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Armazenamento 5D eterno
É o que promete cientistas da universidade de Southampton, usando uma nanoestrutura ótica do Centro de Pesquisa Optoeletronica (ORC- Optoelectronics Research Centre) usando um armazenamento cinco-dimensional (5D) para escrever dados a laser em femtossegundos (10-15 do segundo ou um milionésimo do nanosegundo), segundo o site da Univ. de Shothampton.
O armazenamento prevê propriedades sem precedentes, como estabilidade térmica até temperaturas de 1.000OC, capacidade de 360 TB (tera-bytes) e tempo de vida virtualmente ilimitado cerca de 13,8 bilhões de anos a temperaturas de 190oC.
Um texto já havia sido realizado com armazenamento de 360 kb (Kilo-bytes) gravando uma cópia digital de um texto com sucesso em 5D, agora quatro documentos históricos serão gravados: a Bíblia, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a Ótica de Newton, e, a Carta Magna foram guardadas como cópia que poderão sobreviver a raça humana.
Uma cópia do DUDH codificada foi entregue à UNESCO pela ORC, em cerimônia realizada no México, e novos documentos considerados universais poderão ser copiados em 5D.
Vida interior e filosofia
Quando era criança a quaresma era um momento solene de abaixar o som, moderar o apetite, fazer silêncio, a gente ficava envolto neste clima e, religião a parte, era um momento de vida interior.
Vida interior é um tema importante, até o fundamentalista político Leonardo Boff concorda (veja seu artigo), talvez em momento de tanta turbulência não custe relembrar a importância desta vida.
Li no livro Paul Ricoeur: “A memória, a história, o esquecimento” (2007) no tópico “Memória Pessoal, Memória Coletiva” importante para nossos dias, o capítulo I. A tradição do Olhar interior, para muitos pouco teria a ver com memória coletiva, mas esta passa pelo pessoal.
Ricoeur faz uma releitura de Santo Agostinho, onde ele afirma: “Foi dito com Aristóteles, diz-se de novo mais enfaticamente com Santo Agostinho, a memória é passado, e esse passado é o de minhas impressões; neste sentido, esse passado é meu passado” (Ricoeur, 2007, pg. 107).
Somos desmemoriados, alguns culpam a internet, mas é falta de análise histórica, este fenômeno do homem contemporâneo é secular e anterior a internet, é fruto da falta de narrativa, dentro ou fora da cultura midiática, falta de um espaço para o “silêncio”, a escuta interior do “ser”.
Sua relação com a vida coletiva é assim expressa por Ricoeur, depois de dizer que o criador desta vida interior no ocidente foi Agostinho de Hipona, afirma: “a novidade dessa descoberta- criação é realçada pelo contraste com a problemática grega, e depois latina, do indivíduo e da polis, que primeiro ocupou o lugar e será progressivamente partilhado entre a filosofia política e a dialética da memória desdobrada, considerada aqui” (Ricoeur, 2007, pg. 108).
Mas Agostinho teve as limitações do seu tempo, conforme Ricoeur: “Contudo, se Agostinho conhece o homem interior, ele não conhece a equação entre a identidade, o si e a memória” (Ricoeur, 2007, pg. 108) e aqui os modernos é que disseram algo.
Ricoeur fará depois a relação desta interioridade com a modernidade, passando por Kant e Husserl, mas se detendo em dois pilares singulares, o de John Locke, relacionado ao empirismo e à dicotomia natureza x cultura, e Husserl, pai da fenomenologia moderna, mas que na questão da “interioridade” trata-a no livro Lições para uma fenomenologia da consciência íntima do tempo, estes veremos depois.
O que podemos tirar de Agostinho, diz Ricoeur: “Pode-se dizer dele que inventou a interioridade sobre o fundo da experiência cristã de conversão” (Ricoeur, 2007, pg. 108), que prefiro traduzir em metanóia, no sentido de mudança de mentalidade e não apenas arrependimento.
Metanóia: mudança de mentalidade
A palavra foi transformada na cultura ocidental de ir além (meta) da mentalidade (nóia) para arrependimento ou “transcendência” idealista: atingir o cume de algo imaginário apenas.
Na tradição cristã gnóstica mais recente, a palavra metanóia adquiriu um significado especial de uma intuição compartilhada de conhecimentos, uma metanóia coletiva e propositiva.
Existe em nós, em todas pessoas uma imensa necessidade de conhecimento e esta necessidade quando colocada de modo compartilhado, pode fazer emergir esta metanóia coletiva, e isto pode nos capacitar a aprender para o “futuro” numa sociedade em crise, mas também em transformação.
