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Arquivo para a ‘Cognição’ Categoria

Educar com criatividade

24 set

KenRobinsonKen Robinson é considerado um líder cultural visionário por ter levado ao comitê assessor do governo britânico uma investigação massiva sobre o significado da criatividade no sistema educacional e na economia, e o ganhou um título de Sir em 2003 após suas realizações.

Seu livrode 2009,O elemento: Como encontrar a sua paixãomuda tudo, éum bestseller do NewYork Timese foi traduzidopara 21 idiomas, incluindo o portugues.

A edição no 10º.  Aniversário, de sua obra clássica sobre criatividade e inovação, Out of OurMinds: aprender a ser criativo, teve a publicação em 2011, de seu último livro,  que é o seu sucesso atual: Encontrandoseu elemento: Como descobrir seus talentos e paixões e transformar sua vida, que foi publicado pela Viking em maio 2013.

Neste talk ele ensina como incentivar a criatividade, de um modo divertido e profundamente comovendo ele mostra como um sistema educacional pode estimular (em vez de minar) a criatividade dos estudantes.

Segundo ele três preocupações são comuns na educação: a primeira é economica, como eles trabalharão na economia do futuro, a segunda é cultural, como preservar nossa cultura na educação e a terceira é que devemos elevar os padrões, mas o sistema atual foi pensado para uma época diferente e isto está cansando os jovens pois foi pensado no iluminismo e na circunstância econômica da revolução industrial.

Ele critica a ideia do déficit de atenção (ADHD), que para ele é um modismo médico, o problema é que não estamos atentos a um período altamente criativo da humanidade.

Seu TED Talk já teve quase 4 milhões de acessos, mas colocamos um video com boa tradução no português.

 

Saiba como sucesso ou fracasso ocorrem

23 set

Dra.DuckworthTEDs (Technology, Entertainment, Design) são palestras de no máximo 18 minutos que se tornaram sucesso no meio acadêmico, sendo hoje uma fundação sem fins lucrativos,  sendo a própria definição da organização como “ideias que merecem ser disseminadas” e são divulgadas pela internet com ferramentas de edição em diversas línguas.

Divulgaremos alguns destes TEDs que se tornaram “insanamente” populares pela novidade e criatividade das ideias expostas.

O primeiro deles é o da psicóloga Dra. Angela Lee Duckworth da Universidade de Pennsylvania, que estuda conceitos de auto-controle e as chaves para determinação do sucesso, tentando prever tanto sucesso acadêmico como profissional.

O TED da Dra. Duckworth está com mais de 5 milhões de acessos, e seus resultados não são apenas surpreendentes, mas atestam a sua capacidade e determinação de busca de resultados, que é justamente o método que procura aplicar em suas pesquisas.

Ela havia deixado uma consultoria para tornar-se professora de matemática de alunos do 7º período em escolas públicas em Nova Yorque e descobriu que não era o Q.I que determinava o sucesso dos alunos, mas uma força que ela chama de “determinação”.

 

Livros didáticos adaptados ao conhecimento

02 set

Pesquisadores da Rice University desenvolveram a plataforma OpenStax, de aprendizagem adaptativa para livros digitais, Opene alguns já estão sendo usados ​​para treinar algoritmos para a  aprendizagem por máquina que pode se adaptar a diferentes indivíduos.

Assim quando um usuário parece está tendo dificuldade com um tema específico, o livro vai se adaptando e adicionando detalhes extras e fazendo perguntas práticas, aumentando a ênfase em assuntos relacionados para auxiliar a compreensão.

O projeto desenvolvido na universidade Rice de Houstoun, tem como diretordo OpenStax College Richard Baraniuk, que afirmou “Queremos ser capazes de criar o livro perfeito para cada pessoa”.

OpenStax também incorpora algumas práticas de recuperação da informação, com um método de aprendizagem usando o material que os alunos já aprenderam usando-os em alguns testes ocasionais em aprendizagens futuras.

Este ensino personalizado já tem um teste inicial em algumas escolas de Houston, mas grandes instituições já manifestaram interesse, um é exemplo é o colégio de Salt Lake Community College (SLCC) que quer “treinar” livros para reforçar os algoritmos do Open Stax, disse Josan Pickavance do SLCC ao NewScientist: “Nós temos um corpo discente de tal forma variado em prontidão na faculdade”, dizendo que se dispunham a este treinamento.

 

Visões de 2025: um workshop

22 mai

Na terça-feira , um evento em  Washington DC, chamado “Computing Visions 2025: CogntiveAssistanteInteracting with the Computers All Around Us, reuniu jovens e uma  líderença da inteligencia acadêmica, governamental e da indústria, criaram um evento nos EUA, para pensar benefícios dos computadores do futuro.

