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Arquivo para a ‘crowdsourcing’ Categoria

Fim da pandemia a vista

19 set

Esta foi a afirmação do diretor geral da OMS Tedros Adhanom no dia 14 de setembro, na quarta-feira passada, porém em seguida pediu que a pandemia siga sendo monitorada.

Também a consultora Sylvia Lemos da Sociedade Brasileira de Infectologista afirmou para a CNN: “É algo que alenta a perspectiva de que algo poderá estar finalizando o fim da pandemia, mas não significa que o mundo esteja livre de surpresas”, e também ela pede cautela afirmando que “dados mais sustentáveis ainda são necessários”.

Os protocolos são que em geral que o uso de máscaras é opcional, mas os cuidados de higiene e ventilação não são dispensáveis, também ambientes onde são imperativos o uso de máscara deve ser respeitado, pois ainda há ambientes sanitários como hospitais e locais de maior perigo.

Segundo a infectologista além do fato que toda infecção viral ser cíclica, também a última cepa deve ter perdido força e não ter novas variantes mais fortes, e é obvio que a vacinação ajudou.

O país registra os menores índices desde 2020, e a tendência de queda em mortes e casos permanece.

É preciso compreender como lembra a infectologista que a ação do vírus “não acaba” e que a ciência irá ditar as novas medidas a serem tomadas daqui para frente, tais como, se haverão as vacinações anuais e a prevenção de grupos de risco.

A menos que ocorram novos fatos, o acompanhamento semanal que fizemos da pandemia será mais esporádico.

 

Empoderamento, Autonomia e Estado

16 nov

Magdalena Sepúlveda Carmona (2013) aponta claramente a relação entre apovertyemponderamento e pobreza: “A falta de poder é uma característica universal e básica da pobreza. A pobreza não é apenas uma falta de renda, mas sim caracteriza-se por um ciclo vicioso de impotência, estigmatização, discriminação, exclusão e privação material, que se reforçam mutuamente. ”
Emponderamento é algo sobre o desenvolvimento complexo chamado de “fuzzword” (Cornwall, 2007), parecido ao conceito de buzzword que surgiu em torno de novas tecnologias e campos de negócios como o e-commerce, assim como este o “fuzz” permite complexidade de múltiplas interpretações e definições, muitas vezes refletindo a uma predisposição teórica ou ideológica de seus expoentes, mas a ideia é um “fuzzie” de negócios para o mundo civil.
Ibrahim e Alkire (2007) enumeraram 32 definições diferentes, mas sobrepostas deste novo conceito,
Usaremos aqui uma definição baseada em Eyben (2011) que é aceita em muitos documentos internacionais de forças tarefas da ONU, por exemplo, onde:
“O empoderamento acontece quando indivíduos e grupos organizados podem imaginar seu mundo de forma diferente e realizar essa visão mudando as relações de poder que as mantiveram na pobreza, restringiu sua voz e privou-as de sua autonomia”.
A palavra auntomia aqui é importante, porque difere do assistencialismo que dá “esmolas” mas não empondera, pois significa capacitar populações de modo sustentável e irreversível, não basta assistir é preciso que no futuro os indíviduos e pessoas sejam autonomos, isto é e fato “boa gestão” de recursos.
Uma abordagem de capacitação é tanto um fim em si mesmo quanto um meio de erradicar a pobreza e a exclusão em seu sentido mais amplo (multidimensional), isto afirmam desde humanistas profundos até economistas que não veem de modo preconceituoso populações pobres.
As experiências efetivas de empoderamento tendem a envolver num “triângulo mágico”, nome dado em alguns relatórios, onde o ambiente da sociedade civil ativa, funcionários públicos ou líderes políticos comprometidos e mecanismos de aplicação que garantem que estas iniciativas “tenham coragem”.
Isso significa que a organização da sociedade civil no seu conjunto é um ativo e sua fraqueza ou ausência é um problema. Os governos precisam nutrir organizações independentes e ativas da sociedade civil e proteger o espaço em que podem operar.
A boa notícia é que a história parece estar firmemente do lado do empoderamento, como o alargamento e o aprofundamento globais dos direitos humanos, ainda que tenhamos retrocessos conservadores, a criação dos sistemas que superem áreas de vulnerabilidade e os programas sólidos de economias mais criativas é o futuro.

