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Em queda, mas é preciso cuidado

04 out

Após uma queda lenta no Brasil, sábado a curva ficou abaixo das 500 mortes nas últimas 24 horas, os óbitos chegando a quase 600 mil desde o início da pandemia, indicam que ainda há perigo e a flexibilização que já está acontecendo para eventos públicos massivos é preocupante.

É importante lembrar que em 13 de setembro a média móvel chegou a 465, e depois subiu.

Já explicamos a semana passada que é preciso um “rescaldo” e que a proximidade das festas e do final de ano pode nos preocupar, lembro o caso de Portugal no ano passado que relaxou nestas datas e teve um aumento no mês de janeiro, os países que estão em início de flexibilização tem taxas de infecção e mortalidade realmente baixas e as regiões de contágio são observadas.

A vacinação da primeira dose já dos 40% (93.271.450 imunizados e 147 milhões primeiras doses), a taxa de atraso vacinal no total do Brasil é de 11%, segundo o boletim VigiVac da Fundação Oswaldo Cruz.

O Boletim aponta os estados com maior atraso o do Ceará com 33% e o menor o Rio Grande do Norte com 5,4%, também observam a ausência para a segunda dose, em número absolutos, São Paulo 1,25 milhões, no Rio de Janeiro 956,9 mil pessoas não compareceram para segunda dose e na Bahia 907,5 mil pessoas, o Estado com maior vacinação é São Paulo com 79,20 % na primeira dose quando não é única e o menor é o Pará com 50,91% tomaram uma dose.

As vacinas também tiveram atrasos na entrega, a Coronavac 33%, a AstraZeneca 15% e a Pfizer com menor índice 1%, por isto tem sido a mais aplicada em muitos casos na terceira dose.

A Pfizer entrou mais de 1 milhão de doses neste sábado no aeroporto de Viracopos e promete entregar até 10 milhões em quatro voos fretados que chegarão nos próximos dias.

A flexibilização deveria avançar em números confiáveis, tomando medidas de controle sérias, por exemplo, o isolamento em eventos esportivos, nos shoppings e nos meios de transporte.

 

Assim os últimos serão os primeiros

25 set

Não importa que você demonstre que faz bem as coisas, que mantenha as aparências, que esteja sempre num lugar de destaque, mesmo na política e nos cultos e festas religiosas, a verdadeira consciência é que liga-se a intenção, e a intencionalidade é a consciência dirigida a “algo”, diz a fenomenologia.

Assim é que a nova normalidade, não a da pós-pandemia, mas a da pós crise civilizatória e tudo indica que ela está a caminho, poderá inverter a lógica da perversidade dos poderosos, dos opressores e dos fariseus, somente a verdadeira solidariedade contará, somente ela poderá dar sustento ao novo rumo, que poderá advir não de uma nova normalidade, porque ela já era distante antes da pandemia, basta ler a literatura séria, que não é a dos midiáticos.

Os frágeis e os indefesos ficaram ainda mais frágeis na pandemia, mas a lógica do poder se inverterá por uma fenomenologia aórgica, aquela que vem do inorgânico sobre o orgânico, vem da natureza para o humano, e do cosmos para o planeta, assim como afirma Morin em sua “introdução a complexidade” o todo está na parte, o cosmos e a natureza em cada indivíduo, como a parte está no todo, somos responsáveis por tudo que acontece na Natureza.

Está na cosmologia e não na visão sistêmica, está no holismo aórgico e não no holismo cartesiano, está na mística e não no farisaísmo ou na ideologia atrelada a religião, que é outro tipo de religião sem ascese, a mudança vem de uma longa noite da humanidade, mas poderá concentrar numa noite visível.

