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Novidades no Google News
Após vários anúncios, finalmente na segunda quinzena de maio o Google lançou seu novo aplicativo, somente agora consegui dar uma olhada no aplicativo que substitui o Google Play Newsstand, agora com uso de Inteligência Artificial.
O aplicativo trabalho em usar aprendizado de máquina para treinar algoritmos que vasculham notícias de modo complexo e recentes e divide-as num formato de fácil compreensão, com cronogramas cronológicos, notícias locais e histórias apresentadas numa sequencia de acordo com a evolução dos fatos, por exemplo, o início de uma partida de futebol, seus lances mais importantes, o resultado e as consequências.
Esta seção que são notícias que os algoritmos julgam importantes para você tem o nome For You (Para você no Brasil, e Para si em Portugal), seguem mais 3 seções assim divididas:
A segunda seção é chamada Manchete, onde as últimas notícias e temas específicos são apresentadas. Aqui, existe uma subseção onde o usuário pode escolher ler a notícia pela Cobertura Completa do Google, em que o Google divide-a em itens, numa variedade de fontes em Mídias sociais, permitindo saber onde e quando aquilo aconteceu.
A terceira seção mostra os favoritos, como os principais tópicos que o usuário costuma acessar, a IA tem grande trabalho ai, vai nas fontes favoritas do proprietário, salva histórias para leituras mais tarde e guarda pesquisas de acordo com a localização dos textos.
E por fim o White Play (Play Branco) que é a adição do novo Google news, que permite que o usuário acesse e assine serviços com conteúdos premium em Sites voltadas à notícias.
Enquanto uma parte da crítica continua a duelar com os velhos esquemas de notícias dirigidas ou enlatadas, vinculadas a grupos editoriais, o mundo das notícias personalizadas evolui.
Alexa: assistente pessoal da Amazon
Pode não parecer um fenômeno novo na tecnologia já que existem assistentes como o Siri, Cortana ou Google Now, mas o fato deste assistente ser realmente pessoal, por isto chamei os outros de assistentes de voz, é o fato que ele aprende e armazena os dados em uma nuvem particular da Amazon Web Service (AWS).
Ativados por voz estes assistentes pessoais embora todos fundamentados pelo uso de voz há diferenças, eles podem aprender com pessoas específicas hábitos e funções que elas desejam, enquanto o assistente de voz, como chamo Siri e Google Now agora emponderado pelo Dialogflow, como explicamos no post anterior, eles podem responder e aprender com a interação humana, mas poderá, se for desejável organizar seu próprio banco de dados.
O Alexa (por ser o assistente pessoal penso ser do género masculino, mas pode ser a também) está centralizada na nuvem da Amazon e tem seu próprio equipamento que é o Amazon Echo, uma coluna sempre conectada a internet via WiFi que está atenta aos diálogos do seu “dono”.
Os serviços de música em streaming com uso do Spotify ou Pandora, pode ler as notícias dos principais jornais que preferir, informar a previsão de tempo ou o trânsito a caminho do trabalho, pode controlar todos equipamentos em casa que sejam Smart Home, inclusive ele pode identificar e dizer sobre a compatibilidade, mais sua capacidade vai além.
Além disto tudo promete verificar coisas básicas como resolver contas matemáticas ou entrar numa conversa e até contar piadas, com o tempo este banco e esta capacidade vai evoluir.
Mas cuidado, já postamos aqui sobre o mito da singularidade (em especial o livro de Jean Gabriel Ganascia), a ideia que isto vai virar um monstro e controlar você é menos verdadeira que a de individualizar-se e deixar de falar com amigos e parentes.
Como pensamos que é o pensar
Desde a Algebra de 0 e 1 de Boole, passando pelos primeiros computadores de Charles Babbage, chegando aos pensamentos de Vannevar Bush e Norbert Wiener do MIT dos anos 40, chegamos passando por Alan Turing e Claude Shannon, a pergunta final: a máquina um dia pensará.
O que vemos entre o apelo de investimentos da Robô Sophia ao mercado de “assistentes pessoais” é uma longa história do que de fato significa pensar, mas a pergunta agora devido aos tecnoprofetas (nome dado aos alarmistas por Jean-Gabriel Ganascia) é inevitável.
