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Fim da pandemia a vista
Esta foi a afirmação do diretor geral da OMS Tedros Adhanom no dia 14 de setembro, na quarta-feira passada, porém em seguida pediu que a pandemia siga sendo monitorada.
Também a consultora Sylvia Lemos da Sociedade Brasileira de Infectologista afirmou para a CNN: “É algo que alenta a perspectiva de que algo poderá estar finalizando o fim da pandemia, mas não significa que o mundo esteja livre de surpresas”, e também ela pede cautela afirmando que “dados mais sustentáveis ainda são necessários”.
Os protocolos são que em geral que o uso de máscaras é opcional, mas os cuidados de higiene e ventilação não são dispensáveis, também ambientes onde são imperativos o uso de máscara deve ser respeitado, pois ainda há ambientes sanitários como hospitais e locais de maior perigo.
Segundo a infectologista além do fato que toda infecção viral ser cíclica, também a última cepa deve ter perdido força e não ter novas variantes mais fortes, e é obvio que a vacinação ajudou.
O país registra os menores índices desde 2020, e a tendência de queda em mortes e casos permanece.
É preciso compreender como lembra a infectologista que a ação do vírus “não acaba” e que a ciência irá ditar as novas medidas a serem tomadas daqui para frente, tais como, se haverão as vacinações anuais e a prevenção de grupos de risco.
A menos que ocorram novos fatos, o acompanhamento semanal que fizemos da pandemia será mais esporádico.
Faltam dados e sobram fatos
A Covid avança e embora a predominância seja da variável ômicron, já há uma nova variante IHU detectada na França, a pouca testagem e o número de casos assintomáticos indicam que os números podem ser bem maiores e por isto alarmantes, se de fato muitos casos são leves, a expansão é grave porque pode levar a muitas pessoas com as comorbidades necessárias para tornar os casos complicados.
Todo mundo tem um parente, amigo ou conhecido com a Covid agora, isto além das figuras públicas: jogadores e técnicos, jornalistas, apresentadores de televisão, artistas, etc. o número de casos é provavelmente muito maior do que as estatísticas públicas que são divulgadas.
A vacinação de crianças começou, mas é importante dizer que o maior número de internados continua sendo de adultos, não são dados precisos, mas basta perguntar a algum amigo ou parente que trabalhe em unidade de saúde para confirmar, assim é preciso também uma política de protocolos para os adultos, muitos cientistas e autoridades, a própria OMS, insistem que a pandemia não acabou.
Pela poderá tornar-se uma endemia é verdade, podemos caminhar para lá em alguns meses dizem alguns da comunidade científica, como a BBC, expressando a opinião do professor David Heumann, de epidemiologia de doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres: “ela continuará por um bom tempo tornando-se endêmica”, disse referindo-se ao fato que todos os vírus tornam-se endêmicos e são tratados de modo sazonal como as gripes e outros coronavírus.
Mas o próprio jornal faz questão de ressaltar que a Covid-19 evoluiu de forma bastante imprevisível e, segundo especialistas, a variante Delta poderia ter sido muito pior, o fato é que naquele caso houve uma política sanitária e um enfrentamento da pandemia, agora tanto o público quanto as autoridades parecem pensar que a variante ômicron é boa, há até quem ache o absurdo que seria bom a tal “imunidade de rebanho”, isto é, a grande maioria das pessoas terem passado pelo vírus.
O diretor geral da OMS Tedros A. Ghebreyesus declarou na semana passada: “Não se enganem, a ômicron provoca hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves submergem os estabelecimentos de saúde”.
Lembramos que esta era a tese negacionistas original, e reafirmá-la agora, mesmo reconhecendo que a variante predominante hoje é menos grave, seria um erro muito grande.
O esgotamento do humanismo e co-imunidade
Quando Peter Sloterdijk proferiu sua palestra “regras para o parque humano” em 17 de julho de 1999 num colóquio dedicado a Heidegger e Lévinas, no castelo de Elmau na Baviera, apesar de ter na platéia Teólogos a reação maior foi dos meios de comunicação, ao afirmar o surgimento de uma “antropotécnica” e manipulações genéticas, os ecos foram ouvidos na França e também no Brasil onde foi publicada uma reportagem no Caderno Mais da Folha de São Paulo.
