Arquivo para a ‘Filosofia da Informação’ Categoria
2013: hora de ajustes nos gastos
As cinco maiores economia do planeta os seguintes PIBs (Produto interno Bruto, enfim o quanto geram de economia num ano): EUA – US$ 15,643, CHINA – US$ 8,249, JAPÃO – US$ 5,936, ALEMANHA – US$ 3,405, FRANÇA – US$ 2,607 e INGLATERRA – UK – US$ 2,444; o BRASIL vem logo a seguir com U$ 2,3 tri e a Itália com U$ 2,1 tri, tendo chegado em alguns momentos a ultrapassar a Inglaterra, mas com um detalhe o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes e a Inglaterra 51 milhões e a Itália 61 milhões.
A economia aparentemente vai bem, mas houve uma extraordinária expansão do crédito nos últimos anos, até o ano de 2001 era de 25,8% do PIB e em maio deste ano chegou a 50,1% do PIB, só para entender fazendo uma comparação com uma renda pessoal (claro que é diferente, mas só para ser claro) alguém que ganha algo em torno de 5 mil reais e tem dívidas em torno de 2,5 mil, ou seja, usa metade do salário para cobrir dívidas.
Enquanto a economia vai bem isto parece até mesmo lógico, por exemplo, se esta pessoa chegar a ganhar 7,5 mil ela manteve o salário, e o investimento usando crédito foi vantajoso, mas se o salário se mantém a tendência pode ser um crescente endividamento, no caso do estado, isto significa a “dívida pública”.
No caso do estado, ele pode usar o sistema de poupança e investimentos externos, alem do jogo de forças no mercado mundial.
O crescimento do Brasil foi muito menor que o esperado em 2012 (menos de 1% com o PIB chegando algo em torno 2,45 tri )e 2013 não promete muito, algo entre 3 e 3,5%.
Ganhos e gastos não precisam serem iguais ao mesmo momento, mas se houverem mais gastos no presente, no futuro os gastos serão necessariamente menores que os ganhos, isto significa que devemos ter um maior controle das dívidas, é o caso de 2013
O que vale para o país, vale para seus cidadãos, é hora de ajustes entre contas e gastos.
Complexidade, os sujeitos e a tecnologia
Desde o século XVII, foi a metáfora mecanicista tem sido dominante para o entendimento da natureza, da sociedade e das organizações, incluindo as maioria das religiões.
O marco desta visão de mundo predominante, sem o saber foi o racionalismo científico, que concebeu a realidade objet iva, a natureza e até mesmo o homem, como governado por leis físicas e objetivas segundo uma lógica mecânica, na qual as vezes até o “amor” se insere.
Mas a natureza (physis) e a subjetividade humana (meta-physis) são mais complexas do que parecem, primeiro foi possível perceber isto na natureza e no cosmo (physis) agora aos poucos começa-se a entender também isto presente num valor inerente ao homem: o Amor.
Um grande escritor da complexidade esclarece: “O que é a complexidade? À primeira vista, é um fenómeno quantitativo, a extrema quantidade de interacções e interferências entre um número muito grande de unidades” (Morin, pgs. 51 e 52), e mais a frente completa: “… a complexidade num sentido tem sempre contato com o acaso” (pg. 52).
Retorna apropriadamente a questão do Sujeito/Objeto, como é impossível eliminar o Sujeito na vida real, diz Morin: “banido da ciência, o sujeito desforra-se na moral, na metafísica, na ideológica. Ideologicamente, é o suporte do humanismo, religião do homem considerado como sujeito reinante ou defendo reinar o mundo dos objetos (para possuir, manipular, transformar) (pag. 59).
Explica Morin a dicotomia sujeito/objeto: “À eliminação positivista do sujeito, responde, no outro pólo, a eliminação metafísica do objeto; o mundo objetivo dissolve-se no sujeito que o pensa” (Morin, pg. 60).
Nisto consiste a crítica à tecnologia, responder aos seus objetos metafisicamente como se fossem sujeitos, ora um celular ou um computador é só uma physis complexa, não um “ser”.