Vannevar Bush tinha uma máquina de processar dados no seu laboratório do MIT, onde foi trabalhar um estagiário chamado Claude Shannon, diz James Gleick que foi ele que sugeriu ao seu aluno que estudasse a Algebra de Boole.
Vannevar Bush no seu texto histórico As We May Think, embora não diga como iriamos pensar, fala das possibilidades futuras de novos avanços: “considere um dispositivo futuro … em que um indivíduo armazene todos os seus livros, registros e comunicações, e que seja mecanizado para que possa ser consultado com excessiva velocidade e flexibilidade. É um suplemento íntimo ampliado de sua memória” (Bush, livre tradução nossa do texto de 1945).
Cria a ideia embrionária de um computador que relaciona textos, como se faz em pesquisas desde o início da impressão de Gutenberg, mas sua máquina Memex (figura acima) já era pensada como uma capacidade alargada de registros e comunicações, mesmo que o telefone fosse ainda nascente nos anos finais da II Guerra mundial e as comunicações dependiam de potentes antenas.
O certo é que no final seu texto pouco ou quase nada diz sobre de fato o que é o pensamento e tal como acontece ainda hoje em Inteligência Artificial, o que temos feito é ampliar mais e mais a capacidade de memória e comunicação, assim como de cruzar grandes quantidades de dados, agora com técnicas chamadas de Big Data.
Outra tendência contemporânea é perguntar pela autonomia das máquinas, os experimentos realizados, mesmo com os chamados “veículos autónomos” são a base de algoritmos e eles dependem na tomada de decisão de como o ser humano vai fazer em determinada circunstância, em casos críticos, como decidir entre duas tragédias, a opção pode ser fatal.
Mas pensar ainda é com humanos, e por enquanto são eles que escrevem algoritmos e treinam as máquinas.
As redes e relações (in)visíveis
Um dos assuntos em foco hoje são as redes sociais, elas não são de hoje, o problema é que hoje elas estão em evidencia, mas continuam a guardar certos aspectos de invisibilidade, confundidos com virtualidade, façamos uma análise histórica.
As redes de comércio na antiguidade, por mar e por terra, os colégios invisíveis, definidos por Solla Price em seu trabalho “O desenvolvimento da ciência: análise histórica, filosófica, sociológica e econômica”, de 1976, chama as redes científicas de redes colaborativas, onde os pesquisadores se comunicam, trocam informações e experiências, significa que mesmo na ausência, através dos trabalhos impressos e das conferências, os autores colaboram.
Essencialmente, uma rede é uma teia de nós (elementos) e links (conexões) entre os nós, embora estes participantes sejam autônomos, as consequências das conexões em redes podem ultrapassar os seus próprios limites por conexão para “fora” através dos laços fracos.
Na análise de redes podem ser identificados apenas por razões didáticas, três tipos: as redes egocentradas (ego networking), as redes de análise global (Global Networking) e as redes de relações entre atores, chamadas TAR (Teoria Ator-Rede) com origem nos trabalhos de Michel Callon.
As redes de aeroportos, as redes de transportes de containers a nível mundial, as redes de telecomunicações e evidentemente a internet, a Web é uma camada sobre esta rede.
As redes globais são influenciadas fortemente pelas mídias, e elas criam certa dose de invisibilidade, uma vez que as redes colaborativas de publicações são também foram chamadas de colégios invisíveis por autores como Solla Price, mas aceleradas pela velocidade dos meios, os mídias eletrônicas tem maior velocidade de publicação e comunicação que a impressa, então blog, twitter e as mídias de redes sociais como Facebook ocupam um papel novo na atualidade, mas não são em si redes, mas mídias de redes.
Diversas medidas podem ser pensadas, a centralidade de proximidade (closeness) de um ator mede o quanto um nó está próximo de todos os outros, maior será a medida de proximidade, a centralidade de intermediação (betweenness) mede a importância de um nó na circulação da informação.
Então, para efeito de informação, o betweenness é a medida do controle que um ator detém no fluxo de informação e closeness é a facilidade que um ator tem do acesso à informação.
A invisibilidade, enfatizando presente nos colégios “invisíveis” na modernidade, é relativa ao processo de comunicação e informação que pode ir além dos autores-atores ao longo da rede, a virtualidade por sua vez refere-se a potencialidade de aumento da capacidade da rede.
