Arquivo para agosto, 2013
Google e Microsof podem processar governo dos EUA
O conselheiro geral da Microsoft, Brad Smith, anunciou ontem que a empresa, junto com a Google, poderá processar o governo, apesar de uma declaração na quinta-feira que este faria uma publicação anual sobre o pedido de vigilância de informação.
Google e Microsoft estariam solicitando que a questão de publicar “informações agregadas”, sobre as ordens dos tribunais dirigidas às empresas, deveriam ser mais transparentes aos clientes, conforme declararam as empresas.
A notícia apareceu no blog corporativo da Microsoft e agitou os meios políticos, a questão da transparência dos dados tomou proporções políticas sérias, e mostra uma irritação das empresas com os orgãos governamentais, como mostra a declaração: “em seis ocasiões em semanas recentes concordamos com o Departamento de Justiça em estender nossa data limite ao governo para responder a estas demandas” afirmou Smith, mas destacou que apesar dos esforços dos advogados governamentais, as reuniões “terminaram em fracasso”.
É difícil prever o final desta questão, mas a comunidade mundial quer maior transparência.
Operadoras móveis não atingem metas
Duas operadoras não atingiram as metas propostas pela Anatel de no mínimo, 95% nesse indicador. empresa que regula a atividade de empresas de celulares no Brasil, Tim alcançou 89,51% na taxa de transmissão instantânea (velocidade de upload e download apurada no momento de utilização da internet pelo usuário); já a Vivo ficou com 93,55%.
As metas eram relativas a telefonia móvel de banda larga.
A Vivo alegou “”problemas sistêmicos limitaram o número de medições [da Anatel], o que reduziu a validade estatística dos dados coletados e fez com que dois resultados ficassem muito próximos dos índices previstos pelo órgão regulador”.
A Tim por sua vez disse em nota que “já em relação à taxa de transmissão instantânea, a companhia atingiu a meta em todos os Estados avaliados, exceto em São Paulo, mas esclarece que está investindo constantemente com foco na ampliação e otimização da sua rede.”
E agora posso pagar só 90% dos valores cobrados pela operadora ?
USP e UNICAMP lançam video-aulas
A Universidade Estadual de Campinas desenvolveu o e-Unicamp, um projeto educacional com o intuito de impulsionar o uso de tecnologias que permitam “disseminar o conhecimento a todos de forma simples e gratuita”.
O conteúdo do Portal tem licença do Creative Commons, que são as condições de uso gratuito e garantia de direitos autores e é regido condições estabelecidas pela Lei 9.610/98 dos direitos autorais no país.
A oferta, a consulta e o uso dos materiais didáticos disponibilizados não gera nenhuma espécie de contrato entre o Portal e-Unicamp e quem o utiliza.
Este oferecimento, já é uma tendência mundial (como o OpenSourceWare do MIT) que visa dar maior visibilidade das instituições públicas com a comunidade, onde os seus conteúdos didáticos das disciplinas são oferecidos em vários formatos.
O site lançado em 19 de abril deste ano tem o acesso livre ao que é publicado e são disponibilizados materiais das áreas de exatas, humanas e biológicas.
A Universidade de São Paulo tem um projeto semelhante, chamado e-aulas, mas o uso é restrito ao “Código de ética da USP” e aos “Princípios éticos para o Uso de Computadores da USP” sendo que os conteúdos podem ser vistos no site eaulas.usp.br.
Morre F. W. Lancaster
Muito se discute hoje sobre a semântica dos dados, a Web tenta refazer a maneira de organizar seus conteúdos através da Web Semântica, mas estes estudos já estavam presentes na Ciência da Informação e um nome de referência é J.W. Lancaster.
Seu livro Indexação e Resumos: teoria e prática (Indexing and Abstracting in Theory and Practice, com tradução brasileira feita pela Briquet Lemos, já em 2ª. edição) teve a primeira edição americana premiada no ano de 1991, pela American Society for Information Science, como melhor livro da área no ano.
Frederic Wilfrid Lancaster nasceu em 1933 na Inglaterra, tendo estudado na Newcastle School of Librarianship de 1950 a 1954, seguindo sua carreira profissional no sistema de bibliotecas públicas de Newcastle. Em 1959, imigrou para os Estados Unidos, onde trabalhou em firmas particulares e bibliotecas especializadas no desenvolvimento e avaliação de sistemas de recuperação da informação.
Foi um dos primeiros a trabalhar a avaliação de bases de dados e a fazer trabalhos fundamentais na recuperação da informação, com o trabalho clássico chamado Medical Literature Analysis and Retrieval System (MEDLARS), que realizou em fins da década de 1960, para a National Library of Medicine dos EUA (JACKSON, 2005).
Foi para a Universidade de Illinois em 1970, onde foi professor na Graduate School of Library and Information Science da University, onde continuou prestando consultoria em desenvolvimento de recuperação da informação em sistemas automatizados, tendo prestado serviço a CIA.