Edgar Morin, que já escreveu: 1993-Terra Pátria (em colaboração com Anne Brigitte Kern), 1997- Uma Política de Civilização; 1998- A Cabeça Bem Feita: repensar a reforma e reformar o pensamento; 1998- Ética, Solidariedade e Complexidade; 1999- A Inteligência da Complexida-de,2000- Sete saberes necessários à educação do Futuro, 2003- Educar para a era planetária,2011_La Voie: Pour l´avenir de l´humanité (sem tradução para o português) , e muitos outros, afirma que todo o nosso conhecimento contemporâneo precisa ser revisto .
N´Os Sete Saberes para Educação do Futuro, introduz algumas metanóias atuais:
Erro e a Ilusão, a educação ser capaz de conduzir o conhecimento humano além da ilusão e dos erros de informação.
Saber Pertinente, é o conhecimento que permita juntar saberes, permitindo fundar relações como diz Morin (2000) “entre o global, o multidimensional e o complexo”.
Ensinar a Condição Humana, Morin assegura que a educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, situado na condição humana. Conhecer o humano é, antes de tudo, situá-lo no planeta e no universo.
Ensinar a Identidade Terrena, ensinar a identidade terrena é aprender a estar na terra, significa aprender a viver, a comunicar, a dividir. ensinar a Era Planetária.
Enfrentar as Incertezas, é imprescindível ensinar estratégias através das quais as pessoas poderão enfrentar o inesperado e os imprevistos. Morin (2000) ‘’é preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélago de certeza’’.
Ensinar a Compreensão, comunicação humana na identidade e visão planetária.
Ética do Gênero Humano, isto é a antropo-ética quer dizer a ética do indivíduo, da sociedade e da espécie.
Uma metanóia que permita o homem se ver como cidadão e corresponsável pela humanidade e pelo planeta que habitamos.
Fundamentalismos, mundos e ciência
O fato conhecido por cientistas, pensadores, filósofos e também alguns teólogos, que o pensamento ocidental vive uma crise é um fato, quais seriam suas raízes é outro problema.
Boa parte do pensamento, ao nosso ver correto, é que a base deste erro está na fundação do pensamento iluminista ocidental que foi o idealismo, e não como pensam os fundamentalistas e saudosistas (de direita e de esquerda como Bauman) que afirmam que é uma crise da modernidade, mas ela nasceu do iluminismo e do idealismo, portanto está aí sua base.
Umberto Eco escreveu um belo artigo: “Ciência, erro e fundamentalismo“ em que afirma:
“O problema é que em muitas das críticas da ideologia do progresso (ou do chamado espírito do Iluminismo), o espírito da ciência é muitas vezes identificado com o de certas filosofias idealistas do séc. XIX, de acordo com as quais a história dirige-se sempre para o melhor, ou para a realização triunfante de si mesma, do espírito ou de qualquer outra força vital que está sempre em marcha em direção a um fim ótimo”.
Toda visão desenvolvimentista, de “crítica” aos objetos como “atrapalhando” os sujeitos, é o que Bruno Latour chamou de “dicotomias infernais”, porque está na medula do pensamento ocidental, na qual o pensamento fundamentalista ingênuo é o mais radical.
Bruno Latour em seu livro Jamais fomos modernos desvenda as principais tagarelices ilógicas, a-científicas e fundamentalistas, criou um conceito chamado antropologia simétrica, no qual ele analisa que não se trata diálogos entre “áreas do conhecimento”, mas entre mundo como por exemplo: “ameríndio e da ciência moderna” e outros temas “híbridos” que na verdade falam de mundos diferentes e não de áreas do saber.
Isto é válido para a rede, pois no conhecimento antropológico em rede, há, portanto, a diluição da ideia de autoria, onde a multiplicidade autoral surge dentro da Web e dos wikis.
O ser, a filosofia e as técnicas
Em vários post já apontamos a questão do Ser, a tradição filosófica da Idade Média apontou estou objeto como o principal da filosofia, mas atualizado poderíamos dizer que é o ser enquanto ente, assim a modernidade buscou este como fundamento de todos seres. .
Assim fica parecendo que estamos procurando respostas do tipo: porque existo ? quem é que sou e porque faço estas perguntas ? mas na verdade o problema é porque fazer perguntas ? Porque saindo do seu ser encontra os Outros e as Coisas, e é onde o homem faz a experiência do Existir, e esta condição de todos os homens estão sujeitos, então na relação com os outros e com as coisas se desenvolvem um conjunto de habilidades e “técnicas” externas. .
