Arquivo para junho, 2015
A internet das coisas beneficiam o desenvolvimento
Coisas (IoC) está sendo amplamente subestimado, e que poderia valer mais de US $ 11 trilhões por ano, de acordo com um novo relatório do McKinsey Global Institute, conforme comentário no Washigton Post.
O referido instituto dá 6 razões pelas quais o IoC está sendo subestimada, o que inclui a sub- utilização de dados gerados por diversos dispositivos sensores e outros dispositivos em rede.
Segundo os analistas do instituto que traçam um grande-retrato p erspectivas económicas, vistas exclusivamente em setores de indústrias, enquanto há na concentração primária de oportunidades nos mercado Comércio ao Consumir (business-to-consumer) da IoC e está faltando uma oportunidade potencialmente muito maior do business-to-business.
Além disso, com cerca de 40% do valor econômico da IoC é alimentada pela interoperabilidade dispositivo, o que torna óbvia a oportunidade de receita, em software e hardware para isto.
McKinsey argumenta também o impacto da Internet das coisas sobre as economias do mundo em desenvolvimento são subestimadas, e que essas economias que beneficiam de cerca de 40 por cento dos ganhos econômicos contra cerca de 60 por cento de participação do mundo desenvolvido devido a uma visão equivocada que isto é só para o mundo avançado.
McKinsey especula alguns países em desenvolvimento serão capazes de ultrapassar os avanços nos países desenvolvidos porque a montagem de equipamentos ou infra-estrutura com sensores e atuadores vai se tornar um problema resolvido.
Finalmente, a Internet das coisas vai apoiar novos modelos de negócios que provavelmente se correlacionam com a forma como os dados são rastreados e avaliados em tempo real, fazendo com que as fronteiras da tecnologia e e o no-tech das empresas não pode se confundir.
Inventor do celular critica Apps
Martin Cooper, o criador do primeiro celular o “tijolão” Motorola DynaTAC 8000X, em entrevista ao site Motherboard compartilhou sua visão de futuro para a tecnologia e diz que os Apps não são o futuro para a tecnologia digital de celular.
Na entrevista ele lembra que foi na AT&T (a estatal de telefonia americana) que surgiu o conceito de telefonia celular, embora a ideia fosse limitada, já que se pensava para uso no carro e não como telefonia comum, como é usada hoje. Naquele momento significa para a Motorola transferir o problema de um local para outro, ou seja como se os usuários tivessem uma segunda linha fixa, só que integrada ao automóvel, explicou ele ao site: “Nós acreditávamos, e ainda acreditávamos hoje em dia, que a liberdade significa poder falar em qualquer lugar”.
Ele acredita que a telefonia móvel ainda deve crescer e será tão importante quanto a invenção da roda, mas ainda precisará de algumas gerações para o recurso demostrar seu valor, por isto é reticente com os milhões de aplicativos que se encontram nas lojas virtuais, que para ele, é uma perda de ficar instalando e desinstalando funcionalidades, sem solução unificadas.
Sugere que a busca de soluções de inteligência artificial deixará no chinelo os assistentes de voz como o Siri e o Cortana e até mesmo extensões do tipo Google Now, que pode ser vistos em reportagens do tecmundo, poderão ser obsoletas.
Ele acredita ainda que no futuro os celulares poderão ser controlados até mesmo pelo pensamento, tecnologia que já existe para algumas funções de controle remoto. ‘bif” “
Software livre e segurança
A preocupação com segurança cresce na mesma proporção em que o número de usuários e sistemas desenvolvidos cresce na internet, empresas privadas procuram proteger apenas seu software, ou são empresas que trabalham com segurança. A preocupação das empresas de software livre como a Linux Foundation não é nova, mas agora a fundação anunciou, segundo o Washington Post, que vai investir US$ 500 mil em três projetos que abordar os problmas de segurança nos serviços da tecnologia open source. No aspecto da infraestrutura básica, vai investir US$ 200.000 para melhorar a segurança dos sistemas operacionais Debian e Fedora, permitindo ao desenvolvedor verificar a autenticidade das distribuições binárias, recurso que evitará a introdução de falhas no processo de construção e distribuição de código dos sistemas. Outros 192 mil dólares americanos irão para o projeto False-Positive-Free Testing (Testes falso-positivo-Free), um esforço para construir uma fonte aberta para o interpretador TIS que poderá reduzir falsas detecções de ameaças positivos TIS Analyzer. Mais 60 mil dólares irão para o Projeto Fuzzing, uma iniciativa para coordenar e melhorar a técnica de teste fuzzing de software que identifica problemas de segurança em sistemas de software ou computador. O financiamento segue a descoberta de vários bugs críticos em tecnologias de código aberto amplamente utilizados.