O que ler no ano novo
Um dos livros na minha pilha de novas leitura é Sapiens – uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari, a edição original em inglês é de 2015, mas a edição em português que chega ao Brasil, pela editora de Porto Alegre LP & M, é de 2017 com tradução de Janaína Marcoantonio, só folheie até agora, mas já sinto o peso do livro como desde o capítulo inicial A revolução cognitiva, com o tópico um animal insignificante, até a Revolução Científica, com o primeiro tópico: a descoberta da ignorância.
Já pontuamos em diversos posts sobre a descoberta da Caverna de Chauvet, o livro abre A revolução cognitiva com uma mão humana nesta caverna de 30 mil anos atrás (foto ao lado), uma pintura o primeiro capítulo que já comecei a ler.
Quem quiser fazer um contraponto, um livro clássico (meu irmão me indicou) é o livro de H.G. Wells, ele recua até os primórdios do universo. Publicado em 1922, Uma breve história do mundo é um panorama sobre o planeta e a humanidade, desde o surgimento dos seres vivos, passando pela origem dos povos, das religiões, as grandes navegações, as guerras, a Revolução Industrial até chegar à Primeira Guerra Mundial, o livro é de 1922, e curiosamente também é da LP & M, as versões que se encontram a venda.
Vou para Portugal o ano que vem, ao menos quero ir (sim é a grana), lançado em novembro o livro de Ricardo Araújo Pereira: “Reaccionário com dois cês”, fala da onda conservadora em Portugal, mas acredito que deva falar também da Europa e do mundo todo, seu livro “A doença, o sofrimento e a morte entram num Bar” foi um pleno sucesso com 40 mil exemplares vendidos, este novo não deverá ser diferente.
Um livro que já li e vou reler, é a “Sociedade do Cansaço” do coreano-alemão Byung-Chul Han, num prisma totalmente novo ele traça o perfil de uma sociedade que não consegue por mais bens que produza levar o ser humano a uma maior felicidade e fala de uma ausência de sentido da vida, o final que a crítica não gosto é muito bom, vale a pena ler.
Falando em felicidade de Augusto Cury, mas desta vez com vários autores, o homem mais feliz da História – vários autores, não sei se ele vai comentar outros autores ou se vai inclui-los em sua reflexão, mas isto pouco importa, parece que o já consagrado autor chegou a maturidade na busca de um discurso coletivo, já está entre os mais vendidos no Brasil.
Entre estes quatro não há uma sequência, mas diria assim para os mais preocupados com a política, e eles tem razão, começaria pelo português Ricardo Araújo Pereira, e terminaria com Augusto Cury, para os preguiçosos terminaria com o Sapiens – uma breve história da humanidade, porque ele é denso e grande também, tem 448 páginas sem contar o índice.
Os preguiçosos podem ainda começar pelo livro do Byung-Chul que são apenas 128 páginas em formato pequeno (este que dá quase meio A4).
Claro que existem muitas outras leituras, mas se ler 4 livros por ano, no fim da vida será um pensador, vivendo em média 70 anos e descontados os 14 da adolescência, ainda que possamos ler livros infantis e para jovens, 56×4 = 224 livros, com certeza será um intelectual, tenham certeza que muitos doutores não leram isto a vida toda.
O último testamento
O mais recente livro do papa emérito Bento XVI está nas bancas, pouco estimado mesmo dentro da igreja e pouco lido e compreendido pelo círculo estreito dos “exegetas” e vaticanistas, ele rompe o silêncio a favor da verdade, que ama tanto quanto o Evanlgeho.
Foi anunciado no site Bloomsbury Publishing, que gente que gosta de leitura deveria ver, bem melhor que evangelho ideológico ou homilias despreparadas, o site diz que a publicação tem 224 páginas, e vai ser muito lido pelo povo, que a igreja jura amar, mas está longe.
O Bentinho, como o chamo, vai falar de coisas que ninguém imagina que falaria, mas como amante da Verdade, imagino que um dia ia falar, claro escrever, o papa fez 90 anos na Páscoa.
O caso que ficou conhecido como “Vatileaks”, que o mordomo chamado de Gorgeous George, porque gorgeous quer dizer bonito, um misterioso secretário que vazou as cartas pessoas de Bento, que alegavam corrupção e escândalos dentro do Vaticano.