Compreendo o mundo e a relação com os outros a partir do meu “conhecer” e isto significa de alguma existe algo no meu existir que está fora de mim, nos outros e nas coisas, assim a filosofia não é o simples pensar, mas a descoberta do existir e isto pode tornar-se consciente. Assim só existe consciência de for de algo fora de mim, disse o filósofo Edmund Husserl, consciência é consciência de algo, e, portanto é impossível tê-la sem alguma técnica, arrisco até a dizer que a técnica é inerente a esta consciência se admitir a linguagem como tecnologia, isto é, a técnica com o logos, segundo uma racionalidade. .
Assim filosofia não é só pensar, é no caminho da existência descobrir técnicas que torne esta existência mais consciente, mais feliz e subsistente e então ligado ao como existimos. . .
Os maiores erros da filosofia é distanciá-la dos outros enquanto ser e das coisas enquanto objeto do existir, somos por causo do outro e existimos porque temos relação com todas as coisas, incluindo nestas coisas a linguagem, as técnicas e a natureza. .
O oitavo saber: a fraternidade ecológica
Edgar Morin, além Cabeça bem feita (1999) e dos Sete Saberes Necessário a educação do futuro (2000), que apontam para uma revolução paradigmática no pensamento, Morin acrescenta agora no livro e Myron Kaufman “Morin – Do big bother à fraternidade” um oitavo saber necessário: a fraternidade.
Seguindo a lógica do pensamento de Hubert Reeves (2002), que propõe que sejamos os artesãos do oitavo dia, Edgar Morin afirma a necessidade de acrescentar aos sete saberes um oitavo: a pedagogia da Fraternidade Ecológica.
Três pilares bastante simples podem definir esta fraternidade ecológica, como um sistema vivo e não um sistema autômato ou automático, são elas:
O princípio da convivência, ou seja, toda relação humana implica num modelo de convivência de certos valores, formas de organização e normas para enfrentar conflito, expressar sentimentos, resolver expectativas sociais e educacionais, de modo a con-viver.
O princípio do diálogo, que significa que olhar com atenção e respeito ao discurso alheio, verificar as condições de possibilidades, e, finalmente, o ato de dialogar aumenta e favorece a atenção sobre várias coisas, ajudando-as a vê-las melhor.
O princípio da sabedoria está ligado ao amor e o cuidado com a Natureza (e os Outros é claro). Para cuidar dos seres da natureza o homem precisa conviver e conhecer os fenômenos, com pressuposto de uma escuta sensível, não ignorar a complexidade de algumas coisas, e aprofundar a relação consigo mesmo para aceitar a convivência no respeito e na fraternidade.
Quem quiser começar lendo o livro Cabeça-bem-feita, encontra-o na Web.
Inventor do celular critica Apps
Martin Cooper, o criador do primeiro celular o “tijolão” Motorola DynaTAC 8000X, em entrevista ao site Motherboard compartilhou sua visão de futuro para a tecnologia e diz que os Apps não são o futuro para a tecnologia digital de celular.
Na entrevista ele lembra que foi na AT&T (a estatal de telefonia americana) que surgiu o conceito de telefonia celular, embora a ideia fosse limitada, já que se pensava para uso no carro e não como telefonia comum, como é usada hoje. Naquele momento significa para a Motorola transferir o problema de um local para outro, ou seja como se os usuários tivessem uma segunda linha fixa, só que integrada ao automóvel, explicou ele ao site: “Nós acreditávamos, e ainda acreditávamos hoje em dia, que a liberdade significa poder falar em qualquer lugar”.
Ele acredita que a telefonia móvel ainda deve crescer e será tão importante quanto a invenção da roda, mas ainda precisará de algumas gerações para o recurso demostrar seu valor, por isto é reticente com os milhões de aplicativos que se encontram nas lojas virtuais, que para ele, é uma perda de ficar instalando e desinstalando funcionalidades, sem solução unificadas.
Sugere que a busca de soluções de inteligência artificial deixará no chinelo os assistentes de voz como o Siri e o Cortana e até mesmo extensões do tipo Google Now, que pode ser vistos em reportagens do tecmundo, poderão ser obsoletas.
Ele acredita ainda que no futuro os celulares poderão ser controlados até mesmo pelo pensamento, tecnologia que já existe para algumas funções de controle remoto. ‘bif” “
Inteligência múltipla: filosofia e virtual
A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner, por volta da década de 1980.
Ele é uma alternativa a ideia de capacidade inata, nascida da filosofia idealista e que perpassa a maioria das correntes psicológicas de hoje, contesta a ideia de QI (Quociente de Inteligencia) e também aquelas ideias que focalizam tudo nas habilidades escolares.
