Arquivo para a ‘Tecnologia Calma’ Categoria
A retomada ontológica
A intencionalidade, uma subcategoria da filosofia medieval definida dentro do estatuto da consciência, foi recuperada por Franz Brentano (1838 – 1917) para qualificá-la como estando dirigida a algo, ou acerca de algo, por isto importante também para a psicologia, que foi usada por Edmund Husserl (1859 – 1938) para dizer que a consciência é sempre intencional, dirigida a um objeto, real ou imaginário.
Esse objetos estarão na ontologia de Husserl, entre entre noemas e noesis, porque estas recolocam a relação entre sujeitos e objetos.
Husserl chamou de noema a qualquer representação do objeto enquanto pensado e pensamento como objeto do pensar, e ao processo de apreensão do objeto por parte do sujeito (consciência), chamou de nòesis. Representação do noema para Husserl tem: modalidades de presentação, caracteres de ser e de valor que formam, com o estrato nuclear, o noema completo.
Para esta leitura dos fenômenos, “as essências, obtidas por variação imaginativa a partir das correlações noético-noemáticas das vivências e apreendidas com evidência numa intuição, constituem a base de ontologias regionais ou materiais de domínios do ser correspondentes, a natureza, o homem, a cultura … “ (Mafalda Blanc, Introdução à Ontologia, pag. 26).
Husserl não fará só uma oposição a Kant, mas também ao “estender o domínio do a priori do plano formal do objeto em geral, obtido por abstração de todo o conteúdo material” de certa forma retoma o projeto kantiano de uma crítica a razão, “estabelecendo e determinando o valor dos conceitos e das leis da lógica, da ética e da axiologia, à luz das estruturas categorias últimas do objeto” (BLANC, pag. 26).
Husserl consegue com isto viabilizar a ontologia, “ao conceber a mais importante das acepções do ser em Aristóteles – a categorial – já não como uma forma lógica de juízo, mas como um dado presente, realizável intuitiva e adequadamente num ver imanente” (pag. 27)
Assim Husserl, mostra como o real como tendo: “a individualidade, a temporalidade e a completa determinação, por oposição à universalidade e a intemporalidade do ideal, discernindo cinco estratos irredutíveis: … o inorgânico e o orgânico, o psíquico, o pessoal e a esfera do espírito objetivo (linguagem, tradição cultural)” (pag. 26).
O projeto de Heidegger será ainda mais ortodoxo como fenomenologia, ele irá “desenvolver esta concepção do tempo como possibilidade e matriz do próprio ser, invertendo a perspectiva clássica da filosofia, que pensava o tempo como a manifestação fenomênica do ser” (pag. 29).
A questão do ser na filosofia clássica
Seja qual for o âmbito da vida social, há um incômodo, em geral, visto como econômico, de segurança, de bem estar, porém é certo que algo na civilização não vai bem.
Como se deu este processo na cultura ocidental, em especial, mas que influenciou todo mundo? É essencial respondermos isto para reencontrarmos o nosso “ser” e seu caminho.
Sabemos que toda filosofia e vida ocidental teve influência da filosofia clássica, e ela vem de Aristóteles e Platão, essencialmente, mas uma ruptura aconteceria no fim da idade média.
Conforme indica nossa autora (estamos lendo Introdução à ontologia de Mafalda F. Blanc) “vai do objeto da filosofia primeira sofrer uma notável restrição, primeiro ao estudo da substância, depois ao estudo da forma pura, tal como ela existe realizada no primeiro motor”, com isto para ela haveria “um primeiro motor” que colocaria tudo em movimento, então o ente “vai constituir-se como ciência da substância e, num segundo momento, como teologia” (pag. 18).