Um dos idealisadores foi Limor Fix,  que tem um blog e promoveu o evento, ele era até recentemente um funcionário da Intel e agora é um diretor da Universidade Collaborative Research (UnCoR), uma concepção moderna de pesquisa colaborativa.

Foram pensandos dispositivos inteligentes que vão desde os dispositivos médicos incorporados no corpo humano, bio-sensores, dispositivos móveis , robôs e carros inteligentes que fornece recursos sociais poderosos com assistência cognitiva e física.

Assim, imaginando um cenário futurista, sistemas de computação ajudarão a criar: uma educação acessível e de alta qualidade, maior vigilância da saúde no dia a dia, auxílio para superar deficiências físicas, mental, cuidados mais acessíveis com idosos e o que melhor se possa pensar, com um transporte mais seguro e mais fácil de ajustarem-se aos comportamentos e hábitos quando necessários.

Para desenvolver essas assistentes inteligentes a interação entre as pessoas e computação se tornará uma multi-partidário interação pessoa-a- máquina. Interação Immersive terá lugar onde toque, gestos, fala, olhar, bio-dados, análise das expressões faciais, a interaçãocom objetos, localização, contextos, em ambientes que serão altamente interconectado.

Isto está sendo chamado de Sistema de Assistência Social, Cognitiva e Física, e que poderá estar integrado a maioria dos dispositivos presentes na vida das pessoas da próxima década.

 

O poder dos imperfeitos

16 abr

Em uma sociedade em que predomina a cultura do perfeccionismo, muitos recorrem a máscarasBrenéBrown para esconder ou minimizar as dores de não ser bom o bastante, embora exista por outro lado pessoas que ironizam aqueles que querem sair do anonimato, e nisto entram as redes sociais, onde invisíveis se tornam visíveis.

 

Brené Brown mostra o verdadeiro arsenal que usamos contra essas sensações e explica em que consiste cada escudo e quais estratégias podem ser usadas nesse “desarmamento”, na verdade é uma aula de filosofia, mas de vida não de pensamentos elevados.

 

Na obra também combate os mitos que afirmam que ser vulnerável é o mesmo que ser fraco, quando na verdade somos todos vulneráveis, ele desvenda um ser humano mais humano e menos perfeito, lembro o trecho Bíblico “quando sou fraco é que sou forte”  (Paulo 2, Cor. 12).

 

Trata de temas fundamentais na filosofia atual, como a vergonha e a empatia, para analisá-las colheu centenas de depoimentos durante seis anos, a autora chega então à conclusão de que compreender e combater a vergonha de errar e de se expor é fundamental para o sucesso, é preciso superar o medo do que os outros pensam.

 

Sua conferência TED (vídeos educacionais online), sua palestra sobre O Poder dos imperfeitos já teve mais de 14 milhões de visualizações, mas recomendo o livro “A coragem de ser imperfeito”.

 

 

O centro do amor e do ódio no cérebro

04 abr

Segundo reportagem feita a partir da Scientific American, o centro do ódio e do amor no cérebroAmorOdio humano está no mesmo lugar, em estudo feitos buscando os fundamentos neurológicos do amor.

 

O estudo foi feito pelo neurobiólogo Semir Zeki, do Laboratório de Neurobiologia da University College London, liderando um estudo que usou 17 adultos para mapear o cérebro enquanto estes eram estimulados por imagens de pessoas que eles admitiam odiar.

 

A observação eram feita em tela, a partir de equipamentos de ressonância magnética funcional (RMf), que usa os mesmos princípios da ressonância magnética para casos clínicos, mas com sensores que podem indicar quando e qual região do cérebro está sobre tensão.

 

Eles mapearam uma parte do chamado “circuito do ódio”, onde são despertados sentimentos  agressivos como raiva, medo e perigo, mas observaram que também podem surgir nestas regiões sentimentos positivos como o amor romântico, que na compreensão dos cientistas parecem desativar áreas tradicionalmente associadas ao julgamento com relação a pessoas.

 

Mas algumas associações com o amor foram surpreendentes para autores, em estudo que já havia sido publicada em outubro de 2008 na PLoS ONE, pois as áreas do putâmen e insula ativadas pelo ódio são as mesmas do amor romântico e foram mais uma vez observadas.

 

 

Mitos e verdades sobre “déficit de atenção”

28 nov

É comum associar o déficit de atenção ao uso de muitos aparelhos, comuns agora devido daCerebro tecnologia digital, a maioria dos pesquisadores já esclareceu que é um mito, mas vejamos do ponto de vista cognitivo o que acontece.