Introduz o conceito que diferentes profissionais devem ter diversas culturas, um repertório de habilidades humanas para ajuda-los em soluções, culturalmente apropriadas, para resolver seus problemas pessoais, familiares e sociais.
Gardner trabalhou no sentido inverso a ideia de desenvolvimento, pensando mais em que habilidades deram origem a realizações humanas, e afirmou que:
“a) o desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e crianças superdotadas; (b) adultos com lesões cerebrais e como estas não perdem a intensidade de sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidades sejam sequer atingidas; (c ) populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, e como os primeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo bastante incapazes nas demais funções cerebrais, enquanto as crianças autistas apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais; (d) como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios” (Gardner, 1985).
Idiot-savants ou savantismo (do francês savant, “sábio”) é considerado um distúrbio psíquico no qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência.
A Inteligência linguística são os componentes da sensibilidade para sons, ritmos e significados das palavras, já a inteligência musical embora associada a primeira manifesta a habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical, a lógico-matemática é a sensibilidade aos padrões, ordem e sistematização, a espacial a capacidade de perceber o mundo visual ou espacial, quebra-cabeças e jogos que necessitam de habilidades visuais, a cinestésica é a capacidade de criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo é como se pode produzir graça e expressões a partir de estímulos verbais ou musicais usando alguma músculo coordenado ou habilidade atlética, a interpessoal habilidade para entender e responder adequadamente a humores, temperamentos e motivações de outras pessoas e finalmente, e finalmente a intrapessoal é a inteligência que organiza os próprios sentimentos, sonhos e ideias e pode lançar mão deste recurso para solução de problemas pessoais ou sociais.
O mundo virtual está relacionado a todas elas e não apenas a intrapessoal como pode-se pensar e este estudo não vale apenas para autista e pessoas superdotadas, mas para todos.
Gardner, H. Frames of mind. New York, Basic Books Inc., 1985.
Aplicativos para ajudar os estudos
A “tarefa” é algo que desde crianças aprendemos, e o aplicativo Homework ajuda a fazer tarefas, tanto para professores como alunos ajudando tanto a organização como a avaliação, é disponível em Android e é gratuito.
O estudante deve indicar os horários e dias de aulas, para inserir a programação semanal, depois é possível agendar as tarefas a serem feitas em casa, capítulos de estudos, provas, com alarmes lembretes e fotos dos livros e lousa, por exemplo.
Gabaritar é um programa para vestibulares e concursos públicos, permitindo criar planos de estudo, registrar horas de estudos de cada matéria, resolver simulados e verificar o desempenho em cada um deles.
O app ainda traz ainda notícias de concursos públicos que estão em andamento no país.
O Gabaritar é gratuito e está disponível para Android e iOS.
Muitos estudantes precisam se organizar para ter melhor desempenho nas aulas, o app Agenda do Estudante é uma boa opção, ajudando a gerenciar a vida escolar do estudante, com cadastro de provas e entrega de trabalhos, controle de notas obtidas nas avaliações, agendamdp lembretes de eventos e alertas para devolução de livros.
O Agenda do Estudante é gratuito e está disponível para Android.
O Volp (Vocabulário ortográfico da Lingua Portuguesa) ajuda com as mudanças do Acordo Ortográfico, é de grande auxílio na escrita e no dia a dia dos estudantes.
Criado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), a ferramenta contém 381 mil verbetes, com as grafias corretas, classificações gramaticais e outras informações
O corpo fala
O segundo TED de maior sucesso chegou a 20 milhões de acessos e a psicóloga social Dra. Amy Cuddy mostra como “poder da pose”, de pé e em uma postura de maior confiança, mesmo quando não nos sentimos confiantes, pode afetar os níveis de testosterona e cortisol no cérebro, e pode até mesmo ter um impacto sobre nossas chances de sucesso.
Segundo a pesquisa da Dra. Cuddy nós podemos mudar de acordo com nossa linguagem corporal, não apenas a percepção das outras pessoas, mas a nossa própria e a química do nosso corpo, isto mudando apenas a “postura”.
Ela explica como muita comunicação “não verbal” está associada a aceitação ou recusa dos outros em nossas conversas.
Amy Cuddy tem um PhD em Psicologia Social pela Universidade de Princeton, mestre em Psicologia Social pela mesma universidade, e uma especialização em Psicologia Social pela Universidade de Colorado.
Na Harvard Business School, ela tem ministrado cursos de MBA em negociação, poder e influência, e em vários programas de educação executiva.