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Arquivo para outubro 28th, 2014

A minha esquerda e as redes

28 out

AminhaEsquerdaO livro de Edgar Morin reúne 23 textos esparsos mas reveladores, alguns inéditos, outros que complementam o livro deste extraordinário filósofo que chamou de Terra-Pátria o mundo atual, eu encontro reflexões fundamentais para nosso tempo e em especial para o nosso país.

Entre tantos pensamentos profundos, encontro um essencial na página 16: “Uma componente invisível da policrise é a crise do pensamento”, Morin chama de policrise: as crises interdependentes da economia, da civilização ocidental, das civilizações tradicionais, do desenvolvimento, estamos tratando com placebos o câncer de uma sociedade em decadência.

Esta crise que pode ser chamada de crise cultural, em especial do ocidente é claramente evocada por Morin: “É preciso efetivamente conceber a ambivalência do desenvolvimento mundializado. Ele introduz progressos materiais em todos os domínios, mas provoca desenvolvimentos espirituais e morais” (Morin, A minha esquerda, p. 16).

Ele está convencido que podemos nos beneficiar das “virtudes da sociedade do conhecimento”, “mas que é de fato uma sociedade de conhecimentos dispersos e compartimentalizados, cuja dispersão e compartimentalização impedem a religação desses conhecimentos a fim de se considerar os problemas fundamentais e globais de nosso século”.

Morin que lutou na resistência francesa contra o nazismo, que é um nome mundial do pensamento progressista, condena o pensamento do que chama de “esquerda ressentida” e “esquerda caviar”, desconhece os desafios gigantescos a que somos chamados no nosso tempo, afirma Morin: “A política é simultaneamente muito sobrecarregada de problemas e exaurida de pensamento”, aqui e em todo o mundo, somos pessoas pensando um mundo pequeno a nossa volta, no “partido” que torcemos e não nos grandes problemas sociais e nacionais, quando muito em alguma pequena esmola que cale a boca dos famintos.

Mundializar é para Morin “favorecer as cooperações econômicas, sociais, culturais, tudo o que caminha no sentido da unidade solidária da humanidade”, o resto é torcida de futebol.

 

Interações no Facebook nas eleições

28 out

Os números foram impressionantes, as eleições envolveram 48,3 milhões de pessoas no Facebook, EleiçõesFacequase 54% dos usuários nos pais, mostrando que as eleições entraram definitivamente na era das mídias de redes eletrônicas.

O número é o triplo do recorde anterior do período eleitoral, quando as 227 milhões de interações registradas no pleito da Índia este ano, mas num país de 1,252 bilhões, isto é seis vezes mais que o Brasil e com o dobro de internautas, segundo o próprio Facebook.

O diretor de relações institucionais do Facebook no país, Bruno Magrana, afirmou para as agências de notícias que as eleições brasileiras foram “um dos maiores eventos vividos na plataforma neste ano”, mas ainda precisamos usar para o diálogo e não para ofensas.

A participação foi maior que a Copa do Mundo, quando a rede social chegou a três bilhões de interações, mas em grande parte pelas manifestações políticas sobre a Copa, embora seja discutível a efetiva politização, o número de pessoas que participaram e opinaram é importante para o avanço da democracia no Brasil.

Os dados postados incluem textos, fotos, curtidas, comentários e qualquer conteúdo compartilhado, mas não são contabilizados comentários sobre postagens, e foram calculados desde o início da campanha em junho deste ano.