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Reinventando o conhecimento e encontrabilidade
O livro é dos autores Ian McNeely e Lisa Wolverton, com o nome em inglês “Reinventing Knowledge: From Alexandria to the Internet” e o que pode parecer uma extravagancia intelectual revela-se aos poucos um grande passeio na história da escrita e do conhecimento até chegar a um conceito importante para os dias de hoje, encontrar é diferente de buscar, daí a diferença entre o ´find´ com o ´search´.
O texto fala da importância da oralidade nos séculos V e VI, que “mesmo se a memória tenha o conteúdo, ela altera nas palavras, mas lá [no discurso em papel] é armazenada em segurança, para ser ouvida para sempre com consistência” (Encyclopaedia Romana). Dois milênios depois, estamos aqui voltando ao discurso da conversação com o registro on-line que pode ser ouvido para sempre (ou não) dependendo da consistência, ou pelo menos enquanto o site estiver no ar.
O livro fala de Cassiodoro, um oficial romano dos séculos V e VI d.C. Cassiodoro, que possivelmente fundou um mosteiro, onde ele participou da segunda reinvenção do conhecimento, enquanto a sociedade romana se desintegrava, os mosteiros e conventos tornavam-se os repositórios de conhecimento com os escribas religiosos silenciosamente copiando as palavras, e assim, registrando o texto sobre alguma fala como meio de troca de conhecimentos. Dois milênios depois, estamos registrando o discurso de uma conversação com um registro on-line.
Livros começaram como pergaminhos, e foram tendo uma melhoria tecnológica mais em cascas mais comprimidas. Assim foi escrevendo sobre Cassiodoro, em tempos antigos: “Por quanto você poderia gravar rapidamente palavras que a dureza da casca resistente tornou quase impossível de estabelecer? ( Encyclopaedia Romana ). Não é de admirar que o calor da mente sofreu atrasos sem sentido, e gênio foi era impelido com o texto gravado, foi com as suas palavras foram retardados ” (Encyclopaedia Romana ). Essa é exatamente a melhoria que vamos encontrar com computadores muito mais do que com máquinas de escrever.
Como qualquer pessoa que passa muito tempo com seus textos escritos, foram os monges e as monjas comecei a pensar sobre a encontrabilidade, isto uma busca inteligente, uma espécie de “google mental” mas com sistemas referenciais que ligassem os conteúdos. O papel pergaminho mais rápido para escrever, tinha um problema sério, você tinha que ir desenrolando até encontrar a passagem correta que queria, então era interessante coloca-lo em páginas individuais, e agora em vez de desenrolar, você simplesmente podia voltar e colocar uma folha escrita ao lado.
Agora em vez de desenrolar você poderia simplesmente voltar a página e em vez de desenrolar, você poderia simplesmente se voltar para uma página específica. A palavra para estes primeiros livros é códex. Tipo de tecnologia tem um anel para ela, e McNeely e Wolverton comparam a mudança a uma “diferença entre uma fita de vídeo e um DVD.”
Mais raciocínios lógicos deste tipo só lendo o livro, muito interessante.
A multidão pode "criar" um projeto
O site MootiroVote está decidindo por crowdsourcing (opinião da multidão) qual tecnologia poderá ter o maior potencial para apoiar o trabalho das ONGs e portanto deverá ser desenvolvido pelo IT3S, um instituto envolvido no projeto.
Foram selecionados 10 trabalhos na fase inicial (que foi até 12 de setembro) quando diversos grupos concorreram e sugeriram que tipo de software teria prioridade, e comente a ideia como outros e vote no que achar mais importante.
As 10 propostas resultantes depois serão financiadas por crowdfunding, ou seja, a multidão escolhe e depois ajuda no financiamento do projeto vencedor num esforço coletivo de decidir e implementar um projeto.
Um dos projetos me conquistou, mas vou me cadastrar e seguir até o fim por considerar esta iniciativa importante para o software livre brasileiro, para a difusão das idéias de crowdsourcing (o poder das multidões) e posteriormente seu financiamento (o crowdfunding), entre os projetos votei no Sistema de Gestão para Bibliotecas.
