O profeta João Batista e mudança cultural
João Batista foi para o deserto, onde vivia e pregava uma vida ascética, e falava sobre a mudança radical de vida como forma de conversão, isto implica uma mudança cultural, uma nova rota para a vida, eis uma boa proposta para o Brasil atual: mudança cultural.
A primeira vai se realizar pela força, precisamos de uma vida mais austera porque o dinheiro encurtou exceto para alguns marajás, e depois uma mudança cultural de menos facilidades, ou seja, empréstimos fáceis e a juros baixos, gastança generalizada e dívidas sem fim.
Claro a conversão que o profeta João Batista pregava uma mudança de vida “religiosa” porém ela não está separada de uma mudança cultural, ou seja, hábitos, costumes e também valores.
O que queriam os saduceus e fariseus da época, a libertação dos pesados impostos do império romano, e a garantia de ir para o reino de Deus pelo cumprimento de regras e “ritos”, os judeus deste tempo defendiam uma certeza pureza ritual em questões como lavar as mãos, não realizar trabalhos aos sábados e outros ritos mais sociais que religiosos.
Os fariseus eram mais populares e defendiam uma “Torah oral”, isto é, aquela transmitida pela tradição oral, enquanto os saduceus eram mais aristocráticos, membros da alta sociedade, defendiam uma interpretação mais sóbria da Torah, sem cair em ritualismos e rigor, mas ambos se aproximavam de João Batista mais por medo do que por real mudança do coração.
O que acontece hoje em relação a lisura pública, o medo da lei que promete endurecer com os corruptos, faz com que muitos mudem o discurso, mas sem mudar a atitude, defendem a punição mas dos “outros”, como se fosse possível fazer uma lei casual, para alguns apenas.
É tempo de mudar, gostem ou não fariseus “populares” ou saduceus “aristocráticos”, isto poderá significar uma mudança cultural no país, cada vez mais necessária para um país em crise.