Morin, E. Introdução a complexidade, Lisboa: Instituto Piaget, 2008.
O rosto do outro, o poder e Jesus
Esta é a preocupação e Lévinas, que aproxima-se muito de Buber, mas com conceitos e formulação próprias, uma delas é o rosto do Outro
A antropologia filosófica de Lévinas pode ter como chave de leitura uma crítica radical ao “cogito” de Descartes, contra o qual afirma a primazia do outro como uma verdade fundamental do homem e como lugar das dimensões metafísicas e religiosas, afirmando que “metafísica é ética”, e sem ela não encontraremos relações mais fraternas entre os homens.
Uma sentença de Lévinas é fundamental: encontrar-se cara a cara com seu próximo é encontrar-se perante Deus, que exige ser reconhecido na exigência de reconhecimento objetivo do outro: “A dimensão divina abre-se a partir do rosto do outro” (Lévinas).
Isto é importante também porque “religa” religião e racionalismo humano, reunifica physis (natureza) e meta-physis (além do natural, o divino), razão e fé podem neste terreno conviver sem ser escândalo uma para a outra pessoa.
Lévinas desvenda o que é o poder sobre o outro dentre do racionalismo: “A razão que reduz o outro é uma apropriação e um poder”.
Neste sentido ultrapassa Heidegger, onde o Dasein é ainda a medida que conserva uma “estrutura do Eu”, a concepção do “morrer por um outro” de Lévinas rompe com a ontologia tradicional, e abre a possibilidade da compreensão da compreensão da vida de Jesus.
Alguém capaz de “dar a vida” é a compreensão suprema do Amor, só assim de perde todo o poder e domínio sobre qualquer outro, e pode ser puro Amor.
LÉVINAS, Emmanuel. Humanismo do Outro Homem. Petrópolis: Vozes, 1993.
Sociabilidade e linguagem na Web
A primeira coisa básica, saber sobre a rede, é que há três níveis de relações que envolvem as Redes Eletrônicas: as redes de relacionamento (com ou sem uso da Web), a internet que é a possibilidade de conexão eletrônica convergente das diversas mídias (inclui até TV e telefone) e a Web que é uma plataforma (ou aplicação) sobre a rede eletrônica da Internet.
Porque confundir isto é tão problemático? porque as redes já existiam antes da internet, ela apenas deu nova tônica a estes tipos de relacionamentos, e a convergência, porque dá para saber de onde vieram as informações, os textos e até mesmo as fofocas, sendo a Web um suporte para isto.
Em terceiro lugar a Web, que são o conjunto de ferramentas sobre a aplicação de um protocolo que é o HTTP (HiperText Transfer Control Protocol), ou seja, uma linguagem para a Web.
No livro Como a web transforma o mundo: a alquimia das multidões, Pisani e Piotet (2010, p. 33) afirmam que o que os jovens realmente amam na internet são “as redes de relacionamento sociais e todas as suas ferramentas”, ou seja, redes pessoais e as ferramentas que ajudam isto, e a internet é apenas um meio.
A Web é uma realidade mutável (a linguagem pode mudar), mas a internet está aí então a segunda questão importante é quais são as “coisas-a-saber” (informação) (PÊCHEUX, 2008), a partir das quais as novas tecnologias digitais, permitem ao sujeito uma posição deste em relação aos objetos, e assuma posições no mundo social e das coisas.
Formulada esta linguagem, surge à terceira condição do sujeito com as possibilidades deste conhecimento contemporâneo, e como as tecnologias digitais e pelas mídias sociais afetam o seu discurso e atitude nos 3 níveis: redes, internet e Web.
PECHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. 5. ed. Tradução de Eni Orlandi. Campinas: Pontes, 2008.
PISANI, F.; PIOTET, D. Como a web transforma o mundo: a alquimia das multidões. Tradução de Gian Bruno Grosso. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.
