Alerta de inverno, Dia das Mães e vacinação
A vacinação ainda vai em ritmo um pouco aquém do desejável, é fato que também países mais ricos só agora estão atingindo a vacinação na faixa dos 50 anos, sempre reafirmamos exceto a Inglaterra, China e países que conseguiram manter o isolamento em condições ideais, Portugal é um caso raro na Europa, e a famoso lockdown da Nova Zelândia.
Vale a pena dizer que a Nova Zelândia é uma ilha e que tem um alto senso de coletividade, quer dizer medidas adotadas são respeitadas pela população, algo parecido a China mas lá é devido além do espirito oriental a um governo centralizado e repressor.
No entanto a Asia começa a enfrentar uma forte terceira onda da covid, com destaque para a Índia, ocorreram pelo menos 40.103.000 infecções e 526.000 mortes registradas na Ásia e Oriente médio até agora, na Índia há falta de leitos e as condições sanitárias não ajudam muito.
A preocupação dos especialistas é com aquilo que o médico Miguel Nicolelis chama de política da Sanfona, o abre e fecha reagindo a picos ou atenuantes, agimos na resposta ao vírus e não na sua prevenção, claro a vacinação segue em frente mais em ritmo insuficiente se consideramos que o inverno está chegando sendo o período naturalmente de agravamento de problemas respiratórios e circulatórios.
O Dia das Mães também é preocupante porque é um período de aquecimento das lojas e neste momento há uma flexibilização, inclusive de horários, o comercio pode funcionar até as 20h.
Outra polêmica atual é sobre os testes após tomar as vacinas, a maioria dos especialistas diz que não é necessário, quer der que está com defesas pode pensar que pode relaxar nas medidas e quem não der pode pensar que a vacinação não funciona.
Estes testes precisam ser feitos por especialistas e em condições adequadas de pesquisa para saber a eficácia da vacina e pode ser feito a partir de amostragem com qualidade e rigor científico.
Os números da vacinação são quase 30 milhões tomaram pelo menos a primeira dose e 13,5 milhões estão totalmente vacinas, em porcentagem dá 13,9% da população na primeira dose e 6,5% totalmente vacinadas, neste ritmo pode-se pensar que em julho quando o inverno estará rigoroso devemos estar chegando próximo a metade da população e assim esta transição até lá pode ser complicada sem pensar em sérias medidas de isolamento.
O consórcio Covax Facility recebeu uma carga de 2 milhões de doses no dia de ontem e completa uma remessa de 4 milhões de doses que será distribuída pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), o primeiro milhão da Pfizer também chegou, sua distribuição ainda está sendo discutida.
Já a Fiocruz disponibilizou mais 6,5 milhões de doses da AstraZeneca e o Butantã antecipou 600 mil doses do Coronavac com previsão de chegar a 5,4 milhões de doses, no total quase 16 milhões de doses com a remessa do Consórcio.
A Fiocruz foi autorizada a produção do Insumo Farmacêutico Biológico (IFA) da vacina da biofarmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19, inicialmente em lotes de testes, boa notícia.