O que o filósofo alerta, em sua linguagem rica em metáforas para tornar sua intrincada filosofia mais clara, afirmava que o trabalho de domesticação humana havia fracassado, em resumo, esta era sua resposta à Carta sobre o Humanismo de Heidegger, e a sua palestra se tornaria um livro de grande repercussão.
Depois vieram outras polêmicas, sobre a ecologia por exemplo, afirmou que “oscilaremos entre um estado de desperdício maníaco e de parcimônia depressiva”, em palestra intitulada “sobre a fúria de titãs no século 21” ou seja, entre duas forças opostas: o minimalismo e o maximalismo, o que chama de frivolidade de nossos atos.
Falou também na referida palestra, sobre a decadência do conceito da ética: “antigamente … vinha de um sentimento de obrigação, de virtude. A responsabilidade só se torna uma categoria importante quando as pessoas fazem coisas cujas consequências não conseguem controlar” e alerta que o termo responsabilidade é novo em filosofia, também nas ciências humanas.
Em resposta em uma entrevista ao jornal El País, o filósofo criador do conceito de co-imunidade, afirmou que a situação atual exigirá “a necessidade de uma prática mais profunda do mutualismo, ou seja, a proteção mútua generalizada, como digo em Você Tem que Mudar a Sua Vida”, livro sem tradução para o português.
Além desta necessidade, o que o conjunto da situação atual que revela um desequilíbrio global da natureza ao social, indica que fatores externos e inorgânicos (de alguma forma a natureza vai reagir) poderá acelerar o processo de mutualismo, como o vírus nos fez repensar a imunidade, talvez algum efeito aórgico poderá acontecer.
O humanismo está preso a frivolidade do pensamento idealista.
LockDown e frivolidade
Enquanto o vírus se expande e começa a chegar mais no interior do Brasil e em muitos lugares a vida continua “normal”, enquanto a Europa tenta aos poucos voltar a nova normalidade, isto é, voltar ao comércio e o consumismo e a vida agitada anterior, que Sloterdijk chama de frivolidade (El país).
São dois cenários, o caso brasileiro enquanto alguns apostam que a curva chegou no platô, os novos dados apontam para uma expansão ainda maior do vírus, apostar que podemos conter a grave situação pandêmica com medidas pouco radicais vai se mostrando ineficiente.
A razão da pressão para abertura do comércio, mais que econômica, é claro que ela atinge a economia de todo o planeta, o motivo real na cabeça de muitas pessoas é voltar ao dia a dia de um elevado stress, de correria e de consumismo para aqueles que dispõe de recursos para isto.
Atingimos, no Brasil, o patamar de 10 mil mortes, tanto na vida pessoal quanto na vida social, se chegamos a uma gravidade de uma doença ou tomamos medidas radicais ou assistimos ao total agravamento da doença, no caso social, a expansão virótica e o agravamento da pandemia.
Na reflexão de Sloterdijk, que escreveu ao meu ver, dois livros emblemáticos Esferas e Crítica da Razão Cínica, ele apresenta dois conceitos-chave que são a coimunidade e a antropotécnica.
O primeiro conceito de coimunidade significa que podemos estabelecer um compromisso individual voltado à proteção mútua, que marcaria uma nova maneira mundial de enfrentar os problemas e o conceito de antropotécnica significa entender que as técnicas, neste caso e é o principal conceito usado por Sloterdijk, a biotecnologia, ou seja, o que inclui a manipulação genética.
Quando lançado gerou muita polêmica na Europa, devido a manipulação de genes por exemplo, porém agora que as principais pesquisas de defesa do coronavirus mostram a importância do uso de anticorpos para a produção da vacina, e a primeira coisa foi a foi a sequenciação genética.
O agravamento da crise brasileira exigirá um confinamento mais sério, ou veremos os números extrapolarem e o Sistema de Saúde já praticamente esgotado.
O confinamento é necessário e a volta a frivolidade deve ser repensada como forma não apenas de evitar uma crise econômica maior, mas principalmente a distribuição de bens mais justa.
