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Urgente: acordo contra IA letal
Jornais e revistas de todo mundo estão a dar uma notícia fundamental para o futuro do mundo e da IA, pela segunda vez mais de 150 empresas e 2.400 pessoas de 90 países diferentes assinam um acordo de não participarem da fabricação, uso e comércio de armas autônomas letais, entre eles estão incluídas a Google DeepMind, a Fundação XPRIZE e Elon Musk.
Estava a realizar a Conferencia Internacional sobre Inteligência Artificial que terminou ontem, em Estocolmo, na Suécia e o pacto de compromisso foi organizado pelo Future of Life Institute.
Há quase um ano atrás especialistas em AI (Inteligência Artificial, na sigla em inglês) e robótica assinaram uma carta aberta às Nações Unidas para suspender o uso de armas autônomas que estavam a nos ameaçar com uma “terceira revolução na guerra”.
Ressaltaram na época que “Robôs assassinos” autônomos significam armas que podem identificar, mirar e matar de forma autônoma, ou seja, nenhuma pessoa toma a decisão final de autorizar a força letal: a decisão e autorização sobre se alguém irá ou não morrer é deixado para um sistema ou algoritmo em uma máquina mortífera.
O professor australiano Toby Walsh, da Universidade de Novas Gales do sul, ressaltou que as novas armas letais envolvem questões éticas: “Não podemos entregar a decisão sobre quem vive e como morre para as máquinas”.
O professor Walsh fez parte de um grupo de pesquisadores australianos em robótica e inteligência artificial que, em novembro de 2017, pediram ao primeiro-ministro Malcolm Turnbull para se posicionar contra o armamento da inteligência artificial.
Todos os pesquisadores sérios dessa área com certeza apoiam e se manterão atentos.
Nagel, o fisicialismo e o ser
Todo o fisicalismo moderno, a physis grega é outra coisa, é essencialmente reducionista, pois “todo o reducionista tem a sua analogia preferida, retirada da ciência moderna” (Nagel, 1974)
Embora Nagel não defina o que é físico para ele, diz textualmente em nota de rodapé, afirma que “para além de ser interessante, uma fenomenologia que seja objetiva neste sentido poderá permitir que as questões acerca da base física da experiência adquiram uma forma mais inteligível” (Nagel, 1974).
Ainda que Aristóteles tenha chamado os pré-socráticos de “physikoi”, isto não tem a ver com a concepção moderna, assim como não se pode traduzir physis por natureza simplesmente.
Destaca-se aqui dois autores que falaram sobre este conceito grego, para Jaeger: “a palavra abarca também a fonte originária das coisas, aquilo a partir do qual se desenvolvem e pelo qual se renova constantemente o seu desenvolvimento; com outras palavras, a realidade subjacente às coisas de nossa experiência”, enquanto Burnet, por sua vez, afirma que “na língua filosófica grega, physis designa sempre o que é primário, fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário, derivado e transitório”.
São estas concepções que mais se aproximam de Nagel, porém pode-se dizer seu conceito é quase ontológico: “mas fundamentalmente um organismo tem estados mentais conscientes se e só se há algo que é ser esse organismo — algo que é ser para o organismo.”
Porém o conceito importante e definitivo de Nagel é que pode fazer sentido perguntar se como é ser um morcego, mas não é concebível perguntar-se como é ser uma tostadeira, a física tem limites e se quiser pode-se ir mais fundo, já postamos aqui sobre a “Incomplete Nature: the mind emerged to matter” de Terrence Deacon.
NAGEL, T. Como é ser um morcego? (1974). Rev. Abordagem Gestalt. vol.19 no.1 Goiânia jul. 2013
AI aprendendo com animais
Castores, cupins e outras criaturas constroem estruturas em resposta a problemas ambientais, a ideia de utilizar estas estratégias em robôs autónomos foi feita por pesquisadores da Universidade de Buffalo.
No novo sistema o robô monitora e modifica continuamente o seu terreno para torna-lo de maior mobilidade, semelhante ao castor que reage ao fluxo de água construindo uma represa, aliás que tipo de inteligência é esta, Thomas Nagel perguntaria como é ser um castor?
