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O caçador de Androides é replicante

09 out

O replicante significa uma máquina com feições humanoides e em poucas coisasaoBladeRunner além da feição se aproxima do humano, no caso dos androides de Blade Runner 2049, o olho ou melhor o fundo da íris que tem um tom alaranjado é o grande diferencial, porém sendo máquina possui características que são super-humanas, por exemplo, a força, a velocidade e muitas outras características poderão ser humanas, mas robôs teriam alma ?

Ou fazer a pergunta mais comum na mídia, robôs dormem contando carneirinhos que são máquinas, entretanto a pergunta mais forte desde o início da primeira versão do filme de 1982, é se Rick Deckard (Harrison Ford), o caçador de androides é um também androide, e lógica diz isto porque caçar “máquinas” só mesmo para máquinas.

Uma pergunta que o diretor já respondeu afirmativamente, mas há uma dica no filme quando ele conta que sonhou com um unicórnio (a referência já é pela nossa classificação um replicante, pois tem coisas supra-humanas como um chifre), e alguém já sabia do seu sonho, isto é, os replicantes tem até mesmo seus sonhos projetados, mas porque o “criador” o preservou, uma pergunta que ele próprio se faz.

Ou outro diálogo de Rick Deckard esclarece: “Replicantes são como qualquer outra máquina – eles são um benefício ou um perigo. Se eles são um benefício, não é meu problema”, ou seja, interessa construir uma máquina que ela cuide do perigo que oferecem as outras.

Mas isto é esclarecedor em outro ponto também, há humanos preocupados com as máquinas e isto significa que sem saber que existem perigos, no diálogo Deckard diz como qualquer outra não deveria ser um empecilho para sua existência, o empecilho no fundo é o medo, por isso ao meu ver existe sempre este tom meio sombrio na primeira e segunda versão, chamado pelo refinamento cult de “noir”.

As máquinas e os avanços sempre trazem problemas, desalojam as coisas do lugar de conforto, mas não há como fazer omelete sem quebrar os ovos, é preciso ver os que estão podres, os computadores “sombrios” da Odisséia 2001 já passaram, os androides passarão, o futuro nos pertence, o homem é protagonista de seu futuro, ou ao menos deve desejar sê-lo.

 

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