Fala de sua suposta formação no partido nazista, suas tentativas de resolver a “sujeita da igreja” (abusos sexuais, pedofilia, gays, etc.) e como de fato vê tudo isto, vou ler.
Bento tentou desfazer grupos de pressão dentro do Vaticano, e apesar de se dizer surpreso com Francisco, pessoalmente penso que ele preparou sofrendo o caminho de um sucessor com uma nova proposta, mais aberta e realmente ligada ao “povo”.
Segundo comentários, ele fala com alegria do sucessor, e fala tanto do homem como do papa, mas confessa que não o imaginava como sucessor, Deus sempre surpreende em suas “escolhas”.
Um inimigo do povo
O ministro Edson Fachin citou Henrik Ibsen (1828-1906) a semana passada, após ser voto vencido contra a soltura de pecuarista Bumlai e o ex-tesoureiro do PP Genu, disse que pensou em reler Um inimigo do povo, onde o escritor norueguês narra um certo Dr. Stockmann que sendo médico afirma que a água da cidade estava contaminada, mas esta água era a principal fonte de renda daquela comunidade.
Assim narra as contradições entre a consciência do trabalho a favor do bem comum e o desejo de conseguir a unanimidade, fato que fez o Dr. Stockmann entrar em choque com os interesses mesquinhos da cidade.
Ibsen, cujas ideias anarquistas teve grande influencia em intelectuais e políticos da sociedade de sua época, talvez seja uma das razões que estes países nórdicos gozarem de boa reputação em relação a corrupção, a distribuição de renda e políticos que não se servem da política, mas fazem dela um serviço.
Os ideais anarquistas, estão presente quando o médico do balneário, Dr. Stockmann afirma: “somente o pensamento livre, as ideias novas, a capacidade de um pensar diferente do outro, o contraditório, podem contribuir para o progresso material e moral da população”, anarquismo a parte, é a dificuldade para uma verdadeira dialogia.
Não havia lido, li seu livro mais famoso é Casa de Bonecas, obra concluída em 1979, e encenada pela primeira vez em Copenhagne na Dinamarca no teatro “Det Kongelige Teater”, que provocou polêmicas por denunciar a exclusão das mulheres na sociedade moderna, e que deu destaque ao pensamento de Ibsen não só na Escandinávia, mas em todo mundo.
O que Fachin quis apontar ao citar “Um inimigo do povo” é o perigo real que provavelmente a operação Lava-jato solte todos os implicados nos escândalos de corrupção no Brasil, deixando de fazer um importante ajuste na nossa história e jamais seremos uma Suécia ou uma Noruega porque não há líderes capazes de apontar um caminho de “ficha-limpa” e fim de enriquecimentos ilícitos a partir do abuso do erário público.
No dia do trabalho seria importante não apenas fazer média com a classe operário, mas mostrar quais são as águas poluídas que de fato minam a saúde de seus salários e dos serviços públicos a ela oferecidos.
Dia do bibliotecário e um protetor
Amanhã, dia 12 de março é o dia do bibliotecário em homenagem à data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta Manuel Bastos Tigre, dia criado pelo Decreto 84.631 de 09/04/1980, assinado pelo então presidente da República João Figueiredo.
O escritor e engenheiro Manuel Bastos Tigre nasceu no dia 12 de março de 1882, sendo engenheiro, foi fazer um aperfeiçoamento em eletricidade nos Estados Unidos. Lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que o deixou interessado pela profissão. Aos 33 anos, Manuel foi trabalhar com biblioteconomia.
Ficou em primeiro lugar no concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e de 1945 a 1947 trabalhou na Biblioteca Nacional, depois assumiu a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil.
Os bibliotecários têm um protetor, para os católicos, Santo Isidoro (ou Izidro em castelhano, país de sua origem, na verdade era visigodo convertido ao cristianismo).
Isidoro foi o primeiro escritor cristão a tentar compilar uma summa do conhecimento universal em sua obra-prima, a Etymologiae, conhecida também pelos classicistas como “Origines“ (abreviada como “Orig.”).
Esta enciclopédia – a primeira epítome do tipo cristã – consistia de uma enorme compilação em 448 capítulos divididos em vinte volumes.
Nela, Isidoro, de forma concisa, resumiu manuais, “miscelâneas” e compêndios romanos, continuando uma tradição de resumos e sumários que caracterizou a literatura romana da Antiguidade Tardia.
