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Word ou Google docs, o que está mudando
Lembrei quando a 25 anos atrás (assustei com o tempo) eu trocava o WordStar e o WordPerfect (nossa faz tempo!), então os editor mais populares, pelo Word que inicialmente parecia muito estranho, o motivo era simples tinha mais facilidades para os gráficos e integrava os outros aplicativos como planilhas, editores de gráficos e figuras, etc.
Enfim o usuário quer facilidades, agora como tenho artigos para produzir com meus colegas de trabalho e alunos percebi que aos poucos estou abandonando o Word, é uma tendência.
O Google Docs apareceu em 2007, as pessoas que trabalham com aplicativos do Office e Open Office (este free), não parecia de grande utilidade era confuso e não sabia como controlar as versões, na vedade um artigo do CNET News lembra que já haviam outros tipos de editores com compartilhamento, como Zoho AdventNet, o Goffice Silveroffice, o ThinkFree, OpenOffice da Sun, e Flysuite Natium.
Mas o produto do Google melhorou muito no ano passado a empresa emitiu mais de 200 atualizações para a suíte de aplicativos core. Google desenvolveu tendo em mente a idéia da colaboração fazendo seus usuários compartilharem e editarem o mesmo documento em tempo real e já disponível para aplicativos de celulares.
Olhando pela tecnologia o armazenamento está na núvem, quer dizer não sobrecarrega o celular, o tablet e o computador, mas e o compartilhar, bem isto requer novas atitudes e comportamentos, mas estão mudando !
Google e Oracle duelam nos tribunais
A Oracle acusa a Google de usar aplicativos para desenvolvimento do sistema operacional Android, e o gerente Larry Page vai assumir o posto de réu novamento no tribunal da disputa sobre patentes e direitos autorais, com uma estratégia de defesa já definida:
– o código Java é aberto e portanto não pode alegar patente,
– o Google não usou nada que fosse errado no desenvolvimento do Android, e,
– a Oracle está irritada porque a Sun não conseguiu popularizar os smartphones baseados em Java.
Poderia acrescentar ainda que a Google contratou o James Gosling, pai de desenvolvimento da linguagem Java, mas tornaria o ciúme evidente.
Alguns slides da apresentação como mostrado acima estão sendo divulgado o que poderá gerar algum nível de irritação ou mesmo de dificuldade no debate entre as empresas.
Larry Page, vai assumir o posto novamente em tribunal da empresa briga com a Oracle sobre se Android infringe patentes Java e direitos autorais, mas a linha da história para o gigante das buscas está definida.
A linguagem Java foi criada pela Sun Microsystems, mas foi adquirida pela Oracle em meados de 2009 pelo valor de U$ 7,4 bilhões, e em agosto do mesmo ano a Sun abriu o processo contra o Google na Corte Distrital do Noroeste da Califórnia, o valor alegado da indenização pode chegar a U$ 6 bilhões, o Google se dispôs a pagar U$ 2,8 bilhões para encerrar o caso.
Um Leviatã tecnológico ?
O poder e a organização dos estados, das leis e da cidadania não foram sempre assim, em cada época e momento histórico se desenvolveram direitos e deveres onde nem sempre a liberdade e a expressão da pessoa comum foi respeitada.
O pensador e filosofo Thomas Hobbes (1588-1679), a partir do esfacelamento do sistema feudal composto por reis e estados absolutistas, formulou um sistema que tinha por um lado as leis civis e de outro a figura do soberano, e assim progrediu a ideia do “estado moderno”. Assim se pensava no final do feudalismo.
Mas sempre houve uma dicotomia entre o poder dos homens, da “multidão” como se teorizou e o poder das leis, isto se refletiu naquele momento histórico entre o absolutismo e o parlamentarismo, o primeiro como governo de leis e o segundo como governo de homens mas o desenlace deste conflito é longo e duradouro, chegando aos dias de hoje, quando se fala em democracia “real”.
O mundo da tecnologia, dos dispositivos dos ebooks e das redes sociais não fica fora disto, nesta segunda-feira o cofundador da Google Sergey Brin disparou em entrevista ao britânico The Guardian, que “forças” estão alinhadas para tentar impedir a abertura da Web, e revelou que considera a situação atual “assustadora”.
Brin explicou que a ameaça vem de inúmeros governos que buscam controlar o acesso e a comunicação dos cidadãos, impedindo a manifestação livre pela internet e pela imprensa, e é claro que não se restringem a primavera árabe e ao mundo muçulmano, mas atingem também os países do mundo ocidental, considerado “livre” e também países da América Latina.
Ele que pensava como muitos apenas em países como China, Arábia Saudita e Irã por causa da censura e restrição o uso da internet, percebe que a ascensão do Facebook e Apple, que querem controlar informações e mercados tem também o poder de cercear o ocidente.
“Forças muito poderosas alinharam-se contra a Internet aberta em vários pontos do mundo”, afirmou Brin ao “The Guardian”. “Estou mais preocupado do que nunca”, talvez seja importante para finalmente se entender o que significam de fato “liberdade” e “livre arbítrio”.
Buscas podem ter mais semântica
A gigante de busca anunciou no seu blog que modificou seu motor de busca para identificar associações e conceitos relacionados a uma consulta, melhorando a lista de termos relacionados a um assunto e mostrando esta associação nos seus resultados.
