Roleta Russa: o perigo atômico
A retórica russa e da OTAN crece na medida em que a Rússia recua no terreno da guerra da Ucrânia, as forças deste país chegaram a Lymann, cidade no interior da Oblast (extado) de Donetsk, onde lá e também em Luhansk foram realizados plebiscitos contestados, e anuncio da anexação ela Rússia.
O avanço na direção da Oblast de Donetsk parece de fato um recuo das tropas russas, alertamos na semana passada que a Rússia não reagiria de modo pacífico numa perda da guerra, o anuncio da anexação demonstra isto, porém a convocação dos reservistas parece alertar algo maior.
O volume de convocação de 300 mil reservistas não parece ser apenas em função da guerra da Ucrânia, a ameaça nuclear tanto da Rússia como a resposta do governo americano não parece blefes, o próprio Putin afirmou não se tratar de um blefe, e analistas ocidentais dizem que a TV russa chega a comentar em suas notícias de guerra, o Armagedon, alusão a batalha do fim do mundo.
Apenas nove países do mundo contam com armas nucleares de destruição em massa, as duas principais potências no conflito Estados Unidos e Russia, contam juntas com 12.853 ogivas nucleares existentes no planeta, claro aquilo que se tem notícia, e isto é 90% do total, a China por exemplo tem apenas 350 ogivas, a Coréia do Norte que faz grande alarde pouco maitem menos de 100, as ogivas são cargas explosivas tendo uma capsula nuclear cilíndrica colocada dentro de um foguete, míssil ou projétil. A Índia é um quinto membro do grupo.
Devem ser pensados nesta conta também as usinas nucleares que uma vez bombardeadas podem ter efeitos até mais devastadores que as ogivas, porém é pensado que num estágio inicial seriam usadas armas consideradas “táticas”, mas é evidente que isto aconteceriam em efeito dominó.
Todo este cenário é aterrorizador, sempre é possível a negociação, a China já se pronunciou de maneira dura alertando para este possível transbordamento, porém a preparação e tensão entre a OTAN e a Rússia parecem colocar em risco em nível de alerta máximo.
A paz é sempre o caminho para o processo civilizatório, tem nuances sociais e políticas é óbvio, mas a defesa da vida e da civilização deve prevalecer sobre a insanidade, assim esperamos.
Os momentos são de elevada tensão e outubro será bastante decisivo para o conflito.