Em artigo publicado em 1978, o Toward paperless information systems, de 1978, e em trabalhos posteriores, o autor defendia a inevitabilidade da mudança das publicações em papel para uma sociedade sem papel, talvez a primeira pessoa e escrever sobre isto.
Foi professor e orientador do primeiro curso de mestrado brasileiro na área, na década de 1970, no âmbito do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD, hoje Ibict) ao lado de outros autores como Tefko Saracevic, Douglas Foskett e Derek Langridge, já em 1981, haviam 34 dissertações de mestrado no Brasil, o que contribuiu para organização de cursos.
Uma “nuvem” de livros
Um empresário da Gol, Jonas Suassuna, que tem nos livros uma de suas paixões, sobrinho do amado escritor paraibano Ariano Suassuna, é o responsável pela Nuvem de Livros, projeto em parceria com a operadora Vivo, para disponibilizar conteúdos educacionais sem download.
O empresário que se confessa com um “inconformismo” pela falta de acesso a livros em escolas públicas, principalmente em regiões distantes no interior do país, a sete anos propôs se a auxiliar um projeto que veio a ser implantador após dois anos do projeto iniciado.
O empresário destaca que apesar dos números de telefonia e dos acessos a internet já impressionarem, ainda há uma grande defasagem na escola pública brasileira.
Afirmou: “O governo brasileiro assinou uma lei que diz que, até 2020, todas as escolas brasileiras, públicas e privadas, devem ter uma biblioteca com pelo menos um livro por aluno (Lei da Biblioteca Escolar). Quem conhece a realidade da escola pública brasileira sabe que isso vai ser muito difícil”, é preciso um esforço na disseminação dos livros.
A Nuvem de Livros é uma biblioteca online, totalmente multiplataforma, que disponibiliza conteúdos sem necessidade de download, mas é cobrado, custa R$ 2,00 mensais por aluno, e os clientes particulares pagam cerca de R$ 8 por mês para ter acesso ilimitado aos conteúdos
A biblioteca já tem um acervo de 10 mil conteúdos, para acesso também em tablets e celulares, segundo o site terra o serviço já tem mais de um milhão de usuários.
Facebook e relevância das notícias
O Facebook anunciou em postagem no seu blog que o Feed de notícias teve seu algoritmo modificado para destacar a “qualidade” das notícias, do seu Feed de notícias.
No início do mês, o “Face” havia anunciado a mudança no algoritmo do feed de notícias, sistema que decide quais das publicações deve priorizar na página dos usuários da rede social, era prometido melhorar a maneira com que posts antigos voltam a aparecer no feed do Facebook.
Uma nota no blog do site afirma: “O sistema usa milhares de diferentes fatores, como a frequência com que o conteúdo de uma determinada página é relatado como de baixa qualidade (por exemplo, escondendo uma publicação), o quão completa a perfil da página é e o quanto da base de fãs de uma página se sobrepõe a base de uma página conhecida como de alta qualidade”, diz o post explicando a novidade.
A mudança foi feita com base em questões aos usuários, onde perguntavam a relevância do conteúdo, a confiabilidade da fonte, o desejo de compartilhar om os amigos e se ele reclamaria se visse aquele conteúdo em seu feed.
O login também está sofrendo mudanças onde o usuário pode decidir sobre seus conteúdos e determinar a publicação ou não dos mesmos.
Apple e Samsung devem mostrar lucros
Foi o que determinou no dia de ontem um tribunal dos EUA por cusa de um processo de patentes, o Tribunal de Apelação dos EUA em Washington reverteu uma decisão de primeira instância que obrigava ambas empresas a revelar apenas partes das vendas e lucros.
Por causa das patentes, as duas empresas tem se enfrentado ao redor do globo, desde 2011, tendo como ápice o julgamento ocorrido no ano passado em San Jose, Califórnia, quando o júri havia concedido à Apple mais de 1 bilhão de dólares, mas depois a juíza Kucy Koh, voltou atrás e abriu um novo julgamento.
A decisão de Koh foi então contra ambas as companhias, visto que o interesse público é maior que os direitos das empresas manterem informações em segredo, e a decisão do Tribunal de Apelos foi feita por unanimidade.
“Nós reconhecemos a importância de proteger o interesse público em processos judiciais e de facilitar o entendimento de tais procedimentos”, decidiu o corpo do tribunal, reafirmando: “Esse interesse, no entanto, não se estende a mera curiosidade sobre as informações confidenciais entre as partes, onde a informação não é definitiva para decisão do mérito”.
Como seria bom se o interesse público prevalesse ao privado sempre, defedendo as pessoas.
Comércio eletrônico cresce 24%
O comercio eletrônico cresceu 24% no Brasil no primeiro trimestre do ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado, diz o estudo da WebShoppers, divulgado ontem (21/08).