Assim para Aristóteles a filosofia primeira deve esclarecer “a essência da substância, as suas causas … deve centrar-se na indagação das razões ou causas das substâncias sensíveis, designadamente, na análise das suas formas e essenciais, responsáveis pela atualização das virtualidades da matéria.” (pag. 18)
Desta forma “identificando o estudo do ser ao da substância e a inteligibilidade desta ao plano da forma … “ (pag. 19) ele acabaria por dar “à filosofia primeira o perfil de uma onto-teo-logia, que constituiria, doravante o modelo meta-físico da ontologia subsequente até a crítica kantiana.” (pag. 19)
Quase no final da idade média, o monge Tomás de Aquino, ao separar o objeto da metafísica do “ente enquanto ente” que chama de “ens comune” “aos diversos analogados (Deus e as criaturas)” (pag. 19), então a separação do estudo dos “ser comum” ao conhecimento do “Ipsum esse subsistens … fim último da metafísica, porque causa absolutamente primeira não apenas na ordem da eficiência e da finalidade, mas ainda e sobretudo na ordem radical da existência.” (pag. 20)
Ao contrário da falácia filosófica, a autora Mafalda F. Blanc afirma “é esta noção de causa criadora, legado do judeo-cristianismo, que faltou a Aristóteles para dar à metafísica uma articulação e estrutura sistemática enquanto onto-teo-logia” (pag. 20).
Mas logo a frente, no início da modernidade, este quadro se romperia, continuaremos a questão.
Diferenças entre Ser e Existir
A autora que estamos lendo (Mafalda F. Blanc no seu livro Introdução a Ontologia) explica que o verbo “ser” (ƐĨναι, esse, être, Sein) nas línguas indo-europeias, “deriva de um mais genuíno sentido existencial e só foi possível porque a este se sobrepôs como complemento um atributo nominal ou adjetivo”, e isto significa que “juízo predicativo numa asserção do tipo ´há/existe P em S’ “ (pag. 14).
Isto parece redutivo, porém “do ponto de vista semântico o verbo ´ser´ contém, sob a aparente abstração da sua forma infinitiva, uma riqueza de conteúdo bem concreta, presente ainda nas flexões verbais das línguas indo-européias, significando viver (segundo a raiz ´es´, presente nas formas ´einai´, ´esse, ´ser, ´sein´), crescer (segundo a raiz ´bhu´ presente em ´be´, ´bin´, ´fuein´, ´fui´) e permanecer (segundo a raiz ´wes´, presente nas formas germânicas ´war´, ´gewesen´ e ´wesen)” (pag. 14 da autora mas citando o próprio Heidegger).
No cotidiano percebemos a existência do ente, “sensível e retiradas pela imaginação” (pag. 14) porém pode-se abstrair e encontrar os conteúdos essenciais do ente “a espécie e o gênero”, até alcançar a determinação mais abstrata da essência, na sua pura formalidade, no dizer da autora da “abstração formal do ser, caracterizando esta pela inteleção do intimo ato de existir (actus essendi), que põe e sutém como ente concreto o sujeito de determinada essencial – como fielmente denota o juízo existencial” (pag. 15).
Isso admito como uma universalidade própria, afirma a autora, dá-se o nome de transcendental (pag. 15) mas como espécie “a unidade só retém as determinações comuns às diversas espécies, excluindo as diferenças, que se lhe acrescentam do exterior, no caso do ser, não há diferença que o possa contrair exteriormente, pois que teria ou de já ser ou de ser coisa nenhuma” (pag. 15).
O ser inclui portanto todas as diferenças, como afirma a autora, “quer dos indivíduos quer as suas determinações”, então embora abstrata, está presente em toda a humanidade, independente da cultura, quer dizer “não é, assim, um gênero máximo, a nota comum e mais abstrata de uma diversidade extrínseca de tempo que transcende … “ pag. 15.
Então as diferentes determinações, dadas por línguas, hábitos e formas de sociabilidade, enfim da cultura ainda devem permanecer em essência enquanto ser, e isto significa que aquilo que se vê na humanidade planetária é capaz de encontrar denominadores comuns, mesmo considerando o que afirma Edgar Morin (que acabo de ler), citando M. Murayama que cada cultura tem qualquer coisa de “disfuncional (defeito de funcionalidade), de misfuncional (funcionando num mau sentido), de subfuncional (efetuando uma performance ao nível mais baixo) e de toxifuncional (criando prejuízos no seu funcionamento)” (pag. 116 do livro Terra-Pátria) podemos ainda encontrar algo essencial deste “ser” enquanto Ser.
A pátria-mundo e o ser-no-mundo
Credita-se aos objetos, e também a tecnologia, a ideia que seria a exterioridade que de fato impossibilitaria o homem de fazer este desenvolvimento ético, moral e assim encontrar seu ser, mas esta oposição entre ser interior e ser exterior não é verdadeira se não entendermos o que é o ser, conforme afirma Mafalda de Faria Blanc, “deixando-se ocultar e preterir pela instância das coisas em torno e a urgência da ação” (pag. 11, do livro Introdução à Ontologia, Instituto Piaget, Portugal, 2011).
