Ebooks e aumento de auto-publicação
A venda já era superior nos Estados Unidos, agora também é superior no Reino Unido, garante o site da BBC, para cada 114 ebooks há apenas 100 livros impressos vendidos, ao menos para o dispositivo da Amazon que é o e-reader Kindle.
Outro fenômeno importante é a auto-publicação, ou seja, editores que fazem seus próprios livros e negociam as quotas de lucros direto com a editora, um exemplo no mundo britânico é a autora britânica Kerry Wilkinson, uma das mais bem sucedidas, que vendeu só no ano passado 300.000 cópias de seu trabalho Locked In segundo a Amazon, que informou também o aumento de auto-publicação é de 400%, ou seja, de autores independentes.
Também Ian Clark, blogueiro do Infoism e co-fundador de um grupo de promoção de um maior uso das bibliotecas públicas “Voices for the library”, explicou que estes números não devem ser vistos como um sinal de domínio dos ebooks sobre as vendas de livros impressos, mas que ambos ajudam a difusão da leitura.
“Para realmente julgar o estado do mercado de ebook, precisamos de dados adequados de vendas para que possamos compará-los em conjunto”, escreveu ele.
Jonathan Ruppin, editor de Web da editora Foyles, disse para a BBC, que é uma tendência e a indústria do livro terá que se adaptar para lidar com eles: “A proporção de vendas que são tomadas por ebooks irá continuar a aumentar”, afirmou.
Opor livros impressos aos ebooks ou tablets (que entre outras coisas tem ebooks) é não compreender que o essencial é a leitura e a inclusão de milhares de pessoas que pouco leem e escolher mal a leitura.