A lei, o farisaísmo e a figueira
O excesso de legalismo e de regras mata a vida, a figueira é uma árvore que fica muito tempo “seca” e depois saem as folhas e os frutos, mas por algum tempo parece morta.
O farisaísmo são aquelas regras morais, religiosas e em nosso tempo “do estado” que se tornou um deus, que mata a vida no desejo de controla-la, Petr Sloterdijk escreveu sobre isto em “Regras para o parque humano”, embora não concorde com tudo, em essência o diagnósticos dele é correto, exceto pelo fato que fez dista contestação uma “religião”.
Suas propostas, que eram uma resposta a Cartas sobre o Humanismo de Heidegger, que me fez deplorá-lo por muito tempo, aos poucos entenderam filósofos e teólogos, que estavam uma conferência em Elmaus, na Basiléia, que depois fez uma compilação e transformou em livro.
O diagnóstico de Sloterdijk que a figueira humana secou devido “a domesticação”, pode ser lida claramente no trecho de seu livro:
“O que ainda domestica o homem se o humanismo naufragou como escola da domesticação humana? O que domestica o homem se seus esforços prévios de autodomesticação só conduziram, no fundo, à sua tomada de poder sobre todos os seres? O que domestica o homem se em todas as experiências prévias com a educação do gênero humano permaneceu obscuro quem ou o quê educa os educadores, e para quê? Ou será que a pergunta pelo cuidado e formação do ser humano não se deixa mais formular de modo pertinente no campo das meras teorias da domesticação e educação?” (Sloterdijk, 1999a, p. 32).
Eis a figueira humana, eis o farisaísmo e suas regras “religiosas” ou “estatais”, depois de retomar a leitura, leio logo no início uma frase de Jean-Paul que Sloterdijk cita escrevendo a Heidegger “livros são cartas dirigidas a amigos, apenas mais longa”, e entendi que no fundo é um Heideggeriano, mas com uma crítica justa e bem colocada: onde está o humanismo ?
Nosso saber é antropocêntrico, rejeita até mesmo a técnica que é produção humana como “estranha”, temos no fundo um desprezo por processos de mudanças, os que o criticam como fascista devem lembrar que foi a ideia de estado “forte” que motivou o fascismo e ditaduras.
A ideia de autoridade farisaica que assustava Jesus nos escritos bíblicos, embora Sloterdijk critique também a religião recupera-a ao dizer que existe uma “ascese desespiritualizada” , que transformou os templos em locais de roubos e de imundices, não é diferente do estado moderno, a todos que o cultuam e reverenciam, há uma desconfiança geral sobre políticos.
Sloterdijk, Petr. Regeln für Menschenpark, Frankfurt/M. Suhrkamp (1999). Tradução brasileira: Regras para o parque humano – uma resposta à carta de Heidegger sobre humanismo, São Paulo, Estação liberdade, 2000.
Sócrates, a boa vida e a tecnologia
Antes de finalizar o capítulo da educação liberal, Sócrates lembra sua celebre frase: “conhecer-se a si mesmo” e retoma a ideia que “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”, assim que sai o seu interlocutor Peter Pragma para pegar um café e espairecer as ideias.
No tópico 3 do capítulo I: Da tecnologia e das larvas, o amigo que havia saído para tomar um café se deparou com a máquina quebrada e disse que se tornaria um técnico.
Sócrates lembra o caráter imediatista e simplista de escolher uma profissão, e Peter afirma que já não pode aguentar mais interrogatórios, então Sócrates pensa em um modo de mudar a própria metodologia que é a pergunta, “talvez haja um modo” e Peter se anima.
Mas seria ilógico Sócrates abandonar seu método, o que ele faz é chamar uma moça próxima chamada Marigold Measurer (algo como medindo as Margaridas, explica a nota de rodapé da página 42), a moça concorda mas fica intrigada com Sócrates, acha que é um psicólogo.
Mas Sócrates diz, bem a gosto de uma filosofia mais contemporânea, que é uma “espécie de conscienciólogo … sou um filósofo”, Marigold pergunta se é o departamento dele, o que refuta prontamente, seria contraditório ter um departamento de filosofia, já que filosofia não é um departamento.