O poeta Hörderling afirmava “onde há medo há salvação”, e o momento de apreensão da humanidade a espera de uma vacina deve pensar numa vacina que tire a venda dos olhos da cegueira do pensamento, Edgar Morin preconizou esta noite, e Peter Sloterdijk afirmou que não é um tempo propício ao exercício do pensamento, estamos petrificados em lógica sistêmica e doutrinais que não nos permite perceber um novo ao largo do horizonte.

É por isto que os últimos serão os primeiros, as pessoas simples tem a intuição desta possível mudança, os verdadeiros sábios a desejam, não como o querem os poderosos, mas como sonham os flagelados da pandemia social, do doutrinismo irracional e fechado em suas bolhas.

Os que blasfemam contra as religiões afirmam como dizia o profeta Ezequiel no antigo testamento (Ez. 18,25): “Vós andais dizendo: a conduta do Senhor não é correta. Ouvi, vós da casa de Israel. É a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta?“, os humildes entendem.

É assim que os últimos serão os primeiros, e que serão os operários da última hora, como diz a parábola bíblica aqueles que chamados ao fim do dia foram ao trabalho e receberam o mesmo pagamento dos que chegaram no início do dia, e não haviam ido apenas porque não haviam sido chamados (Mt 21,28-32).

 

Não é uma crise só do pensamento

02 jul

A crise pode parecer algo intelectual demais, o pensamento estaria distante da realidade concreta da ciência, e assim da vida comum, porém sua extensão atinge a ciência cotidiana da estatística à medicina, da bibliometria à biologia e isto pode afetar a confiança na ciência e no campo espiritual há uma abertura imensa ao charlatanismo e a manipulação da boa fé.

Essa crítica questionou, por exemplo, a dicotomia fatos-valores, enfatizando a construção social dos fatos, e pode ser rastreada voltando às obras de filósofos como Friedrich Nietzsche e Edmund Husserl, com sua rejeição à ciência como substituto metafísica. Stephen Toulmin foi bastante articulado em sua crítica à ideia cartesiana de racionalidade (2001), enquanto a essência do método científico tem sido objeto de escritos (e disputas) de autores como Karl Popper, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos.

A essência do método científico tem sido objeto de escritos (e disputas) de autores como Karl Popper, Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, o eco destas disputas chegam ao mundo da física como o debate sobre a teorias das cordas e sua realidade física.

Uma literatura interessante sobre a crise atual foi o trabalho de Derek de Solla Price “Little Science, Big Science” de 1963, ele afirma que há um ponto de saturação e senilidade, que foi resultado do próprio crescimento exponencial que experimentou no século XX.

Outro trabalho mais também interessante é o livro de Jerome Ravetz “Conhecimento científico e seus problemas sociais”, que oferece uma crítica aos mitos da objetividade (é nosso principal objeto deste blog), e que se pergunta sobre a solução de problemas práticos, ou seja, sociais.

Em um trabalho recente ele argumentou recentemente Ravetz (2016) que “Aplicar uma metodologia” científica” às tarefas de governança da ciência leva diretamente à corrupção, pois qualquer sistema pode estar em jogo “, em outro artigo, Ravetz (2011) define a questão em termos do “amadurecimento das contradições estruturais da sociedade europeia moderna”.

A pandemia mostrou a ineficiência tanto da área médica onde “especialistas” defendem medicamentos que não tem eficácia comprovado e geram problemas colaterais, como a hidroxicloroquina e outros (segundo o caderno Saúde da veja são testados 69 medicamentos: 18 são anticâncer, 14 imunossupressores, 13 anti-hipertensivos, 12 antiparasitários e 12 anti-inflamatórios) e também o tratamento estatístico escondem os verdadeiros resultados, como são as análises da evolução da pandemia no Brasil.

Referências:

DE SOLLA PRICE, D. J. Little science big science. Columbia University Press, 1963.

RAVETZ, J. R. Scientific knowledge and its social problems. Oxford University Press, 1971.