CARMONA, M. S. 2013. Report to the UN Human Rights Council of the Special Rapporteur on extreme poverty and human rights. United Nations General Assembly.
CORNWALL, A. 2007. Buzzwords and Fuzzwords: Deconstructing Development Discourse. Development in Practice, 17, 471-484.
EYBEN, R. 2011. Supporting Pathways of Women’s Empowerment: A Brief Guide for International Development Organisations. Pathways Policy Paper. Brighton: Pathways of Women’s Empowerment RPC.
IBRAHIM, S. & ALKIRE, S. 2007. Agency and Empowerment: A proposal for internationally comparable indicators. OPHI Working Paper Series.

 

Não existe economia digital ?

20 mar

Os tecnófobos alimentam estas além de outras ilusões, aliás ganham dinheiro falando isto, DigitalEconomymas a economia digital já atingia os U$ 110 bilhões em 2014, somente com os aplicativos Uber, Airbnb e Kickstarter; sem falar em smartphones, tablets e laptops.

A expectativa é que estes três aplicativos atinjam U$ 1 trilhão em 2017, o que é superior ao PIB de muitos países no mundo e um terço do brasileiro, se unirmos todos aplicativos provavelmente serão superiores ao nosso PIB.

Victor Reimann, de apenas 25 anos e um dos sócios da desenvolvedora e incubadora de projetos de economia colaborativa Engage, com sede em Porto Alegre, esclarece que esta economia “atraiu pessoas primeiro por uma necessidade de otimizar recursos”.

Yuri Faber criador da Zasnu, que oferece serviço de compartilhamento de veículos, afirma que “A recessão global fez as pessoas tomarem consciência de que um consumo colaborativo é bom para diminuir o custo e bom para todos”.

Eu sei em Berlim, a Justiça já baniu alguns serviços do Uber, também na Austrália na cidade de Melbourne, a prefeitura já multa motoristas que recebem dinheiro para transportar passageiros intermediados pelo aplicativo, mas no Brasil conheço vários amigos que viajam dividindo a viagem, e o número de pessoas que faz isto tornará impossível qualquer fiscalização, afinal não são carros da Uber ou de outros serviços, claro você precisa ter um bom carro.

O Airbnb hospedou mais de 120 mil pessoas durante a Copa, claro aproveitando da especulação da rede hoteleira além de precários serviços.

A economia digital vai crescer mais ainda, e mesmo os que ganham dinheiro falando mal dela, poderiam ter seus ganhos computados como economia digital, assim geram um curioso paradoxo: falar mal da economia digital faz ela crescer em números reais neste caso.

 

Nova yahoo diz a que veio

11 jan

Após a venda em julho de 2016 da Yahoo para a indústria de eletrônica digital Verizon,altaba por 4.8 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de reais), agora as primeiras mudanças são anunciadas, a mais importante é a saída da CEO Marissa Mayer , e o nome que talvez seja Altaba.

A mudança indicava o fim de uma era, pois o Yahoo além de seus serviços e os bilhões de visitantes por mês, foi o responsável no início da Web, pela entrada de muita gente na rede.

Agora já se sabe que pedaços da nova empresa Altaba, o nome diz muito, serão de uso pelo mega-site de vendas Alibaba e do portal japonês de internet, até agora chamado de Yahoo Japan, mas que também poderá mudar de nome.

Com a saída da CEO, a ideia é transformá-la num site de investimentos e uma junta de diretores que será reduzida de 11 para 5 pessoas, garantindo agilidade e bons negócios.

As declarações não foram oficiais, mas desde o vazamento de dados que ocorreu em dezembro de 2016, alto em torno de dados de 1 bilhão de usuários, ou seja, o maior da história, a nuvem sobre o futuro da empresa vai se desfazendo.

Nesta época, e com um segundo vazamento, o negócio quase fracassou, porém agora é irreversível.

Este novo modelo de investimento, isto é, usando sites e captando recursos nas redes digitais, pode ter impacto no mercado mundial, apesar dos governos recuarem ao modelo anterior que era fundado em empresas dispondo de recursos e empregos no próprio país.

 

Moeda digital em 3 anos

16 nov

Os dados são uma pesquisa da IBM, mais do que a participação no acasomercado através da bolsa NASDAQ, onde ações de produtos eletrônicos e digitais já são vislumbrados como se fossem um tipo de “commodities” (na verdade este tipo especial de bolsa caracteriza-se por reunir empresas de alta tecnologia em eletrônica, informática, telecomunicações, biotecnologia, etc.), parece que o Blockchain veio para ficar.

Segundo um estudo da IBM, a maioria das soluções de comércio da Blockchain já estão sendo adotadas por bancos e instituições financeiras é provável que em três anos ultrapasse a marca de 50% podendo chegar a 65% dos negócios o que é um novo modelo de negócios do setor.