A conversa de desenrola com Marigold mantendo certo segredo de seu trabalho, mas reafirmando que os trabalhos hoje tem certa “hierarquia” e questiona o lugar da filosofia, e finalmente Marigold diz que trabalha com engenharia genética.
Sócrates então questiona o papel da tecnologia de subordinar a natureza e sugere que sejamos apenas “amigos” dela, pergunta “porque gostaria de conquistar sua mãe? Só conquistamos nossos inimigos”, está na página 45.
Questionada se não teria medo de “perder o controle” do seu trabalho, Marigold afirma que seu trabalho é sério, ao que Sócrates pergunta se um produtor de vinhos seja sóbrio, “seria correto que ele fornecesse seu produto a um alcoólatra ?” finaliza na página 46.
O diálogo sobre a tecnologia ainda continua, mas podemos ficar com a pergunta de Sócrates.
KREEFT, P. As melhores coisas da vida. Campinas: Ecclesiae, 2016.
Devemos limitar a inteligência artificial
Agora é séria a discussão, a proximidade de situações em que máquinas possam ir além da capacidade humana foi abertamente discutida em Washington D.C., num evento promovido pela Fundação Information Technology and Innovation (ITIF), e foi discutido se ultrapassando a inteligência humana, as máquinas colocam em cheque a existência da humanidade.
O assunto foi relatado na Computer World e é preocupação filosófica de filósofos como Peter Sloterdijk, Hannah Arendt e Ernest Heidegger, mas também é curiosamente esperado como ponto de singularidade que Raymond Kurzweil é um cientista conhecido por se prepara para o momento da singularidade, mas apesar de suas excentricidades é muito respeitado pela comunidade científica.
O pesquisador Stuart Russel, professor de Engenharia Elétrica e Ciências Computação na U.C . Berkerley disse : “Estamos todos trabalhando em partes da questão …. Se formos bem sucedidos, vamos conduzir a raça humana fora do penhasco, mas nós meio que espero que nós vamos ficar sem gás antes de chegar ao penhasco.
Isso não parece ser um plano muito bom …. Talvez nós precisamos para dirigir em uma direção diferente “. Russell foi um dos cinco oradores no painel, hoje, que assumiu perguntas sobre AI e teme que a tecnologia pode um dia se tornar mais esperto do que os seres humanos e executar tarefas complexas.
Também o físico Hawking, que escreveu Uma Breve História do Tempo, disse em maio que os robôs com inteligência artificial poderiam superar os seres humanos dentro dos próximos 100 anos.
No ano passado, ele foi ainda mais contundente: “O desenvolvimento da inteligência artificial completa pode significar o fim da raça humana.” Discutir o futuro da humanidade tornou-se imperativo agora também tecnológico.
Depois das redes, as conexões dos tecidos
O trabalho é de um amigo pessoal, Luciano da Fontoura Costa, em projeto financiado pela FAPESP e que já lhe valeu uma publicação, nada mais nada menos que na Nature Communications, uma relevante revista para pesquisadores de alto nível nesta área.
Uma pequena reportagem sobre o projeto pode ser lido na revista eletrônica da FAPESP, intitulado Arquitetura dos Tecidos, ele desenvolveu métodos computacionais para analisar imagens de células do epitélio, tecido que recobre interna ou externamente os órgãos e verificar o tipo de ligação entre elas.
Para estudar as ligações, existe um modelo matemático chamado grafo, uma espécie de diagrama, onde as ligações são representadas como um conjunto de pontos (nós ou vértices) ligadas por retas.
Segundo Luciano, “o estudo é consequência de anos de colaboração dele com os pesquisadores Madan Babu e Luis Escudero”, ambos do Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, na Inglaterra, sendo o objetivo principal da pesquisa “investigar a organização epitelial de uma forma mais abrangente e sistemática, usando não apenas medidas da forma de cada célula, mas também uma rede de contatos entre elas”, explicou.
Os tecidos podem ter uma caracterização geométrica, os pesquisadores ingleses buscaram esta caracterização geométrica em cada célula registrada em imagens microscópicas do epitélio de asas e olhos de embriões de frango e da pupa de drosófila, a mosca-das-frutas, enquanto Luciano montou uma rede de contatos entre as células e realizou a análise multivariada dos dados, e através do tratamento estatístico dos dados buscou algum tipo de padrão.