Marco Civil, governo inseguro sobre a internet
Incerto e sem saber para onde ir, o governo através da ministra Ideli Salvatti, adia o debate sobre os direitos na internet e tenta trabalhar num texto de “consenso”.
Alguns admitem que haja divergências dentro do próprio governo, e um dos pontos seria a questão da neutralidade da rede, que é a de manter fluxos de dados de modo igualitário para diferentes usuários da internet, mas bancos e companhias aéreas, por exemplo, querem mais prioridade de banda.
Não é por acaso que as pressões se concentram no relator do processo Alessandro Molon (PT-RJ) e no ministério das Comunicações, que aceita a pressão das empresas da área.
Com uma sinalização confusa do governo, que já havia anunciado sinal verde duas vezes, na terça-feira passada o deputado João Arruda (PMDB-PR), presidente da comissão Marco Civil, disse logo em seguida de anunciar o adiamento (conforme o Globo), que tudo estaria pronto para a votação.
A proposta original do relator é que não haja discriminação de serviços por parte dos provedores, mas muitos parlamentares ameaçam votar em separado ou até mesmo rejeitar todo o projeto.
Outra manipulação possível, é diminuir a velocidade da conexão de serviços de voz por IP, com isso dificulta o uso de Skype e reduz a banda de o produto de uma concorrente, com isto na prática o usuário acaba tendo que escolher um serviço, e, portanto, não haveria concorrência.
A queda das grandes instituições
É o que pensa o filósofo francês Gilles Lipovetski, que está hoje na USP, para ele vivemos um momento da civilização ocidental (o oriente e o mundo islâmico vivem outros momentos) em que predominam o hedonismo, personalização dos processos de socialização e coexistência pacífico-lúdica dos antagonismos como se estes fossem a mesma coisa”.
Desde seu primeiro livro, Gilles Lipovetsky (A era do vazio, de 1983) explora quais são as diversas faces das pessoas de hoje, e que ele deixa claro a concepção “de uma racionalidade para a qual existem não mais afins, e sim apenas os meios” (A era do vazio, 1983, p. 8).
O autor irá enfatizar a sociedade hipermoderna que se caracteriza pelo esfriamento das relações humanas e por uma cultura aberta a tudo e a qualquer coisa.
Demonstrando a crise das grandes instituições e suas eminentes quedas, sem deixar de criticar também os países do BRICS como perspectiva capitalista, ele aponta que na Europa há uma “crise do Estado‑Previdência, pela fragilização do nível de vida, pela degradação da condição salarial, pela acentuação das desigualdades” (A cultura-mundo, resposta a uma sociedade desorientada, 2008).
Desde a antigüidade, a idéia da maioria dos filósofos e escritores era a simples condenação do presente, mas é preciso conhecer e entender o presente como um fato, para então poder direcioná-la a algum futuro promissor, claro entendendo o que é importante, por exemplo, desenvolver para que e para quem.
Se por um lado é desejável a unidade e a paz entre os homens (dia 14 foi dia da unidade entre os homens), por outro lado é na diversidade e na tolerância que podem se estabelecer critérios de diálogo e dialogia.
Apresentada ao vivo, neste momento pela IPTV USP: http://www.iptv.usp.br/portal/home.jsp#
As redes sociais e o futuro
A nota da agência EFE, de comentários de Jason Falls, um conhecido americano que comenta as redes sociais (por exemplo: Veja, Portal da Imprensa, Terra e outros), que é famoso pelo seu livro com Erick Deckers: No Bulishit Social Media, causou euforia nos críticos as Redes Sociais, diz ele segundo a agência EFE: “Definitivamente há um limite”, dizendo que as redes migrarão para nichos, na verdade, fenômeno já observado em redes como o Linkedin, Flick e MySpace.
Acontece que redes como Facebook (no mundo todo), Orkut (Brasil), Tuenti (Espanha), Vkontakte (Rússia), Qzone (China) e iBibo (Índia), só para dar alguns exemplos, são redes generalistas, e já existem redes com nichos profissionais, assuntos ou ambientes profissionais.
