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Em tempos de crise: ambiguidade ou ambivalência ?

23 out

Edgar Morin já havia delineado em sua coleção sobre o método a questão daAmbiguidade crise, claro não é atual, mas isto não desculpa desmandos, ambiguidades e ambivalências.

Das cinco partes que compõem o livro, a primeira, tem como título: A ética do pensamento e o pensamento da ética, trata dos fundamentos e princípios da moral.

É um convite para iniciar a leitura pensando em um tema mais básico que é a ética, ali estão delineados: Constituem temas dessa parte: o pensamento da ética, o retorno às fontes cósmicas, a incerteza ética, as contradições e ilusões éticas e a ética do pensamento.

Fundamental antes de falar de crise pois fala de uma ética universalista, que se torna concreta pela comunicação, interdependência e comunidade no destino comum da espécie humana.

Embora ambiguidade e ambivalência sejam sentimentos presentes no mundo contemporâneo, primeiro eles são distintos, ambiguidade divide o ser em direções opostas, e ambivalência é a dualidade de valores, entre o bem e o mal, um maniqueísmo moderno.

Mas como toda pessoa generosa, nas conclusões Morin aponta para  a necessidade “da religação antropológica que se manifesta na  solidariedade, fraternidade, amizade, e amor. O amor é a religação antropológica suprema” (p.36-37).

Entre tantos sentimentos de esperança, desvela-se um Morin quase místico, tendo surgido da religação do mundo, o amor exalta as virtudes de religação do mundo. Por isso, conclui Morin, citando o Cântico dos Cânticos: “o amor é forte como a morte” (p.37).

 

MORIN, Edgar. O Método 6. Ética. Porto Alegre: Editora Sulina, 2005

 

 

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