Citando o filósofo Gabriel Marcel, a autora afirma “imerso na densidade do ´mistério ontológico´ … vive o homem geralmente dele alheado, preferindo, ao confronto com o enigma da existência, o refúgio junto ao que de imediato se apresenta, buscando aí um ilusório conforto contra a constitutiva insegurança de viver” (pag. 11) e portanto isto não se refere a tecnologia ou a qualquer objeto específico do mundo contemporâneo, mas a tudo.
Então o que incomoda o homem contemporâneo? responde a autora que há algumas situações “incontornáveis” que pela “via imediata do sentimento” ou outra experiência súbita “se abre e des-cobre isso que é e há” (pag. 11, grifos da autora) e no espanto, na dúvida, a admiração ou a angústia “revelando-nos já sendo no meio dos outros entes” (pag. 11).
Quer dizer nas palavras de Heidegger, o grande mestre da ontologia contemporânea, há um esquecimento do ser pelo ente, entendendo este de dois modo, como explica a autora: “no primeiro caso, significa direta e formalmente a essência, ou seja, a entidade (ousía), princípio da atividade e de inteligibilidade da coisa, conforme refere a ´natureza´ ou a ´quididade’, que é o objeto de definição” (pag. 13), ou seja, o ser como coisa ou ‘enti’-dade.
Significa que somos lançados a “ação”, onde “parte-se da essência e do seu dinamismo expressivo de possibilitação para procurar explicar a emergência da existência” (pag. 13).
Tudo muito complicado ? pense quantas vezes questionou a própria existência, e quantas vezes dentro da própria essência do seu ser conseguiu encontrar paz e felicidade, não dentro de situações de lazer, prazer e outras coisas imediatas, mas “dentro de seu ser”, nós trocamos sentimentos imediatos por serenidade, que aliás vem da palavra “ser”.
A pátria-mundo requer um “homem-mundo”, um ser mais pleno e sereno capaz de compartilhar o planeta com os outros seres. Este processo ainda que confuso está a caminho.
Japonês desenvolve pinturas com Excel
A planilha eletrônica pode ser usada para muitas coisas, as principais são tabelas e gráficos, também para contabilidade, fazer estatísticas, mas o japonês Horiuchi a usa para pintar.
A história dele não é nova, em 2006 ganhou um prêmio no Excel Art Contest, e já naquele momento a sua arte era bem mais expressiva que de seus concorrentes.
Para ele o Excel é uma ferramenta bem melhor que o Paint, mais simples e usada por muitas pessoas ou mesmo o Adobe Photoshop usado por designers e artistas, conta que inicialmente pensava num passatempo, e vendo Excel pensou “provavelmente eu consigo desenhar nisso”.
Ele estava para se aposentar, Tatsuo Horiuchi queria um desafio para o restante da sua vida. Ele viu então pessoas usando o Excel para criar gráficos, e pensou “provavelmente eu consigo desenhar nisso.” Ele nunca precisou usar o Excel para trabalhar, mas não demorou para dominar as técnicas do software. E, agora, ele acredita que o Excel é melhor para esse tipo de coisa do que o Paint, o software bem simples da Microsoft para criação e edição de imagens.
Mas a novidade não para aí, suas obras estão compartilhadas e você pode baixar o arquivo de Excel de duas obras: Flores de Cerejeira no Castelo Jogo (2006) e Kegon Falls (2007) , provavelmente será o primeiro mestre de paintsourcing ou se preferir crowdpainting.
Alguns vão dizer que não é arte, mas Tatsuo está feliz e compartilha com todas as belas telas que faz.
http://www.moug.net/img/campaign/2007/a3.zip
Mitos e verdades sobre “déficit de atenção”
É comum associar o déficit de atenção ao uso de muitos aparelhos, comuns agora devido da tecnologia digital, a maioria dos pesquisadores já esclareceu que é um mito, mas vejamos do ponto de vista cognitivo o que acontece.
Fisiologicamente, o cérebro recebe novas informações pelo tálamo, ele é um filtro de atenção, caso você esteja conversando com alguém num ambiente barulhento, ele bloqueia o que vem de fora para manter a informação que vem da conversa.
