Arquivo para fevereiro 17th, 2014
Alemanha quer proteger os dados
Em seu podcast (vídeo postado) semanal, a presidente da Alemanha, Angela Merkel, afirmou “Vamos falar com a França sobre como poderemos ter um bom nível de proteção de dados”, e acrescentou: “sobretudo, vamos falar de fornecedores que deem segurança aos nossos cidadãos, para que não tenhamos de enviar emails e outra informação para o outro lado do Atlântico”, disse sobre a vigilância dos dados.
Merkel notou que empresas como Google e Facebook têm suas operações não apenas em países com pouca proteção de dados, mas continuam ativos em outro, como a Alemanha, que tem um elevado grau de proteção de dados.
A Alemanha que já passou períodos de extrema vigilância, como no tempo do nazismo e também na ex-RDA, a parte comunista da Alemanha, há uma grande desconfiança sobre controle de dados e muita preocupação com a privacidade, e deve impor uma política de privacidade, fazendo que Google e Facebook respeitem a lei alemã.
Já na França, o gabinete de Hollande confirmou que a ideia já foi apresentada e que França concorda com ela. “É importante que tomemos juntos a iniciativa”, disse um responsável francês citado pela Deutsche Welle.
A medida tenderá a se expandir para a Europa, é melhor do que espalhar uma neurose sobre a privacidade dos dados, são os governos que devem tomar atitudes concretas de proteger seus cidadãos e não proibir ou criar desincentivos ao uso deste meio democrático.
O conceito de virtual
Para alguns a palavra Virtual tornou-se oposta ao Real, ou igual a irreal, criando uma confusão conceitual e ampliando um incompreensão e o preconceito em setores onde as pessoas não são nativos digitais.
Primeiramente, a origem da palavra é do latim medieval Virtuale ou Virtuais, com raiz em seu radical latino Virtus, que significa força, potência ou virtude, no sentido de algo potencial que pode-se realizar.
Outras definições foram enumeradas em trabalhos científicos e pesquisas de origem etimológica, e encontram para virtual: o que existe como faculdade porém sem exercício ou efeito, o que não existe como realidade, mas sim como potência ou faculdade, e ainda uma definição importante: o que é suscetível de se realizar, potencial e possível.
Em definições de línguas de origem anglo-saxônica, um apanhado de definições são possíveis parecidos as definições anteriores: o que existe como faculdade mas sem exercício ou efeito atual, o que não existe como realidade mas sim como potência, o que é possível de se realizar, como potencial e possível
Pode-se ainda incorporar ao virtual conceitos ontológicos bem atuais, como: o que equivale ao outro, podendo fazer as vezes destes, em virtude ou atividade, no sentido usado na língua portuguesa, e na raiz anglo-saxônica como: algo que existe em essência ou efeito, embora não seja formalmente reconhecido e admitido como tal, e embora, hajam construções novas com novos sentidos, não podem fugir de sua origem etimológica, virtus e virtuale, pois é contrassenso e confusão.
Estudos destas categorias já foram vamos conhecer algumas contribuições significativas de estudiosos contemporâneos.
Entre estes autores destaco as três principais referências ao meu ver: Gilles Deleuze (Diferença e Repetição), Anthony Giddens (As consequências da modernidade) e Pierre Levy (O que é virtual).
Assim o virtual não é equivalente ao irreal, pois é o possível no sentido de “ser” em potência.