O problema não é tão simplesmente e os algoritmos devem mudar quando há espaços imprevisíveis e complexos, para isto recorreram a um fenômeno biológico chamado estigmética, que é uma coordenação indireta reagindo a um problema, biólogos e zoólogos estudam isto.
Os pesquisadores usando este novo algoritmo, equipando o robô com uma câmera, um software especializado e um braço robótico que levanta e deposita objetos, colocaram sacos de feijão de diferentes tamanhos ao redor da área, em 10 testes, o robô mudou de 33 para 170 sacos, cada vez criando rampas novas para alcançar seu destino.
Um release deste trabalho está no site da Universidade de Buffalo, e o trabalho será apresentado a semana passada ( 25-30 junho) na conferência Robots: Science and Systems, em Pittsburgh.
Absurdidade e a evolução do virtual
O termo absurdidade muito usado pelo filósofo americano Thomas Nagel, e serve assim como o “confusionismo” de Lucien Sfez, mas Nagel acha isto muito humano e chegou a afirmar: “A absurdidade é uma das coisas mais humanas sobre nós: uma manifestação de nossas características mais avançadas e interessantes”, e isto é muito humanista.
Já postamos aqui a refutação de Jean-Gabriel Ganascia sobre a Inteligência Artificial, ainda que o nome possa não ser próprio, o debate esquentou com a robô Sophia que recebeu a cidadania iraquiana, mas numa jogada de marketing, e o uso de “assistentes virtuais de voz”, como o Cortana, o Siri e o Google Now.
Agora o “brinquedinho” Alexa da Amazon começa a entrar nos lares, e ele tem um potencial maior porque o universo da Internet das Coisas (IoT) está crescendo e vai dar o que falar.
Retornando a Nagel, a absurdidade não é para ele um empecilho, mas exatamente uma afirmação do humanismo, em seu livro seu “What Is it Like to Be a Bat?” , de 1974, ele afirma que poderia fazer sentido você se perguntar como deve se sentir sendo um morcego, mas não faria o menor sentido perguntar-se como se sentiria sendo uma tostadeira.
Isto quer dizer que toda esta limitação que querem imposta às máquinas, é ao contrário do que parece, um anti-humanismo, uma rejeição da evolução dos meios de produção e do conhecimento, envolto com um sentimentalismo sobre “o humano” em tempos do desumano.
Falando em evolução a visão crítica de Nagel do darwinismo e também do neo- darwinismo, embora veja sua utilidade no debate científico, para o qual afirma: “Uma das tarefas legítimas da filosofia é investigar os limites até mesmo das formas mais bem desenvolvidas e mais bem-sucedidas do conhecimento científico contemporâneo. Pode ser frustrante reconhecer, mas estamos
simplesmente no ponto da história do pensamento humano em que nos encontramos,
e nossos sucessores farão descobertas e desenvolverão formas de compreensão das
quais não sonhamos.”
Lembra a frase de Teilhard Chardin: “todo o futuro é melhor que qualquer passado”.
Pode uma batida de asa de borboleta causar um tornado ?
O chamado efeito borboleta, surgiu de um artigo de E. Lorenz em 1975 numa revista de previsão atmosférica e por isto ficou um longo tempo escondido como “fenômeno”.
A primeira questão é esta, existe mesmo este artigo, porque é tão pouco mencionado ainda mais no Brasil uma vez que o nome do país aparece no título: “Predictability: Does the Flap of a Butterfly’s Wings in Brazil Set off a Tornado in Texas?” (previsibilidade: pode a batida das asas de borboletas no Brasil causar um tornado no Texas?), sim o artigo existe.
As outras duas questões colocadas pelo próprio Lorenz são: se uma única borboleta poderia gerar um tornado, as batidas de asas anteriores ou subsequentes também poderiam causar e os milhões de outras borboletas também, e, se elas poderiam causar também poderiam evitar.
O que Lorenz propôs em termos gerais +e que as perturbações minúsculas não aumentar nem diminuíam a frequência de eventos como tornados, a questão que ele coloca em seu artigo é que a influência imediata de uma única borboleta pode fazer a presença de um tornado evoluir em duas situações diferentes, podendo em alguma instância bem inicial decidir sua presença ou não.
