Natal: o fato histórico e o divino
Como sabemos que este fato histórico é verdadeiro, que nasceu um menino em Belem e que de fato isto aconteceu, Maria e José deveriam ir a Belém terra natal de José pois um censo estava sendo realizado e cada morador da Judeia deveria ir para sua terra natal.
Este fato histórico foi previsto em escritos proféticos, o profeta Isaias que viveu nos anos IV a.C. escreveu: “Senhor mesmo dará a vocês um sinal: a virgem ficará grávida, dará à luz um filho e o chamará Emanuel.“ (Bíblia, Isaías 7:14)
O segundo sinal histórico é também divino, pois o fato que o Messias estava previsto para a Belém da Judéia, assim escrito pelo profeta Miqueias: “E tu, Belém de Efrata, posto que pequena entre as milhares de Judá, de ti sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Bíblia, Miquéias 5:2).
E o evangelista Lucas descreve o grande senso ordenado por Cesar Augusto, e cita que ocorreu quando Cirino era governador (da Judeia), assim narra o evangelista:
“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi). A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.“ (Lucas 2:1-5)
Mas houve outro censo que foi estudado pelo historiador judeu Josefo (Antiguidades XVIII, 26 [ii.1], que disse o fato ter ocorrido em 6 d.C.), este quando Cirino era governador da Siria, mas também está citado em Atos 5:34-37, e é deste que Josefo fala, vejamos a narração de Lucas:
“Levantou-se, porém, um membro do Grande Conselho. Era Gamaliel, um fariseu, doutor da lei, respeitado por todo o povo. Mandou que se retirassem aqueles homens por um momento, e então lhes disse: Homens de Israel, considerai bem o que ides fazer com estes homens.Faz algum tempo apareceu um certo Teudas, que se considerava um grande homem. A ele se associaram cerca de quatrocentos homens: foi morto e todos os seus partidários foram dispersados e reduzidos a nada. Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo consigo, mas também ele pereceu e todos quantos o seguiam foram dispersados.“ (Bíblia, Atos 5:34-37)
São fatos ocorridos depois da morte [e ressurreição] de Jesus, portanto após o ano 3 d.C., então o historiador Josefo está certo e Lucas, também, mas sabe-se que o calendário de fato sofreu interferência de datas quando de sua institucionalização por Júlio César, em 46 a.C., segundo historiador, houve um deslocamento de 3 anos, então daria os 6 d.C. que Josefo se refere.
O fato histórico, as profecias Bíblicas, que dizia que o messias nasceria em Belém, que viria da descendência de David (José foi a Belém para o censo porque David era de lá), que a virgem conceberia e o fato que dois censos foram realizados naquele período, comprovam a figura histórica do nascimento de Jesus, talvez a data não seja 25, entretanto é um nascimento que deve ser comemorado por todo ensinamento que este divino menino trouxe.
Acima o quadro de Pieter Brueghel, o Velho – o Censo de Belém: 1566.