Novas práticas e comunicações na Ciência
Nova prática da ciência Uma cultura que emerge da cultura digital em consonância com diversas propostas de uma ciência de maior alcance popular e maior abertura e acesso na comunicação é a Ciência Aberta (Open Science), vem em conjunto com as tendência de abertura de documento iniciada com o o arXiv e confirmada com diversas iniciativas de Publicações Abertas (Open Access), e abertura da ciência como o PLoS confirmando uma tendência que também desponta nas redes sociais. Sob a bandeira do Creative Commons Science estão as publicações da PLoS (Biblioteca Pública de Ciências) e das editoras BioMed Central e Hindawi, que oferecem gratuitamente aos usuários.
Na PLoS, todos os artigos publicados trazem sinopse escrita para o público não especializado. Um esforço para tornar mais acessíveis os conteúdos, também existem compartilhamento de espaços, laboratórios e até mesmo de dados complexos com pesquisadores de todo mundo.
Em 2011 um game foi notícia no mundo quando vários jogadores voluntários decifraram a estrutura de uma proteína retroviral que está diretamente relacionada ao vírus HIV. Os cientistas não sabiam o que era tal estrutura, impedindo a projeção de outras moléculas que pudessem bloqueá-la, e o problema científico solucionado em parceria com jogadores, foi publicado em periódicos como a Nature Structural & Molecular Biology.
No Brasil houve um seminário internacional no Rio de Janeiro e outro será feito na USP.
A crise economica e as redes sociais
Ainda estamos ainda do rescaldo de uma crise que começou por volta de 2008 na Europa, atingindo a Grécia em 2010 e Portugal em 2011, mas estava estabelecida em todo o mundo desde o início da “marolinha” nos anos 2003 e 2004, o problema é que deixamos de fazer direito nossa tarefa de casa.
A marolinha foi superada internamente no Brasil fortalecendo o mercado interno e oferecendo um grande número de comodities que financiaram este “progresso” que no fundo foi aparente, pois as chamadas políticas anti-cíclicas do governo foram desvendadas com os seus efeitos nas operações Lava Jato e Petrobrás, devido ás benesses do poder aos magnatas. O quadro atual é de piora, segundo dados divulgados no dia 19/06 há um aprofundamento do que especialistas chamam de estagflação, combinação econômica de estagnação e inflação.
Os dados vêm no momento que diversos economistas fazem um manifesto de apoio a conservadora política econômica do governo, o professor José Márcio de Camargo da PUC-Rio entretanto afirmou: “O quadro de estagflação já existe desde o ano passado, mas agora ingressa num estágio mais grave”.
Para outros economistas, o quadro ainda que em estágio inicial, lembra as crises enfrentadas pelo Brasil nos anos 1980 e 1990, quando a inflação destruía a economia doméstica de muitos e enriquecia banqueiros e doleiros. O próprio Ministério do Trabalho, afirmou que 115.599 trabalhadores perdem seu trabalho só no mês de maio, o pior resultado para este mês desde 1992.
A economista Cornélia Nogueira do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, afirmou que a população deve lançar mãos das redes sociais na internet para divulgar locais com melhores preços e serviços e denunciar abusos, ela discorda da avaliação da equipe economia do governo que haveria agora uma tendência de queda nos preços: “Tenho a impressão que a coisa não está tão tranquila, não. No ano passado, nesta época, a inflação estava muito baixa”.
Mas há gente religiosa que diz não haver crise nenhuma, é o fundamentalismo político.
Acordo pode turbinar a Web
Um projeto que está sendo desenvolvido em conjunto pela Microsoft, Google, Mozilla e Apple pode criar uma nova plataforma de Internet que combinando software escrito para excutar nos sistemas nativos (os sistemas operacionais) e o alcance da Web, tornaria a Web mais rápida. O WebAssembly foi resultado inicial da unificação das equipes do Google Chrome e Firefox Mozilla, proporciona uma experiência mais leve de carregamento de aplicativos Web. Outro efeito é a “libertação do programador” porque ajuda o desenvolvimento de programas na disputa iOS da Apple e sistemas operacionais Android do Google, o anuncio deste projeto pode ser visto no site GitHub. O líder do projeto, Luke Wagner afirmou ao site CNET que está satisfeito com o projeto, afirmou: “Estou feliz de informar que a Mozilla já começou a trabalhar com o Chromium, Edge, e engenheiros WebKit sobre a criação de um novo padrão, WebAssembly”. At its most basic level, WebAssembly provides a different way to let browsers run software written in C, C++, or other languages. No nível básico de programa o WebAssembly fornece uma maneira diferente de deixar navegadores executar o software escrito em C, C ++ ou outras linguagens, o que permite o desenvolvimento do que está entre as linguagens de programação tradicionais e código de máquina, que libera o browser a partir do trabalho de criar o código de máquina, e isto independe do hardware do dispositivo, permitindo trabalhar na língua que escolher. WebAssembly’s intermediate state also means programmers can work with their language of choice. O comum hoje é desenvolver programa em JavaScript que pode ser traduzido em código de máquina, com o Web Assembly o programador poderia desenvolver muitos programas que estariam entre estes dois níveis: o código de máquina e o programa de alto nível que produz os aplicativos.