Esse pequeno evento pode ser fundamental, encadeado a outros, capazes de modificar o regime dos ventos e a temperatura em uma vasta região, passariam horas e o encontro das massas de ar podem provocar uma forte chuva em áreas que antes se determinava sol.
Daí vem o que Poincaré enunciou em 1908 como “sensibilidade das condições iniciais”, mas é preciso dizer que a formulação de sistemas caóticos de Lorenz distanciou-se muito do que é chamado de sistemas não lineares em matemática, a partir da ideia que linear é o mais comum, enquanto instáveis ou caóticos são não convencionais.
A maioria dos sistemas são instáveis, e isto é fundamental, Heisenberg de quem falamos em nosso post anterior, afirmou: “a física quântica derrotou a causalidade e a certeza que os sistemas estáveis e previsíveis nos oferecem, é famosa sua frase: “A Física quântica forneceu a refutação definitiva do princípio de causalidade.”
Pequenas ações, em sistemas humanos, também podem causar diferenças enormes e levar os sistemas humanos a estabilidade ou não.
O dualismo pós-moderno
Poder-se-ia discorrer sobre o dualismo da pós-modernidade, mas ler Hegel é demasiado enfadonho, mesmo para aqueles que dominam o discurso filosófico, e penso particularmente que a questão do objetivismo x subjetivismo, natural x cultural e outras questões postas pelo pensamento da modernidade, e que são correntes no cotidiano, está já em outro ponto.
O ponto que situo é o das dicotomias infernais de Eduardo Viveiros de Castro: “Metafísicas caníbales: líneas de antropologia postestructural” (Katz Editores, 2010), ainda que possa haver uma edição em português caiu em minhas mãos uma edição espanhola, traduzida do francês.
Me chamou a atenção porque ele começa o livro sobre questões que julgo fundamentais: o retorno às coisas, o perspectivismo, o multinaturalismo e a esquizofrenia antropológica.
O início do primeiro capítulo “Anti-narciso” confessa que abandonou a ideia de fazer um livro para escrever sobre ele, como fazia Borges, e lança uma pergunta: “o que deve ser conceitualmente a antropologia dos povos que estuda ?” e segue a esta: “Las diferenças e as mutações internas da teoria antropológica se explicam principalmente (e desde o ponto de vista histórico-crítico exclusivamente) por estruturas e conjunturas das formações sociais, dos debates ideológicos, dos campos intelectuais e dos contextos acadêmicos que surgiram os pesquisadores ? é esta a única hipótese pertinente? No seria possível proceder a um deslocamento da perspectiva que mostro que os mais interessantes entre os conceitos, os problemas, as entidades e os agentes introduzidos pelas teorias antropológicas tem sua origem na capacidade imaginativa das sociedades (ou dos povos, ou dos coletivos) que propõem explicar?” (Viveiros de Castro, 2010, p. 14).
A estas perguntas penetra finalmente na dicotomia infernal que considero essencial na modernidade: “Não será ali onde reside a originalidade da antropologia, nesta aliança, sempre equívoca, porém com frequência fecunda, entre as concepções e as práticas provenientes dos mundos do “sujeito” e do “objeto” ? “ (idem).
A pergunta então do “Anti-Narciso” é então epistemológica, isto é, política, e o autor afirma que se todos estão mais ou menos de acordo que é preciso uma descolonização do pensamento, e nisto reside o “anti-narciso”.
O discurso de Viveiro de Castro é consistente porque afirma que o “outro” é sempre pensado e “inventado” de acordo com os sórdidos interesses do Ocidente, e depois irá discorrer sobre o “perspectivismo” e “multiculturalismo”, é impossível sintetizá-los num post, então só pontuamos estas perspectivas, chamadas pelo autor de “canibais” ou metafísicas da predação”.
O perspectivismo é a ideia que toda teoria é particular e depende da “perspectiva do sujeito”, ou multiculturalismo é a ideia da “convivência” de muitas culturas em diversas regiões, mas ambas carecem e uma “descolonização” do pensamento, então a dicotomia permanece.