Fisiologicamente, o cérebro recebe novas informações pelo tálamo, ele é um filtro de atenção, caso você esteja conversando com alguém num ambiente barulhento, ele bloqueia o que vem de fora para manter a informação que vem da conversa.

Se treinarmos isto é possível trocar de “tarefa”, por exemplo, deixar a TV e ler um texto, mas coisas que chamam muito a atenção e o filtro do tálamo não funcionam, pode provocar uma “dispersão” ou o chamado do déficit de atenção, e estes casos no mundo moderno são muitos.

Os impulsos nervosos transmitidos ao centro de processamento, que é o córtex, uma espécie de casca do miolo do cérebro, tem capacidade de identificar estímulos diferentes pelos sentidos, por exemplo, de você come o paladar está ativo e também está conversando, ambas as informações passam pelo tálamo e vão a região diferentes do córtex, que corresponde à audição (conversa) e ao paladar (gosto).

Depois de reconhecer os estímulos, o córtex envia a informação para o hipocampo, ele é que é o comandante da memória, ou seja, seleciona o que é armazenado e descarta o que julga essencial, mas isto depende do estímulo que você dá, por exemplo, a fala do meu pai não é importante, então descarto, só quero curtir e depois esquecer, então descarto.

Acabou-se de ver uma partida de basquete com alguns amigos, o jogo vai para um lugar de guardar porque você sentiu prazer e mandou um estímulo para guardar, mas de viu as pessoas que estejam no jogo, e não deu atenção (não reforçou o estímulo), então isto vai para o local onde pode esquecer, ou já esquece no momento seguinte.

Enquanto o hipocampo trabalha, você vai dando um “destaque” emocional a todas as informações que julga importante, ajudando a destacar o que deve ser marcado, então isto dá mais valor a certa informação que você diz ao cérebro que é importante.

Portanto o esquecimento está ligado a gostar, a desejar e também a treinar o cérebro para o que é importante, a maioria da informação que fazemos “por obrigação” é descartada.

Essa informação é enviada para a região chamada amígdala (não confundir com a da garganta), que dá um “calor emocional” às informações, destacando o que é mais marcante para nós.

Então aquilo que “queremos guardar” não pode ser num momento de “déficit de atenção”, por exemplo: desconforto do ambiente, cansaço ou algo desagradável ao lado.

 

Nutrição informacional

27 nov

Como a maioria das pessoas hoje se alimentam muito mal da informação, confundem este fenômenoDistractedMind com o advento da internet e depois do aplicativo da Web (é só uma aplicação).

O fenômeno da informação, conforme salientamos em outro post, é anterior a internet e muito anterior a Web, a questão da abundancia da informação já era estudada na década de 40 e um importante livro neste aspecto é “A ansiedade de Informação” de Wurman.

Porém o aspecto foi piorado com a tecnologia, e o professor Larry Rosen, da Universidade Estadual da Califórnia e que é pesquisador da chamada “psicologia da tecnologia”, afirma que a capacidade média de concentração de muitas pessoas agora, é de apenas 3 a 5 minutos, depois se distraem e não conseguem terminar o que haviam começado.

Como se fosse uma imensa mesa de tudo quanto é tipo de alimentos, no Brasil característica do Self-service, mas no mundo todo pode ser pensado como uma bela mesa de Natal, você não deve comer de tudo e pode passar mal se fizer isto.

Para informação é a mesma coisa, então precisamos selecionar o que, quanto e como nos “alimentamos” da informação, e isto é o que chamo de “nutrição informacional”.

Segundo o Dr. Adam Gazzaley, que escreveu The Mind Distracted (a Mente distraída) o cérebro pode parecer sem limite no seu potencial, ou com limitações, como a velocidade de processamento, os limites de atenção, as limitações de trabalho, sensibilidade a interferências. Tanto externas, quanto internas. 

Esclarece o livro, tem havido uma explosão na variedade e a diversidade da mídia eletrônica. Dispositivos portáteis podem fornecer o máximo de informações de um computador, ele faz então as perguntas:
• Alguma vez você já trabalhou em um documento enquanto escutava uma música e tinha que abrir um e-mail a?
• Você já assistiu televisão enquanto navegava na Internet e recebia mensagens de texto?

Os diversos dispositivos de mídia que as crianças usam, simultaneamente, pode ser ainda maior do que os adultos, e esse tipo de comportamento não vai desaparecer tão cedo.

Mas isto pode influenciar nossa capacidade cognitiva e performance do nosso cérebro, o livro diz como controlar estas questões.