RAVETZ, J. Faith and reason in the mathematics of the credit crunch. The Oxford Magazine. Eight Week, Michaelmas term 14–16, Disponível em: http://www. pantaneto.co.uk/issue35/ravetz.htm, 2008, Acesso: 2020.

RAVETZ, J. R. Postnormal Science and the maturing of the structural contradictions of modern European science. Futures, 43, 142–148, 2011.

RAVETZ, J. R. How should we treat science’s growing pains? The Guardian 8 June 2016.

TOULMIN, S. Os usos do argumento. Trad. Reinaldo Guarany. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

 

A pandemia e o sinal de Jonas

14 mai

Nínive (atual Mossum) foi uma das maiores cidades durante o reinado dos assírios, para os padrões da época tinha mais de 100 mil habitantes e era bastante alargada já que a Bíblia revela que Jonas levou 3 dias para explorá-la e pedir a mudança de conduta de seus habitantes.

A data em que aconteceu a pregação em Nínive é incerta e o próprio autor do livro que leva o nome deste profeta também é desconhecido, mas como se refere ao reinado de Jeroboão II como rei de Israel, a data deve estar entre os anos 700 e 742 a.C., pela escrita do texto num aramaico típico do hebraico tardio, tanto em estilo como em gramática, é pós-exílio o que significa entre 722 e 742 a.C.

Do final do século XVII a.C. (quando o Império Neoassírio caiu), até meados do século VII, era uma entidade geopolítica, governada por outros povos, os assírios eram conhecidos por sua impiedade e violência, onde podia-se até matar por dívida, e a narrativa bíblica disse que o profeta Jonas que devia pregar e pedir a mudança e conversão do povo, teve medo de fazer sua missão.

Não se sabe ao certo qual era a praga que poderia vir ao povo ali, mas o povo incluindo o rei todos mudaram de atitude e se converteram, e a praga não aconteceu naquela região, a pandemia atual já tem o seu sinal de mudança de hábitos e a exigência da solidariedade com todos, mas há ainda aqueles que pensam que a pandemia vai passar sem nenhuma mudança de atitude.

Os livros de história não registram exatamente qual foi a mudança, mas foi durante o governo de Assurbanipal, filho Assaradão, que faleceu em 667 a.C., que a Assíria viveu seu período mais profícuo, construindo inclusive a primeira Biblioteca da história, justamente a Biblioteca de Nínive, que é onde se encontram os milhares de textos (crônicas, cartas reais, decretos, religião, mitos e muitos outros) escritos em tabuleta de barro cozido.

A mudança que precisamos não apenas para evitar o número de mortes que cresce, vai desde hábitos pessoas até a preocupação com a alimentação e manutenção de vida dos que já não tinham emprego, os que agora não tem e os que devem perder com o crescimento da pandemia.

Para os que creem devem também repensar em que creem e vivenciar o que creem, senão é só uma lenda ou fábula contada como uma bela estória.

 