O dualismo de Kant
Apesar de Kant ter feito uma crítica de Descartes ele não penetra na questão corpo e consciência (ou mente como querem muitos), mas naquilo que ele considerou o núcleo do pensamento cartesiano a “representação” das coisas (fenômenos):
“Toda a nossa intuição não é mais do a representação de um fenómeno ; as coisas que nós intuímos não são, em si próprias, como nós as intuímos, nem as relações entre elas são em si próprias tais como nos aparecerem;”
É pelo que ele chama de “coisa” que pode se confundir como o fenômeno, mas trata-se da tese que o ser humano tem uma espécie de software na sua cabeça que interpreta o mundo: o cérebro não é um recipiente para onde são “atirados” os objetos do mundo, ele processa “naturalmente” a cultura do mundo e a vê-lo de certa maneira.
Se vivesse em nosso tempo diria que é uma pintura, e não uma fotografia, e ainda assim diria que as duas são “representações” pois não é possível conceber a realidade objetiva, apenas subjetiva, isto é, na mente do sujeito, então é ainda dualista.
Sua espécie de dualismo, é a oposição entre os conceitos de “intuição derivada”, por um lado, e “intuição originária”, por outro lado, não uma cultura originária, mas intuição.
Já a “intuição derivada” é, segundo Kant, a “intuição sensível” do ser humano; e a “intuição originária” é a “intuição intelectual” que Kant diz que é divina e não cultural.
Não fiquem felizes os religiosos, embora a maioria entenda isto como “transcendência” e que deu na religiosidade “vaga” dos dias de hoje, aquela que afirma que qualquer intuição é do “Espírito Santo”, sem ter relação com a objetividade, eis o Kant puro.
O grande problema kantiano que refletirá na filosofia, aquela que Marx dizia dos velhos hegelianos, onde o Homem e Deus estão em realidades totalmente separadas e sem alguma possibilidade de interação ontológica, eis o Deus “morto”.
O pensamento kantiano que considero mais essencial é aquele que:
“E se tirássemos do centro o nosso sujeito ou mesmo só a constituição subjetiva da sensibilidade em geral, toda a constituição, todas as relações dos objetos no espaço e no tempo, bem como o espaço e o tempo desapareceriam porque, como fenómenos, não podem existir em si próprios, mas apenas em nós.”
Quando a física moderna descobre que espaço e tempo não são absolutos, o centro de gravidade de Kant fica “balançado” e o a objetividade é questionada pois o sujeito passa a ser parte do fenômeno, então não é só representação, mas parte “ontológica”.
O dualismo racionalista
A base de todo racionalismo ocidental encontra-se o dualismo cartesiano, seu fundamento mais essencial está na res-extensa e a res-cogitans, no fundo é a ideia de que há uma substância “pensante” e outra “corporal”, mal traduzida como dicotomia corpo-mente, na verdade em termos da filosofia atual é a ideia que separa corporeidade da consciência histórica.
Gadamer tratou isto de modo muito aprofundado, primeiro separando a consciência histórica romântica, analisando principalmente Dilthey, e depois a questão da teoria e prática, fazendo um elogio a teoria, na contramão dos “práticos” que no fundo são empiristas modernos.
Rex extensa é aquilo que chamamos de coisa um substância material, enquanto a res cogitans é a substância pensada, ou coisa pensante, na verdade o dualismo corpo-mente é o psicofísico, que também pode ser pensado em termos atuais como corpo-consciência.
O código cartesiano então o que é ? é algo que não suspende o ego, o eu do individualismo contemporâneo, por isso pode ser chamado também de ego cogitans, como alguns autores fazem, caso de Husserl e Gadamer.
É equivocada as ideias de que Descartes tenham raízes fenomenológicas, a leitura do texto de Husserl: “do objetivismo ingênuo a um subjetivismo transcendental”, encontrando desse modo o “fundamento racional absoluto” de todas as ciências positivas é uma interpretação apressada, pois serão questionadas e “incluídas de um só golpe no parêntese da epokhé”, sendo sabadio que o epokhé além de anterior ao pensamento cartesiano tinha para a filosofia antiga um “esvaziamento” completo de categorias e do próprio ego para penetrar na a-letheia.