Se treinarmos isto é possível trocar de “tarefa”, por exemplo, deixar a TV e ler um texto, mas coisas que chamam muito a atenção e o filtro do tálamo não funcionam, pode provocar uma “dispersão” ou o chamado do déficit de atenção, e estes casos no mundo moderno são muitos.
Os impulsos nervosos transmitidos ao centro de processamento, que é o córtex, uma espécie de casca do miolo do cérebro, tem capacidade de identificar estímulos diferentes pelos sentidos, por exemplo, de você come o paladar está ativo e também está conversando, ambas as informações passam pelo tálamo e vão a região diferentes do córtex, que corresponde à audição (conversa) e ao paladar (gosto).
Depois de reconhecer os estímulos, o córtex envia a informação para o hipocampo, ele é que é o comandante da memória, ou seja, seleciona o que é armazenado e descarta o que julga essencial, mas isto depende do estímulo que você dá, por exemplo, a fala do meu pai não é importante, então descarto, só quero curtir e depois esquecer, então descarto.
Acabou-se de ver uma partida de basquete com alguns amigos, o jogo vai para um lugar de guardar porque você sentiu prazer e mandou um estímulo para guardar, mas de viu as pessoas que estejam no jogo, e não deu atenção (não reforçou o estímulo), então isto vai para o local onde pode esquecer, ou já esquece no momento seguinte.
Enquanto o hipocampo trabalha, você vai dando um “destaque” emocional a todas as informações que julga importante, ajudando a destacar o que deve ser marcado, então isto dá mais valor a certa informação que você diz ao cérebro que é importante.
Portanto o esquecimento está ligado a gostar, a desejar e também a treinar o cérebro para o que é importante, a maioria da informação que fazemos “por obrigação” é descartada.
Essa informação é enviada para a região chamada amígdala (não confundir com a da garganta), que dá um “calor emocional” às informações, destacando o que é mais marcante para nós.
Então aquilo que “queremos guardar” não pode ser num momento de “déficit de atenção”, por exemplo: desconforto do ambiente, cansaço ou algo desagradável ao lado.
Características da geração Z
Geração Z, ou geração Millenium, são os nascidos no final dos anos 90 e início do ano 2000, são filhos da geração X, pessoas nascidas no final dos anos 60, porque eram filhos da geração silenciosa (da guerra) e os baby boomers (explosão de nascimentos no pós-guerra) e da geração Y, que são os pais jovens da geração “conectada”.
Esta geração é a primeira que já nasce completamente conectada, já que a Web nasceu nos anos 90 e a geração Y a viu nascer, então pode-se dizer que era “meio migrante”.
Geração Z são conhecidas como nativas digitais, quer dizer nasce num planeta já conectado, com uso da World Wide Web, compartilhamento de arquivos, smartphones e gadgets que tornam tudo conectado o tempo todo.
Achamos o mundo veloz demais, mas para eles sem isto tudo fica um pouco tedioso demais, sentem-se a vontade com televisão, rádio, telefone, música e Web.
Outra característica desta geração é o conceito de mundo, para eles já sem fronteiras, pois já é possível viajar, conhecer países e lugares, sem um custo elevado.
A informação não lhes falta, mas começam a serem seletivos muito cedo, pois estão concentrados em adaptar-se ao seu tempo e como todas as outras gerações também gostam de quebrar conceitos e preconceitos (isto não é específico desta geração, não!).
Há dois conceitos paradoxais desta geração, aqueles que dizem que são “dumbest generation” e aqueles que dizem que são excepcionais e rápidos nos conceitos.
Como já afirmei noutro post (veja meu blog): a primeira concepção equivocada.
Penso que os que pensam na primeira hipótese não tem esperança de algo novo, um novo advento que dependerá dos jovens.
Venha o advento, e as esperanças
Hoje finaliza um tempo e começa uma espera, será uma nova chegada, um novo advento, onde esperanças e novidades devem ser cultivas e algum otimismo, mesmo numa época sombria e difícil, deve sempre ser lembrado.
Em diversos países esta época tem significados diferentes, por exemplo, na Escandinávia (Finlândia , Suécia e Noruega) este início é dia 13 de Novembro, onde a festa que dá início é de Santa Luzia, apesar de serem países poucos religiosos, a data se manteve, aqui é nesta semana.