A pesquisa está demarcada em duas partes, onde revela que 16% dos bancos e 14% das instituições financeiras que fizeram parte da pesquisa garante que pretendem implementar vários serviços de soluções do Blockchain em larga escala.

Já os para bancos, mostrou o levantamento que 65% espera ter soluções em 3 anos, com uma adoção um pouco mais lenta e cautelosa, e embora possam ter retrocessos, o relatório apontou que “Estes desbravadores estão melhores posicionados frente à concorrência, que inclui companhias que já nasceram disruptivas, como as Fintechs”, assim é praticamente inevitável esta adoção de moedas digitais.

A pesquisa apontou ainda que o número de adoção aumenta quando pensamos em pagamentos no varejo (80%) e empréstimo (79%), visto que plataformas digitais estão aí disponíveis para estes dois tipos de financiamentos.

A pesquisa aponta que as organizações esperam que os benefícios trazidos pela

Quanto ao público, uma vez que as barreiras que impedem a mais rápida evolução da tecnologia são as restrições regulatórias (56%), imaturidade tecnológica (54%) e retorno de investimento (52%), apesar da defasagem tecnológica os números já dão maioria.

 

A Web pode mudar mais?

24 out

As novas mudanças em torno de instituições paralelas, vamos comentar uma delas hoje, a JQuery, jscriptparece apontar para mudanças mais profundas na Web que as Web 3.0 (linked data) e Web 4.0 (agentes inteligentes).

A JQuery passou a se transformar em Fundação JS, para dar apoio e governança aos projetos que são desenvolvidos a partir do JavaScript, a fundação é uma iniciativa Linux mas que conta com empresas como IBM, Samsung e Sauce Labs e muitas outras.

O diretor executivo da JS, Kris Borchers, afirmou que “por um longo tempo, temos oferecido suporte à comunidade JQuery, e a nova marca tem o objetivo de refletir essa realidade”, mas agora segundo suas palavras “o centro de gravidade” é o padrão aberto JavaScript.

As mudanças virão porque os projetos (ao total de 23), entre eles os frameworks de teste Appium e Mocha, o Dojo Toolkit, o utilitário de linting (verificação de código para identificação de erros e problemas) ESLint, o JerryScript.

Esta nova instituição irá promover a ampla adoção e desenvolvimento permanente de soluções JavaScript, e em tecnologias relacionadas, facilitando a colaboração com a comunidade.

Os membros fundadores da JS, como antigos membros da JQuery, foram IBM, Samsung, Sauce Labs, Bocoup, Ripple, Sense Tecnic Systems, SitePen, StackPath, a Universidade de Westminster e o WebsiteSetup.

O Brasil tem uma comunidade JS bastante ativa e seus projetos podem ser vistos no seu site.

 

 

Blockchain alavanca moeda virtual

13 jul

Semelhante ao Bitcoin, mas mais segura o bitcoin poderá ser uma das próximasBlockChain ondas do mundo virtual, lembramos as vulnerabilidades e vários golpes que quase levou o Bitcoin ao descrédito.

 

Qualquer empresa precisa ter uma contabilidade com registros de transações, é o que faz o Blockchain criando um livro virtual para estes registros, através de uma base de dados que controla as transações distribuídas, o que impossibilita o uso de uma mesma moeda para mais de uma transação, dando maior transparência e segurança, independente da moeda e do valor utilizado, soluciona as grandes fraudes realizadas no passado com o BitCoin.

 

Para entender isto devemos entender como funcionam os ativos de qualquer transação financeira, e que devem ser atualizados e disponibilizados para órgãos reguladores e que dá a mesma credibilidade de uma moeda que tenha o equivalente em valor em um banco normal, ativos fixos chamados imobilizados (imobiliário, material de consumo, etc.).

 

Então é algo mais significativo que o dinheiro de crédito ou de papel, mas não é chamado dinheiro de plástico (um chip com um valor que vai depreciando quando gasta), não é simplesmente dinheiro porque está embutido nele todo o valor do “ativo” e poderá representar uma grande mudança sobre como pensamos a economia e o próprio dinheiro.

 

Na verdade o dinheiro é algo virtual, diferente do mau uso que se faz do termo, pois é a posse possível de determinadas mercadorias por um correspondente que você tem de trabalho, de crédito ou de ativos, esta é a diferença agora: os ativos.

 

A bolsa Nasdaq já utiliza o Blockchain.