A diferença das redes é que os relacionamentos estão abertos, fogem dos tradicionais “clubes” de opinião, e possibilita maior contato multicultural, religioso, político enfim “social” entre as pessoas e isto é o que mantém a sinergia da rede. Na análise de Falls que agitou justamente as redes (sic): “Habitualmente, os usuários podem alimentar e manter entre uma e três redes sociais, mas realmente são ativos diariamente em uma ou duas. Além disso, como é possível fazer parte também de redes centradas em entretenimento, me surpreenderia se uma pessoa normal pudesse mais de duas ou três e que seu uso realmente forneça algo de produtivo”, sim correto, e também não é preciso um grande número de relacionamentos para manter-se numa rede, isto é desconhecer a estrutura e o funcionamento das redes.
Entre outros, um dos fenômenos das redes é que entre duas pessoas na rede estão ligadas a toda rede por poucas ligações, se considerarmos as relações de ligação (link) duas a duas, o grau máximo de separação é seis, o que significa que não precisamos de muitas ligações para estarmos plenamente conectados a uma rede, basta mantermos estas relações e evitarmos quebras nas ligações.
Uma brincadeira para testar isto é encontrar ligações por coatuações em filmes de atores, feita no site Oracle of Bacon.
Por exemplo, podemos encontrar a ligação entre o japonês Toshirô Mifune e a brasileira Norma Benghell com dois graus de separação, através da ligação da atuação de Luc Merenda no filme sol vermelho com Toshirô Mifune e no filme Palácio dos Anjos com Norma Benghell.
A ideia que existem no máximo seis graus de separação entre as pessoas, curiosamente veio de uma peça de teatro de John Guare de 1990, chamada Six Degrees of Separation.
100 anos de Alan Turing
Passados 100 anos de seu nascimento, o Departamento de Filosofia da Universidade de De La Salle, em Manila- Filipinas, que recebe a “Conferência Internacional sobre Filosofia, Inteligência Artificial e Ciência Cognitiva” e vai comemorar os 100º. anos do nascimento deste pensador extraordinário que viveu tão pouco, apenas 42 anos.
Concebido na Índia, Alan Mathison Turing nasceu em Londres dos pais Julius Mathison Turing e Sara Ethel Turing, filha do engenheiro-chefe da Railways Madras, Edward Waller Stoney.
Segundo o site Business Mirror, o Embaixador Britânico nas Filipinas, Stephen Lillie declarou: “sem o trabalho inovador de Alan Turing, nunca se teria ouvido falar de Stevie Jobs ou Bill Gates”.
Com 14 anos foi matriculado na escola Sherborne School, uma escola pública em Dorset, onde “mostrou inclinação para a matemática e ciências naturais” descreve Lillie para o site. Aos 16 anos continuou em seu papel notável ao ter resolvido problemas que requeriam habilidades avançadas em matemática.
Se formou com méritos de primeiro aluno em matemática no Kings College em Cambridge, em 1943, e já em 1935 “estabeleceu uma base conceitual para a filosofia e o crescimento da moderna computação” em seu trabalho histórico em On computable numbers”, afirmou Lille.
A “máquina de Turing” fazia leituras e escritas em uma estrutura como uma fita digital moderna,que se movimentava para frente e para trás, podendo ler e escrever entretanto com tamanho infinito, e era composta de um conjunto de estados, que inspiraou os primeiros projetos de máquinas computacionais na década de 50.
Numa noite de 1954, atormentado por ser homossexual motivo pelo qual já havia sido inclusive preso, mordeu uma maçã envenenada em cianeto e não acordou mais.
Desde 1966 a Association for Computing Machinery, importante associação da computação, instituiu o Turing Award, considerado o prêmio Nobel do mundo da computação.
Como parte ainda da comemoração do centésimo nascimento de Turing, o Museu de Ciência de Londres está planejando de um ano de duração de 21 de junho deste ano até esta data em 2013, que estará disponível também no website VisitBritain.
