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Arquivo para October 14th, 2011

Morre Dennis Ritchie, pai da computação atual

14 Oct

Desconhecido para muita gente, sem ele não haveria a linguagem C da qual foi criador e o sistema operacional Unix, de onde derivou o Linux, fundamental para o movimento Open Source, assim ele antecede a Bill Gates, Stevie Jobs, Richard Stallman.

De uma personalidade humilde e muito simples referia-se assim sobre suas duas principais criações: “O C é peculiar, falho e um enorme sucesso”, e sobre o Unix: “É muito simples, só precisa de um gênio para compreender a sua simplicidade”.

Oito das dez linguagens de programação de hoje (dados do Tiobe) são derivam diretamente da sintaxe do C, incluindo a linguagem número 3, que é o C++, ela própria uma “versão” do C. Nenhuma a linguagem gozou de tão alto nível de popularidade por tanto tempo, projetada em conjunto com Ken Thompson, a linguagem era apenas para programar o sistema operacional, por causa dos hobbistas da década de 70, como Bill Gates e Stevie Jobs, ela se popularizou.

Conhecido como “dmr” ele faleceu no final de semana passado após uma longa enfermidade, no sábado (08/10) aos 70 anos de idade em sua casa em Murray Hill, New Jersey, EUA.

Descanse em paz, Dennis Ritchie.  Os programadores da década de 70 e atuais agradecem muito a você.

 

Redes sociais e confusionantes

14 Oct

Ao receber uma lista de 378 livros livres para download, disponíveis no blogmidia8, enviado por um aluno, me veio a mente imediatamente os “confusionantes”, aqueles termos que podem ser tudo ou nada e há muita divagação a respeito,  foi usado pelo Professor  Lucien Sfez, titular de Ciência Política da Universidade de Paris I, Pantheón, Sorbonne (no livro: A comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 1991).

Mas o que acontece com a “rede” não é específico dela, também em questões clássicas como materialismo, modernidade, iluminismo e tantas outras enfrentam-se os mesmos problemas, como um materialista envergonhado que dizia o termo não ter nada a ver com consumo, ora bolas tem sim, apenas não é uma definição clássica.

A teoria marginalista do consumo, herdeira da teoria marginalista geral, toma como  base a maximização da satisfação individual, isolando o indivíduo do conjunto das relações sociais, e tanto para os “neoclássicos” quanto para o pensamento “clássico”: “O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e intelectual em geral”, de onde ambos recorrem ao materialismo para fundamentar qualquer análise social subsequente.

Isto é particularmente importante, porque não vê e nem pode ver o indivíduo como um todo, o SER que sem visão ontológica poderá levar, ou como dizia Milton Santos citando Bruno Latour, a todos “nós, pobres sujeitos-objetos, humildes sociedades-natureza, pequenos locais-globais, sejamos literalmente esquartejados entre regiões ontológicas que mutuamente se definem e, entretanto não mais se assemelham às nossas práticas”, no seu livro  A Natureza do espaço: técnica e tempo: razão e emoção, da editora Hucitec em 1996 .  Muito citado, mas nem sempre entendido.

A parte das confusões intelectuais, as redes são possibilidades de trabalho que estão relacionadas a estruturas abertas, participativas, democratizadas, com menor grau de hierarquização, ainda que esta subsista por herança social, indicando ampliação de espaços públicos de convivência.  Três perguntas fundamentais podem haver sobre as redes: há alguma relação de diálogo e feedback ? Quem decide ? Quem detém as informações ? As pessoas são levadas a colaboração ou a competição ? As diferenças são suportadas ? Há fluxo na informação ? Quem seriam os nós e os elos (brokers) ? 

Muita gente escreveu “teorias” sobre as redes, mas a listinha do meu aluno é muito prática.