague, em 2009, e a participação popular sendo esperadas de 40 a 50 mil pessoas, de mais de 95 países.
Os ativistas prometem uma “guerra” com os países que relutam em fazer o acordo.
No final espera-se que aja um “acordo de Paris” que determine os esforços para a contenção das emissões de gases do efeito estufa que tem prejudicado o clima do planeta, neste fim de semana o pequeno país de Vanuatu foi devastado por efeito climático de um ciclone tropical, seu presidente pediu ajuda para reconstruir “tudo”.
O objetivo da ONU pedem os ativistas que seja para os próximos anos, o de limitar a elevação do aquecimento global em até 2ºC, o que poderá segundo os cientistas elevar os níveis atuais de crescimento climático, levando o clima terrestre a entrar em colapso.
A realização da Conferência do Clima será entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015, já há uma agitação nas redes, por exemplo, cristãos de 45 países fazem um jejum quaresmal para chamar atenção para a grave situação.
ONU e a tecnologia para a Paz
Recente relatório da ONU, conforme o site FierceGovernmentIT, reforça a ideia que a tecnologia pode ajudar muito em missões de paz, em áreas como: consciência situacional, executar mandatos e proteção, de acordo com o Painel de Peritos em Tecnologia e Inovação para Manutenção da Paz das Nações Unidas.
O relatório (ver página) entre as diversas recomendações do uso de tecnologia em de áreas e temas, um aspecto importante destacado são certos princípios que a ONU tem na aquisição e uso de tecnologia.
Mas o foco do painel é que se deve ser usar amplamente disponível a tecnologia disponível, mas não de tecnologias proprietárias e que podem ser relativamente fácil de manter, dar prioridade à mobilidade em relação à capacidade de manobra dos ativos e plataformas de tecnologia de informação móveis, estão entre as principais recomendações..
Alguns destaques do relatório são para os veículos protegidos de minas, veículos aéreos não tripulados, e inovações de smartphones, e cita a aplicação UNMAS.
As minas terrestres, que mutilam tantas pessoas mesmo em regiões que já desfrutam da paz, usam o tipo de Segurança ERW que podem ajudar missões de paz e enfrentam a ameaça de minas terrestres, relíquias de explosivos de guerra e dispositivos explosivos improvisados, pode-se usar a plataforma em vários idiomas.
Mas o painel observa que a ONU também terá de lidar com questões como a largura de banda limitada, a falta de sistemas interoperáveis, e cibersegurança
No longo prazo, o relatório diz que a ONU precisa para criar uma cultura de inovação.
Tecnologia: necessidade ou consumismo ?
É insana a quantidade de pessoas que criticam a tecnologia por aquilo que só os homens fazem, máquinas não maquinam nada, apesar podem reproduzir desejos humanos, a intencionalidade no uso de determinado objeto (não apenas os tecnológicos) é que definem sua prática.
Ao longo de sua existência no planeta, o homem nem sempre habitou esta terra, ele inventou grande número de ferramentas que o ajudam a superar suas necessidades cotidianas, a própria divisão entre idade da pedra e dos metais, é pela manipulação da tecnologia.
Muitas dessas invenções, embora criadas para beneficiar a humanidade, acabaram usadas de modo a prejudicar a vida, e fazer do objeto tecnológico contemporâneo um objeto do desejo, um consumismo, não significa que o mesmo não tenha sua utilidade.
Foi John Danton que a possibilidade energética dos átomos, mas jamais imaginou que a mesma seria usada em uma guerra (Hiroshima e Nagasaki na segunda guerra), agora o uso de tecnologia por extremistas, não significa que o uso da tecnologia seja “mau” ou “bom”.
Agora tomemos o exemplo da internet, sites inescrupulosos que expõe crianças, aliciam adolescentes e jovens, mas não devemos nos esquecer que estes valores são passados por filmes, programas de televisão e até de rádio, e há quem defenda isto até em escolas.
A tecnologia é uma necessidade da evolução humana, torna-se má se usada por pessoas de má índole e boa se usada por pessoas de intencionalidade boa, já o consumismo é uma matriz de uma forma de sociedade humana e independente do avanço tecnológico, é o consumo para dar lucro fácil a pessoas, que mesmo tendo boa índole, não tem boa intenção, pois visam só o lucro.