Simplificação, idealismo e pandemia

28 abr

A ideia de que podemos simplificar fenômenos que são complexos parece um bom caminho, mas simplificar o que é por natureza complexo é ignorar o conjunto de fenômenos e interpretações que estão dentro do fenômeno que se deseja analisar, tenha ele a natureza que tiver, e principalmente se for a natureza humana, porque inclui a complexidade social/cultural.
É muito diferente da busca da essência, os pré-socráticos procuraram definir qual era o elemento essencial da natureza: fogo, ar, átomos, números, o Ser, e assim definiram as principais escolas pré-socráticas, ao perceber que se tratava de um fenômeno mais amplo Sócrates, que é lido por Platão divide em dois mundos: o mundo das Ideias e o mundo sensível, porém qualquer leitor atento não dirá que sua escola simplificou, apenas abriu caminho para uma complexidade maior.
O eidos de Platão e do pré-socrático Parmênides é diferente do idealismo moderno, porque nele existe tanto a conceito de forma, por exemplo, uma cadeira seja qual forma for ela tem seu Ser como sendo feita para sentar.
Do eidos grego  vem na etimologia a palavra ideia, hoje duas acepções aceitas, uma que é de um sinônimo de conceito, porém num sentido mais lato é pensado como expressão, tendo como princípio implícito a ideia de intencionalidade (*), e este conceito só foi retomado na filosofia moderna após Franz Brentano e seu aluno Edmund Husserl que aplicou-o a sua fenomenologia.
O idealismo moderno, cuja base fundamental é Kant, embora tenha uma parte comum ao eidos grego, que é a ideia que ao estudar a coisa temos uma projeção do saber sobre ela, reduzindo a ideia que este estudo seria o que caracteriza o objeto de estudo (objetividade), e assim introduz um tipo específico de subjetividade, abstraindo-o do Ser, esta abstração tem em Hegel o ápice.
Kant chegou a pensar que seria possível reduzir todo o pensamento a uns poucos conceitos, seria um grande facilitador para o estudo e para o pensamento, porém seu pensamento resultou numa complexidade ainda maior, e sua simplicidade caiu no dualismo sujeito x objeto, que padecemos.
Toda simplificação leva a algum tipo de subjetivismo ou objetivismo, mesmo em termos religiosos, ao estudar O Fenômeno Humano, Teilhard Chardin declarou que o Homem é a complexificação da natureza, difícil para teólogos e exegetas aceitar, mas lhes faço a pergunta: porque Jesus usou de parábolas para explicar coisas que aparentemente poderiam ser simples ? Porque não eram simples, Aquele que criou o complexo universo é simples só no Amor.
O idealismo é no fundo uma “doutrina” que contém a crença segundo a qual é o pensamento e não o mundo físico que está na origem de todas as coisas, ou seja, o mundo objetivo, o que descobrimos com a pandemia, e a física quântica já sabia e a cosmologia está aprofundando, é que a incerteza é parte do conhecimento, e nos deparamos cada dia com um novo fenômeno.
Afinal um dos pressupostos do idealismo kantiano era a submissão da natureza, ela se rebelou.
Esta é a novidade original que os idealistas não aceitam, e esta novidade nos deveria devolver a humildade, proclamada por todos, mas como idealismo fica presa a dualidade, o erro são os outros, nós sabíamos a verdade, não nem a ciência, nem a fé poderiam imaginar a complexidade do fenômeno que toda humanidade vive, o primeiro passo para enfrentar a pandemia é este: dependo do passo do Outro, e que possamos dar passos juntos, ainda parece difícil.
*Enciclopédia Britânica: Disponível em: https://www.britannica.com/topic/idea , Acesso em: 26/04/2020.

 

O estado moderno e a in-formação

12 fev

É impossível pensar o estado moderno, sem pensar em suas leis e o contrato social que se estabelece a partir delas, e não por acaso elas surgem após a prensa de Gutenberg (e o livro).
Pode-se pensar de modo igualmente ingênuo que isto é apenas teoria, é fácil demonstrar que não é a forma-ação da polis é impossível de se pensar sem a polis grega, e os pensamentos que vão desde os pré-socráticos até os contratualistas modernos: Thomas Hobbes, John Locke e o suíço (não era francês não) Jean Jacques Rousseau.
A in-formação do estado moderno vem da ideia básica destes pensadores é que a relação entre governantes e governos devem se estabelecer na forma de um contrato, e que discutem de fundo é que o homem é lobo do homem Thomas Hobbes, o homem é determinado pela relação social John Locke, isto é nasce bom e o meio o molda, e homem é um bom selvagem que o meio o corrompeu, o pensamento de Rousseau.
O que alguns autores contemporâneos vão dizer é que estas formas, ou estas regras de dominação social entraram em colapso, quer seja pela emancipação do espectador como advoga Jacques Rancière, quer seja pela falência das regras do parque humano como explora Peter Sloterdijk, claro há outras interpretações possível, como a conservadora em moda, retomar o estado sólido.

