Blog Marcos L. Mucheroni Filosofia, Noosfera e cibercultura

Usando genomas modelados a partir do zero, cientistas criaram um novo tipo de vida em uma bactéria. O feito foi publicado na revista Science de  21 de maio, sendo uma grande promessa para a criação e projeto de organismos que possam fazer coisas como produzir vacinas, sintetizarem bio-combustíveis, purificar a água ou comer óleo derramado em oceanos, como o desastre recente no golfo do México.

Em pesquisa coordenada por J. Craig Venter, biólogo-empresário famoso por ter liderado o programa privado do genoma humano concluído em 2003, organizou agora um estudo do que chamou de célula sintética, feita a partir de duas técnicas desenvolvidas pelo instituto como seu nome:, uma do transplante de um genoma natural em microorganismos e outra que replica um genoma de bactéria de maneira sintética, nestes processo os cromossomos são construídos por substâncias químicas, a partir de informações em computadores. Ao criarem esta célula sintética, foi colocado um genoma artificial numa célula natural.  Para o pesquisador-empresário ficou conhecido como copiar sinteticamente organismos que existem na natureza sendo o primeiro passo para avanços posteriores mais extraordinários.

Os pesquisadores do Instituto J. Craig Venter “costuraram” todo o genoma da bactéria Mycoplasma mycoides em um tipo diferente de bactéria, Mycoplasma capricolum, usando o genoma da primeira célula para alternar as duas espécies, o resultado-convertido foi uma bactéria quase idêntica a natural M. mycoides.

O Vaticano se pronunciou, segundo site da Editora Abril, nesta sexta-feira (21) que “a recente criação de vida artificial pode ser uma descoberta positiva, contanto que bem utilizada”.

Porém segundo a revista Veja on-line, para especialistas brasileiros o resultado ainda é embrionário e não deve ser visto como um alarde, segundo o pesquisador Gonçalo Amarante Pereira, do Departamento de Genética da Unicamp: “O que os cientistas mais querem é criar a vida a partir do nada, o que ainda não é possível. A demonstração de hoje dá um passo adiante nessa direção”,