 

O homem biônico de hoje

29 out

Ele já tem as funções humanas: anda, fala e ele tem um coração batendo (que pode fazer exatamente a função do coração humano), mas seu objetivo não é humano, é o de mostrar as funções humanas feitas por tecnologia,BionicoHomem e por isso é primeiro homem totalmente biônico do mundo (bionic man)

Assim ele é  “uma mistura de partes do corpo, o homem biônico é um amálgama das próteses humanas mais avançadas”, conforme afirma a revista Livescience, “de membros robóticos para órgãos artificiais para um sistema circulatório de bombeamento de sangue”, o andar e pegar como simulações perfeitas do homem.

A criatura “ganhou vida” no “O Incrível Homem Bionic”, que estreiou neste domingo (20 de outubro) no Canal Smithsonian em um video (veja o vídeo do Bionic Man).

Os dispositivos usados nos diversos orgãos foram desenvolvidos por laboratórios diferentes, como o olho e o coração, que são próteses que podem ser implantadas em seres humanos.

Ainda é sómente uma máquina, sem qualquer tipo de sentimento, a ficção do Homem se seis milhões de dólares, ou o Homem Bicentenário, ainda ficam no cinema.

Ele já tem as funções humanas: anda, fala e ele tem um coração batendo (que pode fazer exatamente a função do coração humano), mas seu objetivo não é humano, é o de mostrar as funções humanas feitas por tecnologia, e porisso é primeiro homem totalmente biônico do mundo (bionic man)

Assim ele é  “uma mistura de partes do corpo, o homem biônico é um amálgama das próteses humanas mais avançadas”, conforme afirma a revista Livescience, “de membros robóticos para órgãos artificiais para um sistema circulatório de bombeamento de sangue”, o andar e pegar como simulações perfeitas do homem.

A criatura “ganhou vida” no “O Incrível Homem Bionic”, que estreiou neste domingo (20 de outubro) no Canal Smithsonian em um video (veja o vídeo do Bionic Man).

Os dispositivos usados nos diversos órgãos foram desenvolvidos por laboratórios diferentes, como o olho e o coração, que são próteses que podem ser implantadas em seres humanos.

Ainda é somente uma máquina, sem qualquer tipo de sentimento, a ficção do Homem se seis milhões de dólares, ou o Homem Bicentenário, ainda ficam no cinema.

 

Mais mentes confusas pela internet

25 out

GeracoesEm reportagem da revista Época, também o livro de Mark Bauerlein, autor de The dumbest generation (A geração mais estúpida) há uma análise pessimista em que ele antecipa uma nova Idade das Trevas, quando os indivíduos que hoje são crianças e adolescentes chegarem à maturidade.

Na análise deste autor na revista Época, “uma vez de mentes juvenis inquietas e repletas de conhecimento, o que vemos nas escolas é uma cultura anti-intelectual e consumista”, atribuída a Bauerlein, professor da Universidade Emory,na Geórgia, que supervisiona estudos sobre a vida cultural americana.

Seu estudo sobre a influência das mídias digitais foi feito com 81 mil estudantes americanos de ensino médio e segundo ele foi detectado que 90% “leem ou estudam” menos de cinco horas por semana, e passam muitas horas assistindo à TV, navegando na internet ou jogando videogames, numa média de 6 horas semanais, e aí toma conclusões apressadas, ao dizer “não sabem praticamente nada de história”, etc.

Não sei se os dados da juventude dos anos 60 seriam diferentes, apenas não tinha internet e havia a guerra do Vietnã e no Brasil, eram tempos de regime militar, e até mesmo falar a palavra ditadura era proibido, os sistemas educacionais eram repressivos e pouco inventivos, felizmente entrei na primeira turma de computação em minha universidade e tive alguns professores regulares, que liam e se informavam sobre a história do país, mas eram também minoria.

A gente lia romance, mas era coisa água com açúcar, queríamos mesmo era uma TV colorida para ver o jogo do Brasil, não lembro se cantava “este é um país que vai prá frente”, na verdade gostava de matemática e só fui entender de política quando entrei na universidade, mas sou fruto da geração hippie e dos “cabeludos”.

As aulas de histórias sempre foram bobas, tinham que decorar datas e saber quais eram os “heróis nacionais”, enfim nenhuma análise crítica da realidade, na universidade fui ler porque era de um grupo alternativo de esquerda e precisava ter argumentos contra a “ditadura”, hoje agradeço os “rebeldes” de minha juventude, sem eles eu seria também uma “dumbest generation”.

A quanto tempo ficamos na frente da TV engolindo cultura enlatada ? o que dizem sobre a cultura árabe ou muçulmana nos nossos jornais ? alguém sabe algo da cultura africana ? quem é a dumbest generation ?

Os problemas que recaíram sobre esta geração não tem conexão com a geração perdida (1914 – 1924), a geração baby boomers (46-64) e a geração hippie (64-84) ? será que só agora são “dumpest” ?