Esse projeto escolhido é o de ‘Sistema de Gestão para Bibliotecas Comunitárias’, e por uma razão muito simples. Elas estão na base de um processo educacional autônomo, pró-ativo e cidadão; essa expansão do acesso ao conhecimento tem o poder de transformação profunda da realidade, que tanto anseamos.
A justificativa dos propositores também é bastante clara: “O sistema ajuda na organização de um acervo de livros e no acompanhamento de empréstimos. Permite a geração de relatórios sobre o uso da biblioteca e a interatividade com o leitor, por exemplo, quanto a novas aquisições”. Existem muitos softwares que já fazem isto, é verdade, mas a proposta é para um ambiente de software livre – e isto poderá ter um desdobramento espetacular para as ONGs e demais mobilizadores comunitários que apóiem as precárias bibliotecas públicas brasileiras.
Mas existem muitos softwares que já fazem isto, sim é verdade, mas a proposta é para um ambiente de software livre e isto poderá ter um desdobramento espetacular, ONGs que apóiem as precárias bibliotecas públicas brasileiras.
Outro projeto que irei apoiar é o sistema de “Análise de Redes Socais”; creio até que esse é um assunto acadêmico que já está trazendo grandes frutos, e haverá em breve muitos softwares livres disponíveis com essa preocupação.Creio que a médio e longo prazo isto será uma injeção de ânimo na pouco apoiada e desprezada “educação pública” brasileira.
Reflorescimeno de Alexandria e as Bibliotecas
Mais que uma primavera, o mundo árabe vive um reflorescimento e parece que a cultura e as bibliotecas terão um papel especial.
Conta-se que certa vez Ptolomeu I tomou de empréstimo aos atenienses alguns exmplares de Sófocles, Eurípides e Ésquilo, deixando-lhes como fiança 15 talentos de prata.
A partir daí milhares de rolos se acumularam rapidamente e depois foram distribuídos em gavetas instaladas no interior de armários murais, classificados por disciplinas (textos literários, filósofos, científicos e técnicos) e depois por autor. Ali estavam a obra inteira de Homero, 20 versões de Odisséia, os textos de Sófocles, de Eurípides, de Anaximandro, A esfera e o movimento de Autólico de Pitan, os Elementos de Hipócrates de Quios, toda a biblioteca de Aristótoteles, etc.
Ptolomeu, discípulo de Aristóteles, Alexandre cultivou o sonho de construir um império universal fundado na cultura grega, foi seu tutor Aristóteles quem le colocou o desejo do saber.
A Grande Biblioteca, fundada em 288 a.C. foi projetada pensando em reunir “todo o saber” e para alcançar a meta de 500 mil rolos de papiro, os “caçadores de livros” usaram até a força.
Ali foi educada Cleópatra, ela governou a cidade no séc. V a.C num novo ciclo de florescimento.
Parte da grande biblioteca perdeu-se ou em um incêndio está Júlio Cesar de 48 a.C. ou o califa Omar em 642 d.C., quando tomada pelos árabes diz a lenda que o califa autorizou o general Amru Ibn Al a usar os papiros para aquecer as termas da cidade.
Também Alexandria foi importante por um Farol famoso para embarcações até um grande maremoto de 1303 que arrasou a cidade e destruiu o farol, e até este período era um nó importante de uma rede densa de trocas que unia Alexandria a todo o Mediterrâneo.
Com o terremoto muito da cultura antiga foi para debaixo d’água, como o Farol e muitas outras obras. Agora com o trabalho de arqueólogo e bibliotecários isto renasce.
A partir de 2002 com a inauguração de uma nova biblioteca futurista na qual está sendo construído um Museu de Arqueologia Submarina que deverá ficar pronto em 2013 (veja no site arqueologia digital).
O complexo ocupara uma área de 22 mil m2, construída a 7 metros de profundidade. Foi concebida pelo arquiteto francês Jacques Rougerie e pode ser ícone da nova primavera árabe que nasce com um fluxo calculado de 3 milhões de visitantes, segundo algumas estatísticas atuais.