Entramos no terceiro ano do blog
No dia 2 de março de 2010 lançamos com o post Um chip para leitura eletrônica nosso blog, no dia de hoje entramos no terceiro ano deste aventura, tendo completado em 29 de fevereiro último mais um record com o alcance de 13000 acessos num mês de 29 dias, com acessos registrados em mais de 60 países, sendo que o site ainda é apenas em português, com um total de 414 acesso em Portugal, 400 nos Estados Unidos e 107 na França, mas nos orgulhamos mais ainda dos acessos em países árabes e africanos.
Com este post chegamos a 438 post, mais de duas centenas de comentários e já temos leitores e pessoas com contato permanente via blog.
Estamos atentos não apenas as mudanças de tecnologias, produtos e atividades deste meio, mas a falta de transparência na vida pública, a corrupção e os desmandos de governos autoritários, encampamos a campanha do Ficha Limpa vitoriosa mas sob ameaça de políticos sem valores, a luta por uma economia mais participativa, os apelos da sustentabilidade e a opressão em países onde o povo busca regimes menos opressores e mais justos.
Conforme postamos ontem Clay Shirky, considerado um dos maiores pensadores das mudanças provocadas pelas novas mídias, citando algumas ideias não apresentadas no post de ontem, constatou que “a ideia de que as pessoas se comportam de forma diferente quando estão fazendo algo por amor ou por dinheiro não parecerá tão surpreendente para quem quer que já tenha tido um emprego e um hobby”, referindo a teorias da motivação da década de 1970, onde a idéia da recompensa do tipo “estímulo e resposta”, o autor conclui lendo alguns psicológos que “o pagamento pode esvaziar outros tipos de motivação” na página 69 do seu livro “A Cultura da participação” que estuda a generosidade no mundo conectado.
O mundo dos conectados não é apenas livre, generoso e criativo como pensa Shirky e muitos outros, ele é sinal de um mundo mais unido, onde os diferentes poderão se entender, compartilhar e trabalhar juntos por uma sociedade mais solidária, mais fraterna e com menos poderosos oprimindo os humildes, este blog espera dar sua singela contribuição.
O objetivo deste blog é difundir uma cultura de paz, de compartilhamento e de humildade para auxiliar a construção de um mundo novo, mais justo e fraterno.
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France (FR)
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Italy (IT)
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United Kingdom (GB)
Conceitos, corporeidade e necessidade
Os conceitos partem dos fatos, por mais que abstraídos sempre encontramos resquícios dos fatos, reais ou psíquicos. Quando o ponto de partida é um fato real conserva corporeidade, explica Mario Ferreira dos Santos, mas da um exemplo surpreendente e interessante, amor.
Muitos conceitos ultrapassam o tempo e o espaço, explica o filósofo, e não tendo apoio destes podem apenas ser intuídos. Será assim a intuição que nos mostra que na realidade há fluidez, variação, mensurabilidade, finitude, condicionalidade.
Aqui penetramos no cerne da filosofia de Mario Ferreira dos Santos, pois ele mostra como a razão terá, “em regra geral“, formada por conceitos condicionantes, negativos, e terá dificuldade com absoluto, que define o incondicionado, átomo que significa parte e a alfa que significa não fragmento, o que não tem partes.
Assim, explica o filósofo, nao se deve confundir com conceitos negativos, os conceitos que tem conteudo empirico, como por exemplo: não-eu.
E segue, “não se deve pensar que aqueles conceitos, por conterem negação, sejam vazios de positividade”.
Para ele “há ainda os conceitos necessarios, grande problema da Metafisica: sao as categorias”, e assim Aristóteles, Kant, construiram categorias fundamentais como: quantidade, qualidade, relação, Modalidade, etc.; a tradição chama-a de conceitos universais, mas estao vinculadas a substancia e causa, os escolásticos entendiam que as categorias eram entes fundados na razão, através de abstrações, mas com fundamento nas coisas (cum fundamento in re).