A vida: origem e destino
Para existir vida é essencial a água e alguns outros elementos em abundância: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio, assim a busca por planetas habitados ou habitáveis procura-se estes elementos, sobre a vida em outros planetas o cientista Arthur C. Clarke afirmou: “ou estamos sozinhos no universo ou não estamos, qualquer uma das hipóteses é assustadora”.
Tão importante quanto a origem da vida, que ainda é um enigma, é investigar as sociedades originárias que estão submersas sobre as camadas subterrâneas de nossa sociedade, alguns são capazes de ver estes traços e entender que a modernidade não é o destino eterno dos homens, outros mergulhados nos conflitos de nosso tempo querem eternizá-la como se fosse o último estágio civilizatório humano.
Compreender o que é a vida, é também compreender de onde viemos, se na perspectiva cientificista da modernidade temos que saber se viemos da matéria ou não, e para esta questão recomendo o livro de Terrence Deacon “Incomplete Nature: how mind emerged fom matter“ (veja nosso post), exatamente porque une a perspectiva antropológica com a diria cosmológica, num sentido mais amplo que inclui as cosmogonias das diversas culturas e civilizações.
O assunto é demasiado amplo para um post, por isso conto uma experiência estando em Portugal, fui visitar uma destas pequenas cidadezinhas portuguesas Coruche, não são as aldeias que são ainda menores, e lá me deparei com vestígios dos homens pré-históricos na região, os primeiros sinais civilizatórios ocidentais: colunas romanas, aquele que acreditam ser o primeiro sino de Portugal e também início da evangelização cristã na região, a Igreja de Nossa Senhora do Castelo tem este nome por ter sido feita sobre as ruínas de um castelo.
Assim uma civilização soterra a outra, também a cidade fica numa região limítrofe entre o Reino de Portugal e o de Al-Andaluz, onde viviam muçulmanos árabes e onde está a origem dos desenhos dos azulejos de Portugal, senti que tudo isto se compunha numa civilização originária de Portugal desconhecida, e nós netos desta civilização originária.
Não deixa de ter, como em todo Portugal os campos de videiras, quase todo lugar tem uma.
Como está escrito no museu de Coruche sobre a cidade: “O céu, a terra e os homens”, é conhecida também pela produção de cortiça.