O modelo idealista de in-tolerância
A modernidade trouxe a tona um modelo onde alguns indivíduos, ideologias ou culturas seriam superiores as outras, na lógica kantiana do imperativo categórico: ”age de tal modo que seja modelo para os outros”, assim este é o ideal de perfeição e sua base ética.
A reação que vivemos não é a suposta polarização ideológica, mas de uma civilização que supõe que a pertença a determinado grupo indica maior ou menor civilização, não se trata assim uma atitude de tolerância ou “benevolência” em relação ao outro, mas impor um modelo civilizatório.
Numa sociedade que deu voz a quase todo mundo, ainda há opressões em países ditatoriais, o que é modelo passa a ser questionado e neste sentido há um choque entre modelos que possam ser chamados de éticos, e aquelas cuja ética é a norma de determinado setor no poder.
O outro então pode ser visto como inferior, anormal, selvagem, incivilizado ou até mesmo intolerante quando um padrão está imposto como sendo o “correto” ou “civilizado”, na prática é um choque entre pensamentos autoritários de dois ou mais matizes diferentes, que não deixam de incluir os religiosos e os “culturalmente civilizados”.
Entender que a história foi escrita e é ainda hoje ditada por grupos políticos, editoriais de fontes culturalmente “civilizadas” significa uma possível critica histórica, epistemológica e até mesmo científica ao pensamento moderno.
As forças conservadoras, de diversos matizes é bom explicar, estão de um lado da pressão e querem que a tensão permaneça somente entre elas, as forças que realmente são contrárias e que sabem que esta tensão não é outra coisa que disputa de mercado e de interesses, são os verdadeiros opositores a estes modelos, mas trata-se de pouco ou nenhum apoio do poder.
Assim a guerra somente favorece aos poderosos e seus interesses, enquanto a paz somente é pensada se há um interesse por aqueles que a história negligenciou: os vencidos, que aqueles povos que historicamente contradisseram a lógica da guerra dos poderosos também se façam presentes na agonia de uma civilização em crise.
No mapa acima, a concentração do PIB Mundial, aparecendo EUA, China, parte da Europa, India e alguns países da Arábia em destaque.
Tratamos no início deste cenário de guerra da análise dos maus acordos do final das duas primeiras guerras, da submissão dos países colonizados e agora do enfrentamento das potencias sob o manto de luta política, o poder e o controle de mercados está em jogo.