 

Revolucionário método para vídeos

19 set

Os pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon desenvolveram um método que sem a intervenção humana, modificam um conteúdo de um vídeo, de um estilo para outro.

O método é baseado num tratamento de dados conhecido como Recycle-GAN que pode transformar grandes quantidades de vídeo tornando-os úteis para filmes ou documentários.

O novo sistema pode ser usado por exemplo para colorir filmes originalmente em preto-e-branco, alguns já feitos como o que mostramos no vídeo abaixo, mas as técnicas eram dispendiosas e necessitavam de grande esforço humano em horas de trabalho.

O processo surgiu de experiências em realidade virtual, que além das tentativas de criar “mudanças profundas” (alterar objetos ou distorcer conteúdos, podiam aparecer uma pessoa inserida numa imagem, sem que houvesse permissão para isto, nas cenas cotidianas quase sempre acontece isto e muita gente não aceita.

Eu acho que há muitas histórias para serem contadas”, disse Aayush Bansal, um estudante de Ph.D. do Instituto de Robótica da CMU, dizendo de uma produção cinematográfica que foi a principal motivação para ajudar a conceber o método, explicou, permitindo que os filmes fossem produzidos de forma mais rápida e barata, e acrescentou: “é uma ferramenta para o artista que lhes dá um modelo inicial que eles podem melhorar”, conforme o site da CMU.

Mais informações sobre o método e vídeos podem ser encontradas em Recycle-Gan website.

 

Questões simples e complexas da Web Semântica

05 jul

Sempre nos deparamos com conceitos alguma parecem uma coisa no senso comum e não o são, tornam-se complexas coisas que eram simples, é o caso de muitos exemplos: as redes sociais (confundidas com as Mídias), os fractais (números ainda genéricos demais para serem usados no dia a dia, mas importantes), a inteligência artificial (que não é a humana), enfim inúmeros casos, podendo ir para o virtual (não é o irreal), as ontologias, etc.

Estes são os casos da Web Semântica e das Ontologias, onde toda simplificação leva a um erro.

Provavelmente por isso, um dos precursores da Web Semântica Tim Hendler, escreveu um livro Semantic Web for Ontologists modelling: : Effective Modelling in RDFS and OWL  (Allemang, Hendler, 2008).

Os autores explicam no capítulo 3 que quando se fala de Web Semântica “de uma linguagem de programação, normalmente nos referimos ao mapeamento da sintaxe da linguagem para algum formalismo que expressa o “significado” dessa linguagem.

Agora quando falamos “de semântica´ da linguagem natural, muitas vezes nos referimos a algo sobre o que significa entender o enunciado – como ir das letras ou sons estruturados de uma linguagem para algum tipo de significado por trás deles. Talvez a parte mais primitiva dessa noção de semântica seja uma representação da ligação de um termo em uma declaração à entidade no mundo a que o termo se refere.” (Allemang, Hendler, 2008).

Quando falamos de coisas do mundo, no caso da Web Semântica falamos de Recursos, conforme dizem os autores talvez isto seja a coisa mais incomum para a palavra recurso, e para elas foi criada uma linguagem de definição chamada RDF como Framework de Descrição dos Recursos, e eles na Web tem uma unidade de identificação básica chamada URI, juntamente um Identificador Uniforme de Recursos.

No livro os autores desenvolvem uma forma avançada de RDF chamada de RDF Plus, que já tem muitos usuários e desenvolvedores, para modelar também ontologias usando uma linguagem própria para elas que é o OWL, o primeiro aplicativo é chamado SKOS, Uma Organização simples do Conhecimento, que propõe a organização de conceitos como dicionários de sinônimos, taxonomias e vocabulários controlados em RDF.

Como o RDF-Plus é um sistema de modelagem que fornece suporte considerável para informações distribuídas e federação de informações, é um modelo que introduz o uso de ontologias na Web Semântica de modo claro e rigoroso, embora complexo.

