Jovem paquistanesa inaugura biblioteca
Malala Yousafzai, a estudante paquistanesa que foi atacada com tiros na cabeça pelos talibãs por defender o direito de educação das meninas, sendo depois tratada dos ferimentos na Inglaterra, afirmou nesta terça-feira (3/9), que os livros podem derrotar o terrorismo.
A jovem de 16 anos fez um discurso em sua cidade de adoção, a cidade inglesa de Birmingham, antes de desvelar a placa na inauguração da maior biblioteca pública da Europa.
Ela declarou: “Fiz o desafio de ler milhares de livros e ganhar força com o conhecimento. Lápis e livros são as armas para derrotar o terrorismo”, disse Malala, operada em outubro do ano passado após um ataque criminoso no momento em que seguia a uma escola do Paquistão.
Ela argumentou também: “Não há uma arma mais poderosa que o conhecimento, nem maior fonte de conhecimento que a palavra escrita”, conforme publicou o EuroNews.
Ela já é candidata ao Prêmio Nobel da Paz este ano, falou sem embaraço, mostrou segurança e apresenta apenas um pouco de rigidez no lado esquerdo do rosto.
Malala agora frequenta a escola em Birmingham, que tem também grande população de origem paquistanesa, onde hoje reside sua família.
A biblioteca de Birmingham já era um dos grandes projetos para recuperar o centro da cidade e conta com mais de um milhão de livros, incluindo obra de Paulo Coelho, Machado de Assis e as primeiras edições das obras do dramaturgo inglês William Shakespeare.
Foi uma grande oportunidade para a adolescente de 16 anos voltar a afirmar que os livros são a melhor arma para derrotar o terrorismo, e disse durante a inauguração: “Lembrem-se sempre que mesmo um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo”, afirmou Malala durante a inauguração.
A jovem paquistanesa assinou já um contrato de mais de 2 milhões de euros com uma editora para publicar a sua história.