Arquivo para dezembro 14th, 2022
O escândalo do Natal
Pode-se pensar apenas em escândalos negativos: de corrupção, de imoralidades ou guerras, mas não há maior escandalo do que um Deus se tornar mortal e vir ao mundo por um nascimento normal.
Não é só o fato que nasceu, mas de maneira simples, num momento em que se fazia um recenseamento e isto é importante porque foi contato entre os mortais, com uma forte perseguição de Herodes que ouvira dizer que nasceria o rei dos judeus, e pensava em um poder humano, o que significa que perderia o seu poder dado pelo Império Romano.
Além deste escândalo de um Deus que se rebaixa em vem habitar a terra dos mortais, a sua vida será marcada por muitos fatos extraordinários, curas, desvios ao poder religioso estabelecido pelos judeus, ainda que fosse eles o povo prometido, afinal Jesus nasceu judeu, filho adotivo da descendência de David por José e de sua mãe a judia Maria.
Muitos eram os profetas daquele tempo, e muitos se proclamaram o messias, e até mesmo entre os mais próximos de Jesus continuavam as dúvidas sobre quem de fato era ele, o próprio Jesus pergunta aos seus discípulos quem o povo pensa que ele é quem os discípulos pensam que ele é, de fato não e ‘algo simples de acreditar, é um escândalo um Deus que se torna mortal.
Até mesmo João Batista que é o último profeta, e aquele que anunciava a vinda do Salvador, manda seus discípulos perguntarem pessoalmente a Jesus se de fato ele é o que todos esperam naquele tempo.
A resposta de Jesus é com fatos (Lc 7,20-23): “Ide contar a João o que vistes e ouvistes, os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres”, é feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”.
De fato hoje não é mais escândalo, predomina a indiferença ou o desprezo, até mesmo dentro de cultos e templos há uma certa normalidade e confundem a cultura cristão divina, com a mundana, o escândalo é mesmo os que dizem crer inventaram um Deus tão humano, que não é mais aquele que veio ao mundo (um advento), mas um período normal de festas e alegrias passageiras.