Pode parecer estranho, mas Luzia martirizada no século III da era cristã, é também lembrada na igreja luterana e anglicana, e foi uma santa muito venerada na antiguidade.
Mas as tradições natalinas de resto são parecidas, porém existem procissões com tochas acessas e na Finlândia um curioso hábito de visitar cemitérios e homenagear os entes queridos, pode parecer estranho mas não para os finlandeses.
O fogo na lareira com toras (Yule log) e beber uma bebida chamada JUl (também Yule) tem origem pagã na Noruega, assim como a lenda popular da Lapônia, onde viveria o Papai Noel, é uma região bem fria e Norte da Noruega.
Em 1.900 o Rei Haakon I decidiu que o costume pagão de beber Jul (yule) deveria ser mudado para 25 de dezembro, em honra ao nascimento de Jesus Cristo.
Gradualmente, o banquete pagão foi se tornando cada vez mais cristão. O nome Jul foi conservado, mas o feriado foi dedicado a Jesus Cristo. O Natal é deste modo, uma mistura de festa pagã antiga e tradições Cristãs mais modernas.
Mas todos podem e devem esperar alguma coisa: um tempo melhor, mais justiça, menos fome e guerras, podemos parar neste fim de ano, refletir um pouco e planejar ações conscientes.
QR Code, o que é
Sendo um código bidimensional, o QR (Quick Response) pode guardar exponencialmente mais informações que um código de barras unidimensional (o branco é O e o preto é 1), guardando informações de conteúdos mais complexos, a URL ao lado, por exemplo, direciona a este blog.
O código foi gerado a partir do url shortener do Google, depois selecionando “details”.
Usando algum gadget com câmera ou scaner, o código é convertido em texto, que pode ser então interpretado como um usando a em texto (interativo), com um endereço URI, um número de telefone, uma localização georreferenciada, um e-mail, um contato ou um SMS.
O QR Code foi usado inicialmente na produção de veículos, mas hoje é usado tanto no gerenciamento de inventários como em controle de estoque na indústria e no comércio.
A partir de 2003 foram desenvolvidas aplicações para facilitar os usuários a inserirem dados em telefone móveis usando a câmera do aparelho.
Os códigos QR são comuns também em revistas e propagandas, para registrar endereços e URLs, bem como informações pessoais detalhadas.
Estudo mostra uso de tecnologia em ensino
O estudo Objetos de Aprendizagem em Sala de Aula: Recursos, Metodologias e Estratégias para a Melhora da Qualidade de Ensino foi desenvolvido durante dois anos por um grupo de pesquisa da UNESP de Araraquara que avaliou o desempenho de 400 estudantes de oito turmas de 2º e 3° anos do ensino médio as aula com de objetos de aprendizagem, que são os recursos tecnológicos que permitem alguma interação com o conteúdo, como animações, simulações e games educativos.
O uso de games já é comum e integrador, o game Minegraft, por exemplo que usa blocos de construção, já é usado no mundo todo para ensinar literatura e matemática agregada a biologia (foto ao lado)
A pesquisa mostrou que os estudantes na sala de aula obtiveram que usaram ferramentas tecnológicos tiveram maior rendimento tomando como base a média cinco ou abaixo deste valor, tiveram um ganho de 51% seu desempenho em física e matemática, o projeto é coordenado pelo professor Silvio Fiscarelli do departamento de didática da UNESP de Araraquara.
Também os estudantes com média acima de cinco, tiveram um ganho médio de 13%, mostrando que o uso adequado de tecnologia é benéfico ao ensino.
Para o projeto foram usadas 20 ferramentas tecnológicas nas aulas, com algumas criadas pelo núcleo de ensino da Unesp, mas a maioria foi aproveitada de repositórios educacionais como o BIOE (Banco Internacional de Objetos Educacionais) e o Rived, programa da SEED (Secretaria de Educação a Distância) ou traduzidas de repositórios internacionais.
O projeto agora conta com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo de Pesquisa do Estado de São Paulo), e ampliará os estudos para 660 alunos, sendo feito com 600 alunos nos três anos do ensino médio, e ampliado para as áreas de português, química e filosofia.
Além da capacitação de professores, esta nova fase contará também com 35 notebooks, assim os alunos não precisam mais se deslocar ao laboratório de informática, com as atividades sejam realizadas dentro da sala de aula.