Os brasileiros fizeram mais de 35 milhões no semestre, de pedidos via internet (valor 20% em relação ao ano anterior) e o preço médico das compras também cresceu 4, dando o valor de R$ 259,49.
Os setores recordistas são o “Moda e Acessórios” com 13,7% do total e o eletrodomésticos com 12,3%, depois vem produtos de higiene pessoal e cosméticos (12/2%), Informática (9%) e livros e assinaturas de revistas (8,9%).
No semestre até junho 46,16 milhões de pessoas já haviam feito ao menos uma compra pela internet, mas apenas 3,98 milhões eram novos consumidores, contra 4,64 milhões no mesmo período no ano anterior, uma queda de 14% indicando um caminho de estabilização do mercado.
Por irregularidades nos serviços, em março de 2012 várias empresas do comércio eletrônico (como Submarino, Americanas e Shoptime) haviam fechado as portas virtuais, mas uma liminar permitiu que voltassem a funcionar, mas elas estão sujeitadas também ao Procon.
Partículas, o universo e sinais digitais
No início do século XX, o modelo de física que é algo que poderíamos chamar hoje dos corpos rígidos e de baixa velocidade, baixa quando comparada a velocidade da luz, que tornou-se para a física quântica uma referência importante, pois foi ela que mudou nossa visão de massa e de matéria, criando uma física com micro-partículas que revolucionou até mesmo o modo de pensar e que é importante para entender a ‘informação’ fora do homem.
Tudo o que podemos falar, todo o modelo que temos do universo inteiro hoje está ligado a esta física e ela está prestes a reunir num as micro-partículas, entre elas os fótons e as partículas eletrogmáticas, num modelo, chamado de Modelo Padrão da Física, a descoberta da partículas de Higgs ou partícula de Deus, em experimento recente feito no acelerador de partículas nas fronteiras da Suiça com a França, auxiliou este modelo atual da física.
Porém devemos entender que este modelo corresponde apenas ao que entendemos como matéria, que é esta parte mais estável do universo, e que os físicos chamam de matéria bariônica, ainda que 22% desta seja uma “matéria escura” (bariônica e não-bariônica), e há ainda uma matéria totalmente desconhecida, mas que age na atração gravitacional, que é chamada de energia escura, e que permeia toda escuridão do espaço.
Este modelo de informação influenciou profundamente o pensamento de Claude Shannon, um jovem estudante que trabalhou sobre a influencia de Norbert Wiener, pai da Cibernética, e Vannevar Bush, ambos seus professores no MIT, e com os quais trabalharia muito próximo no final da década de 30.
Mais tarde encontraria-se com Alain Turing e então começaria a desenvolver este modelo de informação “quantizada” que escreveria em 1948 “A teoria matemática da Comunicação, prefacia por Warren Weaver, e poristo algumas vezes chamadas de teoria de Shannon-Weaver.
A teoria de Shannon foi fundamental para se dar um tratamento digital “aos sinais” análogicos, por isto alguma vezes é vista como teoria digital dos sinais e não da informação.
Big Data e Bibliotecas
A tecnologia de dados do Big Data está pronta para revolucionar todos os aspectos da vida humana e da cultura como pessoas coletar e analisar grandes volumes de dados para previsão de comportamento, resolução de problemas, segurança e inúmeras outras aplicações, é o que garante o site Christian Science Monitor.
A geração de grandes quantidades de dados está sendo impulsionada pela crescente digitalização das atividades cotidianas e a dependência das pessoas em dispositivos eletrônicos que deixam “rastros digitais” conceito que pode ser estendido para “rastro da informação”, uma vez que qualquer objeto em qualquer estado de conservação pode conter informação “implícita” que não está ainda num formato adequado.
O site CSMonitor cita um grande projeto de dados notável que é um esforço por os Biblioteca do Congresso dos EUA para arquivar milhões de tweets por dia, cujo benefício pode custar muito pelo seu valor histórico.
Um exemplo, citado é o trabalho de Richard Rothman, professor da Johns Hopkins University, em Baltimore, fundamental: salvar vidas.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta preveem surtos de gripe, e o faz através dos relatórios dos hospitais.
Mas isto levava semanas, em 2009, apareceu um estudo onde pesquisadores puderam prever surtos muito mais rápido através da análise de milhões de buscas na Web, fazia as consultas como “Meu filho está doente” e podiam conhecer um surto de gripe muito antes do CDC soubesse pelos relatórios dos hospitais.
Mas as tecnologias de grandes volumes de dados também tem uma contorno sinistro, em que a tecnologia é percebida potencial de destruir a privacidade, incentivar a desigualdade e promover a vigilância do governo de cidadãos ou outros em nome da segurança nacional, como conciliar estas duas tendências ?