O (im)possível futuro da humanidade
Critica a parte dos tecnoprofetas, é possível fazer especulações, no campo das hipóteses, portanto, sobre o futuro da humanidade, este é o livro mais recente de Michio Kaku, onde ele explora em detalhes ricos de possibilidades físicas e teóricas como a humanidade poderá, em passos graduais e com certeza olhados por comitês éticos, desenvolver uma civilização sustentável no espaço sideral.
É preciso dar alguns passos atrás e ver quanta coisa já conseguimos, através da leitura de outro livro deste renomado físico e alguém que vai no campo das hipóteses com fundamentos e base teórica para as especulações.
No seu livro de 2008, em boa tradução portuguesa do Editorial Bizâncio, seu livro “A física do impossível” mostra em que campo está a física, os avanços já conhecidos e os prometidos.
Depois de passar pelos grandes físicos do século XIX, James Maxwell, que questionou o fato dos campos magnéticos poderem se tornar elétricos e vice-versa numa clara descontinuidade, e ir até as possibilidades de invisibilidade baseado na nanotecnologia de metamateriais, ele cai na realidade e diz: “a maioria das máquinas nanotecnológicas não passa de meros brinquedos.” (p. 51)
A segunda busca de Kaku é o teletransporte (na foto filmes de ficção), o famoso artigo de Einstein, em que ele e outros colegas põe a prova o fenômeno dos quanta se teletransportarem sem passar por um estágio intermediário, rompe com o princípio Aristotélico ir de A para B passando por C intermediário, foi nos últimos cinquenta anos demonstrado, apesar do questionário de Einstein, Poldoslky e Rosen, razão pela qual ficou conhecido como fenômeno EPR.
A idéia é que se dois elétrons vibram em uníssono, o que é chamado de coerência, estas partículas estão ligadas por um tipo de conexão profunda, chamada “entrelaçamento quântico” (pag. 78), na década de 1980 Alain Aspect na França fez a experiência e comprovou que esta ligação de “entrelaçamento” existe, mas a pergunta é ela transportaria informação?
A resposta de Kaku é categórica: “não podemos enviar uma verdadeira mensagem, ou um código Morse, através da experiência EPR, mesmo que a informação viaje mais depressa que a luz.” (p. 79)
Já postamos sobre os robôs, agora queremos falar sobre a inteligência artificial, escreveu Kaku: “A ironia suprema é que as máquinas podem efetuar com facilidade tarefas que os humanos consideram ´difíceis, como multiplicar grandes números ou jogar xadrez, mas fracassaram quando se lhes pede que efetuem coisas extremamente ´fáceis´ para os seres humanos, como andar numa sala, reconhecer rostos ou tagarelar com um amigo.” (p. 130)
Pega o discurso de Marvin Minsky, do MIT, um dos fundadores da IA, que resumiu o problema do seguinte modo: “A história da IA é engraçada, pois os primeiros feitos reais eram belas coisas, como uma máquina que fazia demonstrações em lógica ou saía-se bem num curso de cálculo. Mas, depois, começámos a tentar fazer máquinas capazes de responder perguntas sobre os tipos de histórias simples que se encontram num livro do primeiro ano do ensino básico. Hoje não há nenhuma máquina que consiga isto.” (p. 131).
Exploraremos no próximo post (im) possibilidades que podem tornar-se reais, na visão de Kaku.