 

Epitrack: crowdsourcing da saúde

06 jul

Após um mestrado na Fiocruz e seu orientador do Recife, criaram umEpitrack aplicativo que através de ambiente colaborativo pode ajudar a detectar epidêmias e trabalhar para a saúde púbica.

Epitrack (epi de epidemia e track de track de rastrear em inglês) é o nome de um software feito por Onício Neto que associado a seu professor Guilherme Lichand fundaram uma empresa fundada em 2013, e que hoje tem 13 funcionários e chegou a um faturamento bruto de R$ 2,5 milhões em 2015, usando o potencial colaborativo da internet para a saúde.

A empresa cria aplicativos para detectar surtos de doenças antes mesmo das autoridades de saúde, e procura ajudar a melhorar políticas públicas com aplicativos de mensagens também chamadas automáticas de voz, aquelas em que o usuário responde usando uma sequência de teclas.

A empresa agora expõe no mercado americano tentando ampliar o seu raio de ação, o software é finalista na competição The Venture, você pode votar no site do aplicativo.

 

DIY é uma mudança cultural

25 jun

Talvez ainda incompreensível, mas o movimento “faça você mesmo”FuturoJa (DIY, Do It Yourself), que apareceu nos anos 90, inclusive no Brasil tendo até revistas: faça você mesmo consertos, decoração, infantil, festas, etc. agora reaparece com força inclusive em escolas com uso de dispositivos eletrônicos e impressoras 3D, em “makerspaces” segundo a Business Insider.

 

O estimulo vem das redes como HGTV e DIY, também em sites como Pinterest, mas há infinitas lições no Youtube e outras ferramentas: como fazer determinados pratos, fazer pão integral com fermento natural, mudar seu ambiente com material aderentes, etc.

 

Do ensino fundamental ao médio, faculdade e podendo ir mais além, as escolas estão encontrando novas maneiras de usar a tecnologia do século 21 para trazer de volta para a sala uma nova geração mais exigente e proativa que as anteriores, claro é um fato, há quem diga o contrário, mas é puramente pelo fato de não saber lidar com a novidade.

 

As tecnologias que vem em auxílio são fantásticas, desde a já populares impressoras 3D (ao menos no mercado europeu e americano), até o acesso a tecnologias inovadoras como os cortadores a laser, que fazem brotar na sala de aula protótipos e invenções.

 

As escolas de vanguarda vão se apropriando deste novo estilo, chegam a introduzir até mesmo mecanismo de controle com a programação de Arduino, em modelos e interfaces cada vez mais criativas e facilitadoras de automações.

 

Vão achar um jeito de criticar, mas o futuro chegou agora, também nas salas de aula.

 

Islândia versus Inglaterra

24 jun

Este pequeno país nórdico, com pouco mais que 300 mil Islandiahabitantes, já fez um feito histórico se classificando no futebol para as oitavas de final e agora enfrenta a Inglaterra.

 

A votação que se encerrou na madrugada de ontem é um duro golpe na União Europeia, mas os ingleses terão pouco a comemorar, a moeda inglesa, a libra teve uma de suas maiores quedas, claro afetando também a zona do euro, mas afetará principalmente as imigrações.

 

Os produtos ingleses não sofrerão retaliação, isto fica para países pobres do mundo árabe ou para nossos países latino americanos e talvez algum da África, mas o mercado com certeza, irá impor algumas restrições aos produtos ingleses, pessoalmente vou torcer para a Islândia, mas era uma decisão desde o início da copa, porque ?

 

A Islândia, país que se liberou da Dinamarca nos anos 1944, fez  uma constituição parecida a dinamarquesa mas sem a tradicional monarquia dinamarquesa, isto é parlamentar, e teve recentemente uma de suas maiores crises, o que fez: puniu fraudes, deixou bancos e empresas falirem e recomeçou o país, primeiro fazendo sua primeira constituição através de redes sociais (veja nosso post).

 

Não entendia porque alguns povos conservam suas monarquias opulentas e imorais, ficou fácil agora são incapazes de avançar na história, ou avançam querendo reservar alguma coisa do passado e perdem muito com isto, em tempos de imigração um país se fechar é muito triste.

 

A Islândia ganhou mais uma torcida, os imigrantes que terão que deixar a Inglaterra, os árabes que estão sem pátria vagando por mares, as vezes morrendo, e pedindo um abrigo de algum país europeu solidário.

 

A Islândia pode perder mas vai ter a minha torcida agora mais vibrante ainda: Iceland !!!