A questão climática esquenta
As diversas mobilizações em torno do encontro mundial sobre questões climáticas em Paris, no final do ano, agora tiveram a entrada oficial do Papa Francisco com uma encíclica específica tocando no problema da água.
Tomás Insua, um dos co-fundadores do MCGC( Movimento Católico Global para o Clima), da Argentina disse ao receber a encíclica das mãos do papa “Francisco até brincou, dizendo que estamos competindo com a sua encíclica. O endosso dele ao nosso trabalho é muito importante para incentivar a conscientização nos círculos católicos globalmente, assim como para conseguirmos mais assinaturas.”
A Conferência do Clima tem aval da respeitada UNFCCC (Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), e pelo caminho que está percorrendo e a divulgação que vem acontecendo, será a cúpula climática com maior participação oficial, desde Copenhague, em 2009.
Um dos objetivos de organizadores e organizadores de entidades em defesa da ecologia, é limitar a elevação do aquecimento global em até 2ºC, isto é, níveis pré-indústrial, pois diversos cientistas alertas que os níveis atuais são problemáticos.
A realização da Conferência do Clima será entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015 e promete.
Bibliotecas e leitura é a base da educação
Os métodos e os meios de leitura podem mudar, mas devemos assegurar o futuro da educação incentivando a prática de leitura e as bibliotecas ainda são a instituição que garante acesso a grande maioria da população e em especial as pessoas que não dispõe de poder aquisitivo para ter acesso a livros e a cultura.
O país está atrasado neste aspecto, se desejamos garantir que a lei as metas exigidas pela leitura 12.244 de 24 de maio de 2010 seja atingida, temos um déficit de 64,3 mil bibliotecas em escolas públicas e privadas do país.
A legislação procura garantir que até o ano de 2020 tenhamos um acervo de, no mínimo, um livro para cada aluno matriculado tanto na rede pública quanto na privada.
Os dados foram levantados pelo portal Qedu, da Fundação Lemann, a pedido da própria Agência Brasil a partir dos dados do Censo Escolar de 2014, e os dados mostram também o déficit da própria existência de bibliotecas em escolas públicas que apontam que mesmo na Região Sul 77,6% das escolas públicas têm biblioteca, no Norte apenas 26,7 % enquanto no Nordeste 30,4%, os índices do Sudeste são 71,1% e Centro-Oeste 63,6%.
http://www.qedu.org.br/
Os índices também são negativos quanto se veem os dados que 86,9% são bibliotecas públicos no ensino médio enquanto no ensino fundamental o índice cai para 45%.
A leitura digital não é contraditória com a leitura de livros, os dados apontam que muito ao contrário, a leitura digital que é imediata, muitas vezes curta e rápida no ambiente digital pode levar a um maior interesse para obras completas, mas isto deve ser educado desde o ensino fundamental.
Cientistas esperam que país ratifique acordo
Significativos avanços foram dados na área científica e ambiental desde que foi feito o chamado acordo de Nagoya, um protocolo que prevê o acesso a recursos genéticos e uma divisão justa e equitativa dos benefícios de sua utilização, que foi estabelecido na Convenção de 2010 sobre Biodiversidade Biológica (CBD) nas Nações Unidos.
O diretor executivo brasileiro do CBD, Braulio Ferreira de Souza dias, durante um evento na última quinta-feira (11/06) na Universidade de São Paulo salientou que “uma das precondições colocadas por vários setores no Brasil para discutir a ratificação do Protocolo de Nagoya era que o país aprovasse primeiramente uma lei nacional que tratasse do acesso a recursos genéticos e a repartição dos benefícios”.
Como agora já temos a aprovação da nova lei da biodiversidade brasileira, esperamos que ainda este ano o Congresso Nacional ratifique o protocolo, disse Braulio no evento da USP.
O acordo internacional está em vigor desde outubro de 2014, com 50 ratificações que eram essenciais para sua implantação, esperamos que o Brasil faça parte deste protocolo.
Segundo Bráulio, o Brasil tem respeito e reconhecimento internacional por suas ações na área ambiental, mas não pode decepcionar neste aspecto tão fundamental, pois possui ainda (está sendo perdida a cada desmatamento) uma das maiores biodiversidades do planeta.