Primeiro biocomputador feito em Stanford
Conforme notícia no jornal da Universidade de Stanford, uma equipe liderada pelo prof. Markus Covert, professor assistente de bioengenharia, utilizando dados de mais de 900 trabalhos científicos, conseguiram explicar toda interação molecular que ocorre no ciclo de vida da Mycoplasma genitalium, uma das menores bactérias conhecidas.
Embora existam muitos problemas, como por exemplo, a compreensão da interação entre genes, outro prof. Diretor do Instituto Nacional de Saúde, James M. Anderson afirmou que “esta conquista demonstra uma transformação na abordagem para responder questões sobre os processos biológicos fundamentais”, porque os “modelos de computadores mais abrangentes de células inteiras têm o potencial de fazer avançar nossa compreensão sobre a fundação celular e, em última instância, pode informar sobre novas abordagens no diagnóstico e tratamento de doenças”.
A diferença da abordagem é explicada por um estudante co-autor do artigo sobre a descoberta, Jayodita Sanghvi, explicando que muitos problemas podem estar na interação de milhares de genes e não em um único gene como se imaginam em muitas abordagens, mas agora deve-se “trazer todos esses dados em um único lugar e ver como ele se encaixa”, referindo-se a interação de diversos genes.
O artigo “The Dawn of Virtual Cell Biology”, foi publicado na revista Cell, e tem a seguinte lista de autores: Jonathan R. Karr, Jayodita C. Sanghvi, Derek N. Macklin, Miriam V. Gutschow, Jared M. Jacobs, Benjamin Bolival, Nacyra Assad-Garcia, John I. Glass e Markus W. Covert .
Cientistas descobrem “oi” das células
Há muito se sabe que as células produzem sinais e estes podem “criar” relações entre elas, são sinais químicos produzidos “fora” da célula que produzem efeitos “dentro” da célula.
Em um trabalho com resultados que se iniciaram a três anos, os pesquisadores Domitilla Del Vecchio, e o professor associado Keck Career do Departamento de Engenharia Biomédica do MIT nos EUA, propuseram pela primeira que é possível detectar respostas das células a sinais em suas proximidades, e conseguiram a primeira evidência direta desta teoria, anunciada no dia de ontem no site do famoso Instituto de Massachussets, e que estará num trabalho já está publicado na revista Science Signaling.
Tudo parecia evidente como “reações químicas”, mas o resultado recente é que acontece uma comunicação é uma via de duas mãos, ou seja, as células de sinalização acusam que os seus sinais estão sendo recebidos, e, em seguida, ajustam o volume para as “respostas”.
Domitilla e seus colegas consideraram o resultado “surpreendente” e “não-intuitivo”, no trabalho que contou com co-autoria de pesquisadores da Universidade de Michigan, da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de Rutgers.
Os efeitos podem ser comparados à maneira como os sistemas elétricos ou hidráulicos interagir reagem a uma carga, explicou a pesquisadora, se por exemplo, você ligar uma ducha do banheiro, a pressão da água em uma torneira por perto pode cair por causa do fluxo extra de água usado do mesmo tanque. Da mesma forma, as luzes podem de lâmpadas podem cair momentaneamente quando um motor de geladeira é acionado colocando um peso extra num circuito doméstico.
De forma semelhante verifica-se no sistema vivo quando uma célula é colocada sobre sinais de fora delas, moléculas sinalizadoras em resposta a algum estímulo variável, respondem mas podem variar o tempo que leva para responder mudando se houver “alvos ajustados”, isto é, os receptores dentro da célula que estão recebendo o sinal de modo diferenciado conforme o estímulo. Isto porque enquanto nos sistemas elétricos e hidráulicos eles são bem compreendidos, a comparação poderá ajudar os cientistas a descobrirem como aproveitar e aplicar os novos conhecimentos sobre o comportamento das células, em tratamentos de doenças e compreendendo melhor o sistemas vivos.
Domitlla disse: “Em princípio, dá-nos uma maneira de como ajustar o comportamento do sistema, que não era conhecida antes. Além disso, nos dá uma idéia de como podemos construir dispositivos ” que aproveitarão melhor este mecanismo.