E-books e biblioteca nas nuvens
Com tecnologia de Cloud computing os ebooks já poderiam ser lidos por um computador, sem que este possua um HD para ter o livro salvo na memória e só uma pessoa o lesse.
Esta tecnologia cloud computing permite uma disseminação da informação, além da aceitação do retirada do livro em um lugar físico, o livro eletrônico pode ser disseminado em uma comunidade de leitores, e surgiu a ideia de colocar estes livros numa “nuvem”.
Em agosto do ano passado postamos, notícia que pode ler lida em outros sites, que na Amazon os ebooks tinham ultrapassado o livro de capa dura.
Agora a Gol editora lançou na XV Bienal do Livro que se realiza no Rio de janeiro, anunciou que lançará no dia 11 de setembro, que por enquanto o serviço da Nuvem de Livros, a novidade, estará disponível somente para portadores de senhas, mas que estará aberto ao público em questão de dias, com um acervo inicial de 3 mil títulos, escolhidos sob a curadoria do escritor Antônio Torres, e afirma ter um público potencial inicial de 80 milhões de leitores.
O diretor de relações institucionais do Gol Grupo, Roberto Bahiense afirmou que o enfoque é mesmo a Biblioteca, “só que virtual”, afirmou o escritor curador, explicando: “Nós não vamos vender livros; as pessoas leem e depois devolvem para a nuvem. É um projeto que tem uma preocupação educacional, que pode atingir escolas, universidades e o público em geral”.
Entre as editoras que aderiram o projeto estão: Ediouro, Nova Fronteira, Moderna, Conrad e Ibep-Nacional, e outras.
A Nuvem de Livros está organizada em estantes, tal como uma biblioteca, explicou Antônio Torres, autor de 12 livros e ganhador do Prêmio Jabuti, como curador.
Achar ou encontrar o que o usuário busca
Nos sites como na vida, tão importante quanto procurar é encontrar, Leia o resto deste post »
Aplicativo coloca tags automáticas em fotos
Dois estudantes de graduação da Universidade de Duke e da Universidade de Carolina do sul: Chaun Qin e Xuan Bao Leia o resto deste post »
Convergência transmodal e padrões de reuso de objetos
A convergência “transmodal”, é uma perspectiva educacional que a partir Leia o resto deste post »
Revista D-Lib discute presente e futuro das Bibliotecas
A revista de maio/junho D-Lib Magazine focalizou todos os artigos na discussão do presente e futuro das Bibliotecas, enfatizando a ligação das com os avanços destas tecnologias, com a pesquisa científica e as técnicas de introdução de metadados adaptadas aos novos avanços.
O editor esclarece no editorial: “A parte ‘para o futuro’ significa que um estudo adequado deve incluir métodos de preservação, bem como proporcionar aos usuários maneiras de descobrir, obter e analisar qualquer registro … D-Lib geralmente prefere a publicar artigos sobre projetos e atividades existentes, mas felizmente nós podemos quebrar as nossas próprias regras quando é útil para fazer isso … e suas implicações para o trabalho da biblioteca no futuro são instigantes e acreditamos que você vai achar de interesse”, esclarece Lawrence Lannon, diretor do CNRI e editor da revista.
O primeiro artigo de Li e Banach refere-se a um encontro realizado na primeira americana de 2010, analisaram o contexto dos repositórios institucionais (RI) e examiram as práticas de preservação, evolução e padrões em 72 bibliotecas de pesquisa analisando o complexo ambiente com uma tecnologia em rápida mudança.
