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Arquivo para janeiro 27th, 2025

Uma paz frágil

27 jan

Apesar do cessar-fogo Israel e Hamas continuam a trocar acusações de violação do acordo, entretanto o Hamas libertou quatro mulheres soldados israelenses que eram reféns (segundo o governo de Israel serão 6), no sábado 25/01, enquanto Israel libertou 200 palestinos, segundo a imprensa de Israel, 120 são terroristas que decapitaram civis ou praticaram outras atrocidades.

Israel também vem retirando parte de seu exército do norte de Gaza, mas parte das acusações do Hamas é que ainda impedem o retorno de palestinos àquela região (foto).

Situação parecida vive a Ucrânia, onde os soldados russos atiram em civis que tentam retomar sua casa, assim a Rússia vai ampliando a ocupação no leste da Ucrânia, territórios próximos a Donesk cujo território a Rússia controla e reivindica sua posse.

A Rússia, segundo declaração de Putin, vê como favorável o encerramento da guerra, porém a situação é frágil porque a Rússia recrutou mais 150 mil novos soldados, ultrapassando a marca de 1 milhão de militares na ativa, o que é visto como desproporcional a guerra da Ucrânia, que tem dificuldades de recrutar novos militares e tem um exercito em torno de 600 mil.

Enquanto o novo governo dos EUA de Trump, fala em fim imediato da guerra na Ucrânia, aumentam as suspeitas na Europa que a Rússia criaria conflitos em outras regiões da OTAN, cujo efetivo não passa de 90 mil militares na ativa, porém cada país tem seu exército nacional e os orçamentos militares se ampliam em quase toda Europa.

Na segunda guerra mundial, é preciso lembrar que os EUA só entraram na guerra após o ataque de Pearl Harbor (7 de setembro de 1941), feito pelos japoneses, 2 anos após o inicio da guerra (1 e 2 de setembro de 1939) quando a Alemanha invadiu a Polônia.

A deportação e imigrantes ilegais nos EUA, promessa de campanha de Trump, teve um novo obstáculo quando a Colômbia rejeitou a extradição de seus compatriotas, e gerou um imediato conflito diplomático entre os dois países, com barreiras econômicas feitas pelos EUA, que foram retiradas nesta madrugada (27/01) após aceitação dos deportados.

As fronteiras da Venezuela também seguem em escalada militarizada, inclusive com o Brasil, não só é ruim para a paz, como também para a democracia porque cresce o poderio bélico.

A esperança de paz não pode ser ingênua e negar o panorama bélico atual, é preciso desarmar e recuperar os direitos civis em ameaça em cada canto de guerra no planeta.