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O problema da consciência e algoritmos

24 ago

O matemático e cientista da computação Gregory Chaitin, que é argentino-americano eChaitin está na Universidade Federal do Rio de Janeiro, formulou ainda jovem a partir da complexidade de Kolmogorov, contribuições na formulação de uma teoria da informação algorítmica e meta-matemática, que foi desenvolvida a partir da formulação do teorema da incompletude de Gödel, já citado aqui nos posts anteriores e sua relação com a Máquina de Turing e Alonzo Church, que deu origem a computação digital moderna.

Chaitin definiu uma constante que leva seu nome e usa o símbolo Ω, um número real cujos dígitos são equidistribuídos, e que é por vezes informalmente descrito como uma expressão da probabilidade de que um programa aleatório será interrompido.

A constante Ω tem a propriedade matemática de ser decidível, mas não computável podemos dizer separa o problema de Hilbert-Gödel do problema de Turing/Church, mas mais do que isto, dá uma chave para resolver problemas no campo da biologia (a obtenção de uma definição formal de “vida”, origem e evolução) e neurociência (o problema da consciência e do estudo da mente).

Em epistemologia, Chaitin propôs que tanto na lógica matemática quanto  na teoria dos algoritmos, os “fatos matemáticos que são verdadeiras por qualquer razão, eles são verdadeiros por acidente. Eles são fatos matemáticos aleatórios”. Chaitin propõe que os matemáticos devem abandonar qualquer esperança de provar esses fatos matemáticos e adotar uma metodologia semi-empírica.

Neste sentido cria uma metafísica da matemática, ou uma metamatemática, capaz de elaborar algoritmos que proponham uma lógica da vida e até mesmo da consciência, a partir daí são possíveis os estudos da biologia e da mente por formulações desta metamatemática.  

Gregory Chaitin estará na USP no evento EBICC, no início de novembro deste ano abordando o tema da consciência a partir de sua perspectiva.

 

 

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