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Arquivo para janeiro 10th, 2014

Esboços de uma consciência planetária

10 jan

A ameaça atômica (iniciada pelo ocidente) continua a ser um fatorConsciência Planetaria presente, recordemos o recente episódio do tsunami no Japão que afetou as usinas nucleares de Hiroshima, Edgar Morin e Edgar B. Kern iniciam a questão da consciência planetária, analisando esta questão em conjunto com a questão ecológica e “a entrada do Terceiro Mundo” até então apenas um joguete nas mãos da luta econômica dos países mais desenvolvidos.

“A descolonização dos anos 195-1960 fez surgir no proscênio do Globo 1,5 bilhões de seres humanos até então atirados pelo Ocidente no caixote do lixo da história” (pag. 34) e essa humanidade “inspire medo ou compaixão, suas tragédias, as suas carências, a sua massa obrigam-nos permanentemente a relativizar as nossas dificuldades euro-ocidentais … os problemas do Terceiro Mundo (demografia, alimentação, desenvolvimento) são sentidos cada vez mais como os problemas do próprio mundo” (pag. 34).

Isto fez avançar uma unidade do homem do planeta, “apesar de todos os recuos etnocêntricos” (pag. 34) o que pode ser visto nas obras antropológicas de Levi-Strauss, Malaurie, Castre, Jaulin” e dos filmes e documentários que citam vários, entre eles Derzu Uzalá, de Akira Kurosawa, que falam de modo novo das pessoas “primitivas”.

É algo novo que a cultura ocidental tenta retomar da consciência perdida no pensamento da modernidade, que vê o homem apenas como “A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele.” ou ainda, como a relação com seus instrumentos, de produção, de consumo, ou no caso da ciência, com os objetos de estudo, mas ainda não é uma consciência ainda de mundo, planetária, que veja todos e tudo com um sentido relacional e humano.

A consciência planetária, sobre o problema das guerras, os problemas econômicos e sociais, fazem crescer é prisioneira da visão centrada no sujeito, e a ecologia é a primeira tentativa de liberar a consciência de um antropocentrismo, é o que chamo de pátria-mundo, que deve ser maior que a Pátria-Terra, ainda que este percepção planetária do sujeito seja muito importante.