Allemang, D. Hendler, J. Semantic Web for the Working Ontologist: Effective Modelling in RDFS and OWL, Morgan Kaufmann Publishing, 2008.

 

Novidades no Google News

02 jul

Após vários anúncios, finalmente na segunda quinzena de maio o Google lançou seu novo aplicativo, somente agora consegui dar uma olhada no aplicativo que substitui o Google Play Newsstand, agora com uso de Inteligência Artificial.

O aplicativo trabalho em usar aprendizado de máquina para treinar algoritmos que vasculham notícias de modo complexo e recentes e divide-as num formato de fácil compreensão, com cronogramas cronológicos, notícias locais e histórias apresentadas numa sequencia de acordo com a evolução dos fatos, por exemplo, o início de uma partida de futebol, seus lances mais importantes, o resultado e as consequências.

Esta seção que são notícias que os algoritmos julgam importantes para você tem o nome For You (Para você no Brasil, e Para si em Portugal), seguem mais 3 seções assim divididas:

A segunda seção é chamada Manchete, onde as últimas notícias e temas específicos são apresentadas. Aqui, existe uma subseção onde o usuário pode escolher ler a notícia pela Cobertura Completa do Google, em que o Google divide-a em itens, numa variedade de fontes em Mídias sociais, permitindo saber onde e quando aquilo aconteceu.

A terceira seção mostra os favoritos, como os principais tópicos que o usuário costuma acessar, a IA tem grande trabalho ai, vai nas fontes favoritas do proprietário, salva histórias para leituras mais tarde e guarda pesquisas de acordo com a localização dos textos.

E por fim o White Play (Play Branco) que é a adição do novo Google news, que permite que o usuário acesse e assine serviços com conteúdos premium em Sites voltadas à notícias.

Enquanto uma parte da crítica continua a duelar com os velhos esquemas de notícias dirigidas ou enlatadas, vinculadas a grupos editoriais, o mundo das notícias personalizadas evolui.  

 

Alexa: assistente pessoal da Amazon

26 jun

Pode não parecer um fenômeno novo na tecnologia já que existem assistentes como o Siri, Cortana ou Google Now, mas o fato deste assistente ser realmente pessoal, por isto chamei os outros de assistentes de voz, é o fato que ele aprende e armazena os dados em uma nuvem particular da Amazon Web Service (AWS).

Ativados por voz estes assistentes pessoais embora todos fundamentados pelo uso de voz há diferenças, eles podem aprender com pessoas específicas hábitos e funções que elas desejam, enquanto o assistente de voz, como chamo Siri e Google Now agora emponderado pelo Dialogflow, como explicamos no post anterior, eles podem responder e aprender com a interação humana, mas poderá, se for desejável organizar seu próprio banco de dados.

O Alexa (por ser o assistente pessoal penso ser do género masculino, mas pode ser a também) está centralizada na nuvem da Amazon e tem seu próprio equipamento que é o Amazon Echo, uma coluna sempre conectada a internet via WiFi que está atenta aos diálogos do seu “dono”.

Os serviços de música em streaming com uso do Spotify ou Pandora, pode ler as notícias dos principais jornais que preferir, informar a previsão de tempo ou o trânsito a caminho do trabalho, pode controlar todos equipamentos em casa que sejam Smart Home, inclusive ele pode identificar e dizer sobre a compatibilidade, mais sua capacidade vai além.

Além disto tudo promete verificar coisas básicas como resolver contas matemáticas ou entrar numa conversa e até contar piadas, com o tempo este banco e esta capacidade vai evoluir.

Mas cuidado, já postamos aqui sobre o mito da singularidade (em especial o livro de Jean Gabriel Ganascia), a ideia que isto vai virar um monstro e controlar você é menos verdadeira que a de individualizar-se e deixar de falar com amigos e parentes.