Assim o ser do res cogitans não é, ser essencial, mas apenas residual; , pois não pela redução transcendental ao que “todo ente concebível para mim e toda esfera de ser de um tal ente” ao ego absoluto, e sim pela abstração lógica e matemática, nada tendo a ver com o transcendente.
Husserl é claro ao apontar que no § 10 das Meditações cartesianas, intitulado “Como faltou a Descartes a orientação transcendental”, é possível captar o eu puro e suas cogitationes.
O cogito ergo sum não é, portanto um epokhé, pois não suspende o próprio ego e suas pré-concepções e a tabula rasa que será um acréscimo de Kant também terá problemas.
O primeiro Hub de computadores quânticos
A Unidade do Estado da Carolina do Norte foi a escolhida pela IBM para ter o primeiro Hub de computação quântica (Q Hub que se tornam parte da Q Network da IBM), assim como as primeiras redes que ligavam algumas universidades.
A ARPANET ligava em 5 de dezembro de 1969, o Agência de Pesquisa do Departamento de Defesa Americano, a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), o Instituto de pesquisa de Stanford (SRI) em Menlo Park, a Universidade de Califórnia, Santa Barbara (UCSB) e a Universidade de Utah (foto)
Os alunos, professores e pesquisadores poderão acessar o supercomputador de 20 bits da IBM para resolver problemas clássicos de computação, que levariam muito tempo para processar, agora serão feitos em poucos minutos dependendo do problema.
Bob Sutor, da IBM Research afirmou “não podemos criar um computador com 10% dos átomos da Terra, mas ainda assim, com o computador quântico podemos representar exatamente estas informações”, conforme publicação na Techinician Online.
O plano da IBM é mais audacioso, com empresas e universidades da Fortune 500 irá trabalhar para resolver problemas maiores mais rapidamente através da Q Network, por enquanto a NC State estará colaborando com organizações locais para resolver equações complexas.
O corpo docente da NC State está desenvolvendo cursos tanto universitários quanto para que graduados possam usar a computação quântica para construir seu conhecimento antecipando à estreia operacional do hub neste outono (em setembro).
Estamos tão conectados assim
O chamado fenômeno do “mundo pequeno”, trabalhado e tratado em Redes Sociais (não confundir com as mídias de redes sociais) é a ideia de que todos possam estar conectados através de apenas seis graus de separação, e isto inspirou não apenas cientistas, mas também artistas, jornalistas, empresários e o público em geral desde que a ideia surgiu numa peça de John Guare em 1990.
Apesar das aparições recentes deste conceito nos meios de comunicação, ilustrando a crença generalizada de conectividade universal, há também a controvérsia sobre a mesma alegação, e o modelo de redes sem escala de Barabási é uma delas, ainda que seu livro Linked: a nova ciência dos networks (2009) seja a melhor leitura do tema.
Dois exemplos citados são o “Xing”, uma rede de possíveis assinantes com referência à ideia de “seis graus de separação”, e a tentativa da rede de televisão norte-americana ABC de conduzir sua própria versão de um experimento para testar a mesma ideia, através de uma iniciativa de caridade com “seis graus” usando o conceito em seu site na tentativa de coletar doações para uma rede de várias instituições de caridade.
Embora o experimento de Milgram já tenha tratado do assunto, um manuscrito de Pool e Kochen (Contacts and influence Social Networks, 1 (1978)) que circulou por volta de 1958 teria sido a primeira versão da ideia, mas o mesmo só foi publicado 20 anos depois, então nem todos dão crédito.
O importante do trabalho de Pool e Kochen é que tentaram dar uma estrutura matemática a suas “redes de contato” seguindo caminho de outros teórico como o matemático a. Rapoport (Spread of information through a population with socio-structural bias: I. Assumption of transitivity, 1953).
Uma brincadeira para fazer esse teste é usar o “Oráculo de Bancon” (de Kevin Bacon) que está no site oracleofbacon.org e obter a ligação do Papa Francisco com Toshirô Mifune, por co-atuações em filmes, o papa já participou de dois filmes (veja acima).