Por conta disso, muitos fragmentos do ensino clássico que seria perdidos não fosse por isso foram preservados; “na realidade, na maior parte de suas obras, incluindo a “Origines”, ele contribuiu pouco mais do que o papel de cimento que liga fragmentos de outros autores, como se soubesse de suas próprias deficiências e confiando mais no ‘stilus maiorum’ do que no seu próprio”, lembra Katherine Nell MacFarlane, que traduziu sua obra para o inglês .
Isidoro foi canonizado pela Igreja Católica em 1598 pelo papa Clemente VIII e declarado Doutor da Igreja em 1722 por Inocêncio XIII.
No Paraíso de Dante (X.130), Isidoro está mencionado entre outros teólogos e Doutores da Igreja, e também é considerado patrono dos Bibliotecários.
Machado e o cânone literário
Sempre achei insuficiente a maioria das análises de Machado de Assis, faltava olhar um Machado culto e como todo bom intelectual capaz de sofrer influências, sem perder a sua brasilidade de mulato, carioca e político, tendo assumido diversos cargos públicos.
Muito já se escreveu e falou das influências de Shakespeare e Eça de Queiroz num dos maiores autores nacionais, também já se falou de sua brasilidade, mas Sonia Salomão revela uma face ainda pouco vista e por isso pouco explorada.
A autora Sonia Netto Salomão, escreveu o livro lançado este ano Machado e o cânone literário (Eduerj, 434 pp.; R$ 60), ela é brasileira, porém é professora na Universidade de Roma La Sapienza, e aprofundou os estudos no contexto italiano do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX, com forte influencia de Dante, Machiavel, Leopardi e o destacou sua condição de frequente espectador das operas e de teatro dramático no Rio de Janeiro, e a forte influencia italiana no livro Dom Casmurro.
Esta análise vai passar despercebida por certo tempo, porque oscilamos em boa parte da mentalidade nacional ora por um xenofobismo europeu (o americano é pior), sem perceber nossas fortes influencias europeia, ora por uma adesão acrítica de leituras estrangeiras sendo incapazes de ver as nuances da adesão na cultura nacional do pensamento ocidental.
O livro custa em torno de R$ 60,00 e foi publicado pela Eduerj.
Scholar Semantic é uma novidade ?
A Google poderá perder terreno, desde novembro está online uma versão BETA do Scholar Semantic, que faz busca semântica na Web através de artigos envolvendo autores e suas referências.
Quando se trata de literatura científica faz algumas décadas que vivemos uma sobrecarga de artigos científicos, áreas como a Ciência da Informação já estudam este fenômeno a anos, mas agora a Google parece querem abalar os alicerces das “buscas” no ambiente da Web.
Mas o número agora é astronômico, mais de 100 milhões de papers acadêmicos estão online, e o crescimento é de cerca de 5.00 artigos por dia, como tratar este volume de dados.
O Instituto Allen, dedicado a Paul Allen promete balançar este “mercado” com o lançamento da ferramenta já disponível Scholar Semantic, fiz uma busca no meu nome e já achei alguma coisa.
Lançado em novembro de 2015, e ainda com uma versão beta, o buscador online procura abranger a área de informática, limitada ainda a cerca de 3 milhões de artigos, portanto 3% do universo atual, mas a área de Neurociência já está disponível em 2016, e outras áreas médicas começaram a aparecer.
Oren Etzioni, o chefe do projeto de Inteligência Artificial intitulado de EA2, disse em entrevista que é “impossível não se incomodar com tudo que estamos descobrindo estes dias”.
Deverão avançar mais agora na área médica, porque ela é “tão visceral”, disse Etzioni, e comparando com os serviços de Google Scholar ou PubMed, a capacidade de destacar os papers mais importantes e suas ligações com outros papers, poderão direcionar as pesquisas num futuro muito próximo.
Em quanto tempo este futuro chegará até nós ? Etzione responde: “Eu acho que os primeiros serviços de “assistentes científicos” vão surgir nos próximos 10 anos e eles estão poderão ficar melhores a cada dia, “Nós não estamos falando muito além do horizonte, veremos isto em muito breve”.
Pode já acessar o programa EA2 Semantic Scholar ou pelo site semanticscholar.org , já há vermos também para iOs e Android.