Em reportagem da PC World, Ori Allon, o líder do grupo técnico de desenvolvimento da Google, explicou: “Por exemplo, se você busca por ‘princípios da física´, nossos algoritmos entendem que estão associados ‘movimento angular’, ´relatividade especial, ´big-bang´e ´mecânica quântica´ e termos relacionados que podem ajuda-lo a encontrar o que precisa”.
A vice-presidente da Google do Grupo de Pesquisa de Experiência do Usuário, Marisa Mayer disse em entrevista ao IDB News Service, em outubro de 2007, que reconhecia a necessidade de uso de palavras-chave e isso era ainda uma limitação que o motor de busca deveria superar com o tempo, mas o caminho atual parece ser ainda o de associação de termos e não uma inserção maior de tagging para identificar conteúdos.
Uma das críticas principais é que o as buscas não tem este aspecto semântico, sendo uma busca apenas textual, o que é um fato, mas para resolver este problema nas buscas além da possibilidade dos motores encontrarem é necessário um incremento na própria maneira de armazenar conteúdos na Web e isto ainda não é considerado, mesmo tendo muitas tecnologias com uso de XML já desenvolvidas.
Primeiras impressões e estatísticas do Google+
Li uma experiência, nas notícias do Cnet News que me fez lembrar de algumas coisas, tanto de pessoas que tem restrições à Web e às Redes Sociais, como dos “novidadeiros” que pensam que descobriram a maior novidade do mundo, junto com mais de um milhão de pessoas.
Dizia no início da experiência do articulista digital, creio que Chris Matyszczyk que é quem assina o artigo: quando alguém diz “de modo algum” minhas fontes céticas naturais imagina mais um narciso, acréscimo meu: e então afirmam com convicção uma grande e contraditória ideia do tipo: estes milhões de pessoas na rede são solitários.
Felizmente as Redes Sociais estão desenvolvendo medidas, existência de laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermédio dum terceiro, que está inserido em outra sub-rede.
Há outras medidas, como o grau de centralidade e outras, com aplicação em diversas áreas que incluem: a antropologia, a biologia, os estudos de comunicação, a economia, a geografia, as ciências da informação ou a psicologia social.
No caso do Chris, ele recebeu esta resposta: “Nós não temos quaisquer métricas específicas para compartilhar publicamente agora. Como você sabe, nós estamos ainda em um ensaio de campo muito limitado e o objetivo do teste de campo é ver como Google + trabalha fora das paredes do Google. ”
Surpreendeu-me porque parecia em algumas ferramentas haver características mais científicas no Google+ que em outras redes de “relacionamentos” apenas.
Polêmica a parte, eis algumas medidas estatísticas (em dados brutos apenas) apresentadas :
Homem | 698.703 | 73,70% |
Mulher | 234.504 | 24,74% |
Outro | 9.404 | 0,99% |
Não respondeu | 5.385 | 0,57% |
TOTAL | 947996 | 100,00% |
Fonte: Cnet News.
Para uma ferramenta ainda em teste é sem dúvida um número já surpreendente, apenas fica uma dúvida sobre os projetistas destas redes, porque não estabelecer e expor as métricas, o que não seria muito difícil para muitos especialistas.
Para os críticos, são 1 milhão de individualistas se relacionando ? para os “novidadeiros” esse um milhão significa já um fato, não há mais novidade.
Novas batalhas da Google para o acesso livre
Os regimes autoritários estão em polvorosa no mundo todo, sobrevivem sem problemas apenas alguns governos autoritários na Ásia, África e America latina, mas sempre encontrando alguma forma de controlarem as novas mídias.
A China esta em embate com o Google e seus serviços há muito tempo, agora a acusação que saiu no jornal inglês The Guardian, foi que usuários chineses do gmail vêm sofrendo alguma dificuldade no serviço desde janeiro deste ano.
Os problemas no Gmail começaram junto de uma tentativa do governo chinês em dizimar um movimento online que surgiu junto das revoluções que estão acontecendo em países como a Líbia (a China foi contra a intervenção internacional lá). E a chamada Revolução Jasmim, também estaria chegando na China..
Segundo o Google “o problema não está do nosso lado”, disse um porta-voz ao The Guardian:. ”isto é obra de um bloqueio governamental cuidadosamente planeado para que pareça que o problema está do lado da Google”.
A China é um dos países com maior controle da Internet no mundo, muitos sites populares encontram-se bloqueados como o Facebook e o YouTube, por exemplo.
O Google enfrenta ainda outra batalha, um tribunal nova-iorquino acaba de rejeitar o acordo entre o Google e representantes de autores e editores que deixariam a empresa digitalizar livros antes mesmo de ter a autorização dos detentores de direitos, a ideia do Google é rentabilizar os livros em formato digital, em parte com anúncios publicitários, mas por enquanto vamos continuar financiando as editoras e seus donos.
Segundo a decisão do juiz, “enquanto a digitalização de livros e a criação de uma biblioteca universal digital beneficiaria muitas pessoas”, o acordo “simplesmente ia longe demais” segundo o site Salon, porque na visão do juiz os “autores seriam lesados”, o velho discurso, porem só ganharam dinheiro com livros autores que tiveram suas próprias editoras, ou que tendo muita fama podiam impor contratos vantajosos para ambos.
Não se pode ignorar os problemas do Google, a falta de indexação das buscas e alem disto recentemente (em fevereiro) 500 mil usuários perderam as contas do gmail, segundo a gigante da Web “afetou apenas 0,29% de todos os usuários do serviço e que seus engenheiros já estão trabalhando para resolver o problema e que tudo que foi excluído vai aparecer novamente”.
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