Ansiedade e necessidade da informação
O ser humano tem necessidade de informação quase da mesma forma que alimentação e lazer.
Não há dúvida que existem pessoas ansiosas, mas se formos à um médico dificilmente ele creditará isto a tecnologia, podendo até acontecer, mas da mesma forma que ter fome e ter ansiedade e comer muito, querer tomar um drink e descontroladamente beber, os que foram fumantes conhecem bem este efeito e que tem a ver com a tecnologia tanto quanto aos sistemas, as crenças e medos conforme os especialistas.
A síndrome do pânico, por exemplo, é um tipo específico de ansiedade e em raros casos tem a ver com tecnologia, criam-se fobias específicas e irracionais.
O termo foi cunhado por Richard Wurman, que o tornou famoso ao participar do Fórum Mundial em Davos, na Suiça, em 1994, mas estas coisas encontram guarida no pensamento ocidental porque temos má relação com as coisas, no dizer filosófico com os “objetos”.
O livro deste autor, Ansiedade da Informação (Editora de Cultura – 2005 – 299 páginas) em alguns aspectos é bem consciente, embora trate de um segmento desta patologia que é a ansiedade, ao referir-se aos diversos pontos que temos “necessidade” apenas de informação para: negócios, empreendimentos, design de algo, comunicação, simples conversas, mapas, ou necessidades educacionais.
Ele dá exemplo de como a informação pode tornar-se “compreensível”, isto é, não tornar-se pura ansiedade sem “satisfação”, ou seja, seu uso correto e responsável para tornar aquilo que é necessário da informação em facilidade de uso e acesso.
Embora ele seja arquiteto, e talvez por isso se intitule arquiteto da informação, não espero do livro nenhuma profundidade em usabilidade e acessibilidade, aí o autor é simplista.