O segundo artigo vê o papel das bibliotecas nas pesquisas, estudando as bibliotecas australianas, os autores Wolski, Richardson e Rebollo, descrevem como construir uma coleções virtuais de pesquisa ao nível institucional e expor os metadados para buscas em níveis, tanto local quanto nacional de dados e conteúdos de pesquisa. O núcleo dessa arquitetura contém formas de intercâmbio de metadados, que é descrito em detalhes e mostra um caminho a seguir paratornar os serviços de biblioteca mais útil e mais visível. Também é usado a “arquitetura de participação” usada pela Biblioteca da Universidade de Minnesota que aponta para um quadro multi-dimensional de apoio acadêmico, estudos feitos por dois autores Neuroth (2009) e Lougee & Blanke (2009) que apontam o papel da “biblioteca como catalisador de colaborações não frequentes e não intencionais” necessários para o envolvimento da comunidade.
O terceiro artigo de Robert B. Allen aborda a Comunicação Científica e propõe modelos para superar algumas dificuldades atuais, segundo o autor as limitações enumeradas são: “(a) a indexação de texto depende das condições que acontecerá a ser utilizado; (b) relatórios de pesquisa textual não são facilmente navegável por navegação; (c) extração de informações de texto é tedioso e propenso a erros; (d) relatórios de pesquisa textual não são facilmente colocadas completas e falta verificação de consistência, e (e) devem ser traduzidos em vários idiomas”. È um modelo teórico complexo para ser implantado, mas problematiza o desenvolvimento da pesquisa e sua respectiva documentação em etapas, sugere um modelo de entidade-relacionamento.
O último artigo de Johan van der Knijff, discute a especificação do formato JP2 (na norma ISO / IEC, 2004a) que descreve os métodos que podem ser usados para definir o espaço de cores de uma imagem. O uso JP2 suporta o uso de perfis ICC para níveis de cores preto e branco e três componentes (tais como tons de cinza e RGB-Red, Green e Blue). No entanto, JP2 não suporta todas as funcionalidades do padrão ICC.
Neuroth, H., & Blanke, T. E-Infrastructures for Research Data in the Humanities. Knowledge Exchange, disponível aqui., 2009.
Lougee, W. The diffuse library revisited: aligning the library as strategic asset. Library Hi Tech, 27(4), 610-623, 2009.
Descoberta de livros da origem do cristianismo
Apesar de controvérsias entre estudiosos, uma coleção antiga de 70 pequenos livros, com páginas de chumbo amarrados com arame, pode resolver segredos da origem do cristianismo.
Se forem anteriores ao século IV d.C. já assumem de cara a importância, pois seriam anteriores os códices, o formato de livro quadrado uso na origem do cristianismo, aliás biblos, vem do grego ta bíblia, que significa literalmente “os livros”, mas que mais antigamente ainda referia-se ao porto fenício de Byblos, hoje a atual Jubayl do Líbano, perto do local dos livros de chumbo.
Embora muitos acadêmicos estejam divididos quanto à sua autenticidade, eles podem ser tão fundamental como a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em 1947, onde uma comunidade judaica do Qumran, cujos relatórios históricos fiéis podem ser vistos em alguns sites da Web, como o Airtonjo.
Os livros de bronze e chumbo encontrados a 5 anos atrás, parecem indicar serem de uma pequena comunidade que fugiu de Jerusalem em 70 d.C. e no local já haviam outros importantes documentos encontrados, conforme revela o jornal Mail Online.
A estimativa foi baseada na forma de corrosão do material por especialistas, e acredita-se que seria impossível fazè-lo artificiiiiialemtne, se as datas forem verificadas
Nesta vperspectiva eles poderiam conter relatos contemporâneos dos últimos anos da vida de Jesus, o que tanimou muito os estudiosos, embora o seu entusiasmo seja temperado pelo fato que os peritos possam ser enganados por falsificações engenhosas.
David Elkington, um estudioso britânico da história religiosa antiga e arqueologia, e um dos poucos a ter examinado os livros, disse que eles poderiam ser “a grande descoberta da história cristã”, e se forem verdadeiros será: “um pensamento de tirar o fôlego que tenham mantido esses objetos que poderiam ter sido realizadas pelos santos nos primórdios da Igreja”, disse ele ao Dayl Mail Online.
IDEALS: um sistema de Teses e Dissertações de sucesso
Repositórios e sistemas eletrônicos de documentos universitários eletrônicos são cada vez mais Leia o resto deste post »